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Bases dos Biomateriais Odontológicos Prof. Paulo Sergio Lopes dos Prazeres pslprazeres@uni9.pro.br Aula 1 – Forma e Função dos Dentes Nomenclatura Quadrante 1 – Superior Direito Quadrante 2 – Superior Esquerdo Quadrante 3 – Inferior Esquerdo Quadrante 4 – Inferior Direito Funções dos Dentes Anteriores ➝ Função de corte Posteriores ➝ Função de triturar, macerar Cavidades Classe I · Cicatrículas e fissuras na face oclusal de molares e pré-molares · Cicatrículas e fissuras na face palatina dos incisivos e caninos superiores · 2/3 oclusais da face vestibular dos molares inferiores · 2/3 oclusais da face palatina dos molares superiores Classe II · Faces proximais dos pré-molares e molares Classe III · Faces proximais de dentes anteriores Classe IV · Faces proximais dos dentes anteriores, envolvendo o ângulo incisal Classe V · Terço gengival, nas faces vestibular e lingual/palatina de todos os dentes Estrutura Interna do Dente Colo do dente ➝ área que se inicia logo onde paramos de enxergar o dente até a crista óssea. A raiz já está dentro do osso. Polpa do dente ➝ feita de tecido conjuntivo. Está tanto na câmera pulpar quanto no canal do dente. Artéria ➝ vaso que sai do coração, com muita pressão Veia ➝ vaso que leva sangue até o coração, menos pressão, paredes mais finas Hidroxiapatita Ca2Po4 ➝ calcificação da dentina O Esmalte dentário é o mais resistente e também o tecido mais mineralizado do corpo, e, juntamente com a dentina e a polpa dentária, formam os dentes. Aula 4 – Propriedades e Estrutura da Matéria - 16/03/2021 Tipos de Ligação Primária – Ligações fortes, entre átomos · Iônica ➝ materiais que não dobram, quebram. Estrutura cristalina caracterizada por alta temperatura de fusão, isolante térmico e elétrico, e frágil. · Ex. porcelana. · Metálica ➝ estrutura cristalina, alta condutibilidade térmica e elétrica, dúctil e maleável · Dúctil ➝ Dúctil é um material que se deforma permanentemente por tração · Maleável ➝ Maleável é um material que se deforma permanentemente por compressão · Ex. alumínio, ouro · Covalente ➝ estrutura amorfa (odontologia) caracterizada pela baixa condutividade térmica e elétrica, normalmente com baixa rigidez · Polietileno · Óleo, grafite, resina acrílica, manteiga Secundária – Ligações Fracas · Pontes de hidrogênio · Cargas positivas e negativas Propriedades Mecânicas Carga ou força ➝ força externa aplicada sobre o material Tensão ➝ reação inversa à força aplicada no material em relação à área da secção transversal · T = F/a · Quando aumenta a área, a tensão cai Tipos de Tensão · Compressão, torção ou cisalhamento, e tração ➝ tensões contingentes, acontece imediatamente · Tensões complexas · Tensões residuais ➝ acontece aos poucos Deformação (%) · Elástica · Permanência ou plástica · Elástica + permanente = Total Corpo de Prova (CP) · Máquina de ensaios universais · 30,5cm altura x 15,2cm largura Tensões Importantes dentro do limite elástico · LP – Limite de proporcionalidade · LE – Limite de elasticidade · LC – Limite convencional de escoamento · - Elasticidade máxima Rigidez · Relação entre tensão e deformação · O módulo de elasticidade define a rigidez do material · Área do triângulo · Tenacidade · Capacidade de absorver energia/impacto até ruptura · Materiais dúcteis e maleáveis · Só consegue absorver energia materiais que sofrem deformação permanente, que são maleáveis, e não duros Tenacidade x Fragilidade · ilidade – não é maleável, material que quebra · Frágil pode ser resistente Dureza: Vantagens · Ensaio rápido e fácil de executar · Bom indicador de resistência mecânica e à abrasão · Baixa variabilidade Aula 5 – Propriedades e Estrutura da Matéria – 06/04/2021 Propriedades Térmicas Condutibilidade Térmica · A velocidade com a qual o calor consegue passar pelo material · Quando maior a condutibilidade térmica, mais rápido o calor passa por aquele material · Dente (ligação iônica) tem baixa condutibilidade térmica · Metal tem alta condutibilidade térmica · Ligações covalentes (plásticos) tem baixa condutibilidade térmica Coeficiente de Expansão Térmico Linear (CETL) · Materiais sólidos · Coeficiente que mesura variação da dilatação de materiais, o quanto aquele material dilata · Alto coeficiente significa alta variação de dilatação · Dente tem baixo CETL · Metal tem baixo CETL, mas > que o CELT do dente · Ligações covalentes (plásticos) tem altíssimo CELT · Muito cuidado com a adesão no momento de fazer restauração Propriedades Elétricas · O material metálico em contato com solução (saliva) oxida-se rapidamente e libera sabor de metal ➝ galvanismo ➝ corrosão causada por metais dessemelhantes na boca · Íons positivos · Utilizar o mesmo material em restaurações de dentes superiores e posteriores que se toquem, para não haver fechamento de circuito e não causar choque · Colocar proteção – isolante elétrico – antes da restauração feita com material metálica, dentro do dente. Assim, o material metálico oxida e se dissipa na língua/na boca ao invés de causar o choque. Condutibilidade Elétrica · A capacidade de um material de transportar uma corrente elétrica Propriedades Ópticas · Matiz ➝ cor determinante · Croma ➝ “quantidade” daquela cor que existe dentro do dente, saturação da cor, carregamento da cor no dente · Valor ➝ o quanto de branco existe em um dente, “claridade” da cor · Opalescência ➝ cor levemente translucida, acinzentada, azulada · O esmalte do dente é translucido, a dentina é opaca com leve translucidez · Metamerismo ➝ fenômeno que altera a cor de um material conforme mudança de luz Escala VITA · Família de cores A, B, C e D · Mesura através de matiz, croma e valor 1) Dente incisivo lateral inferior direito (42) 2) Primeiro molar inferior esquerdo (36) 3) Canino inferior direito (43) 4) Primeiro pré molar superior esquerdo (24) 5) Cavidade tipo classe I · Cicatrículas e fissuras na face oclusal de molares e pré-molares · Cicatrículas e fissuras na face palatina dos incisivos e caninos superiores · 2/3 oclusais da face vestibular dos molares inferiores · 2/3 oclusais da face palatina dos molares superiores 6) Cavidade tipo cIasse II · Faces proximais dos pré-molares e molares (posteriores) 7) Cavidade tipo classe III · Faces proximais dos dentes anteriores, sem envolver ângulo incisal 8) Cavidade tipo classe IV · Faces proximais dos dentes anteriores, envolvendo ângulo incisal 9) Cavidade tipo classe V · Terço gengival, nas faces vestibular e lingual/palatina de todos os dentes 10) Qual é o tecido do dente que tem mais cálcio? · O esmalte dentário 11) Explique resumidamente por que temos dor quando a dentina fica exposta. · O que ocorre é que a dentina não está protegida pelo esmalte, e por ser uma parte da estrutura do dente que possui terminações nervosas que ficam expostas o dente passa a sentir dor quando em contato com materiais externos. · A dentina possui parte dos prolongamentos dos túbulos, e devido ao movimento anormal dos fluidos nos túbulos ocorre a sensibilidade dos dentes. O movimento dos fluídos ocorre quando se coloca frio, quente ou doce em contato com a dentina. · Devido à movimentação hidrostática do fluído no túbulo dentinário, movimentando o prolongamento citoplasmático do odontoblasto e consequentemente a sua terminação nervosa. Composição do Esmalte · 97% - Mineral ➝ hidroxiapatita ➝ contém o cálcio (apatita molécula com cálcio) · 2% - Água · 1% - Matéria Orgânica Composição da Dentina · 70% - Mineral ➝ hidroxiapatita ➝ contém o cálcio · 12% - Água · 18% - Matéria Orgânica Aula 6 – Revisão e Prova - 13/04/2021 1) Tensão. 2) Tensão residual. 3) Tensão contingente. 4) Elástica, e permanência ou plástica. 5) Fragilidade. 6) Ductilidade. 1) Maleabilidade. 2) Tenacidade. 3) O módulo de elasticidade 4) Condutibilidade térmica. 5) CELT 6) Galvanismo 7) Contato com metais dessemelhantes. Smear Layer · Camada que está presente nos dentes, protege os túbulos e evita que haja sensibilidade excessiva Aula 7 – Cimentos Odontológicos– 20/04/2021 Tipos de Dentina Dentina Esclerosada · Quando ocorre o fechamento dos túbulos dentários através de mais produção de cálcio, com hidroxiapatita Dentina Terciária ou Reacional · Camada odontoblástica passa a regredir o tamanho da polpa, produzindo dentina para tentar não sofrer a agressão da carie ➝ reação tecidual · Esse processo inflamatório pode levar a polpa à morte · Quanto mais agride a polpa, mas celulares pulpares morrem · Quanto mais afastada a carie da polpa, melhor para a recuperação Proteção Pulpar ➝ Do quê? Com o quê? Proteção Pulpar contra Agressões · Agressões pulpares físicas · Mecânica ➝ ranger do dente, não tão problemática, intensidade leve · Térmica ➝ calor do motor do dentista · Elétrica ➝ galvanismo · Agressões pulpares químicas · Ácidos · Agressões pulpares bacterianas · Cárie · Infiltração bacteriana Materiais de Proteção Pulpar Selantes ou vedadores · Vernizes convencionais · Sistemas adesivos Forradores Cavitários · Efeito medicamentoso, ação de estimulante do organismo para produzir mais dentina terciária · Bactericida ➝ mata a bactéria · Bacteriostático ➝ impede a proliferação de bactérias · Hidróxido de cálcio (base) PHs · PH = 7 Neutro · PH < 7 Ácido · PH > 7 Base (maior PH é 14) Bases Cavitários · Cimento fosfato de zinco · Cimento óxido de zinco-eugenol · Cimento de ionômero de vidro Requisitos de um Material Ideal · Isolante térmico e elétrico (não passar calor e eletricidade à câmara pulpar) ➝ fosfato de zinco, ionômero de vidro e óxido de zinco-eugenol · Bactericida e bacteriostático ➝ somente o hidróxido de cálcio · Adesão à estrutura dentaria ➝ ionômero de vidro · Adequar o meio para neoformação dentinária ➝ hidróxido de cálcio · Biologicamente compatível ➝ ionômero de vidro e hidróxido de cálcio · Resistência mecânica ➝ fosfato de zinco, ionômero de vidro e óxido de zinco-eugenol · Inibir o manchamento dental ➝ verniz ou adesivo · Evitar a infiltração de bactérias ➝ verniz ou adesivo, ionômero de vidro Selantes ou Vedadores Verniz Cavitário Convencional · É composto por uma resina natural ou sintética dissolvida em um solvente orgânico (acetona, clorofórmio ou éter), quando aplicado na cavidade se evapora rapidamente, deixando uma película isolante semipermeável · Extra camada de verniz para criar uma camada mais homogênea Indicação · Restaurações de amálgama ➝ sob restauração · Proteção do ionômero de vidro ➝ sobre restauração Propósito – Por baixo · Evita manchas · Melhorar o vedamento da margem nas restaurações de amálgama, evitando infiltração bacteriana · Impedir íons metálicos de migrarem para o dente durante a corrosão e causem escurecimento do dente Propósito – Por cima · Previne que o ionômero de vidro se dissolva · Não é por baixo pois senão impede a adesão · Ionômero de vidro não resiste aos impactos da mastigação · Sobre linhas de cimentação – bordas que sobram do cimento de restauração Forradores Cavitários Hidróxido de Cálcio · Promover um meio adequado para a polpa induzir a formação de dentina reacional · P.A. (pró análise) ➝ só o pó · Suspensão ➝ pó + base · Pasta-pasta Características · Adequar o meio para estimular a polpa a formar dentina esclerosada, reparadora decorrente do PH altamente alcalino e da sua atividade antibacteriana · pH = 12 · Bactérias tendem a morrer em meio alcalino · Ca(OH)₂ · Básico = alcalino pH acima de 7 · Ácido tem pH abaixo de 7 · Bactericida = alto pH · Isolante térmico e elétrico · Altamente alcalino ➝ mata bactérias · Ex. cândida em casa, mata bactérias · Radiopaco ➝ deve aparecer no raio x · Aparece em branco no raio x · Não adesivo · Impede a passagem de agentes químicos, principalmente ácidos · Baixa resistência mecânica · Sem contato com a saliva, pois se dissolve · Sem contato com impacto de mastigação · Usado na região mais profunda da cavidade · Acaba não sendo isolante por conta da pequena quantidade · Não usado em cavidades rasas, somente profundas · Quando a polpa foi exposta, coloca-se primeiro PA onde está sangrando, e por cima cimento de hidróxido de cálcio Profundida Cavitária · Capeamento pulpar indireto ➝ quando a polpa foi danificada, sangra · Capeamento pulpar direto ➝ alta profundidade · Não é usado em casos rasos de profundidade · Cimento Pasta/Pasta → base + catalisador (Ca(OH)2) · 10seg de tempo de vida para “tomar presa” = secar · Capeamento pulpar indireto na dentina · Capeamento pulpar direto na polpa Fatores de Sucesso · Pacientes jovens · Exposição pequena da polpa · Exposição acidental ➝ não foi a cárie que chegou à polpa, deve ser “acidente” do profissional, que expõe a polpa sem querer · Ausência de saliva ➝ ambiente deve estar descontaminado · Pulpite ➝ A pulpite é a inflamação da polpa do dente, que é um tecido com vários nervos e vasos sanguíneos situados no interior dos dentes, causando dor intensa e que piora na presença de estímulos, como mastigação ou ingestão de bebidas e alimentos quentes ou frios. Aula 8 – Cimentos Odontológicos – 26/04/2021 MTA – Agregado Trióxido Mineral · Cimento literalmente · Silicato tricálcico · Silicato dicálcico · Aluminato tricálcico · Sulfato de cálcio (anidro e hemiidratado) · Óxido de bismuto (radiopacidade) Aplicações · Utilizado em casos de perfuramento do dente · Bastante biocompatível Características · Reação com água resulta em um gel coloidal que solidifica em poucas horas – algumas marcas relatam 10 minutos para tomar presa · Mecanismo de ação similar ao do hidróxido de cálcio – óxido de cálcio presente no pó (75%) se hidrolisa – Ca(OH)₂ · pH de 12 · Menor solubilidade que cimento de Ca(OH)₂ e Ca(OH)₂ P.A. Todos os cimentos são sais, frágeis e tomam presa. Base ou Restauradores Provisórios · Objetivo ➝ regularizara cavidade e/ou proteger o material do forramento · Isolante térmico, físico e químico Óxido de Zinco e Eugenol · Tipo I – restaurações temporárias de curta duração, de uma semana a um mês · Tipo II – restaurações provisórias de longa duração, de um mês a 6 meses · Tipo III – restaurações provisórias e base para isolamento térmico · Eugenol ➝ ácido orgânico, possui oxigênio e carbono, molécula aromática (forma um anel) Estrutura Após a Presa · Partículas de óxido de zinco não reagidas são envolvidas por uma matriz não-cristalina de eugenolato de zinco · Catalisador ➝ um material que entra e sai de uma reação química · Fica cintilante quando ainda está úmido por conta da umidade mesmo Aula 9 – Cimentos Odontológicos – 04/05/2021 Óxido de Zinco e Eugenol Propriedades · Bom selamento marginal (I) · Bom isolante térmico, químico e elétrico · Baixa resistência mecânica e à tração (I) · Biocompatível · Bactericida · O eugenol inibe a função neutrofílica e protege os tecidos dos danos causados pela inflamação Propriedades · Ação terapêutica sobre a polpa (propriedades anódinas – tira a dor e sensibilidade) · Baixa solubilidade nos fluídos bucais Contraindicação · Quando em contato direto com o tecido biológico, pode causar irritabilidade (eugenol) · Pode causar necrose residual · Não serve como base para resina composta Composição – Tipo I · Pó ➝ ZnO · Eugenol ➝ 80% de óleo de cravo · Demora para tomar presa, pode ser armazenado por meio dia de trabalho · A umidade acelera a presa, por isso após colocar o cimento pegamos uma bolinha molhada e assentamos o cimento Composição – Tipo II · Pó ➝ ZnO, acetato, resinas sintéticas ou naturais · Líquido ➝ eugenol, plastificadores (óleos), resinas, H2O · Mínimo de 2mm de borda para colocar o restaurador Composição – Tipo III · Quase não utilizado, nem é encontrado no Brasil Cimento de Fosfato de Zinco · Ácido Fosfórico - H3PO4 · Super Ácido ➝ pH = 0 · Material mais antigo em uso (+ de um século) devido à sua qualidade e longa história de sucesso na odontologia · Pó ➝ oxido de zinco eugenol 90% · Líquido ➝ solução de ácido fosfórico 45%-64% Aula 10 – Cimentos Odontológicos – 04/05/2021 Cimento de Fosfato de Zinco Características · Resistência à compressão (140 Mpa) · Alta solubilidadeaos fluídos bucais · Biocompatibilidade · Alta acidez pH = 1,3 a 3,4 (recém manipulado) · 24 horas pH = 7,0 · Espessura de película = 0,25mm · Espessura de um fio de cabelo · Um dos seus fatores de sucesso · Rigidez similar à da dentina · Módulo de elasticidade quase igual a da dentina · Baixa compatibilidade térmica e elétrica ➝ isolante · Pouco controle de tempo de presa, isotérmico, produz calor ele mesmo · Controle através de óxidos diferentes e manipulação · Tudo que é aquecido pega presa rápido · A manipulação gera calor e acelera a presa · 3-6 minutos de manipulação Vantagens X Desvantagens · Fácil manipulação · Tempo de presa bem definido · Resistência à compressão suficientemente alta · Baixo custo X · Irritante pulpar (pH baixo, muito ácido) · Não tem ação antibacteriana · São frágeis · Não são adesivos · São solúveis aos fluídos bucais Manipulação · Controle da velocidade de ação ➝ pega presa rápido · 3-6 minutos de manipulação · Composição do cimento · Auto degradação da solução de ácido fosfórico (turvo no frasco) · Manipulação ➝ tempo de espatulação, resfriamento da placa · Consistência do cimento (proporção P/L) · Espessa ➝ base cavitária · Fina ➝ agente de cimentação · Consistência para base ➝ fio que não quebra · Consistência para cimentação ➝ fio que quebra · Placa com umidade ou líquido antes da manipulação retém umidade e acelera a presa · O cimento, quando muito fino, não tem área para reagir e pega presa rápido Aplicações Químicas Aula 11 – Cimentos Odontológicos – 11/05/2021 Cimento de Ionômero de Vidro · Cimento à base de água, mais especificamente conhecidos como cimentos vidro-polialcenoatos, que reagem quimicamente através de uma reação química ácido-base – isso só ocorre em meio aquoso Composição Líquido · Ácido poliacrílico (50%) – responsável pela adesão · Ácido itâconico · Ácido maléico · Ácido tricarboxílico Pó · SiO₂ · Al₂O3 · AlF3 · NaF · AlPO4 Estrutura · Se a proteção da restauração do ionômero de vidro for feita inadequadamente, a saliva entra em contato com o material e causa a perda de sua estrutura, o seu amolecimento, e lava os íons, fazendo com que a restauração craquele e chegue até a quebrar Cuidados · Sinérese ➝ processo da evapora da água para o meio externo, interrompendo a reação da cadeia, produzindo trincas no interior do material · Embebição ➝ propriedade de absorver água, alterando a quantidade, produzindo um material de baixa dureza · Presa ➝ 30min a 24h Características · Resistência adesiva baixa · Ação antimicrobiana, bactericida · Liberação de flúor alta · Biocompatibilidade alta · CETL semelhante ao do dente · Enquanto estiver com brilho, vai aderir ao dente Classificação dos CIV 1) Convencionais 2) Alta viscosidade 3) Modificados por resina Classificação dos CIV quanto à composição 1) Convencionais 2) Anidros ➝ ácido liofilizado 3) Cermet ➝ ligas de prata 4) Resina na composição ➝ HEMA bifuncional ART · Atraumatic restorative treatment · Tratamento restaurador atraumático Consistência · Deve estar brilhante · Deve fazer um fiozinho quando puxado 2cm · Tempo de trabalho +-2min, quando perde o brilho Vantagens · Ácido poliacrílico é fraco – resposta pulpar baixa · Fatores que diminuem a penetração bacteriana · Liberação de flúor (incorporação do meio bucal) · Baixo pH inicial · União química à estrutura dentinária · Biocompatível · CETL próximo ao dente (dentina artificial) · Módulo de elasticidade (rigidez) próxima à do dente · Anticariogênico Desvantagens · Estética desfavorável · Baixa resistência ao desgaste · Sinérese e Embebição · Tempo de presa alto (+ 8 minutos) Aula 12 – Avaliação – 18/05/2021 (1) Resina de copal, colofônia ou nitrato de celulose, são a resina base de qual material usado na odontologia? Verniz cavitário ou convencional. (2) Quantas camadas devemos aplicar para obter um bom selamento com o verniz simples? 2 camadas. (3) Qual o motivo de aplicarmos um leve jato de ar entre as camadas do verniz simples? Para evaporar o solvente. (4) Qual material deve ser aplicado sobre restaurações de cimento de ionômero de vidro convencional? Verniz cavitário convencional. (5) Qual material deve ser aplicado sob restaurações de amálgama com o intuito de se impedir a infiltração nas margens da restauração? Verniz cavitário convencional. (6) Qual o nome do cimento é usado para o forramento de cavidades profundas e capeamento pulpar? Hidróxido de cálcio. (7) Quais os requisitos devem ser observados para termos sucesso no capeamento pulpar direto? Pacientes jovens; pequena exposição da polpa, exposição acidental e ausência de saliva. (8) Qual o nome do cimento que apresenta baixas propriedades mecânicas, alta solubilidade, alto pH e ainda pode ser bactericida e/ou bacteriostático? Hidróxido de cálcio. (9) Qual o nome do cimento que apresenta baixas propriedades mecânicas, efeito anódino e é usado em cimentação e restaurações provisórias de curta duração? Óxido de zinco e eugenol tipo I. (10) Qual o nome do cimento que apresenta boas propriedades mecânicas, efeito anódino e é usado em restaurações provisórias de longa duração? Óxido de zinco e eugenol tipo II. (11) Seu paciente apresenta sintomatologia dolorosa no dente 27, ao remover o tecido cariado você percebe que existe alta probabilidade deste dente se recuperar sem o tratamento endodôntico (canal), sendo assim você opta por fazer uma restauração provisória e aguardar um mês. Qual material restaurador provisório melhor se encaixa nessa situação sabendo que o dente será restaurado com amálgama? Óxido de zinco e eugenol tipo I. (12) Qual cimento apresenta adesão aos tecidos dentais? Cimento de ionômero de vidro. (13) Qual cimento apresenta liberação de flúor? Cimento de ionômero de vidro. (14) Quais as duas propriedades que caracterizam o cimento de ionômero de vidro? Adesão aos tecidos dentais e liberação de flúor. (15) Qual cimento é mais indicado para o tratamento restaurador atraumático (ART)? Cimento de ionômero de vidro. (16) Como podemos evitar ou diminuir a sinérese ou Embebição das restaurações em cimentos de ionômero de vidro convencional? Fazer a proteção adequadamente com verniz. (17) Para que ocorra a adesão entre o dente e o cimento de ionômero de vidro como deve ser o aspecto da massa que devemos observar, para aplicá-lo no dente? Deve estar brilhante. (18) Cimentos de ionômero de vidro reforçados por partículas de prata passaram a ser comercializados com o nome de Cermet. Qual a indicação destes cimentos? Cavidades classe I e II de dentes decíduos. (19) Qual cimento é indicado para restaurações provisórias, base de restaurações e principalmente para cimentação definitiva em prótese fixa? Fosfato de zinco OU Óxido de zinco e eugenol tipo III. (20) Qual cimento possui como componentes básicos o óxido de zinco e o ácido fosfórico? Cimento de fosfato de zinco. (21) Cite duas formas de se dissipar o calor gerado pela exotermia da reação dos cimentos de fosfato de zinco. Controle da velocidade de espatulação, usar a maior parte da área da placa, respeitar as divisões, usar placa de vidro grossa e resfriamento da placa usada na espatulação. (22) Em quantas partes devemos dividir o pó do cimento de fosfato de zinco para a espatulação acadêmica? 6 partes. Aula 13 – Polímeros + Resina Composta + Avaliação – 25/05/2021 Polímeros · Processo de endurecimento da resina · É uma reação cuja ativação pode ser física, química ou térmica na qual os monômeros são unidos para a produção do polímero · Física: resinas compostas, sistemas adesivos, cimentos resinosos · Química: resinas acrílicas, cimentos resinosos, elastômeros · Térmica: resinas acrílicas · Um ativador ativa um iniciador que se transforma no radical livre · Polimerização leva à contração e o material diminui de tamanho · Contração de polimerização · Muitas vezes pode ocorrer um gap entre a restauração e o dente por conta dessa contração que ocorre após a polimerização (luz) · Poli ➝ muitas · Meros ➝ partes · Monômero ➝ uma unidade · Polímero ➝ muitas unidadesTipos de Polímeros · São materiais orgânicos ou inorgânicos, sintéticos ou naturais, de alto peso molecular (macromolécula) de cadeia longa, constituídos de muitas unidades repetidas (monômeros) unidas por ligação covalente · Orgânicos naturais: celulose · Orgânicos sintéticos: nylon, poliéster, acrílico · Polímero formado por cadeias lineares · Deslizamento entre cadeias · Maior deformação sob tensão e aumento de temperatura · Ex. saco de lixo · Polímero formado por cadeias com ramificações · Menor deformação sob tensão e aumento de temperatura · Ex. acrílico · Polímero formado por cadeias com ligações cruzadas · Sem deformação sob tensão e aumento de temperatura · Aumento de resistência à solubilidade · Resistência à sorção de água · Absorção e adsorção (quando a água fica na superfície) · As duas coisas podem romper, fazer a degradação o polímero · Ionômeros sofrem sorção · Hidrolise ➝ capacidade da água de quebrar o polímero · Resistência ao desgaste · Resistência mecânica · Ex. baquelite (plástico) Ativador · Luz · Reação química (ex. pasta básica com catalisador) · Calor (ex. banho de água quente) Fotopolimerização · Luz azul (ativador) excita a canforoquinona (iniciador) que reage com grupos amina produzindo um radical livre que reage com os monômeros, unindo-os · Camada de Inibição pelo oxigênio · Inibe a reação superficialmente – espessura de +- 5 a 10 mmm Processo de Fotopolimerização Luz ➝ Canforoquinona ➝ Grumo Amina ➝ Radical livre ➝ Propagação da formação da cadeia ➝ Monômero ➝ Polímero ➝ Término da formação da cadeia · O espectro à esquerda das cores é mais energético, enquanto o espectro à direita tem a temperatura mais alta. A luz ultravioleta pode cegar. · Ponta colimadora ➝ concentra a luz no fotopolimerizador · Fugir de pontas brancas de fotopolimerizador, que são pontas de acrílico, comprar pontas de fibra ótica · Intensidade mínima da luz = 600mW/cm2 (maioria atualmente tem 1000mw/cm2) · Comprimento de onda da luz = 460-480nm · = 1 Jaule a cada segundo de energia aplicada nas condições acima · Irradiância (mW/cm2) · Densidade da potência, intensidade · Potência fornecida por unidade de área · Irradiância (mW/cm2) = Potência (mW) / Área (cm2) Resina Composta Importância Estética · Cor · Brilho · Translucidez · Fluorescência · Mimetização Conservação da Estrutura Dental · Adesão · Menor desgaste Tempo de Trabalho · Controle do tempo de trabalho Odontologia Restauradora · Bowen, 1962 ➝ resina epóxica + resina acrílica · Bis-GMA + partículas de carga + agente de união = RESINAS COMPOSTAS Resina Composta · Composição elementar das resinas compostas · Matriz resinosa (Bis-GMA) · Carga (vidro) · Silani (agente de união) Matriz Resinosa – Monômeros · Porção orgânica, confere estrutura ao material composto · Toma presa, polimeriza · BIS-GMA · UDMA · BIS-EMA (3M gosta muito) · TEGDMA · MMA (metilmetacrilato) · Peso molecular baixo · Baixa viscosidade · Bis-GMA (bisfenol glicidil metacrilato) · Peso molecular alto · Alta viscosidade · Alta rigidez Inibidores · Minimizam/previnem a polimerização espontânea · Controlam velocidade de reação Pigmentos · Opacificadores · Pigmentos · Scala vita = vita shade · Cores opacas (dentina) requerem maior tempo de polimerização do que cores translúcidas (esmalte) Aula 14 – Resina Composta – 01/06/2021 Partículas de Carga · Servem para aumentar a resistência e diminuir a contração de polimerização · Não toma presa, ocupa espaço para colocar menos Bis-GMA · Quanto mais carga melhor ➝ geralmente é o vidro · Porção inorgânica · Vidro ➝ SiO2 · Quartzo ➝ extremamente duras, radio lúcidas, 20mmm, difícil polimento, não se usa mais · Sílica coloidal ➝ baixa dureza, radio lúcidas, 0,04mmm, ótimo polimento, pouca carga (aprox. 50%) · Ideal ➝ 80% carga · Vidros de metais pesados (Ba, Li, Zr) ➝ radiopacas, 2mmm, polimento e dureza intermediários, quase 80% de carga Resinas de Uso Universal · Resinas de uso universal são as resinas que podem ser usadas tanto em dentes posteriores quanto dentes anteriores. Mistura de vidros de metais pesados com sílica coloidal. Propriedades da Resina Composta · Tipo ➝ dureza intermediária, a carga não pode ser muito dura · Tamanho ➝ cargas de tamanhos de partículas diferentes · Distribuição dos tamanhos · Fração volumétrica · Dureza · Radiopacidade · Índice de refração ➝ partícula mais translúcida · Viscosidade ➝ mais carga, maior consistência de massa, maior resistência mecânica, menos contração · Alta viscosidade ➝ compactável Silano · Promove a união química entre a matriz e as partículas de carga · Confere melhores propriedades físicas e mecânicas e estabilidade hidrolitica · O fabricante faz um banho de Silano nas micropartículas de vidro que fazem parte da composição da resina Contração de Polimerização · A força da contração força de maneira oposta à cola a 70kg/cm2 · Fenda que abre devido à contração (gap) pode causar cáries futuras ou sensibilidade Tensão de Polimerização e Fator C · Quanto maior o Fator C, maior será a tensão que força a cola e menor a possibilidade de a resina contrair de outros lugares, forçando muito mais a emenda · Mais ela tentará deslocar a resina · Cálculo Fator C ➝ área aderida/área livre Contração de Polimerização · Contração + Módulo de Elasticidade ➝ Compósito aderido, tensão na interface adesiva Problemas de Contração de Polimerização · Cárie secundária · Micro infiltração · Sensibilidade pós-operatória · Fratura da restauração · Deflexão de cúspides e paredes cavitárias ➝ dente flexiona para dentro · Fratura da estrutura dental (possibilidade) Soluções de Fabricante · Utiliza monômeros de alto peso molecular · Incorpora partículas de diferentes tamanhos Soluções do Dentista · Técnica Incremental Obliqua ➝ camadas de até 2mm de espessura · Oxigênio inibe polimerização, o que permite que resinas colem uma na outra para aplicar várias camadas, já que a cama superficial está em contato com o ar. A superfície não estará polimerizada · As camadas vão compensando os espaços contraídos das camadas anteriores e os substitui · A luz do fotopolimerizador tem um alcance de polimerização de no máximo 2mm · Porções de pequeno volume e inclinadas, para que áreas livres > áreas coladas Soluções de Fabricante – Polimerização · Início anos 70 ➝ resina de quartzo, macroparticulado, tomava presa quimicamente, cor universal · Dentes anteriores · Partículas com alta dureza · Dificuldade de polimento · Desgaste da matriz · Conteúdo de carga 50-60% em volume · Partículas radiolúcidas · Fim anos 70 ➝ micropartículas de sílica · Dentes anteriores · Partículas bem pequenas com menor dureza · Excelente polimento · Conteúdo de carga 30-55% em volume · Grande % de matriz · Baixas propriedades mecânicas · Alta contração e sorção · Partículas radiolúcidas · Excelentes para finalização, ainda se usa, polimento que deixa o dente lisinho, mas não aguenta desgaste, portanto só serve para dentes anteriores · Fim anos 80/90 ➝ partículas pequenas, vidros de metais pesados · Dentes posteriores · Polimento regular · Conteúdo de carga 65-77% em volume, máx 5% sílica · Partículas radiopacas · Fim anos 80/90 ➝ microhíbrido, vidros de metais pesados + sílica · Uso universal · Grande % de carga · Conteúdo de carga 60%-65% em volume, sílica 10-20% · Boas propriedades mecânicas · Baixa contração · Partículas radiopacas · Opallis (FGM) ➝ nacional, boa · Z100 (3MESP) ➝ alemã, 100% zircônio · Filtek Z250 (3MESP) ➝ Bis-EMA, menos grudento · Após 2000 ➝ nanoparticulado · Patenteado pela 3M até 2050 · Sílica/zircônia · Nanopartícula ➝ 0,005 – 0,07mmm · Nanoaglomerado ➝ 0,6 – 1,4mmm · Uso universal · Ótimo polimento · Grande % de carga · Conteúdo de carga 59% em volume · Boas propriedades mecânicas · Baixa contração · Radiopacidade · Após 2000 ➝ nano-hibridas · Nanopartículas + Particulas de vidro + Sílica coloidal · Uso universal · Microparticulado · Bom polimento · Microhíbrido · Grande % de carga · Boas propriedades mecânicas · Baixa contração · Radiopacidade· Recente · Resina composta de baixa contração · Bulk Fill – fluída · Mais rápido e mais simples, incremento único de até 4mm Propriedades Óticas · Translucência ➝ é a transmissão e difusão de luz através de um objeto · Esmalte · Transparência ➝ passagem direta da luz · Opacidade ➝ bloqueio da luz · Dentina · Cervical · Opalescência ➝ é o efeito luminoso que produz tons alaranjados e azulados quando a luz incide na superfície do esmalte dental · Alaranjada na cervical · Azulada na incisal · Fluorescência ➝ efeito óptico que acontece quando o objeto absorve ondas eletromagnéticas na faixa da luz ultravioleta Duração · Resina – 6 anos X Amálgama – 14 anos Sucesso da Restauração · Material · Resina · Sistema Adesivo · Procedimento restaurador · Campo operatório · Técnica · Tipo de cavidade · Posição no dente no arco · Paciente · Higiene · Revisão Aula 15 – Adesão e Adesivos – 08/06/2021 Adesão e Adesivos · A resina composta contrai quando polimerizada. A única coisa que diminui o efeito da polimerização, é o adesivo. · A resistência adesiva é muito influenciada pelo operador. O que é necessário para obter uma boa adesão? · Substrato ➝ onde estamos colando ➝ dente · Esmalte ➝ melhor adesão · Dentina ➝ pior adesão · Adesivo ➝ tipo de material Esmalte · 92% material mineral · 6% água · 2% matéria orgânica → bainha de mielina, gordura · Há “buraquinhos” no esmalte, na parte de matéria orgânica, que retém melhor o adesivo. Condicionamento ácido em esmalte · Profilaxia · Aplicação de Ácido fosfórico · Em formato de gel, não deve pegar na gengiva (queima), deve ser de outra cor para percebermos onde já foi aplicado · Fosfato de zinco ➝ 54% · Ácido fosfórico ➝ 30% a 40% de concentração ideal · < 30% dissolução pouco efetiva · > 50% precipitado · Aumenta a área disponível para ligação · Aumenta a energia livre da superfície Aplicação de ácido em esmalte · Aplicar por 30seg · Lavar bem após a aplicação · Secar bem Dentina · 70% material mineral · 12% água · 18% matéria orgânica → bainha de mielina, gordura · Peritubular ➝ mais calcificada · Intertubular ➝ menos calcificado · Melhor para a adesão · Quanto mais próximo da polpa a lesão estiver, pior a adesão vai se tornando · Smear layer ➝ pó de restos de resina da broca, sujeira, etc. Deve ser retirada dos túbulos para desentupi-los e permitir que a bactéria saia dos túbulos, haja adesão. · 1000x menos que 1mm ➝ 0,5 a 5 micrômetros Técnica do Condicionamento Total – Esmalte & Dentina · Cria micro retenções no esmalte · Dissolve a camada de smear · Desmineraliza a dentina superficial · Profilaxia · Aplicar por 30s no esmalte e 15s na dentina · Se há desmineralização excessiva, o adesivo não consegue penetrar idealmente, pois mais difícil fica de fechar, já que a desmineralização está mais profunda · Lavar após a aplicação por30 segundos · Deixar úmido · Ideal pois a fibrilas de colágeno da dentina se espalham e permite que o adesivo entre na dentina e penetre · Toma presa dentro das fibrilas de colágeno e fica preso · Se secar demais, pode molhar de novo Umidade ideal · Dentina apta para receber o PRIMER ➝ monômeros com terminações hidrófilas e hidrófobas dissolvidos em solvente Solventes · Álcool · Álcool + água · Acetona · Deve estar sempre fechado · Responsável pela penetração do adesivo · Validade aproximada de 6 meses · Função: ajudar na remoção da água e carregar os monômeros para o interior da dentina Adesivos Requisitos para um bom adesivo · Selar a cavidade · Ser duradouro · Ser biocompatível · Ser fácil de usar Sistema Adesivo – 3 passos 1) Aplicação de ácido fosfórico 2) Aplicação de primer 3) Aplicação de adesivo – Bond Camada Hibrida · O que adere a restauração à dentina · Colágeno · Primer · Adesivo Aula 16 – Amálgama de Prata: Manipulação e Técnica de Inserção – 15/06/2021 Amálgama de Prata · Material mais antigo · Deve desaparecer, mas ainda deve perdurar pela próxima década Cronograma Histórico · 659 – Na China, no manuscrito da Dinastia Tang. Misturar 100 partes de Hg, com 45 de Ag e 900 de Estanho · 1836 – Na França, Taveau fez o “Patê d’argent” misturando raspas de moedas de prata com Hg · 1845 – Nos EUA, a sociedade americana de Cirurgiões Dentistas proibiu o uso do amálgama pelos maus resultados · 1850 – Consultório de George Fattat tinha sucesso profissional com amálgama precário · 1895 – G. V. Black desenvolve uma fórmula eficiente para o amálgama · 1900 – A SS White Lança o primeiro amalgama em escala industrial, com a fórmula de Black Amálgama de Prata · Vantagens · Facilidade de Uso · Custo · Longevidade Clínica · Desvantagens · Estética · Falta de adesão · Longevidade Clínica · Preparo cavitário · Prevenção · Procedimentos restauradores Procedimentos Restauradores · Seleção da liga · Proporcionamento · Trituração · Condensação · Brunimento pré-escultura · Escultura · Brunimento pós-escultura Seleção da Liga – Feito pelo Fabricante · Prata (Ag) · Estanho (Sn) · Cobre (Cu) · Zinco (Zn) ➝ pode ter ou não antioxidante · Mercúrio (Hg) ➝ líquido · Limalha ➝ produto da limagem em pó 1ª Geração ➝ (+Ag -Cu) · Ligas convencionais · 65% Ag (min), 6% Cu (máx), 25% Sn (máx), 2% Zn (máx) · Tipo: Limalha, Fino · O material perde a resistência quanto mais é misturado com líquido · Gama 2 ➝ uma mistura de estanho com mercúrio · Valamento 2ª Geração ➝ (+Ag +Cu) · Ligas de fase dispersa · 60% Ag (min), 13% Cu (máx), 27% Sn (máx), Zn C/S · Tipo: 2/3 de limalha de corte fino de composição convencional e 1/3 de esferas de eutético Ag/Cu · Esfera precisa de menos mercúrio · Gama 2 é eliminado após o material já tomar presa e não ocasiona valamento, devido ao +Cu e -Pr 3ª Geração ➝ (+Ag +Cu) · Ligas de fase única · Precisa de menos líquido para tudo, maior resistência · 60% Ag (min), 13% Cu (máx), 27% Sn (máx), Zn C/S · Tipo: Esferas · Esfera precisa de menos mercúrio 4ª Geração ➝ (-Ag ++Cu) · Ligas de alto teor de cobre · 40% Ag (min), 30% Cu (máx), 30% Sn (máx), Zn C/S · Tipo: Esferas, mistura, limalha Proporcionamento · Objetivo: menor quantidade de mercúrio · Como fazer: pré dosado em cápsulas Trituração · Objetivo · Remover a camada de óxido · Promover íntimo contato · Obter a plasticidade ideal · Como fazer · Mecânica ➝ amalgamador · Fornecer a menor energia para obter uma massa bem triturada · Sub triturada ➝ despedaça como areia quando jogada de 20cm · Bem triturada · Super triturada · Se jogada de 20cm, cair e amassar, é um bom sinal de que está bem triturada ou super triturada Condensação · Objetivo · Compactação · Promover íntimo contato · Diminuir excesso de matriz · Como fazer · Manual (condensador) ou mecânica (difícil encontrar) · Limalha ou misturas ➝ alta pressão, 8kg · Esferas ➝ baixa pressão, só acomoda na cavidade Brunimento Pré-escultura · Objetivo · Diminuir excesso de matriz · Melhorar a adaptação marginal · Como fazer · Pressionar o brunidor contra as margens da cavidade · Alta pressão · Sempre ter o brunidor apoiado no dente · Brunidor 29 na universidade Escultura · Objetivo · Devolver forma e função · Como fazer · Instrumentos cortantes e afiados · Usar apoio · Conhecer a anatomia dental Brunimento Pós-escultura · Objetivo · Alisar a superfície, facilitar o polimento · Como fazer · Movimentos curtos e rápidos · Pouca pressão Amálgama de Prata – Propriedades Importantes · Alteração dimensional · Resistencia mecânica · Propriedades térmicas · Creep · Corrosão · Toxicidade Alteração dimensional · Presa ➝ +- 20mmm/cm · Tardia (presença do Zn) ➝ 1% já se considera · Expansão tardia ➝ caso haja contaminação com umidade no momento da restauração, vai expandir violentamente em uma semana e pode até chegar a fraturar o dente · Mercurioscópica Resistencia mecânica · Resistência inicial (1h) e final (24h) · Resistência à compressão · Resistência à tração · Quanto mais mercúrio, menos resistência Propriedades térmicas · Alta condutividade térmica · 50x maior que a do dente · CETL · Não dilata tanto mais que o dente Escoamento · Imediato ➝ não há · Creep➝ escoamento tardio e devagar, espalhamento lento · Pode gerar valamento marginal · Quem escoa é o gama 2 Corrosão · Diminuição de resistência mecânica · Autovedamento marginal Toxidade · Não tem toxidade Aula 17 – Estudo Dirigido + Avaliação – 22/06/2021 3) Úmida 4) Álcool, álcool e água e acetona 5) Evita a evaporação do solvente 6) 2 camadas 7) Polímero de cadeia longa ➝ resina composta 8) Canforoquinona 9) T 20s O 40S 10) Incremental oblíqua 11) Comprar resinas com alto conteúdo de carga, técnica incremental oblíqua. 12) Zinco 13) Gama 2 14) Gama 2 15) Brunimento pré escultura 16) Brunimento pós escultura 17) Ligas esféricas 18) Respiratória e cutânea 19) a) Ambientes ventilados; não usar condensadores ultrassônicos; restos de amalgama devem ser armazenados em recipientes inquebráveis/plástico, com tampa e imersas em solução fixadora de radiografias (ou água) b) Usar pontas diamantadas novas e especificas; cortar a restauração, usar refrigeração e sucção abundantes c) Restos de amalgama devem ser armazenados em recipientes inquebráveis/plástico, com tampa e imersas em solução fixadora de radiografias (ou água)
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