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APOSTILA-SEXUALIDADE-AO-LONGO-DO-CICLO-DE-VIDA

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Faculdade de Minas 
1 
 
SEXUALIDADE AO LONGO DO CICLO DE VIDA 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
2 
 
 
Sumário 
1 - INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4 
2 - Desenvolvimento................................................................................................... 5 
2.1 Referencial Teórico .............................................................................................. 5 
2.1.1- Ciclo Vital ......................................................................................................... 6 
2.1.2 -Criança ............................................................................................................. 6 
2.1.3- Adolescente ..................................................................................................... 8 
2.1.4 -Adulto ............................................................................................................... 9 
2.1.5 -Idoso .............................................................................................................. 11 
3 - TIPOS DE CICLOS DE VIDA SEXUADOS ......................................................... 13 
4 - CICLO DE VIDA DOMINÂNCIA DIPLOIDE ........................................................ 14 
5 - CICLO DE VIDA DE DOMINÂNCIA HAPLOIDE ................................................. 14 
6 - ALTERNÂNCIA DE GERAÇÕES ....................................................................... 16 
7 - POR QUE A REPRODUÇÃO SEXUADA É COMUM? ....................................... 17 
8 - A SEXUALIDADE E A CONJUGALIDADE ......................................................... 18 
8.1 - A sexualidade................................................................................................... 19 
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
3 
 
 
FACULESTE 
A história do Instituto Faculeste, inicia com a realização do sonho de um 
grupo de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a Faculeste, como entidade 
oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A Faculeste tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos 
que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, 
de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
4 
 
 
 
 
 
 
 
1 - INTRODUÇÃO 
A criança, no início do seu desenvolvimento, é dependente dos adultos para tudo, 
desde carinho, amor, alimentação, segurança, e etc. Pois se um adulto não 
fornecer os cuidados necessários ela enfrentará fortes dificuldades em seu 
desenvolvimento maturacional, tendo como uma das consequências o 
desenvolvimento de angustias. 
Já o adolescente, que está em busca de sua identidade, adquire preocupações 
com as responsabilidades que o mundo adulto exige, ele acaba por utilizar 
recursos internos e externos para tentar entender o novo meio que está se 
inserindo. 
Quanto ao adulto, este está à procura de entender os relacionamentos sociais e 
amorosos, o que esperar de uma vida à dois, o seu caminho profissional, e ainda 
possui inúmeras dúvidas sobre o que realmente quer e o que é esperado dele. E 
ao fim de seu desenvolvimento chegando na velhice existem vários conflitos, entre 
passado, presente e futuro, o que se fez e deixou de fazer, quais seus 
arrependimentos e o que ainda pode fazer e esperar do futuro. 
Analisaremos questões sobre o desenvolvimento humano, da infância à velhice, 
abrangendo todo o ciclo vital. Isto significa, conhecer as características gerais de 
um indivíduo nas diferentes faixas etárias, possibilitando a comparação entre as 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
5 
principais teorias tratadas de Erik Erikson, Jean Piaget, Lev Vygotsky, Henry 
Wallon e outros. 
2 - DESENVOLVIMENTO 
2.1- Referencial Teórico 
 
O ciclo da vida se inicia logo após a fecundação do óvulo com o espermatozoide, 
assim formando um feto, após determinado período forma-se um bebê, que aos 
nove meses gestacionais estará pronto para o nascimento. Na barriga da mãe o 
feto já tem um comportamento, que com o passar do tempo se torna mais forte, 
pode-se citar como por exemplo, chutar a barriga, não gostar de algo que a mãe 
comeu, chupar o dedo, brincar com o cordão umbilical entre outras ações, após o 
nascimento a criança demostra um comportamento que a mãe consegue 
identificar, diferentemente de quando o não compreendia no período gestacional. 
Com o desenvolvimento até chegar a infância ocorrem várias transformações e 
logo depois na etapa da adolescência inúmeros conflitos de ordem 
comportamental, emocional, motor e cognitivo, devido as mudanças de caráter 
emergencial de seu desenvolvimento, por estar deixando de ser uma criança para 
futuramente ser um adulto. Já a fase adulta culmina com as dificuldades 
emocionais e financeiras, as incertezas do futuro, e de querer construir um lar, 
tendo sucesso profissional. Na velhice ocorrem os arrependimentos, as 
lamentações e as dúvidas referentes ao passado aliadas as incertezas do futuro 
(GALLAHUE & OZMUN, 2005). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.1.1- Ciclo Vital 
 
O ciclo vital compreende o período da fecundação até a velhice, seguindo 
um desenvolvimento contínuo que termina com a morte do indivíduo, esse ciclo 
está presente em todos os seres vivos. Com o ser humano acontece no seguinte 
ritmo: feto, bebê, criança, adolescente, adulto e velhice. Ciclo este que não muda, 
a única situação que pode impedir o funcionamento e conclusão do ciclo é a 
própria morte, principalmente quando ocorre precocemente ou quando surge um 
defeito congênito que afeta o Sistema Nervoso Central e/ou Periférico 
(MOREIRA,2011). 
 O desenvolvimento humano sofre algumas influências, sendo elas: 
a hereditariedade (que é sua carga genética), o crescimento orgânico (trata-se do 
aspecto físico), maturação neurofisiológica (é o que torna possível o 
desenvolvimento comportamental) e o meio (são todos os ambientes que o 
indivíduo está inserido) (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2009). 
 
2.1.2 -Criança 
 
A infância é uma fase onde se faz grandes aprendizados e se adquire diversas 
experiências, na relação com os outros e com o mundo. Esta é uma fase 
importante do desenvolvimento, mas também muito sensível. Com isto há alguns 
teóricos da psicologia que descrevem as fases da infância, como por exemplo 
Piaget. Este autor relata que o raciocínio se desenvolve em quatro estágio 
universais e em cada estágio a criança desenvolve um esquema, sendo elas: 
 Período sensório-motor (nascimento aos dois anos) a criança 
explora seu ambiente através de suas capacidades sensoriais e 
motoras (PAPALIA; FELDMAN, 2013). 
 Período pré-operacional (dois aos sete anos) a criança usa 
simbolismo para entender seu ambiente através de imagens e 
https://psicologado.com.br/psicologia-geral/introducao/o-que-e-psicologia
https://psicologado.com.br/psicologia-geral/desenvolvimento-humano/o-periodo-sensorio-motor-de-piaget
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
7 
linguagem, também sendo o iníciodo egocentrismo (o pensamento da 
criança é somente nela). 
 Período operacional-concreto (sete aos doze anos) já se inicia o 
pensamento lógico, não são mais enganadas pela aparência, já 
entende o comportamento da outra pessoa, e por fim: 
 Período operações-formais (doze anos em diante) o pensamento é 
abstrato e sistemático (PAPALIA; FELDMAN, 2013). 
Vygotsky (1978) é outro autor importantíssimo quanto ao desenvolvimento infantil, 
pois enfatiza que 
 a linguagem como um meio essencial para aprender a pensar sobre 
realidade, sendo que a criança para realizar alguma atividade precisa de 
um mediador para apoia-la em alguma tarefa até que ela consiga realiza-
la sozinha. Bem como, pode-se dizer que alguém mais experiente pode 
ajudar a atravessar a zona de desenvolvimento proximal (ZDP) como 
colegas, professores, familiares entre outros, assim a criança apresenta 
um desenvolvimento cognitivo e uma atividade socialmente mediada 
(BEE; BOKD, 2011). 
Além disso, surgem quatro estágios do desenvolvimento que acontece do 
nascimento até os sete anos (BEE; BOKD, 2011), sendo eles: 
 Estágio Primitivo: do nascimento até os dois anos 
 Estágio de psicologia ingênua: dois aos três anos 
 Estágio da fala egocêntrica: também conhecido como discurso 
egocêntrico, vai dos três aos sete anos 
 Estágio de crescimento interior: a partir dos sete anos). 
No ponto de vista de Erikson (1998) a criança passa por diversas etapas até os 
nove anos conhecida como produtividade vs. inferioridade está é a fase onde a 
criança tem o maior desenvolvimento cognitivo e social, é quando ela inicia sua 
vida escolar e social com seus colegas. Começa a ter interação com seu gênero 
sexual, esse é o momento em que se divide meninas para um lado e meninos para 
outro, formando grupos. O orgulho é o sentimento que se desenvolve nessa etapa 
após atividades realizadas com sucesso, quando seus responsáveis e professores 
 
 
 
 
 
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elogiam após uma atividade realizada adquirem um sentimento de competência e 
crença em suas habilidades, quando isso não acontece então a criança sente 
o sentimento de inferioridade (ERIKSON; ERIKSON, 1998). 
2.1.3- Adolescente 
O comportamento do adolescente muda conforme a criação, não tem como 
classificar uma adolescência em suas atitudes, mas em geral pode-se indicar 
algumas pontos como mudanças cognitivas, os pensamentos de criança passando 
para um adulto assumindo responsabilidades, deveres, normas que antes não 
tinha conhecimento, os hormônios ficam a “flor da pele” e iniciam a vida sexual, 
também ocorrem mudanças no físico, comportamental, emocional e social que se 
apresenta em maior evidência nessa fase (CAMPOS, 1987). 
Esta fase inicia-se em torno dos doze anos juntamente com as transformações de 
seu corpo, começa a crescer pelos, a primeira menstruação (feminino), aumento 
de testosterona (masculino), crescimento corporal, entre outras mudanças que a 
puberdade traz com ela. Com isto, o corpo em seu todo entra em conflito, por estar 
deixando de ser uma criança e sendo encaminhado para uma vida onde tem que 
fazer muitas escolhas e os pais não podem decidir por eles, quando esse indivíduo 
consegue resolver suas dúvidas, conflitos e compreende o meio que está sendo 
inserido vai formando sua personalidade, assim tornando-se um adulto 
(OUTEIRAL, 2008). 
O emocional fica perturbado por não poder se expressar com choro, raiva, 
tristeza, medo entre outras, devido a cobrança da sociedade, pelo crescimento 
emocional e isso acaba criando dúvidas sobre o meio aonde está inserido, no qual 
os pais tem que auxiliar para seguirem em frente, denominada de zona de 
desenvolvimento proximal (ZDP), que é o auxílio de um mediador para conseguir 
passar por algum problema que tem dificuldade (VYGOTSKY, 1978). 
De acordo com Wallon (2003) as mudanças que estão ocorrendo no adolescente 
são expressadas com seu corpo, demonstrando as dificuldades que tem com seu 
novo corpo, a expressão afetiva está em alta tendo então comportamentos que 
https://psicologado.com.br/atuacao/psicologia-clinica/uma-abordagem-psicologica-sobre-o-medo
 
 
 
 
 
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podem surpreender os adultos. Podendo ser mais centrados em suas atividades 
profissionais ou até mesmo amorosas, saídas para festas, novas amizades e 
viagens, misturando afetividade e imaginação, criando alguns conflitos internos e 
atitudes novas (MAHONEY; ALMEIDA, 2003). 
Conforme Erikson (1998) 
 o adolescente precisa de uma segurança para todas as mudanças que 
estão acontecendo. O modo que o adolescente encontra uma segurança 
é em sua identidade, que foi formada pelos estágios anteriores 
(confiança vs. desconfiança, autonomia vs. Vergonha e 
dúvida, iniciativa vs. culpa, produtividade vs. Inferioridade). 
 Essa identidade se expressa na forma de questionamento pra entender o que 
está mudando, por exemplo, “quem sou?”, “vou ficar igual meus pais?”, “o que 
devo fazer no futuro?”. Com o resultado dessas perguntas o adolescente se 
encaixa em algum grupo da sociedade. Esta fase é conhecida como 
“Identidade vs. Confusão de Identidade” (ERIKSON; ERIKSON, 1998). 
2.1.4 -Adulto 
Após a adolescência então tem início a fase adulta, conhecida também 
como jovem adulto que é dos vinte aos quarenta e depois é chamando de meia 
idade que é dos quarenta até os sessenta, todas as fases do desenvolvimento têm 
sua complexidade, mas esta em especial tem muitos altos e baixos que interferem 
em todo seu ciclo de vida, principalmente nas saúdes mental física (LIDZ, 1983). 
O jovem adulto passa por diversas preocupações com o futuro, sendo a profissão 
que escolheu, a pessoa que iniciou o relacionamento para constituir uma família, 
se os amigos são os certos para levar para a vida toda entre outras questões que 
aparecem. Quando consegue entender qual seu lugar na sociedade e no âmbito 
familiar e profissional começam outros questionamentos, estou criando meu filho 
bem, meu cônjuge está feliz, estou feliz com essa vida, vou conseguir me 
aposentar, quantas dividas ainda tem, esses problemas sempre estão presentes 
conforme o desenvolvimento da pessoa (PAPALIA; OLDS, 2000). 
 
 
 
 
 
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Quando chega na meia idade surge outros desafios, principalmente a 
angustia sobre os filhos, que é conhecida como “síndrome do ninho vazio”. Todos 
os indivíduos com desenvolvimento típico passaram por esse momento, até o 
momento em que percebem que não se encontram sozinhos, que seus filhos estão 
lá para qualquer coisa mesmo estando em outro local, assim passa para a última 
fase da vida a velhice (SARTORI; ZILBERMAN, 2008). 
 
 
 
 
Tornar-se adulto é um processo que envolve o desenvolvimento de 
identidade, consolidação da estrutura da personalidade e a auto-realização, a fase 
adulta representa novas responsabilidades, novas conquistas. Acerca das 
mudança da personalidade na vida adulta, o teórico Erik Erikson (1963) descreve 
algumas pistas sobre as mudanças que uma pessoa pode esperar, diante de oito 
estágios desenvolvidos por ele, dividiu a vida adulta em duas (WEITEN, 2011). 
Intimidade vs. isolamento: este estágio acontece no começo da vida adulta, 
tendo a preocupação se a pessoa tem capacidade de partilhar sua intimidade com 
os outros, nesta fase devem requerer empatia e abertura, e fortalecer seu ego o 
suficiente para aceitar o convívio com outro ego sem se sentir anulado ou 
ameaçado. Outro estágio seria: 
Generatividade vs. estagnação, esta seria a fase média da idade adulta, o 
principal desafio é a preocupação com o bem-estar das gerações futuras (os filhos, 
 
 
 
 
 
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jovens), fase em que o ser humano sente sua personalidade de forma enriquecida 
e não modificada, pois ele ensinara os mais novos (WEITEN, 2011). 
No pensamento de Piaget (1970) diferente de Erikson o adulto já tem toda a parte 
cognitiva formada pelas fases anteriores,sendo assim quando chega nessa etapa 
deve estar totalmente formado e não adquire nenhuma outra evolução 
(INHELDER; PIAGET, 1976). 
De acordo com a Teoria Psicogenética de Wallon traz a etapa do adulto como 
 “O equilíbrio entre o afetivo e o cognitivo”. Esta teoria fala que nesta 
etapa a pessoa está preparada afetivamente e cognitivamente para tomar 
decisões, sabe seu limite e entende como funciona seu corpo (NADEL-
BRULFERT, 1986). 
2.1.5 -Idoso 
 
O envelhecimento da população é um fenômeno que está acontecendo em todo o 
mundo, com os progressos da medicina e melhoria das condições de vida, as 
pessoas estão vivendo mais. 
Estudos realizados mostram que em 2025, o Brasil ocupara o sexto lugar com 
cerca de trinta e dois milhões de pessoas com sessenta anos ou mais (ROSSATO; 
PILETTI, 2014). A velhice é a última etapa da vida, onde existem várias dúvidas e 
certezas, uma certeza que existe é que a próxima fase é a morte, com isso os 
conflitos sobre o que deve fazer até chegar à fase final e os arrependimentos 
sobre o que não foi feito antigamente (SCHNEIDER, R. H.; IRIGARA, 2008). 
Erikson (1976) elaborou modelos sobre a evolução da estrutura da personalidade 
ao longo de toda a vida. O indivíduo passa por oito estágios, cada qual com suas 
crises, os quais necessitam de resolução para ultrapassá-los. O primeiro estágio é 
denominado de confiança vs. desconfiança (nascimento até um ano), segundo 
 
 
 
 
 
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estágio autonomia vs. vergonha e dúvida (um ano a três anos), terceiro 
estágio incentivo vs. culpa (três anos a seis anos), quarto estágio produtividade vs. 
inferioridade (seis anos aos doze anos), quinto estágio identidade vs. 
confusão papéis (doze anos aos vinte anos), sexto estágio intimidade vs. 
isolamento (vinte ano aos quarenta anos, jovem adulto), sétimo 
estágio generatividade vs. estagnação (quarenta anos a sessenta e cinco anos, 
meia idade), oitavo estágio integridade do ego vs. desespero (velhice) (ERIKSON, 
1976). 
E se tratando da velhice, o estágio que corresponde a integridade do ego x 
desespero, onde o indivíduo revê seu passado e o identifica como produtivo ou 
não, podendo se sentir satisfeito como que realizou ou se sentir frustrado, 
decepcionado, pensando no que poderia ter realizado. Alguns idosos podem se 
sentir desesperados por perceberem que a morte está se aproximando, e que não 
há mais tempo suficiente para refazer ou reviver toda a existência. Por outro lado, 
existem aqueles idosos que possuem a sensação de dever cumprido e, 
experimentam o sentimento de integridade e dignidade, acolhendo a velhice como 
algo positivo (FONTAINE, 2010). 
 
 
 
 
O gráfico apresenta informações que apresentam o acesso à institucionalização 
com número acentuado de indivíduos do sexo masculino, devido a fatores como, 
conforme relatos em entrevistas, uma parte significativa dos homens residentes na 
Associação de Amparo ao Idoso JR, nunca casaram e/ou nunca tiveram filhos; e 
ainda outro fator que se coloca como salutar, estão os conflitos familiares que 
 
 
 
 
 
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exteriorizam-se na fase ultima da vida como o distanciamento como forma de revide 
por situações sofridas pelos filhos na infância. De acordo com reflexão de Neri 
(2008). 
 
 
 
 
 
Gráfico 2 – Percentual de filhos 
3 - TIPOS DE CICLOS DE VIDA SEXUADOS 
 
Ciclos de vida sexuados envolvem uma alternância entre meiose e fertilização. A 
meiose ocorre quando uma célula diploide leva à formação de células haploides, e a 
fertilização ocorre quando duas células haploides (gametas) se fundem para formar 
um zigoto diploide. O que acontece entre esses eventos, no entanto, pode variar 
muito nos diferentes organismos. 
Existem três categorias principais de ciclos de vida sexuados. 
 Em um ciclo de vida de dominância diploide, a fase diploide multicelular é a 
fase de vida mais óbvia, e as únicas células haploides são os gametas. Os 
seres humanos e maioria dos animais têm este tipo de ciclo de vida. 
 Em um ciclo de vida de dominância haploide, a fase haploide multicelular (ou 
às vezes unicelular) é a fase de vida mais óbvia e é frequentemente 
multicelular. Neste tipo de ciclo de vida, o zigoto unicelular é a única célula 
diploide. Fungos e algumas algas têm este tipo de ciclo de vida. 
 
 
 
 
 
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 Em alternância de gerações, tanto a fase haploide como a diploide são 
pluricelulares, embora possam ser dominantes em graus diferentes em 
diferentes espécies. Plantas e algumas algas têm este tipo de ciclo de vida. 
 
4 - CICLO DE VIDA DOMINÂNCIA DIPLOIDE 
 
Quase todos os animais possuem ciclo de vida de dominância diploide em que as 
únicas células haploides são os gametas. Nos estágios iniciais do desenvolvimento 
de um embrião animal, células diploides especiais, chamadas células germinativas, 
são feitos nas gônadas (testículos e ovários). Células germinativas podem se dividir 
por mitose para produzir mais células germinativas, mas algumas delas sofrem 
meiose, produzindo gametas haploides (espermatozoides e óvulos). Fertilização 
envolve a fusão de dois gametas, usualmente originados de diferentes indivíduos, 
restaurando o estado diploide. [Os gametas podem vir do mesmo indivíduo?] 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 - CICLO DE VIDA DE DOMINÂNCIA HAPLOIDE 
 
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A maioria dos fungos e alguns protistas (eucariontes unicelulares) possuem um ciclo 
de vida de dominância haploide, no qual o "corpo" do organismo, isto é, a forma 
madura, ecologicamente importante, é haploide. 
Um exemplo de um fungo com um ciclo de vida de dominância haploide é o bolor 
preto do pão, cujo ciclo de vida sexuado é mostrado no diagrama abaixo. 
Na reprodução sexuada deste fungo, as hifas (estruturas filamentares pluricelulares 
haploides) de dois indivíduos compatíveis crescem uma em direção a outra 
inicialmente. 
Quando as hifas se encontram, elas formam uma estrutura chamada 
de zigosporângio. 
Um zigosporângio contém vários núcleos haploides provindos dos dois genitores 
dentro de uma única célula. Os núcleos haploides se fundem para formar núcleos 
diploides, que são equivalentes aos zigotos. A célula que contém os núcleos é 
chamada de zigósporo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O zigósporo pode ficar dormente por longos períodos de tempo, mas sob certas 
condições, os núcleos diploides sofrem meiose para formar núcleos haploides que 
 
 
 
 
 
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são liberados em células únicas chamadas de esporos. Por terem sido formados por 
meiose, cada esporo tem uma combinação única de material genético. Os esporos 
germinam e dividem-se por mitose para formar novos fungos haploides 
multicelulares. 
6 - ALTERNÂNCIA DE GERAÇÕES 
 
O terceiro tipo de ciclo de vida, a alternância de gerações, é uma mistura dos 
extremos de dominância haploide e dominância diploide. Este ciclo de vida é 
encontrado em todas as plantas e em algumas algas. Espécies com alternância de 
gerações têm estágios multicelulares haploides e diploides. 
As plantas multicelulares haploides (ou algas) são chamadas gametófitos, porque 
elas fazem gametas usando células especializadas. A meiose não está diretamente 
envolvida em fazer os gametas neste caso, porque o organismo já é haploide. A 
fertilização entre os gametas haploides forma um zigoto diploide. 
O zigoto será submetido a muitas rodadas de mitose e dará origem a uma planta 
multicelular diploide chamada esporófito. Células especializadas do esporófito irão 
sofrer meiose e produzirão esporos haploides. Os esporos então se desenvolverão 
em gametófitos multicelulares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Embora todas as plantas que se reproduzem sexuadamente passem por alguma 
versão de alternância de gerações, os tamanhos relativos do esporófito e o 
gametófito e a relação entre eles variam entre as espécies.Em plantas como os musgos, o gametófito é uma planta de vida livre, relativamente 
grande, enquanto o esporófito é pequeno e dependente do gametófito. Em outras 
plantas, como samambaias, o gametófito e o esporófito são de vida livre; no 
entanto, o esporófito é muito maior e é o que normalmente pensamos como uma 
samambaia. 
Em plantas que produzem sementes, como as magnólias e margaridas, o esporófito 
é muito maior do que o gametófito: o que nós consideramos a "planta" é quase 
inteiramente tecido de esporófito. O gametófito é composto apenas de algumas 
células e, no caso do gametófito feminino, está completamente contido dentro do 
esporófito (dentro de uma flor). 
 
7 - POR QUE A REPRODUÇÃO SEXUADA É COMUM? 
 
De certa forma, a reprodução assexuada, que produz uma prole em que os 
indivíduos são clones dos pais, aparenta ser um sistema mais simples e mais 
eficiente que a reprodução sexuada. Afinal de contas, se o organismo progenitor é 
bem sucedido em determinado habitat, os descendentes com o mesmo gene 
também não seriam bem sucedidos da mesma forma? Além disso, a reprodução 
assexuada necessita apenas de um indivíduo, eliminando-se o problema de se 
encontrar um parceiro e possibilitando que um organismo isolado se reproduza. 
Apesar disso, poucos organismos multicelulares são completamente assexuados. 
Por que, então, a reprodução sexuada é tão comum? Esta questão tem sido motivo 
de acalorados debates, e ainda há desacordo sobre a resposta exata. 
Em geral, porém, acredita-se que a reprodução sexuada oferece uma vantagem 
evolutiva e portanto, é muito comum entre os organismos vivos hoje, porque 
aumenta a variabilidade genética, reorganizando as variantes do gene para fazer 
novas combinações. Os processos que geram variação genética em todos os ciclos 
 
 
 
 
 
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de vida sexuais são: o crossing-over na meiose, a distribuição aleatória dos 
cromossomos homólogos e a fertilização. 
Por que essa variação genética é uma coisa boa? Como exemplo, vamos 
considerar o caso onde o ambiente onde se localiza uma determinada população 
muda, talvez através da introdução de um novo patógeno ou predador. A 
reprodução sexuada faz continuamente novas combinações aleatórias de variantes 
do gene. Isto torna mais provável que um ou mais membros de uma população que 
se reproduz sexuadamente apresentem uma combinação que permite a 
sobrevivência sob as novas condições (por exemplo, uma que fornece resistência 
ao patógeno ou permite escapar do predador). 
Ao longo de gerações, as variantes benéficas do gene podem se espalhar através 
da população, permitindo-lhe sobreviver como um grupo sob as novas condições. 
 
8 - A SEXUALIDADE E A CONJUGALIDADE 
 
Laumann, Paik e Rosen (1999) consideram que é, justamente, após a menopausa e 
a andropausa que homens e mulheres devem sentir-se mais livres para ter suas 
relações sexuais com mais prazer, sem a preocupação com a gravidez, por terem 
mais tempo para se dedicar um ao outro, sendo importante a qualidade de vida, 
sem as doenças que podem aparecer nessa fase. 
Esses mesmos autores complementam essa ideia, destacando, ainda, que as 
relações sexuais diminuem nessa fase da vida, não somente em decorrência de 
problemas fisiológicos, mas também por problemas emocionais. 
Dores, mal-estar e limitações causadas por doenças podem diminuir a autoestima e 
criar sentimentos de desinteresse ou aversão sexual. A sexualidade, para Capodieci 
(2000), se expressa de diferentes formas nas múltiplas etapas do ciclo vital, sendo 
que: 
... ama-se de maneira mais profunda, consegue-se purificar o amor da 
paixão que é mais sensual do que genital. Assim, para eles, um olhar ou 
 
 
 
 
 
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uma carícia podem valer mais do que muitas declarações de amor 
(CAPODIECI, 2000, p. 231). 
É dessa forma, com mais autenticidade e espontaneidade, que a sexualidade é 
vivenciada pelo casal nessa fase da vida. 
Ao finalizar essa breve explanação sobre sexualidade na fase madura pergunta-se: 
como a sexualidade será vivenciada pela próxima geração, nascida após a pílula e 
após a fase do “amor livre”? 
Estudos que respaldaram a presente pesquisa mostram que a atual geração já se 
beneficiou com a intensificação do contraceptivo e com os resultados das modernas 
pesquisas farmacológicas. Isto permitiu alterações significativas na organização das 
relações na família e nos modelos culturais que regem a sexualidade, inclusive, 
para o casal que atravessa a fase da maturidade. 
Retomando uma perspectiva mais geral do tema, o presente estudo permitiu que se 
entendesse a sexualidade como uma construção sócio-histórico-cultural, com 
características distintas em cada sociedade. 
Em relação à sexualidade na fase madura, compreendeu-se que depende muito 
mais de estímulos, tendo-se em vista políticas de prevenção veiculadas pela mídia, 
no sentido de que as pessoas cultivem bons hábitos ao longo da vida. Evitar maus 
hábitos e privilegiar o tratamento de doenças, certamente garantirá melhor 
qualidade de vida ao homem também em seu futuro. 
Assim, entende-se que a expressão da sexualidade deva continuar, por ser 
agradável e proveitosa para o casal e por ser inerente ao ser humano, podendo 
manifestar-se de diversas maneiras, do nascimento até a morte. 
8.1 - A sexualidade 
 
Numa retrospectiva sobre a história da sexualidade, Giddens (1993) aponta para um 
fenômeno muito importante e prevalente até o século XVIII, no mundo ocidental, que 
era a diferença entre o amor no casamento e o amor fora do casamento, 
ressaltando que o amor romântico sempre esteve presente na literatura ocidental 
 
 
 
 
 
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desde o século XII, mas esse amor, salvo raras exceções, não era um amor 
conjugal. 
Ainda, segundo esse mesmo autor, o amor-paixão era essencialmente extraconjugal 
e somente a partir do século XVIII esse quadro se modifica e as duas formas de 
amor, amor paixão e amor romântico, que são tradicionalmente opostas, foram 
aproximadas. Iniciou- se um processo que culminou na transformação do amor num 
sentimento já esperado pelos cônjuges, deixando de ser um atributo das relações 
extraconjugais. 
Também, nessa época, Giddens (1993) destaca que o casamento tinha por função, 
não somente entre os reis e príncipes, mas em todos os níveis da sociedade, ligar 
duas famílias, e permitir que elas se perpetuassem muito mais do que satisfazer o 
amor de duas pessoas. 
Féres-Carneiro (1998) destaca que, embora em épocas passadas o casamento 
tivesse por finalidade ligar duas famílias, para que se perpetuassem, na atualidade 
e, principalmente, no Ocidente, está ocorrendo um novo ideal de casamento, em 
que os cônjuges se amam, tendo também expectativas em relação ao amor. A 
sexualidade também está presente nesse casamento e por isso é que a sociedade 
contemporânea não aceita mais que as pessoas se casem sem desejo e sem amor. 
Segundo Giddens (1993), as relações amorosas no casamento evoluíram com a 
possibilidade da escolha, fundamentando-se na ideologia do amor, passando a 
haver maior concentração na relação conjugal, buscando-se a solidariedade, afeto e 
apoio um no outro, para a construção de uma cumplicidade na conjugalidade. 
Segundo Relvas (1996), é próprio dos casais na fase madura a valorização do 
tempo, o qual favorece os processos de mudança, que são fundamentais para a 
qualidade, estabilidade e funcionalidade da conjugalidade. 
Conforme observações de Pina Prata o processo de desenvolvimento das relações 
amorosas não é um padrão linear de mudança e o mesmo ocorre com passagens 
progressivas de uns estados para os outros. Observa-se um padrão recorrente de 
mudança cíclica, porque a família passa pelo ciclo vital, tendo avanços e recuos, ou 
seja, “um desenvolvimento circular evolutivo” (PINA PRATA,1994, p. 201). 
 
 
 
 
 
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Para Carbone e Coelho (1997), osignificado do casamento evoluiu para uma 
relação em que a individualidade, contribuiu para a composição do sistema familiar 
pós-moderno. 
Essas autoras, ainda, referem que com a liberação dos cuidados para com os filhos 
que na fase da maturidade já são adultos, o casal se volta para a sua própria 
relação conjugal. Dessa forma, o amor romântico é substituído pelo compartilhar, 
gerando, assim, uma transformação das relações na intimidade e uma revisão nos 
valores do casal na fase madura. 
Rosset (2005) vai mais além, afirmando que é importante existir essa cumplicidade 
na relação, pois isto levará à maior abertura do casal, com o consequente e 
necessário envolvimento de ambos, o que conta muito na relação conjugal, além de 
outros fatores, como a confiança e a reciprocidade afetiva. 
Retomando a perspectiva histórica do tema, independente de quaisquer pactos que 
possam ter predominado nas diferentes épocas, a sexualidade pode ser abordada 
em relação à família e ao casamento como uma aliança constitutiva. Essa aliança 
perpassa a relação entre os gêneros, definindo-se tanto masculina quanto feminina, 
a partir do erotismo que se mistura ao amor conjugal (uma nova forma de 
amor/paixão) a qual passa a orientar, em parte, as escolhas amorosas e 
matrimoniais em nossa sociedade (LOYOLA, 1999). 
Segundo Bozon (2004), o amor passou a ser uma escolha realizada pelos 
interessados, sendo que no século XX, a Igreja Católica proclamou o amor entre os 
cônjuges, aceitando a relação sexual como expressão do amor conjugal. 
Recentemente, Jacobson (2007) explica que a sexualidade, tanto para o homem 
como para a mulher, por ser um dos eixos mais importantes da existência humana, 
se constrói de forma complexa e se situa no sistema familiar, processando-se em 
diferentes níveis dos subsistemas e esses com os sistemas de fora, sendo de certa 
forma aprendida e apreendida entre os legados familiares, diálogos, percepções e 
impressões, transmitindo-se por gerações. 
Conforme nos aponta Zampieri (2005), a sexualidade deve acontecer em quatro 
dimensões: biológica, psicológica, social e espiritual, entretanto, a força da cultura é 
 
 
 
 
 
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maior que a da educação, sendo que é preciso compreender as fragilidades do 
parceiro (a), sem diminuí-lo ou desqualificá-lo. Tal atitude reflete respeito e é 
fundamental na conjugalidade. 
Segundo Araújo (2005), em uma pesquisa realizada no Brasil sobre a sexualidade e 
o casamento, predomina, ainda, a ideia do amor romântico, sendo que o amor-
conjugal, baseado na amizade e no companheirismo é mais citado do que o amor-
paixão. Essa autora destaca, também, que os cônjuges acham que apesar do 
casamento não ser um lugar perfeito, é um espaço onde se resolvem conflitos e 
dificuldades e que não há o casamento ideal. Destaca ainda que os entrevistados 
concluíram que, embora a vida sexual seja importante no casamento, o amor, o 
companheirismo e a amizade são mais importantes. 
 
Observa-se que a sexualidade é um termo abrangente, englobando inúmeros 
fatores, manifestando-se de maneira diferente em cada indivíduo, conforme o 
contexto de sua realidade e suas experiências. De um modo geral, é bom ter em 
mente que, na ausência de doenças apesar das mudanças fisiológicas e 
anatômicas produzidas com o avançar da idade, se pode continuar desfrutando das 
relações sexuais. 
Sobre a conjugalidade, se for bem trabalhada ao longo do ciclo vital da família, 
observa-se que poderá levar os parceiros a ter uma integração em qualquer fase em 
que se encontrem. Assim, pode levar o casal a viver um encontro prazeroso, com a 
cumplicidade de quem quer se descobrir e se encontrar novamente, para que 
ambos combinem um contrato de velhice a dois. 
As teorias de Jean Piaget, Lev Vygotsky, Erik Erikson e Henry Wallon, as quais 
abordam suas ideias diante do desenvolvimento da criança, adolescente, adulto e 
idoso esclarecendo então, as etapas básicas que passam para se desenvolver a 
parte cognitiva, emocional, motora, a formação sua personalidade, dúvidas, 
diferenças, conflitos, etc. 
Sabe-se que o idoso passou por todas as fases fazendo com que tenhamos uma 
visão diferente da criança que está iniciando sua vida, mas ainda existem 
semelhanças entre elas, como podemos citar que em todas as etapas estão 
 
 
 
 
 
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presentes os sonhos, todos têm medos e todos têm família, mostrando que 
independente da etapa existem esses pontos que ligam o desenvolvimento de 
todas as fases. 
Compreende-se que mesmo em ambientes diferentes, famílias diferentes existe 
uma ligação pela cultura existente. O ciclo vital tem um início e um fim, e todos vão 
passar por esse ciclo, iniciado com a vida e terminado com a morte. Podendo 
entender que toda vida existente tem um desenvolvimento até chegar o seu fim, e 
nesse desenvolvimento encontra-se dificuldades, conflitos, decisões, 
arrependimentos, angustias entre outros, que mostra que o ser humano não é 
perfeito. A criança mostra que com ela vem o conhecimento de um novo mundo, o 
qual nem todo mundo lembra de ter passado, e que existem muitos conflitos 
internos pelas mudanças que estão passando e rápido. Já o adolescente mostra 
que já iniciou a resolução de seus conflitos internos, mas ainda não conhece 
completamente o mundo real, embora ele esteja conhecendo nossas experiências 
de lugares, sociais, amorosos, profissionais e familiares. Esse é o momento onde 
eles percebem que os pais podem ser inimigos ou aliados, no caso do entrevistado 
os pais são aliados para passar por esses conflitos. Já com o adulto, segundo 
mostram as teorias, ele está em conflitos, mas já está conseguindo resolver uma 
parte deles, como na construção de um lar no qual almeja tanto em seus sonhos, 
mas ainda em conflito com a parte amorosa que não encontrou a pessoa certa 
para montar o lar dos sonhos. Diferente da idosa que já tem todos os sonhos 
realizados, só deseja ter uma vida tranquila e com boa saúde, e lutou contra um 
vício que a perseguia a vida inteira, mostrando que todos podem conseguir vencer, 
sem o medo da morte e na busca pela uma qualidade de vida melhor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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