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Estudo dirigido 02

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1 - Discorra sobre as condições para a expansão cafeeira no séc. XIX (condições
naturais, recursos socioeconômicos, demanda, concorrência; economia mundial,
trabalho assalariado)
As condições para a expansão cafeeira no século XIX no Brasil, foram
extremamente favoráveis ao seu desenvolvimento. Em primeiro lugar, as condições
naturais contribuíram de forma significativa, pois o Brasil possui um clima tropical,
mantendo temperaturas médias entre 19ºc e 25ºc, além de possuir grande extensão
montanhosa, com grande altitude, com um excelente regime de chuvas periódicas.
Adiante, para levantar recursos neste período, era necessário demonstrar projetos
atrativos aos mercados de capitais, além de entregar garantias para os credores;
porém, a economia brasileira neste período não estava em seus melhores períodos,
dificultando o acesso ao crédito. Sendo assim, foram aproveitados os recursos
pré-existentes e subutilizados da economia açucareira, principalmente os
trabalhadores escravos. Além disso, geralmente, os cafezais se encontravam
próximos às capitais, ou seja próximo ao porto, facilitando a exportação. Em relação
a demanda pelo café brasileiro, houve um aumento devido a quedas na produção
Haitiana e na Insulásia por diversos motivos, sendo um deles, a má gestão no
controle de pragas. Por fim, a adoção do trabalho assalariado na principal atividade
econômica do período, trouxe uma nova dinâmica à economia.
2 - O que determina a introdução progressiva do trabalho assalariado no setor
agroexportador e quais as suas principais conseqüências para a economia
brasileira na segunda metade do século XIX.
A produção de café passa a ter um novo líder. Antes dominada pelo Rio de Janeiro,
na década de 1880, a produção de São Paulo ultrapassa a fluminense e os
planaltos de São Paulo praticamente substituem o Vale do Paraíba. Com o café se
tornando o centro motor do desenvolvimento do capitalismo no Brasil a ponto de sua
produção ultrapassar 3 milhões de sacas por ano e São Paulo ganhando cada vez
mais espaços geográficos para se produzir o que era chamado de “ouro preto”, não
houve outra alternativa a não ser a de introduzir pessoas para sua produção. Com
isso, as plantações abandonam o trabalho escravo e passam a adotar o trabalho
assalariado e consequência disso é o conhecimento da mecanização ao nível de
operações de beneficiamento do café. Além disso, a construção de uma rede de
linha férrea, o financiamento e a comercialização de uma produção bastante
relevante implicaram o desenvolvimento de um sistema comercial relativamente
avançado, formado por uma rede bancária e por casas de exportação.
3 - Com relação à economia brasileira do último quartel do séc. XIX, apresente as
principais implicações socioeconômicas da desvalorização cambial, recorrente
mecanismo de defesa do setor exportador no período.
Quando há uma queda na procura de divisas, isso deveria acarretar em uma
depreciação, evitando-se assim que o desequilíbrio externo se propagasse em toda
sua extensão ao sistema econômico. Desse modo, a queda na procura de divisas
significava, por outro lado, que o fluxo de renda monetária criado no setor
exportador não tinha uma contrapartida real adequada na oferta de bens
importados, sendo esse o ponto de partida do desequilíbrio. Sendo assim, tal
situação não podia durar muito tempo, pois ao reduzir-se a procura de divisas
abaixo da oferta destas, haveria uma baixa de preços das mesmas, recebendo os
exportadores menores somas em cruzeiros por suas cambiais e reduzindo-se a
renda monetária criada no setor de exportação. Essa redução de rendas serviria
para equilibrar a contração na oferta de bens e serviços importados, corrigindo-se
assim o desequilíbrio. É verdade que o barateamento das divisas significava que os
importadores despenderiam menores somas com as mercadorias importadas, isto é,
comprariam as divisas a preços mais baixos. Ocorre, entretanto, que o maior
comprador de divisas nessa ocasião eram as autoridades monetárias, que ficavam
com toda a massa de divisas que não encontram aplicação no intercâmbio corrente.
Ou seja, a autoridade monetária tenta controlar a situação aumentando a sua
demanda por moeda, desde que o mercado não a demande. Além de tal
procedimento aumentar imensamente as reservas monetárias.

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