Prévia do material em texto
Farmacologi� d� Sistem� Reprodutor Prova→ anticoncepcionais (tipos e riscos), funções do estrogeno e sua relação com a osteoporose e seus riscos e indicações; tamoxifeno; Anastrozol; Finasterida. Fisiologia do Sistema reprodutor: 1. Ao começo de cada ciclo menstrual mensal, os níveis de esteróides gonadais são baixos e vêm diminuindo desde o final da fase lútea do ciclo anterior. 2. Com a involução do corpo lúteo, os níveis de FSH começam a se elevar, e uma coorte folicular em crescimento é recrutada. Cada um desses folículos secreta níveis crescentes de estrogênio enquanto se desenvolve na fase folicular. O aumento de estrogênio, por sua vez, é o estímulo para a proliferação endometrial. 3. A elevação dos níveis de estrogênio provém de uma retroalimentação negativa sobre a secreção de FSH hipofisário, que começa a declinar próximo à metade da fase folicular. Além disso, os folículos em crescimento produzem inibina-B, que suprime a secreção de FSH pela hipófise. De maneira oposta, o LH inicialmente diminui em resposta a níveis de estradiol elevados, mas, em um momento mais tardio na fase folicular, o nível de LH é dramaticamente aumentado (resposta bifásica). 4. Ao final da fase folicular (pouco antes da ovulação), receptores de LH/FSH-induzidos estão presentes na superfície de células da granulosa e, com a estimulação do LH, modulam a secreção de progesterona. 5. Após um grau suficiente de estimulação estrogênica, o aumento repentino de LH hipofisário é disparado, o que desencadeará a ovulação, que ocorre de 24 a 36 h mais tarde. A ovulação anuncia a transição para a fase lútea – secretora. 6. O nível de estrogênio é reduzido durante a fase lútea inicial, pouco antes da ovulação até o meio da fase lútea, quando começa a se elevar outra vez como resultado da secreção do corpo lúteo. De modo semelhante, a inibina-A é secretada pelo corpo lúteo 7. Os níveis de progesterona se elevam após a ovulação e podem ser usados como um sinal presumido de que a ovulação ocorreu 8. A progesterona, o estrogênio e a inibina-A agem centralmente para suprimir a secreção de gonadotrofina e um novo crescimento folicular. Esses hormônios permanecem elevados durante o tempo de vida do corpo lúteo e, então, diminuem com a sua involução, preparando o caminho, portanto, para o próximo ciclo. Hipotálamo secreta GnRH (hormônio liberados de gonadotrofinas) que estimula a adeno-hipófise a secretar FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante), que atuam nos ovários. FSH – leva ao crescimento e maturação dos folículos ovarianos LH – estimula a ovulação/ovocitação e a formação do corpo lúteo Estrógenos – secretados pelas células foliculares Corpo lúteo – secreta progesterona (principalmente) e um pouco de estrógenos Progesterona – secretada pelo corpo lúteo, atua no útero, preparando-o para a gravidez Hormônio liberador de gonadotrofina: O GnRH (também chamado de hormônio liberador do hormônio luteinizante ou LHRH, é o fator que controla a liberação da secreção das gonadotrofinas. É um decapeptídeo produzido por neurônios com corpos celulares localizados principalmente no núcleo arqueado do hipotálamo. O GnRH têm uma secreção pulsátil (ao longo do dia tem produção desse hormônio). Do ponto de vista embriológico, esses neurônios se originam na fossa olfatória e, então, migram para suas posições em que ficarão na fase adulta. Esses neurônios secretores de GnRH projetam axônios que terminam nos vasos porta, na eminência mediana, onde o GnRH é secretado para ser liberado para a hipófise anterior. Função menos clara é das outras projeções múltiplas secundárias de neurônios GnRH para locais dentro do SNC. O gene que codifica o GnRH produz uma proteína precursora com 92 aminoácidos, que contém o decapeptídeo GnRH é um peptídeo de 56 aminoácidos, conhecido como peptídeo associado ao GnRH (PAG). O PAG é um potente inibidor da secreção de prolactina e estimulador da liberação da gonadotrofina. Aromatase→enzima importante para a fisiologia→A enzima aromatase converte androgênio em estrogênio nas células da granulosa, num processo chamado de aromatização. Essa ação é induzida pelo FSH, que age nas células da granulosa através de receptores. O aumento de FSH e estrogênio (que está sendo produzido) estimula o aumento do número desses receptores. Estimulação do LH nas células da teca→tem participação de ATP, conversão de colesterol em pregnenolona. Células da granulosa→folículo maduro. Fases do ciclo menstrual→fase folicular, secretora e menstrual: Fase folicular: a retroalimentação hormonal promove o desenvolvimento ordenado de um único folículo dominante, que deve estar maduro na metade do ciclo e preparado para a ovulação. A média de duração da fase folicular humana varia de 10 a 14 dias, e a variabilidade nessa duração é responsável pela maioria das alterações na duração total do ciclo. A primeira fase tem uma duração de 10 a 14 dias, ocorre quando os folículos estão em desenvolvimento . Começa no primeiro dia de sangramento até a liberação do óvulo, a fase de ovulação, nos primeiros dias dessa fase, ocorre grande produção do hormônio FSH, responsável por estimular os ovários a produzir óvulos maduros. Com o amadurecimento dos folículos, também há alta produção do hormônio estrogênio, resultando no espessamento do endométrio e formação de vasos, condições que tornam o útero preparado para receber o óvulo fecundado e iniciar a gravidez. Ao final da fase, o principal folículo continua seu desenvolvimento e crescimento, secretando estrogênio cada vez mais rápido,levando ao pico de estradiol por volta do décimo dia. Em geral, o principal folículo continua o seu desenvolvimento e aumenta de tamanho. A secreção de estrogênio continua elevada, garantindo que o óvulo está em condições de ser liberado. Outra característica é a mudança que ocorre no muco no colo uterino, o qual se torna fino e aquoso. Todas essas alterações consistem na preparação do útero para a possível chegada dos espermatozoides e consequente fecundação. Fraqueza e cólica são comuns nessa fase. Fase ovulatória:Nesta fase, os níveis de estrogênio continuam aumentando e levam o corpo a produzir o hormônio luteinizante (LH), que é responsável por selecionar o óvulo mais maduro e fazê-lo sair do ovário (rompimento do folículo), que é quando ocorre a ovulação, geralmente, por volta do dia 14 do ciclo O óvulo possui um curto período de vida, em torno de 24h, já os espermatozóides podem permanecer viáveis por até 5 dias no corpo feminino. Período mais fértil, com aumento do ânimo e da libido. Fase Lútea: Período da ovulação até o início da menstruação dura, em média, 14 dias. Um ciclo menstrual normal dura de 21 a 35 dias, com média de 2 a 6 dias de fluxo e de 20 a 60 ml de perda sanguínea. Entretanto, estudos em um grande número de mulheres com ciclos menstruais normais apontaram apenas cerca de dois terços de pacientes adultas com ciclos durando de 21 a 35 dias.54 Os extremos da vida reprodutiva (após a menarca e perimenopausa) são caracterizados por uma porcentagem mais alta de ciclos anovulatórios ou ciclos irregulares. Começa com a formação do corpo lúteo, ela compreende o período desde a ovulação até o primeiro dia da próxima menstruação; dura em geral 12 a 16 dias. A formação do corpo lúteo ocorre após a ovulação devido a transformação das paredes dos folículos ovarianos que se transformam em uma estrutura secretora do hormônio progesterona (mais ativo). Nessa fase a progesterona promove um maior revestimento do endométrio, preparando o útero para receber o óvulo fecundado e fixação do zigoto. Caso ocorra a nidação, inicia-se a produção de hCG, conhecido como hormônio da gravidez, mantendo o corpo lúteo ativo. Se não ocorrer a fecundação, o corpo lúteo se degenera e inicia-se um novo ciclo com a vinda da menstruação. **LH e FSH têm produção gradativa, e durante a puberdade essa produção é maior, tendo o início da fase menstrual. **O estresse também está envolvido na modulação dos pulsos→pode ter tudo funcionando bem mas pode não conseguir engravidar.Estrógenos: Os estrógenos são sintetizados pelo ovário e pela placenta e, em pequenas quantidades, pelos testículos e pelo córtex da suprarrenal. A substância inicial para a sua síntese e de outros esteróides é o colesterol. Os precursores imediatos para os estrógenos são substâncias androgênicas – androstenediona ou testosterona. Há três estrógenos endógenos principais nos humanos: estradiol, estrona e estriol, sendo o estradiol o principal e mais potente estrógeno secretado pelo ovário. Os níveis de estradiol aumentam ao decorrer do ciclo menstrual, estando mais elevados na metade do ciclo. →Os efeitos dos estrógenos exógenos nas mulheres dependem do estágio de maturidade sexual quando de sua administração: •No hipogonadismo primário: os estrógenos estimulam o desenvolvimento de características sexuais secundárias e aceleram o crescimento •Em adultas com amenorreia primária: os estrógenos, administrados clinicamente com um progestógeno, induzem um ciclo artificial •Em mulheres sexualmente maduras: os estrógenos (com a progesterona) são contraceptivos -Desenvolvimento das mamas, distribuição da gordura nos quadris, coxas e mamas, distribuição de pelos em áreas específicas do corpo, maturação de órgãos genitais. Fechamento das cartilagens epifisárias dos ossos longos (se a menina têm um crescimento deficitário, a sua menarca é atrasada, através de tratamentos, para permitir que ela cresça suficiente. Depois da menarca, a menina pode crescer até, no máximo 5 cm, devido ao fechamento das epífises). Os estrógenos têm várias ações metabólicas, incluindo mineralocorticóides (retenção de sais e água) e ações anabólicas discretas. Eles aumentam as concentrações plasmáticas de lipoproteínas de alta densidade, um efeito potencialmente benéfico que pode contribuir para o risco relativamente baixo de doenças ateromatosas em mulheres em pré-menopausa, comparadas com homens da mesma idade. Entretanto, os estrógenos também aumentam a coagulação sanguínea e o risco de tromboembolia. Resumindo, o estrógeno apresenta efeitos estimulatórios em mamas, ossos e endométrio. Usos: contracepção feminina, terapia de reposição hormonal, indução da ovulação. Mecanismo de ação→Os estrógenos se ligam a receptores nucleares, como outros hormônios esteróides. Existem pelo menos dois tipos adicionais de receptores para estrógenos, chamados de ERα e ERβ. A ligação é seguida pela interação dos complexos resultantes com pontos nucleares e efeitos genômicos subsequentes. RE alfa→ Presente em grandes quantidades no trato reprodutor feminino, glândulas mamárias, hipotálamo e na musculatura lisa vascular. RE beta→Expresso principalmente na próstata e no ovário. Menos expresso nos pulmões e cérebro. Além desses receptores intracelulares “clássicos”, alguns efeitos estrogênicos, em particular suas ações vasculares rápidas, são iniciados pela interação com receptores de membrana, incluindo o receptor de estrógeno acoplado à proteína G, o qual foi clonado a partir de células endoteliais vasculares e desempenha um papel na regulação do tônus vascular e crescimento celular, assim como na homeostase de lipídios e glicose. A vasodilatação aguda causada por 17-β-estradiol (estrógeno sintético) é mediada por óxido nítrico, e um estrógeno de origem vegetal (fitoestrógeno) chamado de genisteína (seletivo para ERβ, além de exercer efeitos bastante distintos de inibição da proteinoquinase C) é tão potente quanto o 17β-estradiol nesse aspecto. Muitas preparações (oral, transdérmica, intramuscular, implantável e tópica) de estrógenos são viáveis com ampla classe de indicações. Essas preparações incluem estrógenos naturais (estrona, estradiol, estriol) e sintéticos (mestranol, etinilestradiol, dietilestilbestrol, 17-β-estradiol). Os estrógenos são apresentados como agentes isolados ou associados a progestágenos. Os estrógenos naturais, assim como os sintéticos, são bem absorvidos pelo trato gastrintestinal (GI); no entanto, após a absorção, eles são rapidamente metabolizados pelo fígado, enquanto os sintéticos são degradados mais devagar. Ocorrem graus variáveis de recirculação entero-hepática. Os estrógenos são, em sua maioria, absorvidos depressa pela pele e pelas mucosas. Eles podem ser administrados como cremes intravaginais ou óvulos vaginais, para efeito local. No plasma, os estrógenos naturais ligam-se à albumina e a uma globulina ligante de esteróides sexuais. Os estrógenos naturais são eliminados na urina como glicuronídeos e sulfatos. Principais efeitos adversos→ sensibilidade da mama, náuseas, vômito, anorexia, retenção de sal e água resultando em edema, e risco aumentado de tromboembolia. Usados de modo intermitente para terapia de reposição hormonal na pós-menopausa, os estrógenos causam sangramento semelhante ao da menstruação. Eles também causam hiperplasia endometrial associada clinicamente à progesterona. Quando administrados em homens, resultam em feminização. A administração de estrógenos em mulheres grávidas pode causar anomalias genitais no recém-nascido. O carcinoma da vagina era mais comum em mulheres jovens cujas mães receberam, no início da gravidez, dietilestilbestrol na tentativa mal orientada de evitar o aborto. Efeitos indesejáveis→ações carcinogênicas, efeitos metabólicos e cardiovasculares, efeitos cognitivos e ressecamento vaginal. Moduladores de receptores de estrógenos (agonistas e antagonistas seletivos de receptor de estrógeno): O raloxifeno, um “modulador seletivo do receptor de estrógeno”, tem efeitos anti estrogênicos na mama e no útero, mas efeitos estrogênicos nos ossos, no metabolismo lipídico e na coagulação sanguínea. Ele é usado na prevenção e no tratamento da osteoporose pós-menopausa (terapia hormonal pós menopausa) e reduz a incidência do câncer de mama, positivo para receptor de estrógeno, de maneira semelhante ao tamoxifeno, mas com menos eventos adversos. Uso para a redução do risco de câncer de mama invasivo em mulheres na pós-menopausa com osteoporose e em mulheres pós-menopausa com alto risco para desenvolvimento de câncer de mama invasivo. Porém, ao contrário do estrógeno, não previne as ondas de calor da menopausa. O tamoxifeno tem ação anti estrogênica no tecido mamário, mas ações estrogênicas nos lipídios plasmáticos, no endométrio e nos ossos. Ele produz efeitos adversos leves, semelhantes aos dos estrógenos, consistentes com a atividade de agonista parcial. O complexo de receptor tamoxifeno-estrógeno não se dissocia rapidamente; por isso, há interferência na reciclagem dos receptores. O tamoxifeno exerce supra regulação sobre o fator de crescimento transformador-β (TGF-β), uma citocina que retarda a progressão da malignidade e que também desempenha um papel no controle do balanço entre osteoblastos produtores da matriz óssea e osteoclastos que reabsorvem o osso→previne osteoporose. Tamoxifeno atua como agonista e antagonista.Originalmente o Tamoxifeno foi classificado como um antiestrogênico, mas estudos subsequentes mostraram sua atividade estrogênica ou antiestrogênica depende do tecido. No ovário há intensa atividade estrogênica e no câncer mamário ocorre atividade antiestrogênica Droga que mais salvou mulheres no mundo falando em tratamento de câncer. É recomendado tomar durante 10 anos, mesmo com cirurgia, porque o câncer é uma doença isquêmica, se restar células pode aparecer de novo, por isso o uso por tempo prolongado. O Tamoxifeno surgiu como uma proposta de pílula do dia seguinte→ ele é agonista, agonista parcial e antagonista. Era achado porque o seu isômero tivesse uma modulação e agora se usa só um isômero mas ainda atua como agonista e antagonista. Os isômeros do Tamoxifeno possuem atividades diferenciadas. A forma “cis” possui atividade estrogênica e a forma “trans” possui atividade antiestrogênica O FDA preconizou que o Tamoxifeno deve ser comercializado puro na forma “trans”. Os metabólitos do Tamoxifeno possuem atividades anti estrogênicas; o composto 4-hidrolixado possui atividade anti estrogênica 25 – 50X superior ao fármaco original. Ele atua no endométrio→tem atividade agonista e faz proliferação, que faz uso dele é preciso verificar o quanto proliferou, pra ver se alguma célula proliferou errado (pode ocasionar câncer endometrial→por isso pesquisar proliferação tecidual do endométrio anormal)→para tratamento de cancer nao tem risco beneficio, tratar mesmo com efeitos colaterais→ tem que tratar, se tomar tamoxifeno e o paciente tem risco de câncer no endométrio, tira o útero e o endométrio e continua tomando. Esses efeitos dele minimizam muitos efeitos colaterais. Modulador de receptor de estrógeno. Usado como coadjuvante no tratamento do CA mamário não metastático em mulheres e metastático em mulheres e homens, tratamento subsequente à mastectomia total ou segmentar, profilaxia do CA mamário e de ovário em mulheres com predisposição. Caso de câncer de mama e uma mulher de 22 anos, que tem câncer de mama tratar com tamoxifeno→ pode usar anastrozol mas os efeitos colaterais são muito maiores porque a produção de estrógeno é bloqueada e o tamoxifeno faz o bloqueio apenas onde é necessário, de resto é mantido. Câimbras são efeitos colaterais muito comuns do tamoxifeno. Tamoxifeno é usado porque quando se usa análogo de testosterona na academia uma parte é transformada em estrógeno e causa ginecomastia no homem e aí ele usa tamoxifeno. Efeitos farmacológicos: Inibe a proliferação de células de CA de mama, reduz o tamanho do tumor em mulheres, efeito anti reabsortivo ósseo, diminui o colesterol total e o LDL Efeitos adversos: Aumenta em 2-3 vezes o risco de trombose venosa e embolismo pulmonar, dobra o risco de carcinoma endometrial, catarata, náuseas. Anastrozol e Letrozol→recomendado atualmente em tratamento de câncer pós menopausa e em caso de metástases usado associado com tamoxifeno. São inibidores da enzima aromatase, e fazem tratamento de cânceres hormônio dependentes (mama, ovário e útero) Clomifeno→ tratamento de infertilidade. Os antiestrógenos competem com os estrógenos naturais pelos receptores nos órgãos-alvo; além dos SERM (raloxifeno, tamoxifeno), que são agonistas parciais em alguns tecidos e antagonistas em outros, existem fármacos que são puramente antagonistas dos receptores de estrógenos. O clomifeno inibe a ligação do estrógeno na adeno-hipófise e, por isso, impede a retroalimentação negativa e aumenta de maneira aguda a secreção do GnRH (em homens e mulheres) e de gonadotrofinas. Isso resulta na estimulação e no aumento dos ovários, no aumento da secreção de estrógenos e na indução da ovulação. Ele é usado no tratamento da infertilidade causada pela falta de ovulação em mulheres e também como tratamento de hipogonadismo masculino. É comum o nascimento de gêmeos, mas a gravidez múltipla é incomum. Ele aumenta amplitude do pulso LH e FSH em mulheres. Clomifeno é uma mistura racêmica de compostos cis e trans: O composto cis é um agonista fraco (cisclomifeno) e o composto trans é um antagonista puro (enclomifeno). Fulvestranto (antagonista puro) – é um composto derivado do estrogênio. Anticoncepcionais: Índice de pearl→quantidade de mulheres que engravidaram tomando anticoncepcional. Existem dois tipos principais de contraceptivos orais: →Combinações de um estrógeno com uma progesterona (pílula combinada). →Somente progesterona (pílula apenas com progesterona). Contraceptivos baseados na combinação de estrógeno e progestina: O estrógeno que, na maioria das vezes, é combinado nessas preparações (pílulas de segunda geração) é o etinilestradiol, apesar de algumas poucas preparações conterem o mestranol. A progesterona pode ser noretisterona, levonorgestrel, etinodiol ou – em pílulas de “terceira geração” – desogestrel ou gestodeno, que são mais potentes, têm menos ação androgênica e causam poucas mudanças no metabolismo de lipoproteínas, mas que, provavelmente, apresentam risco maior de tromboembolia que as preparações de segunda geração. Etinilestradiol, mestranol, valerato de estradiol (20 a 30 μg) →estrógenos usados. O estrógeno inibe a secreção de FSH, via retroalimentação negativa na adeno-hipófise, e, assim, suprime o desenvolvimento do ciclo ovariano. A progesterona inibe a secreção de LH e, assim, previne a ovulação; ela também estimula a produção de muco cervical menos suscetível à passagem do esperma. Estrógeno e progesterona agem combinadamente para alterar o endométrio, de tal modo que evite a implantação (mecanismos de ação primário). Eles podem também interferir nas contrações coordenadas de colo, útero e tubas uterinas, que facilitam a fertilização e a implantação (mecanismo de ação secundário). Associações na contracepção, além de evitar uma gravidez indesejada, a combinação tem outros efeitos desejáveis, que incluem a diminuição dos sintomas menstruais, tais como períodos irregulares e sangramento intermenstrual. A anemia por deficiência de ferro e a tensão pré-menstrual são reduzidas, como também as doenças benignas da mama, a fibrose uterina e os cistos funcionais dos ovários. Deve-se usar a menor dose de etinilestradiol pq acredita-se tem baixas doses de estrógeno reduz risco de trombose. Associação reduz incidência de câncer endometrial por causa da progesterona e de ovários por causa da inibição de FSH e LH. Pacientes com enxaqueca pode ser um fator de piora com o uso de anticoncepcional, o uso de anticonvulsivante pode interromper o efeito anticoncepcional e alguns antibióticos também, não são todos, porém é necessário outro tipo de prevenção . → Adesivos transdérmicos: Etinilestradiol + Norelgestromina – um adesivo por semana/3 semanas. Abdome, torso superior, nádegas. →Anel vaginal:Etinilestradiol + Etonogestrel. O anel é aplicado na vagina, onde permanece por 21 dias. A seguir, é removido, e, 7 dias depois, coloca-se um novo anel. →Orais→Pílula combinada→ são pílulas mais modernas que obedecem as concentrações de hormônios do ciclo menstrual→ são combinações de estrógeno progestina→ eficácia de 99%→permitem que ao parar de tomar seja possível engravidar mais rapidamente, e também, os efeitos colaterais são menores→eles obedecem o ciclo menstrual, justamente para os efeitos serem menores nas mulheres, porque não é necessário grandes quantidades de hormônios. Contudo, se interrompido, se esquecido de tomar, a chance de engravidar é muito maior em comparação com os anticoncepcionais mais antigos (tinham quantidades grandes de hormônios ) ou não combinados. 21 dias + 7 dias placebo 24 dias + 4 dias placebo 84 dias + 7 placebo Formulação monofásica (dose constante de E+P), bifásica (doses crescentes de P) e trifásica (constante, E na metade e P na 2ª metade). Esquemas hormonais monofásicos, bifásicos ou trifásicos. A formulação padrão, que é utilizada pela maioria das mulheres, consiste numa dose constante (monofásica) de estrógeno e de progestina durante 21 dias. As preparações bifásicas mantêm uma dose constante de estrógeno durante todo o ciclo, enquanto a quantidade de progestina é inicialmente baixa, porém aumenta durante a segunda metade do ciclo. As formulações trifásicas incorporam um aumento da progestina na segunda metade do ciclo e um aumento da dose de estrógeno na metade do ciclo, com a finalidade de evitar a ocorrência de sangramento inesperado. Efeitos adversos comuns da pílula combinada são: Ganho de peso, retenção de fluido ou efeito anabólico, ou ambos, náuseas amenas, rubor, tontura, depressão e irritabilidade, mudanças na pele (p. ex., acne e/ou aumento na pigmentação). Amenorreia de duração variável na cessação da ingestão da pílula. Angiotensina II aumenta→ algumas mulheres ficam hipertensas tomando anticoncepcional→ele atua na síntese de renina também, por isso pode ter aumento da pressão arterial. A mulher tende a ganhar peso devido a atuação na glicose → aumenta triglicerídeos O risco de câncer endometrial e ovariano é diminuído. A maior exposição ao estrógeno pode aumentar o risco de efeitos adversos. síntese da progesterona: A partir do colesterol da dieta e seus locais de fabricação são o ovário e o corpo lúteo; Ações→Espessamento do endométrio uterino e auxílio nafixação do embrião no endométrio. Hormônio natural→ progesterona Sintéticos→acetato de medroxiprogesterona, levonorgestrel, norgestrel, norestirona. Contraceptivos a base apenas de progestina: Eles não bloqueiam a ovulação efetivamente, porém faz espessamento cervical, dificultando a passagem do espermatozoide. Suprimem a liberação de GnRH e LH. Comprometem a vascularização e a nidação. O anticoncepcional de progesterona isolada não é recomendado para portadoras de diabetes, pois pode ocasionar resistência à insulina→gestante que teve diabetes gestacional também não é recomendado. Os contraceptivos só com progesterona oferecem alternativa viável para a pílula combinada em algumas mulheres nas quais o estrógeno é contraindicado e são viáveis para aquelas cuja pressão sanguínea aumenta de maneira exagerada durante o tratamento com estrógeno. Entretanto, seus efeitos contraceptivos são menos confiáveis que aqueles da pílula combinada, e, perdendo-se uma dose, pode ocorrer a concepção. Alterações da menstruação (especialmente sangramento irregular) são comuns. Apenas pequena proporção de mulheres usa esse método de contracepção; por isso, dados da segurança por longos períodos são menos confiáveis em comparação aos da pílula combinada. Efeitos adversos: efeitos cardiovasculares, embolismo, câncer de mama, efeitos hepatocelulares e câncer de fígado. Minipílulas→são pílulas com noretisterona e norgestrel; tomadas diariamente. Usados por mulheres na amamentação, intolerantes ao estrogênio, fumantes. É comum mulheres grávidas na amamentação engravidarem, portanto é muito recomendado minipílulas. Nas pílulas só com progesterona incluem noretisterona, levonorgestrel e etinodiol. A pílula deve ser tomada sem interrupção. O mecanismo de ação ocorre primariamente sobre o muco cervical, que se torna inviável para o esperma. A progesterona, provavelmente, também impede a implantação por meio de seu efeito sobre o endométrio e sobre a motilidade e as secreções das tubas uterinas. Contracepção de ação prolongada só com progesterona: Injetável→medroxiprogesterona pode ser administrada intramuscularmente como contraceptivo, sendo um método efetivo e seguro. Entretanto, as irregularidades menstruais são comuns, e a infertilidade pode persistir por muitos meses após a dose final. Implantes→O levonorgestrel implantado subcutaneamente em cápsulas não biodegradáveis é usado por aproximadamente 3 milhões de mulheres em todo o mundo. Essa via de administração evita o metabolismo de primeira passagem. As cápsulas liberam seu conteúdo de progesterona lentamente por 5 anos. Sangramento irregular e dor de cabeça são comuns. Intrauterino→Um sistema intrauterino impregnado com levonorgestrel confere uma contracepção prolongada e confiável e, ao contrário dos dispositivos-padrão que contêm cobre, reduz o sangramento menstrual. Interações farmacológicas→Os contraceptivos orais só com progesterona e combinados são metabolizados pelas enzimas citocromo P450 hepáticas. Dado que a dose efetiva mínima de estrógeno é usada para evitar o risco excessivo de tromboembolia, qualquer aumento de sua depuração pode resultar em falha do contraceptivo; de fato, fármacos que induzem enzimas podem ter esse efeito não apenas com a pílula combinada, mas também com aquelas só com progesterona. Tais fármacos incluem a rifampicina e a rifabutina, assim como a carbamazepina, a fenitoína e outros, incluindo a preparação da erva-de-são-joão. Contracepção pós-coital: A administração oral de levonorgestrel, sozinho ou combinado com estrógeno (Levonorgestrel ou etinilestradiol + levonorgestrel), é efetiva se realizada dentro de 72h do intercurso não protegido e repetida 12 h mais tarde. Náuseas e vômitos são comuns (então, as pílulas podem ser perdidas: pílulas de reposição podem ser tomadas com algum antiemético, tal como a domperidona). A inserção de um dispositivo intrauterino é mais eficaz que métodos hormonais e funciona até 5 dias após o coito Ulipristal (antiprogestina) é alternativa dentro de 5 dias após o coito Menopausa: O médico deve fazer exame para contagem de fsh, para saber se a paciente está entrando em menopausa, uma vez que ele fica extremamente elevado, porque não tem mais feedback, o óvulo produz outros hormônios em muita baixa quantidade. Os sintomas relacionados principalmente com redução de estrógeno→12 meses em amenorréia Média de idade 51.5 anos. Histórico familiar, obesidade, tabagismo, quimioterapia podem antecipar. A reposição hormonal promove qualidade de vida para a mulher com mais de 50 anos, baseada em estrógeno eqüino ou estradiol isolado ou em combinação com progestágenos. O tratamento ideal da paciente na pós-menopausa exige uma cuidadosa avaliação dos sintomas, além de considerar a sua idade e a presença (ou riscos) de doença cardiovascular, osteoporose, câncer de mama e câncer endometrial. Tendo em vista os efeitos dos hormônios gonadais sobre cada um desses distúrbios, as metas da terapia são então definidas, e os riscos do tratamento são avaliados e discutidos com a paciente. A menopausa traz o mesmo risco de trombose que a contracepção, porém como são indicados para idosas o risco aumenta, principalmente no 1 ano de uso. Fogachos- redução de endorfinas no hipotálamo, aumentando a liberação de noradrenalina e serotonina diminuindo o onset do termostato, levando a perda de calor Osteoporose – desbalanço entre reabsorção e degradação→•Durante ou após a menopausa: a reposição de estrógeno previne os sintomas da menopausa e a perda óssea→ a diminuição de eDurante ou após a menopausa: a reposição de estrógeno previne os sintomas da menopausa e a perda óssea→ a diminuição de estrogênio leva a uma maior atividade osteoclástica→ maior risco de osteoporose. Os estrógenos usados na TRH podem ser administrados oralmente (estrogênios conjugados, estradiol, estriol), pela vagina (estriol), por meio de discos transdérmicos (estradiol) ou com implantes subcutâneos (estradiol). A tibolona é comercializada para o tratamento a curto prazo de sintomas de insuficiência de estrógenos e para a profilaxia pós-menopausa de osteoporose em mulheres com risco elevado de fraturas quando outra profilaxia estiver contraindicada ou não for tolerada. Ela tem atividade estrogênica, progestogênica e pouco androgênica, podendo ser usada continuamente sem a progesterona cíclica, evitando a inconveniência do sangramento quando de sua retirada.Os estrógenos usados na TRH podem ser administrados oralmente (estrogênios conjugados, estradiol, estriol), pela vagina (estriol), por meio de discos transdérmicos (estradiol) ou com implantes subcutâneos (estradiol). A tibolona é comercializada para o tratamento a curto prazo de sintomas de insuficiência de estrógenos e para a profilaxia pós-menopausa de osteoporose em mulheres com risco elevado de fraturas quando outra profilaxia estiver contraindicada ou não for tolerada. Ela tem atividade estrogênica, progestogênica e pouco androgênica, podendo ser usada continuamente sem a progesterona cíclica, evitando a inconveniência do sangramento quando de sua retirada. **Mulheres com muitos filhos tem menos risco de câncer de mama pq estão há menos tempo exposta a hormônios que possam desencadear esse câncer Controle hormonal do sistema reprodutor masculino: Como nas mulheres, os hormônios do hipotálamo, da adeno-hipófise e das gônadas controlam o sistema reprodutor masculino. O GnRH controla a secreção das gonadotrofinas pela adeno-hipófise. Essa secreção não é cíclica, como a observada em mulheres que menstruam, embora seja pulsátil em ambos sexos, como outros hormônios da adeno-hipófise. O FSH é responsável pela integridade dos túbulos seminíferos e, após a puberdade, é importante na gametogênese por sua ação nas células de Sertoli, que cuidam e sustentam o desenvolvimento dos espermatozoides. O LH, que, estimula as células intersticiais (células de Leydig) para secretar andrógenos – em particular a testosterona. A secreção de LH/ICSH começa na puberdade, e a secreção consequente de testosterona causaa maturação dos órgãos reprodutores e o desenvolvimento das características sexuais secundárias. Depois disso, a função primária da testosterona é a manutenção da espermatogênese e, com isso, da fertilidade – ação mediada pelas células de Sertoli. A testosterona é também importante na maturação dos espermatozóides quando eles passam através do epidídimo e do ducto deferente. Uma ação posterior é o efeito de retroalimentação na adeno-hipófise, modulando sua sensibilidade ao GnRH e, assim, influenciando a secreção do LH/ICSH. Lembrando que na vida embrionária testosterona tem função de diferenciação sexual e no período neonatal desenvolvimento do SNC. A testosterona exerce efeitos anabólicos pronunciados, causando o desenvolvimento da musculatura e o aumento do crescimento ósseo, que resulta em estirão de crescimento puberal, seguido do fechamento das epífises dos ossos longos. A secreção de testosterona é principalmente controlada pelo LH/ICSH, mas o FSH também tem seu papel, possivelmente pela liberação de um fator similar ao GnRH pelas células de Sertoli, que são seu alvo primário. As células intersticiais, que sintetizam a testosterona, também têm receptores para prolactina e podem influenciar a produção de testosterona pelo aumento do número de receptores para LH/ICSH. Hormônios produzidos pelo homem: Testosterona: Desenvolvimento da genitália interna durante o desenvolvimento “in utero” e aumento da massa muscular e da força durante a puberdade. Diidrotestosterona (DHT): desenvolvimento da genitália externa (“in utero”) e maturação (puberdade). Estradiol: diferenciação sexual na vida embrionária e fechamento das epífises dos ossos longos após a puberdade. Derivados dos hormônios masculinos: Sais de testosterona: Propionato de Testosterona, cipionato de Testosterona, decanoato de Testosterona, undecanoato de testosterona. Anabolizantes esteróides: Metandrosterona, oxandrolona, oximetolona, decanoato de Nandrolona, estanozolol. Usos: diminuição ou perda da função testicular, puberdade tardia e contracepção masculina. Efeitos adversos e fisiológicos→Puberdade (fechamento das epífises de ossos longos), disfunção e carcinoma hepática, hiperplasia prostática benigna, alteração da libido, atrofia testicular (massa e volume), redução da contagem espermática, ginecomastia (ação em receptores estrogênicos), aumento das concentrações de lipoproteínas LDL e diminuição das HDL plasmáticas, aterosclerose, aumento da pressão arterial e alteração nas respostas contráteis da aorta, embolias e alterações no tempo de coagulação e infarto do miocárdio. Efeitos comportamentais: Narcisismo, mania e paranoia, dependência psicológica, mudanças no humor (euforia, perda da inibição e aumento da agressividade), violência, hostilidades, suicídios e assassinatos (efeitos graves). Efeitos em mulheres: Hirsutismo, acne, ausência de menstruação (amenorreia), sangramento endometrial (atividade progestacional), aumento do clitóris, timbre de voz mais grave. Antiandrogênios: Inibidores do receptor androgênico→acetato de ciproterona Inibidores da 5 α-redutase→ finasterida (é usada na hiperplasia prostática benigna). Antagonistas competitivos não esteróides→flutamida e bicalutamida Usos: tratamento do câncer de próstata, hiperplasia prostática, terapia da puberdade precoce masculina, tratamento da acne, prevenção da calvície, síndromes virilizantes. Gonadotropinas naturais e recombinantes: FSH, LH e Gonadotropina Coriônica Humana (hCG); Usos: Estimulação ovariana, FIV, criptorquidia, infertilidade Masculina, diagnóstico e tratamento do Hipogonadismo,determinação do momento da ovulação. Inibidores da síntese de hormônios: agonistas e antagonistas do GnRH. Administração contínua de agonistas ou uso de antagonistas do receptor GnRH suprime o eixo H-H-G. Agonistas → leuprorrelina, gosserrelina, nafarrelina. Em pulso: Usado na infertilidade. Contínuo: Usado em câncer de próstata e de mama, endometriose, fibrose uterina avançada. Efeitos Adversos→inibe espermatogênese e ovulação Antagonistas – cetrorrelix, ganirrelix Usados na infertilidade (suprimem o pico prematuro do LH prevenindo a ovulaçã prematura em protocolos de ovulação assistida), endometriose, câncer de próstata (estrogênio dependente). Leuprorrelina – mama, endometriose, fibrose uterina Gosserrelina – cancer de prostata, endometriose Os 2 também para linfoma e Nafarrelina – endometriose Cetrorrelix – infertilidade