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DOENÇAS CARDIOVASCULARES

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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM: 
• Descrever as principais disfunções do coração 
a. Doença valvar; 
b. Cardiopatia dilatada e hipertrófica; 
c. Dirofilariose; 
d. Pericardite; 
e. Endocardite. 
FISIOLOGIA DO CORAÇÃO 
 
• Do ventrículo direito, é bombeado para os 
pulmões via artérias pulmonares. 
• Nos pulmões, ocorre o processo de hematose, 
sangue até então rico em gás carbônico, 
recebe oxigênio proveniente da respiração 
pulmonar. 
• O sangue rico em oxigênio volta ao coração via 
veias pulmonares, chegando a esse órgão pelo 
átrio esquerdo. 
• Do átrio, ele segue para o ventrículo esquerdo. 
• O sangue então segue para os vários órgãos 
e tecidos do corpo. 
• Nos capilares, ocorrem as trocas gasosas. O 
oxigênio presente n sangue passa para os 
tecidos e gás carbônico produzido na 
respiração celular passa para o sangue. 
• Os capilares reúnem-se formando vênulas, que 
formam as veias, as quais seguem levando o 
sangue pobre em oxigênio para o coração. 
DOENÇA VALVAR 
• As doenças valvares são grupo de 
deficiências ou anomalias nas valvas do 
coração 
• A doença pode ocorrer em quaisquer 
valvas porém a atrioventricular esquerda 
(mitral) é a mais acometida ,e com menor 
frequência a tricúspide e semilunares. 
 
• Também denominada como endocardiose ou 
degeneração valvar mixomatosa. 
• São doenças degenerativas valvares que 
observamos alterações progressivas que 
acometem principalmente as atrioventriculares. 
• São raramente diagnosticada em gatos, é a 
cardiopatia mais frequente em cães. 
• Acredita-se que de herança poligênica, essa 
doença ocorre quando há degeneração do 
colágeno que forma as valvas cardíacas ao 
mesmo tempo em que ocorre a deposição de 
um material denominado glicosaminoglicano 
 
➢ As válvulas apresentam pequenos 
espessamentos nodulares nas bordas; 
➢ Encurtamento e redução do tamanho 
➢ Coaptações das margens; regurgitação do 
sangue em direção aos átrios. 
➢ Remodelamento cardíaco direito, esquerdo ou 
em ambos os lados. 
➢ Dilatação de átrio hipertrofia excêntrica da 
câmara 
➢ Sinais de insuficiência cardíaca 
CARDIOPATIA DILATADA 
DOENÇAS 
CARDIOVASCULARES 
Raissa Filgueira Macedo 
Medicina investigativa 
• Composta por um grupo de alterações do 
músculo cardíaco em que os ventrículos (as 
duas câmaras inferiores do coração) 
aumentam de tamanho (dilatam), mas não são 
capazes de bombear sangue suficiente para 
satisfazer as necessidades do corpo, resultado 
em insuficiência cardíaca. 
• Ou seja, doença cardíaca crônica que acontece 
quando o músculo cardíaco está fino e 
enfraquecido prejudicando o processo de 
contração. 
• É comum que as raças caninas mais afetadas 
sejam as de grande porte ou gigante. 
• A cardiomiopatia dilatada felina tem sido 
associada à deficiência de taurina. A taurina é 
um aminoácido sintetizado pela maioria das 
espécies a partir da metionina e da cisteína. 
Contudo, nos felinos, esse processo não é 
suficiente para suprir todas as suas 
necessidades metabólicas, sendo necessária 
sua suplementação por meio da dieta. Para 
que ocorra a cardiomiopatia dilatada por 
deficiência de taurina, levase um tempo 
prolongado; por isso, os animais acometidos 
são geralmente gatos de meia idade. Nesses 
casos, há diminuição da contratilidade 
cardíaca, com redução do débito cardíaco e 
insuficiência cardíaca. Alguns gatos 
desenvolvem também tromboembolismo 
aórtico. Macroscopicamente, o coração perde 
o formato cônico normal e se apresenta 
globoso, em decorrência da dilatação 
biventricular. As paredes ventriculares são 
delgadas e flácidas, e ocorrem aumento das 
câmaras ventriculares e achatamento dos 
músculos papilares. São observadas, também, 
todas as alterações sistêmicas decorrentes da 
insuficiência cardíaca bilateral. 
• A cardiomiopatia dilatada canina acomete 
cães jovens a adultos, geralmente machos, de 
raças de grande porte, como São Bernardo, 
Dobermann, Boxer, Afghan Hound, Old English 
Sheepdog, Dálmata, Bull Mastiff e Terra Nova. 
Sua etiopatogenia é desconhecida, mas sabe-
se que tem uma tendência familiar. Acreditase 
que deficiências nutricionais de carnitina 
possam estar envolvidas na patogenia da 
cardiomiopatia dilatada em cães da raça Boxer. 
Além disso, baixas concentrações de taurina já 
foram identificadas em cães com essa doença. 
Outra causa que tem sido registrada é a 
administração do antineoplásico doxorrubicina. 
Esse fármaco é eficiente no tratamento de 
alguns tipos de neoplasias; no entanto, 
degeneração miocárdica e fibrose podem 
ocorrer como manifestação cardiotóxica, 
podendo resultar em cardiomiopatia dilatada 
em cães e em animais de experimentação. 
Assim como descrito em felinos, o coração dos 
cães com cardiomiopatia dilatada apresentase 
globoso em decorrência da dilatação 
biventricular. As paredes ventriculares são 
delgadas e flácidas, e ocorrem aumento das 
câmaras ventriculares e achatamento dos 
músculos papilares. São observadas, também, 
todas as alterações sistêmicas decorrentes da 
insuficiência cardíaca bilateral. 
• A cardiomiopatia dilatada bovina já foi 
descrita em bezerros negros japoneses e em 
bezerros Hereford mochos australianos, ambos 
com caráter autossômico recessivo. À 
necropsia, observase necrose do miocárdio 
associada à dilatação cardíaca e a sinais de 
insuficiência cardíaca, frequentemente 
congestiva. 
 
 
CARDIPATIA HIPERTRÓFICA 
• Se caracteriza pela hipertrofia do ventrículo 
esquerdo do coração. 
• Como consequência, há comprometimento do 
preenchimento diastólico e, muitas vezes, 
aumento atrial esquerdo secundário. 
• A dinâmica alterada do funcionamento 
cardíaco compromete a ejeção de sangue para 
periferia e interfere na manutenção da 
homeostase. 
• Ou seja, a cardiomiopatia hipertrófica é 
composta por um conjunto de doenças 
cardíacas em que as paredes dos ventrículos 
(as duas câmaras inferiores do coração) se 
tornam espessas (hipertrofia) e rígidas. 
• Uma das doenças de maior prevalência. 
• Doença genética que é herdada como traço 
autossômico dominante; 
 
• Hipertrofia concêntrica: aumento da 
espessura relativa da parede ventricular e da 
massa cardíaca; 
• Hipertrofia excêntrica: aumento da massa 
cardíaca com elevação do volume da cavidade 
ventricular; 
 
DIROFILARIOSE 
• Zoonose; 
• Nematódeo mais conhecido como verme do 
coração dos cães (dirofilaria immitis); 
• Fisiopatologia está intimamente ligada à morte 
do parasita onde, no cão, pode induzir a 
obstrução de vasos circulatórios e no ser 
humano uma lesão nodular com intensa reação 
inflamatória no parênquima pulmonar com 
formato de moeda observada nas radiografias. 
• Dirofilaria immitis é um nematódeo, conhecido 
como verme do coração, o qual causa uma 
doença crônica em cães (filariose canina, ou 
doença do verme cardíaco). É uma parasitose 
de distribuição mundial, principalmente em 
regiões costeiras das zonas tropicais e 
subtropicais. Já foi identificada em todas as 
regiões do Brasil e tem maior incidência no 
verão. Além do cão, o parasita pode ser 
encontrado em felinos e outros canídeos. No 
homem, que pode ser infectado 
acidentalmente, os vermes imaturos causam 
nódulos granulomatosos nos pulmões. 
• A dirofilariose se manifesta clinicamente em 
animais intensamente parasitados. É 
caracterizada por tosse, dispneia e debilitação. 
O animal apresenta insuficiência cardíaca 
congestiva direita com quadro de hipertrofia 
cardíaca e edema generalizado. O diagnóstico 
clínico se dá pela detecção de microfilárias no 
sangue ou visualização dos parasitas adultos 
no coração ou na artéria com auxílio do exame 
radiográfico. A doença iniciase como reação 
inflamatória na parede da artéria pulmonar 
devido à presença do parasita, seguida do 
envolvimento do ventrículo direito. Ocorre 
lesão das células endoteliais provavelmente 
devido à irritação mecânica, aderência deplaquetas e leucócitos, infiltração eosinofílica 
seguida de fibroplasia da íntima e hipertrofia da 
musculatura da média. Macroscopicamente, a 
íntima da artéria encontrase com aspecto 
irregular com projeções vilosas voltadas para o 
lúmen, lesão bem característica de 
dirofilariose. 
 
 
PERICARDITE 
• Inflamação do pericárdio; 
• Pode apresenta-se de maneira aguda ou 
crônica; 
• Forma aguda: instalação súbita e se estende 
por volta de uma a três semanas 
• Pericardite aguda recorrente: não raro, n 
período de remissão completa, ocorrer crises 
recorrentes. 
• Forma crônica: o processo inflamatório se 
desenvolve aos poucos e evolui por longos 
períodos 
• O quadro pode permanecer assintomático; 
• Acúmulo de líquido no espaço pericárdico 
• Espessamento da parede- formação de 
cicatriz. 
• Pericardite é o processo inflamatório do 
pericárdio que envolve os folhetos visceral e 
parietal. O tipo de pericardite é determinado 
pelo tipo de exsudato presente, classificado 
como seroso, fibrinoso ou supurado. A Tabela 
2.1 mostra algumas doenças nos animais 
domésticos que causam pericardites. 
 
• Retículo pericardite traumática 
➢ Lesão cardiotorácica que acomete o 
bovino w tem agentes etiológicos 
objetos pontiagudos que atingem o 
retículo e o coração desencadeando a 
insuficiência cardíaca e a toxemia. 
➢ Tem grande importância econômica 
devido à perda da produção levando à 
morte do animal. 
➢ Sinais clínicos: 
 
 
 
ENDOCARDITE 
• A endocardite infecciosa- infecção da 
superfície endotelial cardíaca 
• É comumente causada por colonização 
bacteriana, a qual é chamada de endocardite 
bacteriana. 
• Frequente em cães e gatos- mais prevalente 
em cães machos de porte grande. 
• Acomete principalmente ao lado esquerdo do 
coração, afetando as valvas mitral e aórtica 
com maior frequência 
 
• A bacteremia (transitria ou persistente) é 
crucial para que o processo de endocardite se 
desenvolva, e é causada por qualquer 
processo não asséptico que sirva como porta 
de entrada para bactéria no organismo, como 
desde uma lesão de pele, até um procedimento 
invasivo como cateterização e cirurgias. 
• O diagnóstico ante-morten é muito difícil, pois 
endocardite possue sinais clínicos muito 
variados e comuns a outras doenças, 
resumindo-se a sinais de infecção (febre, 
apatia, perda de peso) , e presença de sopro 
cardíaco, podendo apresentar sinais de 
insuficiência cardíaca congestiva (ICC) 
ENDOCARDITE X ENDOCARDIOSE 
• Endocardiose: é vista como um processo 
degenerativo do tecido valvular e discreta 
infiltração de tecido conjuntivo fibroso. 
• A patogenia da endocardite é complexa , na 
maioria das vezes, incompletamente 
entendida´

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