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Relatório - A1 – Ética Geral e Profissional Turma: 000003209D01 Nome: Alan Nerys Evangelista - RA: 2575036 Nome: Adna Melo Maximiano – RA: 2697773 Nome: Amanda Luma Oliveira Santos – RA: 2734196 Nome: Beatriz Cristina de Oliveira Saggiomo – RA: 2065155 Nome: Paulo Henrique Rodrigues – RA: 8693919 Nome: Raphael da Mata – RA: 5048383 Decisão: Agravo em Recurso Especial n. 1.106.350 Agravante: ABDO & Diniz Advogados Associados Agravado: Lisane de Alemida Brandão Relator: Ministro Raul Araújo Foi agravada a decisão que inadmitiu o Recurso Especial fundado no art. 105, III, “a” e “c” da Constituição Federal. A decisão é relacionada a suposta violação dos artigos 1.022, do Código de Processo Civil e dos artigos 927 e 944 do Código Civil e divergência jurisprudencial, argumentando que os embargos de declaração opostos com o intuito de prequestionamento da matéria não foram acolhidos, bem como a diminuição no montante de R$ 10.000,00, arbitrado a título de danos morais em razão de propaganda enganosa contida em contrato de serviços advocatícios onde o advogado prometeu êxito na causa. O Relator do recurso, Ministro Raul Araújo, entendeu que o Tribunal de origem se debruçou sobre todas as questões que lhe foram apresentadas fundamentadamente e embora não tenha acolhido os argumentos levantados pelo Agravante, manifestou-se para dirimir a lide. Enfatizou que não se verificou a violação ao art. 1.022 do Código de Processo Civil, posto que o Superior Tribunal de Justiça dirimiu as questões que lhe foram submetidas fundamentalmente. Sustenta que o Tribunal de origem entendeu estar comprovada através de um e-mail enviado a promessa de causa ganha por meio de um recurso que sequer foi interposto, caracterizando assim propaganda enganosa por parte do Agravante em afronta direta ao artigo 31, § 1º, do Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e em razão disso os danos morais seriam devidos e também, o Relator, não reconheceu a exorbitância ou a índole irrisória no valor arbitrado. Deste modo, foi negado provimento ao Recurso Especial. Opinião do grupo: O grupo chegou na conclusão de que a decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi coerente, posto que pelo art. 31, § 1º do Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que contribua para o prestígio da classe e da advocacia. Além disso, o artigo 8º do Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) deixa claro a obrigatóriedade do profissional de informar os riscos e eventuais consequências que possam vir da demanda, de modo que a violação da norma afeta diretamente o profissionalismo e a credibilidade. Vale ressaltar que o advogado é o meio para a obtenção de justiça e não o fim, visto que a resolução não será dele e no Brasil a segurança juridica é utópia, já que a decisão de uma determinada turma ou juiz pode não ser o de outro. Em caso de erro por parte do advogado, como no presente caso, o mesmo deve ser sancionado, mas sem injusta proporção da sanção pecuniária em desequilíbrio, conforme prevê o art. 944 do Código Civil. Dessa forma, na presente decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça, não se verifica excesso de sanção pecuniária, tendo em vista que no presente caso o Agravante realmente cometeu propaganda enganosa ao informar que por e-mail enviado a promessa de causa ganha por um suposto recurso que sequer foi interposto pelo patrono, prejudicando e ludibriando o seu cliente.