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Trauma Urológico e Genital

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RAFAELLA BONFIM TXXIX 
Trauma Urológico e Genital 
TRAUMA RENAL 
• O rim é um órgão retroperitoneal localizado na região lombar na altura de L2-L4 → NÃO É COMUM ACOMETIMENTO 
RENAL 
MECANISMOS DE LESÃO 
o Contuso: desaceleração (cisalhamento= rompimento de artéria e veia renal) 
o Penetrantes 
O melhor indicador de que existe um trauma na região do trato urinário é a hematúria 
→ Hematúria microscópica: mais do que 3 hemácias na urina em um campo de 400x de aumento 
→ Hematúria macroscópica: sangue que você vê na urina ao olho nu 
Porém, o grau de hematúria não está relacionado com a gravidade da lesão do trato urinário, da mesma forma que a 
ausência de hematúria não exclui lesão renal 
GRAUS DE LESÃO RENAL 
▪ Definem-se 5 graus de lesões renais de acordo com a gravidade. 
 
 
 
 
 
o Grau 1: hematoma subcapsular (contido pela cápsula renal) e/ou contusão do parênquima renal 
 
 
 
 
 
 
 
Grau 1 – contusão renal 
Grau 1 – hematoma subcapsular 
RAFAELLA BONFIM TXXIX 
o Grau 2: laceração ≤ 1 cm de profundidade sem extravasamento urinário; podendo ou não ter hematoma 
 
 
o Grau 3: laceração > 1 cm sem extravasamento urinário (ou seja, não atinge o sistema coletor); podendo ou não ter 
hematoma 
 
 
o Grau 4: laceração envolvendo o sistema coletor com extravasamento urinário; qualquer lesão vascular renal 
segmentar; infarto renal; laceração pélvica renal e/ou ruptura ureteropélvica 
 O infarto tem cor homegêna em toda a lesão, com linhas bem definidas, vai corresponder a area irrigada pela artéria 
obstruida; área não perfundida fica escura 
 
 
 
 
 
Grau II – laceração <1 cm Grau II – hematoma perirrenal 
Grau III – laceração > 1 cm 
Grau IV – infarto renal 
 
Grau IV: extravasamento com contraste 
RAFAELLA BONFIM TXXIX 
o Grau 5: explosão renal/avulsão do pedículo renal; rim rompido ou desvascularizado com sangramento ativo; laceração 
ou avulsão de vaso renal principal 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 Anamnese 
✓ Saber qual o mecanismo de trauma 
✓ Perguntar se há a presença ou não de hematúria 
 Exame físico 
✓ Trauma direto no flanco 
✓ Escoriações 
✓ Hematoma 
✓ Dor abdominal difusa 
✓ Fratura de costela 
 Tomografia computadorizada com contraste: padrão ouro 
▪ Para diagnóstico é indicado fazer uma TC abdome total + pelve com contraste, sempre que: 
✓ Há suspeita de trauma renal, sendo ele contuso ou penetrante 
✓ Sendo que o paciente deve estar estável para realizar o exame; se estiver instável: laparotomia exploradora 
O QUE DEVE SER AVALIADO NO EXAME DE IMAGEM? 
1. Integridade da cápsula renal 
2. Presença de hematoma perirrenal 
3. Laceração e profundidade da laceração 
4. Extravasamento de contraste - indica possível presença de fístula urinária com formação de urinoma 
5. Perfusão renal 
Indicação cirúrgica 
A gravidade da lesão não tem relação com a indicação cirúrgica, o que manda o paciente para a cirurgia ou não é o 
quadro clínico do paciente, pois se esse estiver instável (mais comum em uma lesão grau 4) mesmo depois de todos os 
procedimentos iniciais, deve-se mandar para a cirurgia 
 
Grau V – explosão renal: a bolinha vermelha mostra um pedaço do rim deslocado devido a explosão renal com presença de hematoma 
RAFAELLA BONFIM TXXIX 
FASES DE CONTRASTE NA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 
 Fase nefrográfica: contraste no rim 
 Fase arterial: contraste na aorta e córtex renal 
 Fase tardia/excretora: contraste na pelve renal 
TRATAMENTO 
o Conservador: em 90% dos casos 
COMO É FEITO O TRATAMENTO CONSERVADOR? 
✓ Deve ser feita a internação do paciente com repouso absoluto em leito de UTI ou enfermaria, com monitorização 
contínua por meio de HB e HT seriado, em jejum nas primeiras 48h (paciente pode entrar em cirurgia a qualquer 
momento) 
✓ Antibiótico profilático – tendo em vista que o hematoma pode se infectar a qualquer momento 
✓ Sonda vesical 
 Presença de hematúria: importante fazer drenagem 
✓ Se o paciente estiver estável após 48h, deve-se realizar uma TC para controle e continuar o tratamento conservador, 
além de transferi-lo para a enfermaria, diminuir monitorização, acompanhar durante 2 dias e encaminhar para casa se 
caso estiver melhor 
o Cirúrgico: 10% dos casos 
✓ O tratamento será cirúrgico apenas se houver instabilidade hemodinâmica, outras lesões associadas, correção das lesões 
 Nefrectomia é exceção 
COMPLICAÇÕES 
→ Infecção – pielonefrite 
→ Fístula – principalmente pacientes com lesão vascular 
→ Atrofia/perda de função 
→ HAS – hipertensão arterial secundária devido a lesão renal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RAFAELLA BONFIM TXXIX 
TRAUMA URETRAL 
 Anatomia do ureter 
 É o órgão que vai drenar do rim até a bexiga 
 Fino e comprido protegido posteriormente pelo m.psoas (músculo forte) e anteriormente por toda cavidade abdominal 
 Passa por cima dos vasos ilíacos 
 Características do trauma uretral 
 Lesões são raras – tendo em vista que ele é fino e bem protegido 
o Traumas contusos: 1% 
o Traumas penetrantes: 4% 
 Comum ter lesões associadas - suspeitar quando o pacientes teve traumas de alto impacto (como por exemplo de bacia) 
CAUSAS 
 Iatrogênico: 
 Maioria dos casos: cirurgia oncológica, ginecológica, pélvica, proctológico, vascular 
→ Histerectomia: principal causa ginecológica de lesão de ureter 
 O ginecologista tem que ligar a a.uterina (que passa anteriormente ao ureter) podendo causar sua lesão 
 A maioria das vezes ocorre quando há pinçamento, e o ureter é puxado/torcido, causando sua isquemia (a irrigação do 
ureter é delicada). Nesse caso, o ureter vai ficar obstruído e conforme a urina vai passar, ela acaba ficando presa, 
distendendo o ureter e levando a dor tipo cólica 
 Obs: se a obstrução for muito grande, pode distender também a cápsula renal e levar a cólica renal (dor na região 
lombar) 
 Penetrante 
 90% FAF (ferimento por arma de fogo) 
 10% FAB (ferimento por arma branca) 
 Contuso 
CLASSIFICAÇÃO DA LESÃO 
 
DIAGNOSTICO 
 TC abdome com contraste – padrão 
 Extravasamento de contraste 
 Dilatação do sistema coletor 
 Urografia excretora – one shot 
 Contraste na veia do paciente, espera 10 minutos, tira um raio X, haverá a via excretora contrastada 
 Intraoperatório 
RAFAELLA BONFIM TXXIX 
 Azul de metileno 
 
 
 
 
 
 
Acima da bolinha vermelha está mostrando um extravasamento de contraste para o espaço retroperitoneal 
TRATAMENTO 
 Manejo cirúrgico 
o Ureter distal: anastomose término-terminal 
o Ureter médio: anastomose término-terminal 
o Ureter distal: estenose do ureter → corta o machucado → eleva a bexiga → reimplanta o ureter → fixa anastomose no 
músculo pssoas 
 
 
 
 
 
 
 
→ Transuretero–uretero anastomose: é feita em casos em que a lesão na parte superior/média do ureter é maior 
COMPLICAÇÕES 
 Tratamento imediato :10% 
 Tratamento tardio: 40% 
 Fístula 
 Hidronefrose 
 Infecção 
 Estenose 
 
 
RAFAELLA BONFIM TXXIX 
TRAUMA VESICAL 
• A bexiga possui apenas sua cúpula intraperitoneal, o resto é extraperitoneal 
ETIOLOGIA 
 Trauma 
o Fechado: é o mais comum (80%) 
 Desaceleração com a bexiga cheia 
 Fratura de bacia – 90% dos traumas de bacia podem evoluir para um trauma vesical 
o Penetrante: 20% 
 Iatrogênico 
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES 
 Intraperitoneal: lesões que rompem para cavidade intraperitoneal 
 Mais comum em trauma contuso 
 Cúpula vesical - mais frágil 
 Cirurgia urológica 
 Extraperitoneal 
 Mais comum em fraturas de bacia (queda da própria altura, moto) 
 Espículas ósseas – quando o osso perfura a bexiga 
 Cirurgia 
DIAGNOSTICO 
 Hematúria macroscópica – 95% 
 Cistografia – PADRÃO OURO 
 Sempre fazer em: 
 Todos os casos com trauma fechado + hematúria (desde que o paciente esteja estável, antes de sondar ele) 
 Técnica: pega a sonda de alívio, coloca na ponta da uretra, insere contraste e tira raio x 
 Aspecto das lesões 
 
RAFAELLA BONFIM TXXIXTRATAMENTO 
 Extraperitoneal 
▪ Sempre optar por tratamento conservador → SDV (sonda vesical) 
▪ Exceção: fazer cirurgia quando há espícula óssea intra-vesical ou algum corpo estranho 
 Intraperitoneal 
▪ Cirúrgico 
COMPLICAÇÕES 
 Abcesso pélvico 
 Incontinência urinária 
 Fístulas 
 Peritonite 
 ITU 
 
 
RAFAELLA BONFIM TXXIX 
TRAUMA DE URETRA 
 Considerações anatômicas: 
o Anterior: peniana e bulbar 
o Posterior: membranosa e prostática 
ETIOLOGIA 
 Trauma 
o Fechado: 
✓ Fratura de bacia – uretra membranosa (parte posterior da uretra) 
✓ Queda a cavaleiro – uretra bulbar (parte anterior da uretra) 
✓ Corpos estranhos 
✓ Atividade sexual 
o Penetrante 
 Iatrogênico 
✓ SVD (sonda vesical de demora), PTR, instrumentação 
QUADRO CLÍNICO 
 
 
 
 
 
o Uretrorragia: sangramento da uretra → lesão abaixo do esfíncter urinário, ou seja, paciente não tem controle do 
sangramento (fica sangrando o tempo todo); é diferente da hematúria 
o Hematúria: o sangue sai junto com a urina 
CLASSIFICAÇÃO 
 
DIAGNÓSTICO 
 Uretrocistografia retrógrada 
 Porém, é feito apenas se o paciente estiver estável e antes da SDV 
 É obrigatório fazer uretrocistografia em qualquer suspeita de lesão de uretra 
RAFAELLA BONFIM TXXIX 
 
TRATAMENTO 
 Cirúrgico 
 Uretra anterior X posterior 
 Precoce X tardio 
o Conduta para uretrorragia + uretrografia positiva: cistostomia (drenagem da bexiga) 
COMPLICAÇÕES 
 Infecção 
 Fístula 
 Estenose 
 
TRAUMA DE PÊNIS 
 Anatomia 
▪ Pele → túnica dartos → fascia de buck → túnica albugínea → corpo cavernoso 
 Ruptura da túnica albugínea – recobre os corpos cavernosos e é mais fina perto da uretra 
 Associado a uretra – 10/20% 
ETIOLOGIA 
 Trauma fechado: + comum durante a ereção 
 Fratura peniana: diagnóstico clínico – estalido, detumescência (fica 
flácido) e hematoma; pênis de beringela 
 Trauma penetrante 
 Amputação 
o Tratamento: cirúrgico sempre que há ruptura da túnica albuginea 
o Complicações: disfunção erétil, infecção, curvatura 
 
 
 
RAFAELLA BONFIM TXXIX 
TRAUMA TESTICULAR 
 Mobilidade 
 Testículos 
 Perda do reflexo cremastérico no trauma 
 Observar se tem lesão na túnica albugínea (é a que está mais próxima do testículo) 
 Bilateral – 25% dos casos 
ETIOLOGIA 
 Trauma fechado 
 Trauma penetrante 
 Mordeduras 
 Automutilação 
DIAGNÓSTICO 
 Hematoma 
 Lacerações 
 Perda tecidual 
 US doppler – padrão ouro para ver a integridade da túnica albugínea e tecidos moles 
TRATAMENTO 
 Testículos: integridade da albugínea e tentar preservar o máximo de tecido possível (suturar) 
 Tecidos moles 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RAFAELLA BONFIM TXXIX 
POS TESTE 
 
RAFAELLA BONFIM TXXIX

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