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Linguística Textual - Unidade Nº 2 – Relações cognitivas intratextuais 
 
 
 
Linguística Textual 
 
 
Unidade Nº 2 – Relações cognitivas 
intratextuais 
 
 
 
Noélia Luísa Neves Lobos 
 
 
 
Linguística Textual - Unidade Nº 2 – Relações cognitivas intratextuais 
 
Introdução 
Quando realizamos a leitura de um texto, buscamos compreendê-lo e, assim, 
tentar encontrar o sentido passado pelo autor por meio do encadeamento de ideias 
proposto por ele. Contudo, o processo de leitura desperta diferentes tipos de 
conhecimentos que já estão internalizados na memória do sujeito-leitor, para que, por 
meio destas conexões cognitivas, seja possível dar sentido a um texto. 
O elo entre o autor, a leitura de texto e seu leitor ocorre por meio desses 
conhecimentos já internalizados, ou seja, conhecimentos prévios que adquirimos com 
o passar do tempo, que variam entre os sujeitos, visto que eles dependem, totalmente, 
das relações sociocognitivas que temos durante os processos de interação. Por tal 
motivo, o acesso a esse conhecimento prévio é chamado de estratégias 
sociocognitivas, e é por meio destas que acontece o processamento textual para a 
construção de sentido de um texto. 
Koch e Elias (2010, p. 38) afirmam que 
dizer que o processamento textual é estratégico significa que os leitores, diante 
de um texto, realizam simultaneamente vários passos interpretativos 
finalisticamente orientados, efetivos, eficientes, flexíveis e extremamente 
rápidos. 
Isto é, o processamento textual não é uma ação totalmente consciente do leitor, 
pois acontece no exato momento da leitura de um texto, em busca de conexões de 
sentido, indicando que a medida em que lemos e temos acesso às informações, as 
assimilamos para encontrar, por meio das estratégias sociocognitivas, hipóteses de 
interpretação. 
 
Você quer ler? Você sabia que o professor Travaglia, grande nome da linguística no 
Brasil, disponibiliza diversos artigos sobre o tema em seu site? Acesse o link que 
disponibilizamos a seguir para conhecer o material: 
<https://www.ileel.ufu.br/travaglia/publicacoes_area.php?area_id=4> 
 
Linguística Textual - Unidade Nº 2 – Relações cognitivas intratextuais 
 
1. Estratégias textual-discursivas da construção do 
sentido 
Partindo da ideia de que o processamento textual ocorre por meio das 
estratégias sociocognitivas, Koch (2003) diz que este somente é possível se 
recorrermos a três sistemas de conhecimento: 
● Linguístico – o sistema de conhecimento linguístico permite que, ao ler um 
texto, consigamos entender a organização dos itens linguísticos em sua camada 
textual. 
 
Figura 1 - Bilhete. Fonte: Freepik 
Neste exemplo, conseguimos entender a mensagem que o autor queria 
transmitir, entretanto, podemos também, identificar os erros e falhas 
gramaticais; isso só se faz possível pelo conhecimento linguístico que 
adquirimos até esse momento. 
● Enciclopédico – o conhecimento enciclopédico está inteiramente relacionado 
ao conhecimento de mundo, ou seja, ele é baseado nas situações e vivências 
pessoais que possibilitam a construção de sentido. 
 
Linguística Textual - Unidade Nº 2 – Relações cognitivas intratextuais 
 
Figura 2 - Placa informativa. Fonte: Freepik. 
A compreensão da imagem ocorre somente porque já assimilamos que estes 
símbolos apresentados pelas placas indicam, comumente, o local dos banheiros 
públicos, por exemplo. Assim, a construção de sentido é possível por meio do 
texto proposto quando somos capazes de criar relações entre as informações 
apresentadas e nosso conhecimento de mundo adquirido. 
● Interacional – esse sistema de conhecimento interacional diz respeito 
exatamente às maneiras que a interação acontece e é possível pela linguagem, 
podendo ser conhecimento ilocucional, que permite a compreensão da 
intenção do autor devido a seu contexto; comunicacional, que se relaciona com 
a quantidade de informação necessária para a compreensão de um texto; 
metacomunicativo, que assegura que o entendimento de um texto acontecerá 
de acordo com a intenção do autor; e superestrutural, que permite a 
compreensão dos gêneros textuais e sua adequação às similaridades da vida 
social. 
 
Figura 3 - Horóscopo. Fonte: Folha de São Paulo, 2004 apud KOCH; ELIAS, 2010, p. 54 
Nesse exemplo, somos capazes de inferir e compreender que o texto se trata 
do gênero textual horóscopo, que tem como objetivo oferecer conselhos sobre as 
situações cotidianas. 
Van Dijk (1992, p. 23) afirma que 
a análise estratégica depende não somente das características textuais, 
como também das características do usuário da língua, tais como seus 
objetivos ou conhecimento de mundo. Isso pode significar que o leitor 
de um texto tentará reconstruir não somente o significado 
intencionado do texto – como sinalizado de diversas formas pelo 
autor, no texto e contexto – como também um significado que diga 
mais respeito aos seus interesses e objetivos. 
Linguística Textual - Unidade Nº 2 – Relações cognitivas intratextuais 
 
Assim, trataremos das estratégias formulativas e metadiscursivas para a 
construção de sentido do texto, por meio da abordagem sociocognitivista interacional, 
ou apenas interacionista, da Linguística Textual. 
1.1. Estratégias formulativas 
As estratégias textual-discursivas formulativas podem ser observadas em 
interações faladas, ou seja, acontecem nas interações sociocognitivas espontâneas, 
que, diferentemente, das produções textuais escritas, de maneira espontânea, não 
disponibilizando tempo para organização e planejamento das ideias de modo 
elaborado. 
Isso pois, como afirma Koch (2015, p. 104), “no texto falado planejamento e 
verbalização ocorrem simultaneamente, porque o texto falado emerge no próprio 
momento da interação: ele é o seu próprio rascunho”. 
Assim, podemos entender como estratégias formulativas, os recursos que visam 
auxiliar o interlocutor a organizar o texto falado para compreender os enunciados 
proferidos, despertando seu interesse em participar daquele processo de interação 
sociocognitivo. 
São, portanto, estratégias entendidas como formulativas pela Linguística 
Textual e que desempenham funções cognitivo-interativas, acordo com Koch (2015): 
● as inserções; 
● as repetições e os parafraseamentos retóricos; 
● os deslocamentos de constituintes. 
As inserções têm a função cognitivo-interativa específica de facilitar a 
compreensão do texto falado, possibilitando o acréscimo das informações necessárias 
para seu entendimento e construção de sentido no momento interativo. Elas podem, 
então, ainda segundo Koch (2015), ter função de: 
A. introduzir explicações ou justificativas, que podem ser expressadas como um 
reforço de caráter explicativo, ou ainda, um pedido de esclarecimento do 
interlocutor; 
B. fazer menção a um conhecimento prévio com a intenção de compreender o 
texto de fato; 
Linguística Textual - Unidade Nº 2 – Relações cognitivas intratextuais 
 
C. apresentar ilustrações ou exemplificações; 
D. formular questões retóricas, que ocorre como recurso persuasivo e/ou didático; 
E. introduzir comentários jocosos, a fim de manter o interesse durante o processo 
interativo, ou ainda, para que locutor e interlocutor possam criar relações de 
cumplicidade; 
F. manter e sustentar uma argumentação. 
As repetições e os parafraseamentos retóricos, por sua vez, são os recursos mais 
adotados, e, consequentemente, encontrados nos textos falados, na oralidade, por ter, 
de acordo com Marcuschi (1997), maleabilidade funcional, capaz de assumir inúmeros 
papéis e desempenhar distintas funções, como: 
A. contribuir para a organização discursiva e monitorar a coerência; 
B. favorecer a coesão, possibilitando sequências de enunciados de mais fácil 
entendimento; 
C. dar continuidade à organização tópico e auxiliar nas atividades sociointerativas. 
O uso da estratégia de repetição está presente nas atividades interativaspor 
proporcionar envolvimento interpessoal entre os sujeitos nela envolvidos, sendo 
considerada essencial nos processos de textualização, uma vez que prove, também, o 
desaceleramento do ritmo da fala, assegurando mais tempo para a assimilação do 
texto pelos envolvidos nesta interação. 
Entretanto, quando a repetição e os parafraseamentos teóricos acontecem em 
textos escritos, denominados paralelismo sintático, essa estratégia passa a ter função 
de aumentar a força retórica do texto em si. 
Os deslocamentos de constituintes se relacionam com a articulação “tema-
rema” que podem aparecer de duas maneiras (KOCH, 2015): 
● sequências de integração sintática entre os elementos temáticos e reumáticos 
sem segmentações no texto falado; 
● construções com tema ou rema marcados e segmentados que têm, por 
consequência, a diminuição dos graus de integração sintática, produzindo 
efeitos de focalização e relevo. 
Linguística Textual - Unidade Nº 2 – Relações cognitivas intratextuais 
 
 
Você quer ler? Tema e rema podem ter diferentes denominações. Para conhece-las e 
se aprofundar mais sobre o assunto, acesse: 
<http://www.filologia.org.br/ixcnlf/17/23.htm>. 
 
Como estamos, neste momento, tratando dos processos sociocognitivos de 
interação, devemos considerar os deslocamentos de constituem que ocorrem com a 
segmentação do texto, pois na língua falada, essa segmentação de enunciados é que 
constitui o processo interativo em si. 
 As construções segmentadas de tema marcado funcionam evidenciando um 
elemento do enunciado e como estratégia de tematização; esse elemento evidenciado 
é o assunto que vai ser tratado, e que, quando apresentado no início da construção 
atua para que o interlocutor possa identificá-lo. E, quando apresentado em posição 
final, atua como esclarecedor, ou provendo informação complementar para auxiliar no 
entendimento do interlocutor. 
 Essas construções operam, segundo Koch (2015, p. 115), “um tipo de 
hierarquização das unidades linguísticas utilizadas, desempenhando funções 
discursivas e interacionais relevantes e contribuindo, desta maneira, para a coerência 
discursiva”. 
 Isto é, quando o locutor faz uso de uma construção segmentada de tema 
marcado, ele escolhe um elemento que terá a função de ativar ou reativar a memória 
do interlocutor, ressaltando uma nova informação sobre o assunto para estabelecer 
contraste. E, assim, a organização dos enunciados de tema marcado ocorre para 
facilitar o processamento do texto, despertar o interesse do interlocutor sobre o 
assunto, ou ainda, por fatores (KOCH, 2015) como: 
● relevância; 
● expressividade; 
● focalização; 
● relevo; 
● ganho de tempo para complemento do enunciado. 
http://www.filologia.org.br/ixcnlf/17/23.htm
Linguística Textual - Unidade Nº 2 – Relações cognitivas intratextuais 
 
Quando as construções acontecem com o deslocamento do elemento de um 
enunciado para o final da sentença, e esse passa a ser representado por um pronome, 
ou ainda, por uma categoria vazia, recebe o nome de antitópico; e tal elemento passa 
a ter função de desambiguar a mensagem transmitida para facilitar o entendimento 
por parte do(s) interlocutor(es). 
Em se tratando das estratégias de rematização, dizemos que os constituintes 
oracionais são invertidos para que o locutor possa antepor o rema ao tema, sendo, 
assim, mais comuns em interações menos formais e, por isso, mais constantes em 
textos falados. 
Quando isso ocorre em um processo interativo, o locutor antecipa sua intenção 
nos momentos iniciais, indicando para o interlocutor a existência de uma informação 
discursiva adicional, o que “compensa o seu duplo custo operacional, qual seja, o rema 
fora de sua posição sintática normal e de sua posição em termos da estrutura 
informacional dado/novo”. (KOCH, 2015, p. 118) 
Neste caso, as construções segmentadas são expressadas precedidas de 
marcadores discursivos, como: enfim, quer dizer, bom etc. 
1.2. Estratégias metadiscursivas 
Koch (2015, p. 118) conceitua as estratégias metadiscursivas como 
aquelas que tomam por objeto o próprio ato de dizer. Isto é, ao colocar 
em ação tais estratégias, o locutor avalia, corrige, ajusta, comenta a 
forma do dizer; ou, então, reflete sobre sua enunciação, expressando a 
sua posição, o grau de adesão, de reconhecimento, atenuações, juízos 
de valor etc., tanto em relação àquilo que está a dizer, como em relação 
a outros “ditos”. 
Então, podemos dizer que as estratégias metadiscursivas aparecem na atividade 
discursiva em si, enquanto as estratégias formulativas exercem seu papel no plano do 
enunciado, diretamente. Koch (2015, p. 119), então, considera possíveis as seguintes 
estratégias metadiscursivas: 
● Metaformulativas: que tomam como objeto o próprio texto, sua forma de 
estruturação, o código usado, o estatuto de um segmento textual em relação 
aos precedentes ou subsequentes. 
● Metapragmáticas (ou modalizadoras): que têm por fim indicar o grau de 
certeza, de adesão, de comprometimento do locutor em relação ao seu 
Linguística Textual - Unidade Nº 2 – Relações cognitivas intratextuais 
 
discurso, ou introduzir atenuações, comentários a respeito dos enunciados que 
produz, com vistas à preservação das faces. 
● Metaenunciativas: a própria enunciação é tomada como objeto de menção. 
As estratégias metaformulativas têm como objeto o texto e seu grau de 
reflexividade é o menor entre as três. Como têm função direta no texto, indica 
a possibilidade que o locutor tem de reformular enunciados e termos utilizados, 
operando de maneira metalinguística. Essas estratégias podem ser: 
● Reformulativas (reformulação saneadora) – indicam a retomada do segmento 
de um enunciado para reformula-lo, a fim de reorganizar a mensagem 
proferida, sanando possíveis prejuízos a sua compreensão. 
As estratégias reformulativas podem ocorrer, ainda, como correções, 
repetições ou paráfrases saneadoras. As primeiras aparecem mesmo após um 
discurso já ter sido mencionado, pois tem a função de solucionar as dificuldades 
encontradas por ele, locutor, e/ou pelo(s) interlocutor(es), sendo denominadas 
heterocondicionadas. 
As repetições e paráfrases são relacionadas ao interlocutor de um 
processo de interação e, por esse motivo, é comum na língua falada, visto que 
ocorre quando há a segmentação de um enunciado com o intuito de se propor 
(ou até mesmo corrigir) ao locutor a adequação de um dos termos utilizados 
em seu discurso. Sendo assim, tais estratégias são denominadas 
heteroconclicionadas. 
Então, “ao lado das estratégias reformulativas, temos aquelas estratégias 
metaformulativas por meio das quais o locutor reflete sobre a forma do dito, 
explicita termos empregados, destaca a função de um segmento em relação ao 
anterior etc.”. (KOCH, 2015, p. 123) 
● Metapragmáticas (modalizadoras) – indicam as atenuações e ressalvas 
realizadas pelo locutor em seu discurso, como meio de demonstrar seu nível de 
entendimento sobre o assunto, bem como seu nível de comprometimento. 
As estratégias metapragmáticas, então, têm como objeto a relação 
intersubjetiva, considerando as atitudes, os juízos sobre o mundo e a interação, 
e seu grau de reflexividade é médio. 
Linguística Textual - Unidade Nº 2 – Relações cognitivas intratextuais 
 
● Metaenunciativas – acontece quando há um acúmulo de uso e menção de um 
determinado elemento do texto, levando o locutor a refletir sobre seu discurso. 
As estratégias metaenunciativas têm o maior grau de reflexividade, tratam do 
“dizer-enquanto-se-diz” (KOCH, 2015, p. 120), apresentam a representação do 
sujeito da enunciação sobre seu dizer, e por isso, são enunciativo-discursivas. 
Por meio dessas estratégias sociocognitivas, utilizadas pelo locutor ou pelo(s) 
interlocutor(es), é que podemos observar a complexidade de funções executadas 
pelos sujeitos da interação para a construção de sentido de um texto. 
2. Articuladorestextuais 
Chamamos de articuladores textuais os elementos do texto que são 
responsáveis pelo encadeamento de seus enunciados. Na Linguística Textual, esses 
articuladores podem também ser denominados operadores de discurso ou, ainda, 
marcadores discursivos e atuam em diferentes níveis no texto: no nível da organização 
global, no nível intermediário e no nível microestrutural. 
Entre as funções dos articuladores textuais estão: relacionar os elementos de 
conteúdo, situando 
os estados de coisas de que o enunciado fala no espaço e/ou no 
tempo, e/ou estabelecer entre eles relações do tipo lógico-semântico 
(casualidade, condicionalidade, conformidade, disjunção etc.), bem 
como sinalizar relações discursivo-argumentativas. (KOCH, 2015, p. 
127) 
Assim, Koch (2015) apresenta quatro classes de marcadores textuais: 
A. de conteúdo proposicional; 
B. discursivo-argumentativos; 
C. organizadores textuais; 
D. metadiscursivos. 
A relação de encadeamento que os articuladores textuais produzem, 
contribuem para a construção de sentido dos enunciados que constituem um texto, 
então, em se tratando de sua materialidade, “alguns elementos permitem estabelecer 
relações remissivas e progressivas, inferenciais e intertextuais, movimentando as ideias 
em várias direções”, segundo Leite (2009, p. 41). 
Linguística Textual - Unidade Nº 2 – Relações cognitivas intratextuais 
 
2.1. Articuladores discursivos 
Os articuladores de conteúdo proposicional indicam, no texto, as relações 
espaciais e, também, as relações temporais que ocorrem entre os estados de coisas a 
que o enunciado faz referência. Esses articuladores têm função, ainda, de criar 
conexões de caráter lógico-semântico, que podem indicar condicionalidade, 
causalidade, finalidade ou mediação, oposição/contraste, disjunção etc. 
● “Defronte da loja, deteve-se um instante; depois, envergonhada, e a medo, 
estendeu um pedacinho de papel ao Andrade, e perguntou-lhe onde ficava o 
número ali escrito”. (MACHADO DE ASSIS. Singular ocorrência. In: Contos apud 
KOCH, 2015, p. 128); 
● “Fiquei triste por causa do dano causado a tia Marcolina (...)” (MACHADO DE 
ASSIS. O espelho. In: Contos apud KOCH, 2015, p. 128). 
Os articuladores discursivo-argumentativos têm a função de introduzir as 
relações, portanto, discursivo-argumentativas: “conjunção, contrajunção 
(oposição/contraste/concessão), justificativa, explicação, conclusão, generalização, 
disjunção argumentativa, especificação, comprovação, entre outras”. (KOCH, 2015, p. 
128) 
A função destes operadores é, então, a de justificar ou explicar o primeiro 
enunciado, que é tido como tema, seguido a ele, podendo também indicar relações 
de contraposição, adição, generalização, especificação, conclusão, veracidade, 
concordância entre esses enunciados, sendo responsáveis por sua orientação 
argumentativa. 
De acordo com Koch (2004, p. 72-77), a classificação desses articuladores 
depende da relação semântica que desempenha no texto, podendo ser: 
● Conjunção – com função de conectar enunciados argumentativos: e, também, 
tanto... como, além disso, ainda etc. 
● Disjunção argumentativa – com função de influenciar o interlocutor para que 
concorde com um novo ponto de vista sobre determinada ideia: ou. 
● Contrajunção – com função de contrapor enunciados: mas, porém, contudo etc. 
● Justificativa – encadeamento de enunciados para explicar o anterior: pois, 
porque, já que etc. 
Linguística Textual - Unidade Nº 2 – Relações cognitivas intratextuais 
 
● Comprovação – com a função de acrescentar uma comprovação de uma 
informação exposta no enunciado anterior: que, como... quanto, mais que, 
menos que, entre outros. 
● Conclusão – com a função de concluir os atos de fala anteriores: portanto, logo, 
pois etc. 
● Comparação – com a função de propor relações de superioridade, inferioridade 
ou igualdade entre dois termos: como... quanto, mais que, menos que etc. 
● Generalização – com a função de ampliar um conceito proposto no primeiro 
enunciado: aliás, também, é verdade que, de fato, bem, realmente, entre outros. 
● Exemplificação ou especificação – com a função de particularizar um ato de fala 
anterior: como, por exemplo etc. 
● Correção – com a função de corrigir ou definir o conteúdo de um enunciado 
exposto previamente: na verdade, pelo contrário, isto é, ou seja etc. 
Estas marcas linguísticas que têm a função de articuladores textuais direcionam, 
ao interlocutor, a sequência discursiva de um texto, com fins de despertar as 
conclusões coerentes a ele, por meio de um processo de interação sociocognitivo. 
Os organizadores textuais, entretanto, tem a função de, segundo Maingueneau 
(1996, p. 170), “estruturar a linearidade do texto, organiza-lo em uma sucessão de 
fragmentos complementares que facilitam o tratamento interpretativo”, podendo 
indicar, portanto a integração linear em um texto para indicar, espacialmente, a 
abertura, a intermediação o fechamento, ou seja, as etapas de construção do texto: 
 
Figura 4 - Processo. Fonte: Elaborado pela autora. 
Finalmente, os articuladores metadiscursivos são entendidos como elementos 
linguísticos que têm por função “amarrar” os enunciados de um texto, que ocorrem 
com frequência em atos de fala. Koch (2015), diz que esses articuladores introduzem 
comentários sobre o modo como é dito o que se diz, ou ainda, sobre a enunciação, e 
por isso, propõe seu agrupamento em três grupos: modalizadores (lógico-
pragmáticos), metaformulativos e metaenunciativos. 
Linguística Textual - Unidade Nº 2 – Relações cognitivas intratextuais 
 
● Modalizadores: 
Em sentido restrito, os articuladores metadiscursivos modalizadores expressam 
as modalidades “aléticas”, “epistêmicas” e “deônticas” que são objetos de investigação 
da semântica e da lógica. Em sentido amplo, os modalizadores podem ser 
“axiológicos”, “atitudinais” e “atenuadores”. 
A. Modalizadores aléticos: são menos frequentes em textos falados e se referem à 
possibilidade/necessidade da existência dos estados de coisas no mundo, 
indicando, de modo sucinto, o falso e o verdadeiro: 
 
Figura 5 - CAROS AMIGOS, n. 78, 2003 apud KOCH, 2015, p. 133. 
B. Modalizadores epistêmicos: indicam a relação de comprometimento e engajamento 
do autor com sua produção textual, pois demonstra seu entendimento sobre o 
assunto: 
 
Figura 6 - Baseado em KOCH e ELIAS, 2010. 
C. Modalizadores deônticos: indicam o grau de imperatividade e o grau de 
facultatividade acerca do conteúdo proposicional: 
 
Figura 7 - Baseado em KOCH e ELIAS, 2010. 
D. Modalizadores axiológicos: atuam como avaliadores das ações e das situações que 
um enunciado trata: 
 
Figura 8 - KOCH, 2015, p. 135. 
Linguística Textual - Unidade Nº 2 – Relações cognitivas intratextuais 
 
E. Modalizadores atitudinais (ou afetivos): representa a atitude psicológica do autor 
por meio dos eventos que fala o enunciado: 
 
Figura 9 - KOCH, 2015, p. 136. 
F. Atenuadores: visam preservar as faces dos interlocutores: 
 
Figura 10 - KOCH, 2015, p. 136. 
● Metaformulativos: 
Esses articuladores estão inteiramente relacionados aos enunciados 
metaformulativos, e apresentam as seguintes funções: 
A. sinalização de busca de denominações, indicadas por expressões como: 
sobretudo, mais precisamente, quer dizer etc. 
B. indicação do estatuto de um segmento textual em relação aos anteriores, 
representadas pelos marcadores: em síntese, em suma, resumindo, em 
oposição a etc. 
C. introdução de tópico, demonstradas por: quanto a, em relação a, a respeito de, 
relativamente, entre outros. 
D. interrupção e reintrodução de tópico, que ocorre quando há introdução de um 
assunto, quebra de enunciado para acréscimo de informação e, posteriormente, 
a retomada ou reintrodução do tópico em novo enunciado, 
E. nomeação do tipo de ato discursivo que o enunciado pretende realizar, 
expressados por: a título de esclarecimento, cabe a pergunta etc. 
● Metaenunciativos:Koch (2015, p. 140) afirma que esses articuladores “introduzem enunciados que 
atuam no âmbito da própria atividade enunciativa, tomando-a como objeto de 
reflexão, ou seja, enunciados que evidenciam a propriedade autorreflexiva da 
linguagem”, e têm, como marcadores, portanto: digamos assim, podemos dizer, por 
assim dizer etc. 
Linguística Textual - Unidade Nº 2 – Relações cognitivas intratextuais 
 
Assim, pudemos observar que um mesmo articulador pode exercer diferentes 
funções em um enunciado, por criar diferentes relações significativas, porém, 
independente de sua função específica, todos eles são operadores de progressão 
textual que desempenham funções cognitivas, discursivo-argumentativa, 
organizacional, metaenunciativa e interacional. 
3. As estratégias cognitivas 
A coerência deve ser entendida como o princípio de interpretabilidade de um 
texto, visto que envolve fatores de ordem cognitiva, interacional e linguística. A 
coerência está, ainda, relacionada aos elementos de textualidade, referindo-se ao texto 
de maneira geral, como um todo, estabelecendo, dessa maneira, relação com o 
processo cognitivo de compreensão de texto. 
Como vimos, a coerência depende de uma série de fatores para realizar o 
processo de construção do sentido por parte do leitor/interlocutor, que afetam 
diretamente o entendimento da mensagem proferida pelo autor em processos 
interacionais. Fávero (2002, p. 59) diz que “enquanto a coesão se dá ao nível 
microtextual – conexão da superfície com o texto, a coerência caracteriza-se como o 
nível de conexão conceitual e estruturação do sentido, manifestado, em grande parte, 
macrotextualmente”. 
Se torna possível compreender, então, que um mesmo texto pode fazer sentido 
para um leitor/interlocutor, mas não fazer sentido para outro; isso porque é necessário 
o entendimento de conceitos básicos que cada texto trata para ativar os 
conhecimentos prévios do leitor. 
Beaugrande e Dressler (apud FÁVERO, 2009), dividem os conceitos como 
primários, que são controles centrais para o processamento do texto, e os secundários, 
que são passíveis de ativação apenas a partir dos primários. 
3.1. Modelos cognitivos globais 
Os modelos cognitivos globais “são blocos de conhecimentos intensamente 
utilizados no processo de comunicação e representam de forma organizada nosso 
conhecimento prévio armazenado na memória” (FÁVERO, 2009, p. 65) 
Desse modo, o processamento da informação e a atribuição de significado 
acontecem ao mesmo quando um sujeito é parte integrante de um processo 
sociointerativo, recurso esse que é ativado a partir do conhecimento prévio, sendo 
Linguística Textual - Unidade Nº 2 – Relações cognitivas intratextuais 
 
possível, então, afirmar que “compreender envolve não somente o processamento e 
interpretação de informações exteriores, mas também a ativação e uso de informações 
internas e cognitivas”. (DIJK, 2002, p. 15) 
Partindo daí, podemos enumerar como modelos cognitivos globais: 
● Frames (quadros/molduras): são responsáveis pelo conhecimento comum, de 
situações estereotipadas, como o natal, o carnaval, festa de aniversário etc., que 
não implicam, cognitivamente, em uma sequência lógica de enunciados. 
Por exemplo, quando se pensa em uma festa de aniversário, lembra-se do bolo, 
dos salgados, dos doces, da música, entretanto, não é necessário um encadeamento 
lógico para que essa informação faça sentido. 
● Esquemas: são sequências ordenados de eventos ou estados, conectadas por 
relações de proximidade temporal e causalidade, sendo, assim, previsíveis, fixos, 
determinados e ordenados. (FÁVERO, 2009, p. 67) Bartlett (apud FÁVERO, 2009, 
p. 67) assegura que os esquemas “são estruturas que permanecem ativas e em 
evolução”. 
Se dizemos, por exemplo, que houve um acidente em cruzamento perigoso e 
que a via foi fechada pela polícia, somos capazes de entender a mensagem por meio 
do conhecimento organizado em um esquema que nos provê de informações como: 
em acidentes graves, a polícia fecha a via para tomar providências e conhecimento dos 
fatos. Assim, esse conhecimento, que é partilhado com o(s) interlocutor(es), nos 
permite a compreensão. 
● Planos: também apresentam seus elementos ordenados, o que permite 
ao leitor/interlocutor perceber a intenção do autor/locutor. 
Como exemplo, Fávero (2009, p. 69), cita “um adolescente que organiza um 
plano para conseguir dos pais permissão para sair com os amigos”. 
● Script: são, assim como os frames, estereotipados, e ordenados para 
indicar a função dos sujeitos envolvidos no processo sociointerativo, e 
as ações deles esperadas. Veja no exemplo os scripts de infância e 
mocidade: 
Linguística Textual - Unidade Nº 2 – Relações cognitivas intratextuais 
 
 
Figura 11 - CECÍLIA MEIRELES apud FÁVERO, 2009, p. 70. 
● Cenários: o conceito de cenário tem relação com textos escritos, pois cria 
um elo entre o contexto em que o texto se insere e as situações que ele 
apresenta como meio de constituir um cenário interpretativo pelo texto. 
Para ativar esse recurso no interlocutor, é necessário que haja, ao menos, 
uma breve descrição do cenário propriamente dito. “Assim, uma das 
funções da tematização no nível textual seria a de ativar um cenário 
particular para o leitor, por exemplo, na escola, no clube, no tribunal”. 
(FÁVERO, 2009, p. 71) 
3.3. Conhecimento prévio 
Conhecimento prévio, conhecimento de mundo ou conhecimento partilhado, 
todas essas denominações dizem respeito ao elemento-base que possibilita os 
modelos cognitivos globais. Por isso, como mencionamos anteriormente, a 
compreensão de um texto só ocorre quando as memórias de vivência do leitor são 
ativadas por alguma informação presente nele. 
O conhecimento linguístico está relacionado com a capacidade de um sujeito 
de falar um idioma como nativo, entendendo sua gramática e a idiossincrasia da 
língua, permitindo entender as relações dos elementos para a formação de sentenças 
e textos, por exemplo. 
O conhecimento textual é aquele que o leitor ativa para diferenciar os tipos de 
texto e os tipos de interação autor-leitor que estão ali contidas. O conhecimento 
enciclopédico se relaciona com os conhecimentos científicos de casa sujeito, e 
também, com seus conhecimentos informais, adquiridos pelas interações cotidianas. 
É, portanto, o conhecimento de mundo, que nos permite encontrar 
similaridades entre as informações de um texto e nossas memórias, produzindo, assim, 
sentido e assegurando sua compreensão. 
Linguística Textual - Unidade Nº 2 – Relações cognitivas intratextuais 
 
4. Coerência, texto e Linguística de Texto 
Koch (2010, p. 53) diz que 
é a coerência que faz com que uma sequência linguística seja vista como um 
texto, porque é a coerência, através de vários fatores, que permite estabelecer 
relações (sintático-gramaticais, semânticas e pragmáticas) entre os elementos 
da sequência (morfemas, palavras, expressões, frases, parágrafos, capítulos 
etc.), permitindo construí-la e percebe-la, na recepção, como constituindo uma 
unidade significativa global. 
Como estudamos, é a coerência que transmite textualidade a um texto, sendo 
a coesão, portanto, um fator de coerência que constitui o texto, mas que não é capaz 
de atribuir-lhe a concepção de texto por si só. 
 As sequências linguísticas que não constituem um texto, ou seja, que são 
incoerentes, são possíveis, pois nem sempre um texto será compreendido por 
determinado leitor, por exemplo. A concepção de um texto coerente deve acontecer 
em três fases, segundo Bernárdez (1982 apud KOCH, 2010, p. 56): 
A. na primeira fase, o produtor do texto tem uma intenção comunicativa; 
B. na segunda fase, o produtor do texto desenvolve um plano global que lhe 
possibilite conseguir que seu texto cumpra sua intenção comunicativa. 
C. Na terceira fase, o produtor do texto realiza as operações necessárias para 
expressar verbalmente o plano global, de maneiraque, através das estruturas 
superficiais, o recebedor seja capaz de reconstituir ou identificar a intenção 
comunicativa. 
Discorremos na Unidade 1 que linguistas, no início dos estudos da Linguística 
Textual propuseram a formulação de uma Gramática do Texto, em que constaria um 
conjunto finito de regras comum a todos os usuários de uma língua, possibilitando 
que a eles a identificação de sequências linguísticas que constituem texto e as 
sequências que não constituem texto. 
Posteriormente, a Linguística do Texto (ou Teoria do Texto), foi proposta como 
meio de representar os mecanismos de tratamento das informações textuais que os 
sujeitos fazem uso para interpretar as sequências linguísticas, construindo, assim, seu 
sentido através da coerência textual. Com isso, Charolles (1987) explica que um 
linguista deve analisar as 
Linguística Textual - Unidade Nº 2 – Relações cognitivas intratextuais 
 
marcas de relação entre as unidades de composição textual que a língua usa 
para resolver, o melhor possível, os problemas de interpretação que seu uso 
possa gerar. Isto para além da generalidade dos processos psico e 
sociocognitivos que intervêm na interpretação (da coerência) do discurso. 
4.1. Fatores de coerência 
A construção da coerência, segundo Koch (2010, p. 71) “decorre de uma 
multiplicidade de fatores das mais diversas ordens: linguísticos, discursivos, cognitivos, 
culturais e interacionais”. 
 Assim, podemos dizer que são os elementos linguísticos de um texto 
que nos permitem apreender seu sentido, resultando assim, na coerência textual. Esses 
elementos linguísticos são adotados nas produções textuais visando despertar os 
conhecimentos prévios em seus leitores, sendo, então, considerados o ponto inicial 
para a elaboração de inferências que auxiliam no entendimento do texto. 
 São, portanto, fatores de coerência: 
● inferências; 
● conhecimento de mundo; 
● conhecimento compartilhado; 
● contextualização; 
● situacionalidade; 
● informatividade; 
● focalização; 
● intertextualidade; 
● intencionalidade e aceitabilidade; 
● consistência e relevância. 
Por fim, entendemos que a função da coerência não é apenas dar textualidade 
a um texto, mas sim a construção dos processos sociointerativos entre texto e sujeitos, 
em decorrência de todos os fatores que tratamos nesta Unidade. 
Linguística Textual - Unidade Nº 2 – Relações cognitivas intratextuais 
 
 
Você quer ver? Elias e Koch comentam sobre a necessidade de aprofundar os estudos 
acerca da leitura e da compreensão. Veja aqui os motivos que levaram as autoras a 
escreverem o livro: <https://youtu.be/8tvzFlzo7wc>. 
 
Síntese 
Nesta unidade abordamos conceitos e fatores fundamentais para a construção 
de sentido dos textos, descrevendo e possibilitando a compreensão: 
● das estratégias textual-discursivas, por meio das quais pudemos reconhecer os 
sistemas de conhecimento compreendidos pela Linguística Textual; 
● das estratégias formulativas em contraste às estratégias metadiscursivas, 
reconhecendo suas funções por meio de seus elementos textuais e classes de 
palavras; 
● dos articuladores textuais e como são suas marcas no texto a fim de 
desempenharem uma função específica; 
● dos organizadores textuais e como desempenham seus papeis no texto e nos 
processos de interação sociocognitiva; 
● das estruturas cognitivas que são o ponto de partida para que um texto seja 
considerado texto; 
● dos modelos cognitivos globais, e também, do conhecimento prévio, 
entendendo sua importância para a Linguística textual; 
● dos fatores de coerência face ao texto e à Linguística Textual. 
Vamos, agora, seguir aprofundando nossos conhecimentos dos conceitos da 
Linguística Textual, na Unidade 3. 
 
https://youtu.be/8tvzFlzo7wc
Linguística Textual - Unidade Nº 2 – Relações cognitivas intratextuais 
 
Bibliografia 
DIJK, Teun A. Van. Cognição, discurso e interação. São Paulo: Contexto, 2002. 
FÁVERO, Leonor Lopes. Coesão e coerência textuais. São Paulo: Ática, 2002. 
_____. Coesão e coerência textuais. São Paulo: Contexto, 2009. 
KOCH, Ingedore Villaça. A coerência textual. 18 ed. São Paulo: Contexto, 2010. 
_____. A coesão textual. 22 ed. São Paulo: Contexto, 2010. 
_____. As tramas do texto. 2 ed. São Paulo: Contexto, 2014. 
_____. Desvendando os segredos do texto. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2003. 
_____. Introdução à linguística textual. São Paulo: Martins Fontes, 2004. 
_____. Introdução à linguística textual: trajetória e grandes temas. 2 ed. São Paulo: 
Contexto, 2015. 
KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender: os sentidos do texto. 
3 ed. São Paulo: Contexto, 2010. 
LEITE, Ana Maria de Carvalho. Elementos articuladores em artigo de opinião: uma 
experiência com sequência didática no ensino médio. Belo Horizonte, 2004. 
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Concepção de língua falada nos manuais de português 
de 1º e 2º graus: uma visão crítica. Trabalhos em linguística aplicada, Campinas, n. 30, 
p. 39-79, jul./dez. 1997. 
Referências imagéticas: 
Figura 1 - FREEPIK. Bilhete. Disponível em: <https://www.freepik.com/>. Acesso em 23 
jul. 2019. 
Figura 2 - FREEPIK. Placa informativa. Disponível em: <https://www.freepik.com/>. 
Acesso em 23 jul. 2019.

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