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Resumo 10 lições sobre Maquiavel

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Lição 3 - Pessimismo Antropológico: Como Thomas Hobbes,
Maquiavel ,em sua segunda lição, afirma que o homem em sua
essência é mau, guiado por suas ambições e motivações,
portanto,precisando de um Estado central e poderoso.
O Estado e o poder andam de “mãos dadas” com a essência
perversa do homem, tendo Deus e o surgimento do Estado como
causadores do egoísmo humano,que, conflitando-se dominam a
vida social das coisas,então os homens ,que se deixam levar por
suas convicções, revelam sua verdadeira face,ou seja, sua
verdadeira natureza.
No final da lição, o autor ainda faz a seguinte pergunta :”Se os
homens são maus, como poderiam construir Estados que
realizam o bem público ?” e ele responde da seguinte forma:
oposição de interesses – que sendo bem feita como em Roma –
permite que as ambições em luta engendrem as boas leis
que,por sua vez, são de interesse coletivo.
As revoltas ou tumultos são de suma importância para a
manutenção de qualquer regime.Contudo, devem ser bem
orquestrados, caso não, as lutas políticas de facção são
perigosas,pois ,como dito pelo autor, corrompem o Estado.
Lição 4 - A concepção de história de Maquiavel: Para
Maquiavel, a vida política não se mistura como algo estático,
sendo o governo dos Estados passível de receber constantes
mudanças que levam da ordem à corrupção em um ciclo
interminável.Esse padrão de repetição, de transformações
contínuas, acaba por mostrar a verdadeira face humana,já
entendida na lição 3,cuja instabilidade e apetite desenfreado por
poder levam à transitoriedade dos governos.
De acordo com o filósofo Políbio,pensador esse que Maquiavel
segue as suas lições,afirma que existem 3 espécies
puras–monarquia,aristocracia e democracia– e 3 modelos
corrompidos –autocracia,oligarquia e oclocracia– que se
alternam com os governos em um ciclo infinito.Ainda
mencionado no trecho do filósofo Políbios que Roma deu certo
por conta da sua constituição mista,afinal o poder real temeria o
povo e os reis ,assim também, seriam temidos e/ou respeitados.
No cap.2 do Livro primeiro dos Discursos, Maquiavel
recepciona apenas parcialmente essa ideia polibiana de que o
eterno retorno existe,ou seja, um tipo de governo dominar e
perdurar por todo o tempo,até porque, qualquer modo de
governo passa por diversas transformações.Segundo Bignotto,
não se pode esquecer a fragilidade que marca a construção
teórica do historiador grego,pois, ao retornar a imagem do
círculo, ele simplifica até demais sua visão do desenvolvimento
dos acontecimentos singulares.
Diferente de outros pensadores gregos, Aristóteles e Platão,
Políbio o usava para descrever as mudanças na sociedade como
se fossem transformações da natureza.Pode-se dizer ,então, que
Maquiavel apropria-se,em grande parte, da noção da
repetitividade da história,dando-lhe,contudo, uma nova
interpretação.Seu ponto de vista é o da corrupção extrema de
sua cidade, muito por conta dos tumultos mal organizados e pela
falta de um modo de governo misto.Desse modo, a visão antiga
do eterno retorno dos acontecimentos,sendo sua posição, entre
os pensadores da Renascença,fica profundamente original.
Lição 8 - Maquiavel e a arte da guerra : Guerra e política
são,sem dúvida alguma, atividades altamente entrelaçadas,
sendo um erro considerar a primeira como uma área que se furta
ao império do cálculo.
De fato, o ato de beligerância é antes de mais nada um
instrumento político, usado em momentos oportunos, que é
quando a decisão racional não se sobressai.A guerra é ,em
poucas palavras, política por outros meios e não meramente
brigas entre homens.Como é dito por Erich Hartmann: “A
Guerra é um lugar onde jovens, que não se conhecem e não se
odeiam, se matam, por decisões de velhos que se conhecem e se
odeiam, mas não se matam.”.
Então, quando acaba o diálogo, um ato extremo surge e leva-se
a cabo esse evento de proporções gigantescas e nefandas: a
guerra, na sua essência , deve reduzir o poder de resistência do
inimigo,proteger seu território nacional e como o autor destaca :
alcançar um fim maior que é ,e sempre será, a liberdade dos
cidadãos.Vale ressaltar, o destaque que Maquiavel dá em
relação ao exército ser composto ,exclusivamente,por cidadãos
italianos e não mercenários.A essa questão se entende que
política e guerra andam de ‘‘mãos dadas’’.Esse era o mal
italiano, o autor reitera que para ser um bom soldado deve-se
ser um ótimo cidadão e não um mero mercenário preocupado
somente com sua recompensa, além de ser desleal e rapace.
Querendo contornar esse problema,Maquiavel,com o apoio do
governante de Florença,Piero Soderini, treina e monta a milícia
de sua cidade,que terá um papel de extrema importância na
reconquista de Pisa em 1509.Nesse mesmo ano ,a República
Florentina, instituí os “ Nove oficiais da ordenança e
milícia”,que eram a nova magistratura da cidade.Assim sendo,
Maquiavel, na ocasião, agraciado com o cargo de chanceler
dessa nova magistratura.
Nosso chanceler oferta-nos lições que variam desde táticas de
combate a questões mais profundas e marcadamente políticas,
como a superioridade da virtù militar republicana –encarnada na
figura romana do soldado-cidadão–em paralelo aos exércitos
egoístas mercenários, altamente comuns na península da sua
época.Assim, era de suma importância reviver os hábitos
militares de Roma.Destarte, voltar aos modos militares
romanos,como queria o florentino, mostrou-se
impossível,porque cada período histórico possui seus
lineamentos políticos e sociais únicos.
Por conseguinte,o novo profissionalismo militar,em que o
militar é ,como bem dito anteriormente, um excelente
soldado-cidadão, parece comprovar que o tão desejado sonho
do florentino não morreu com ele.

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