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A neurociência na formação dos educadores e sua contribuição no processo de aprendizagem

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Pietra Coelho de Paiva Galhardo
RA: 3204032
A neurociência na formação dos educadores e sua contribuição no processo de aprendizagem
Anne Madeliny Oliveira Pereira de Sousa e Ricardo Rilton Nogueira Alves
A Neurociência pode ser definida como uma área que estuda o sistema nervoso central (SNC) e suas ações no corpo humano, na educação, ela busca entender como o cérebro aprende e se comporta no processo de aprendizagem. Nesse contexto, são analisados padrões de atividade neural sob estímulos de estratégias pedagógicas que são desenvolvidas por meio do estudo do cérebro.
Pensando no fato de que a tecnologia e a ciência estão em constante evolução, é de se questionar o porquê de as técnicas pedagógicas serem tão ultrapassadas. Se faz necessário aliar todo esse conhecimento técnico do cérebro que vem sendo estudado na medicina e psicologia, com métodos pedagógicos de ensino melhores, mais eficientes, e específicos a como o cérebro realmente processa a aprendizagem. A fala de Paulo Freire se faz presente nesse contexto "o educador é um profissional da aprendizagem, um profissional do sentido, um organizador da aquisição do conhecimento e não uma máquina reprodutiva instrucionista". Acho que é muito importante que o licenciado coloque os estudos de neurociência em prática, a educação torna-se muito mais efetiva e rica.
Vygotsky, autor russo de fundamentação marxista, afirma que o aprendizado é um aspecto necessário e fundamental para que as funções psicológicas superiores se estabeleçam. Nisso cita pontos importantes para que a aprendizagem possa acontecer com uma criança, como a integração do objeto e material a ser aprendido em uma atividade que faça sentido para ela e que envolva objetos que ela possa perceber, assim como é importante que ela se sinta atraída para que possa assimilar os elementos, de contramão, cita que é improvável que o aprendizado aconteça somente com "preste atenção", "se concentre", "estude". Essas últimas instruções podem tornar uma aula maçante, como se ir pra escola fosse uma mera obrigação, impedindo a criança de entender a importância dela estar na escola e portanto, de ceder sua atenção ao professor.
É necessário engajar com a criança e fazê-la entender o porquê de estar no ambiente escolar, auxiliá-las em atividades que ela não pode fazer sozinha até que esteja pronta para fazê-las e decidir por si. É apontado a importância de interagir com os educandos por meio de perguntas, pode-se desenvolver o raciocínio analítico com "o que você pensa a respeito de...?" "por que isso aconteceu?", oposto a perguntas básicas e de única resposta como "como isto se chama?", fazer a criança pensar por si é formular suas próprias teorias é ideal para sua independência e absorção do conteúdo em aula.
Os educadores, ao conhecerem o funcionamento do sistema nervoso, podem desenvolver melhor seu trabalho e fundamentar sua prática diária com reflexos no desempenho e na evolução dos educandos, contribuindo para um avanço na educação em busca de melhor qualidade e resultados eficientes na vida do indivíduo e na sociedade. Se tratando de aprendizagem, alguns princípios e padrões comuns podem ser adequados à todos, mas também existem situações que são específicas (individuais, resultantes da experiência vivida por cada um) e que, portanto, o educador precisa conhecer para poder relativizar ou tratar de maneira diferenciada. Nessa questão, se faz importante compreender e saber reconhecer as desordens do aprender e que estas não são situações isoladas, e muitas vezes, esses distúrbios tem sinais identificáveis que, ao serem diagnosticados, podem ajudar muito no processo de aprendizagem do educando.
Como foi percebido que a memória é ativada melhor quando estamos atentos, é interessante para a aprendizagem que o estudante se sinta detentor de suas atividades e possa escolher as atividades e assuntos que deseja se dedicar, acho importante incentivar essa independência desde o começo e pela minha própria experiência na escola, sinto que perdi muito tempo e atenção em aulas que não me interessavam.
O texto também fala sobre a repetição, que é imprescindível no processo de aprendizagem, pois ajuda na memória e fixa o assunto na mente do estudante, porém, em contramão, a repetição pode trazer desmotivação, sendo necessário estratégias que disfarcem sua prática, como por exemplo: o educador pode trabalhar o mesmo conteúdo em contextos diferenciados, tais como: textos de diversos gêneros, filmes, brincadeiras, etc. Essas práticas tornarão o conteúdo mais interativo e dinâmico, e aula mais interessante e menos maçante.

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