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Distrofia� Musculare� Grupo de mipatias geneticamente determinadas e que apresenta um curso degenerativo constantemente progressivo. É a designação coletiva de um grupo de doenças musculares hereditárias, progressivas, tendo como característica a degeneração da membrana que envolve a célula muscular, causando morte, afetando os músculos causando fraqueza. Essa fraqueza depende do tipo de distrofia, afeta grupos musculares diferentes e tem velocidade de degeneração variável. Tipos: Duchenne, Becker, Cinturas. Fáscio-escapulo-umeral. ● Diagnóstico Manifestações Clínicas → Dosagem de creatinofosto quinase (CPK) → Biópsia Muscular → Eletroneuromiografia → Estudo genético molecular. ● Paciente apresenta: Dificuldade para caminhar, quedas sem razão aparente, perda de equilíbrio e coordenação, enfraquecimento dos músculos. Distrofi� Muscula� d� Duchenn� (DMD) Foi estudada inicialmente por um neurologista Francês Guillaume Benjamin Amand Duchenne. Em 1987, pesquisadores conseguiram isolar o gene das distrofias de Duchenne, levando à descoberta de uma proteína chamada distrofina, cuja produção defeituosa gera a doença. Considerada uma das formas mais comuns e severa das distrofias. Apresenta incidência de 1 a cada 3-500 nascimentos de MENINO. Patologia associada ao cromossomo X. (ausência da proteína distrofina que ajuda na contratilidade de actina e miosina) ao longo do tempo a estrutura ficará fragilizada por não ter a proteína presente, rompendo a estrutura da célula. A entrada e saida iônica ficará comprometida, ocorre um influxo de cálcio. - necrose tecidual por cálcio entrando em quantidade errada. Quadr� Clinic� ● Por volta dos 5 anos de idade a criança começa apresentar dificuldade em subir escadas e pode tornar-se incapaz de correr ou saltar, devido à atrofia muscular evidente, prodominamente nos músculos antigravitacionais e pela substituição do tecido muscular por tecido adiposo e conjuntivo (fenômeno pseudo-hipertrofia).. ● Por volta dos 8 anos as contraturas dos cordões tendínnosos do calcanhar e das faixas ileotibiais levam ao pé equino e marcha anserina. ● os padrões anormais da marcha adotados pelo portador são acentuados conforme o aumento da fraqueza muscular provocando um “balançar” o corpo por meio da elevação do quadril, abertura bilateral dos braços, oscilação lateral do tronco e aumento da base de sustentação com diminuição da largura do passo. Entre 12 e 13 anos ocorre perda da deambulação, que evolui para a utilização de cadeiras de rodas. ● A hipoventilação (baixa ventilação), ineficiência da tosse e insuficiência respiratória nos estágios mais avançados da doença, dado o comprometimento progressivo dos músculos respiratórios. ● As deformidades da coluna agravam a insuficiência respiratória, levando ao óbito geralmente no final da segunda década de vida. ● Apresentam cardiomiopatia dilatada e arritmias. ● QI abaixo da média ● Deficiência intelectual é estática, não piora entendimento ● Aumento de TEA e TDAH nesses casos. ● Pseudo hipertrofia das panturrilhas ● Escoliose ● Sinal levantar do urso ou sinal de Gowers. Distrofi� Muscula� d� Becke� (DMB) Deficiência parcial da produção da distrofina. A DMB manifesta–se geralmente entre os 5 a 7 anos de idade. (quadro clinico mais leve, sintomatologia e agravemento mais tardia). com a presença de fraqueza e atrofia musculares simétricas e progressivas, inicialmente na cintura pélvica. Há também a pseud0-ipertrofia do músculo da panturrilha A perda da capacidade de deambular após 16 anos. Na DMB os pacientes chegam à idade adulta deambulando e com moderada incapacidade física, ao contrário daqueles com DMD, que deixam de deambular em torno dos 16 anos ee morrem em torno de 20. Em mais da metade dos portadores de DMB pode evoluir para cardiomiopatia, limitando muito a capacidade e qualidade de vida. Distrofi� muscula� d� cintura� - DMC ↳ Esta enfermidade tem caráter progressivo com grande variabilidade genética acomentendo ambos os sexos. Atinge 1 para cada 10.000 a 20.000 nascidos vivos. O quadro clínico é caracterizado por fraqueza e atrofia musculares com predomínio das cinturas, onde a cintura pélvica é atingida primariamente. O inicio das anifestações clinicas é variável, podendo ser já no primeiro ano de vida ou até na primeira década. Há grande variedade do grau de comprometimento motor, desde mais severo, quanto uma fraqueza leve ser prejuízo das AVDs. As protéinas específicas deficientes são a calpaína, fukutina, disferlina, teletonia e sarcoglicanas. Distrofia muscular fascio escápulo-umeral -FSH ● Manifesta-se em qualquer época da vida, desde o início da infância até a vida adulta tardia, embora a maior incidência das manifestações clínicas seja na adolescência. ● É caracterizada por uma das formas mais benignas. ● A incidência desta distrofia é de 1:20.000 nascimentos de ambos os sexos. ● Este tipo de distrofia está associado ao comprometimento muscular proximal à cintura escapular e da musculatura facial. ● São características desta DM a escápula alada e a boca de tapir. O portador apresenta dificuldade de fechar os olhos, abrir e fechar a boca, sorrir e assobiar. Pode haver comprometimento de MMII. ↳ De forma geral, o comprometimento é leve e o portador apresentará uma vida normal, mesmo com gradativa repercussão nas AVDs. Avaliaçã� Fisioterapêutic� A Medida da Função Motora (MFM) compreende 32 itens, incluindo avaliações estáticas e dinâmicas, divididas em três dimensões: • Dimensão 1 (D1): posição em pé e transferências, com 13 itens; • Dimensão 2 (D2): função motora axial e proximal, com 12 itens; • Dimensão 3 (D3): função motora distal, com sete itens, dos quais seis são referentes aos membros superiores. → A versão em português da MFM demonstrou boa confiabilidade e homogeneidade na sua aplicação, podendo ser considerada uma escala com alta reprodutibilidade. → Escala Life Satisfaction Index for Adolescents (LSI-A) específica para doença neuromuscular, utilizado entre 5 a 18 anos. → Escala de Qualidade deVida – SF-36 → Avaliação deve incluir também função respiratória, força muscular, amplitude de movimento e atividades realizadas. Tratamento Fisioterapêutico: funcionalidade de incapacidade, atividade e participação, qualidade de vida. Existem poucas evidências para definir frequência, tipo e intensidade da Fisioterapia em pacientes com Distrofias. → Os pacientes com DMD devem praticar exercícios funcionais submáximos em piscina e atividades recreativas na comunidade. → Treinos de alta intensidade e atividades excêntricas como descidas de escadas e rampas devem ser evitadas. →Alongamentos diários dos músculos gastrocnêmio e sóleo, flexores de quadril e iliotibiais. →Alongamentos diários dos músculos gastrocnêmio e sóleo, flexores de quadril e iliotibiais. →Alongamentos diários dos músculos gastrocnêmio e sóleo, flexores de quadril e iliotibiais. →Alongamentos diários dos músculos gastrocnêmio e sóleo, flexores de quadril e iliotibiais. → Alongamentos diários dos músculos gastrocnêmio e sóleo, flexores de quadril e iliotibiais. ●Treino das Transferências posturais. Órteses, inicialmente noturnas, ainda na primeira década de vida. → Hidroterapia, Equoterapia, Ciclismo. → Fisioterapia Respiratória de extrema importância: Fraqueza dos músculos. Diminuição da fase explosiva da tosse ●Treinamento de Fortalecimento ou Resistência Muscular provocam efeitos deletérios nos músculos distróficos.