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Disciplina Professor(a) FUNDAMENTOS DOS CONTRATOS EMPRESARIAIS E DOS TÍTULOS DE CRÉDITO IVY LYRA Aluno(a) Data Turma Nota 8A MAT ORIENTAÇÕES GERAIS: • Esta Avaliação Presencial será realizada individual, possuindo 05 (cinco) questões de múltiplas escolhas, cada valendo 1,0 (um) ponto, e 02 (duas) questões discursivas, valendo 2,5 (dois e meio) pontos. Totalizando 10,0 pontos desta avaliação. • As respostas dissertativas das 2 (duas) questões propostas devem ser autorais. A partir das aulas, do material, da legislação e da pesquisa em outras fontes doutrinárias ou jurisprudenciais, respondam em forma de texto escrito, expressando a opinião própria do aluno. • Em caso de respostas idênticas de grupos diversos, a resposta de ambos alunos será zerada. • As respostas devem apresentar as respectivas citações ou referências, dentro das normas da ABNT (n. 6023). • As questões que apresentarem como resposta transcrições de textos sem a devida referência serão desconsideradas para correção, ou seja, será atribuída nota zero para a questão. • O prazo para envio das respostas em se tratando das questões de múltiplas escolhas será o da própria aula (até às 11:05 do dia 14/04/2022), já para as questões discursivas será de 24 horas (até às 08:20 do dia 15/04/2022). As atividades enviadas, após o horário limite, não serão consideradas. • A resposta deve ser digitada em fonte Times New Roman ou Arial, tamanho 12, espaço 1,5. • A devolutiva da atividade deverá ser feita através do Canvas, na aba ATIVIDADE AVALIATIVA-PROVA DA DISCIPLINA-AV1. 1) Nos termos da Lei Uniforme de Genebra, reproduzida em nosso ordenamento jurídico pelo Decreto 57663, de 1996, artigo 32: “O dador de aval é responsável da mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. A sua obrigação mantém-se, mesmo no caso de a obrigação que ele garantiu ser nula por qualquer razão que não seja um vício de forma. Se o dador de aval paga a letra, fica sub-rogado nos direitos emergentes da letra contra a pessoa a favor de quem foi dado o aval e contra os obrigados para com esta em virtude da letra.” C U R S O D E D I R E I T O AV1 Nos arrimos da legislação aplicável, a Dragon Ball Eletrônicos Ltda. subscreveu nota promissória em favor do Banco Caixa Forte S.A. com vencimento a dia certo. Em razão da pandemia, após o vencimento, foi aceita uma proposta de moratória feita pelo devedor por 240 (duzentos e quarenta) dias, sem alteração da data de vencimento indicada no título. O beneficiário exigiu dois avalistas simultâneos, e o devedor apresentou Marco e Ricardo, que firmaram avais em preto. Sobre esses avais e a responsabilidade legal dos avalistas, é possível afirmar que: a) Por ser vedado, no direito brasileiro, o aval póstumo, os avais simultâneos são considerados não escritos, inexistindo responsabilidade cambial dos avalistas. b) O aval lançado na nota promissória após o vencimento ou o protesto tem efeito de fiança, respondendo os avalistas subsidiariamente perante o portador. c) O aval póstumo produz os mesmos efeitos do anteriormente dado, respondendo os avalistas solidariamente e autonomamente perante o portador. d) O aval póstumo é nulo, mas sua nulidade não se estende à obrigação firmada pelo subscritor (avalizado), em razão do princípio da autonomia. 2) “Segundo o saudoso jurista Fran Martins no endosso translativo há a transmissão dos direitos emergentes da letra, portanto há a transmissão de propriedade do título. Por sua vez, há também o endosso- mandato, que é aquele que, por cláusula especial, de acordo com o art. 18 da Lei Uniforme de Genebra (LUG), o portador do título transfere a outra pessoa, que passa a exercer “todos os direitos da letra, mas só pode endossá-la na qualidade de procurador”. Ou seja, o endosso apenas transmite a posse do título, no qual o endossatário age na pessoa do endossante. Não é por outros motivos que a própria LUG utiliza os termos valeur en recouvrement, pour encaissement, par procuration, ou qualquer outra menção que implique em simples mandato.” Com base no explanado no texto à cima, analise a seguinte situação hipotética: D. Florinda, comprou um conjunto de panelas na mão de Palmirinha. Como pagamento, emitiu nota promissória à vista em favor da vendedora. Antes da apresentação a pagamento, Palmirinha realizou endosso-mandato da cártula para Sandra. a) Sandra poderá exercer todos os direitos inerentes ao título, inclusive realizar novo endosso sem as restrições daquele realizado em cobrança. b) Sandra poderá transferir o título na condição de procurador da endossante ou realizar endosso em garantia (endosso pignoratício). c) Sandra somente poderá transferir a nota promissória, por meio de novo endosso, na condição de procurador da endossante. d) Sandra não poderá realizar qualquer endosso do título, pois caso o faça será considerado como parcial, logo nulo. 3) “Para a legislação inexiste o cheque “pré-datado” e consequentemente nenhuma proteção às relações comerciais firmadas. As normas jurídicas vigentes - Lei Uniforme de Genebra e Lei nº 7.357/85 – em confronto com os usos e costumes, posicionam o cheque como ordem de pagamento à vista, desconsiderando uma eventual pós-data expressa no título. Na prática do comercial e frente às relações de consumo, o cheque tem sido uma peça fundamental às relações comerciais como um todo facilitando a aquisição de produtos ou prestação de serviços por parte do consumidor e a negociação “garantindo” o recebimento dos valores devidos aos fornecedores. E o fenômeno do cheque “pré-datado se incorporou ao cotidiano dos consumidores sendo frisado nas ofertas como modo de parcelamento para aquisição de produtos e serviços, quando da emissão se expressa uma data posterior da data da negociação para que se dê efetiva vigência de seus efeitos intrínsecos e legalmente previstos, no entanto, conforme previsão legal da supracitada lei cambial, o cheque é uma ordem de pagamento a vista, de “livre circulação” e “abstrato”, considerada como não escrita qualquer aposição que altere sua data de pagamento, pois se apresentado à câmara de compensação bancária, o mesmo será pago imediatamente, saldo inadimplência por insuficiência de fundos, se adimplido for; poderá por gerar danos à parte que esperava a compensação em data posterior, ou seja, danos esses que poderão gerar direitos de reparação, mediante indenização, danos morais, entre outros, se as causas legais para tanto vierem a se materializar. A natureza jurídica do cheque suscita a formação de diversas teorias, que se contrapõem, enquanto o Bacen não reconhece o instituto do cheque pré-datado, ao contrário dos órgãos de defesa do consumidor, que interpretam como sendo um respeitado contrato entre as partes. No mundo jurídico o cheque é uma ordem de pagamento à vista contra o estabelecimento bancário que mantém, administra ou disponibiliza recursos financeiros do emitente. O cheque, portanto, não é o instrumento correto para representar uma dívida ou garantir um negócio à prazo. Embora no comércio, em todo o Brasil, persista o costume de transformar o cheque em documento de garantia de pagamento futuro, esta prática é irregular e é também, sem dúvida, a maior causa de incidência de cheques sem fundos. Naturalmente que os costumes são mais fortes que as leis formais e deverá ser muito difícil extirpar do comércio a figura do cheque pré-datado a curto ou a médio prazo.” (MARTINS, Fran. O cheque segundo a nova lei., v. I e II, 13 ed., Rio de Janeiro: Forense, 1998.” Assim, Inajá adquiriu um faqueiro de prata para sua casa nova em um grande magazine local. A vendedora, Do lar Ltda., recebeu um cheque cruzado emitido pela compradora e, se comprometeu, a não o apresentar ao banco sacado antes de 15 de junho de 2021. Em 15 de marçode 2021, exatamente 10 dias após a compra, Inajá verificou, no extrato de sua conta-corrente bancária, que o cheque em referência havia sido apresentado a pagamento e devolvido por insuficiência de fundos, em decorrência da apresentação antecipada ao sacado. Com base no texto apresentado e o disposto sobre a natureza jurídica do cheque, como pareceirista contratado para solucionar o seguinte caso concreto, o que é possível afirmar sobre a apresentação de cheque pós-datado antes da data indicada como sendo a de emissão. a) O banco não pode efetuar o pagamento. b) Não pode ensejar qualquer indenização ao emitente. c) Pode ensejar indenização por dano moral. d) Pode ensejar indenização apenas se o cheque não estiver cruzado. 4) Cabeleira Ltda. sacou duplicata de serviço em face de Plásticos & Descartáveis S/A, que a aceitou. Antes do vencimento, o título foi endossado para Karla. Há um aval em preto no título dado por Flávio em favor do sacador. Após o vencimento, ocorrido em 11 de novembro de 2020, a duplicata foi levada a protesto por falta de pagamento, em 28 de novembro do mesmo ano. Com base nas informações dadas, assinale a opção que indica contra quem Karla, endossatária da duplicata, poderá promover a ação de execução. a) Plásticos & Descartáveis S/A, exclusivamente, em razão da perda do direito de ação em face dos coobrigados pela apresentação da duplicata a protesto por falta de pagamento além do prazo de 1 (um) dia útil após o vencimento. b) Cabeleira Ltda. e Flávio, somente, pois a duplicata foi apresentada a protesto tempestivamente, assegurando o portador seu direito de ação em face dos coobrigados, mas não em face do aceitante. c) Cabeleira Ltda. e Plásticos & Descartáveis S/A, somente, em razão da perda do direito de ação em face do avalista pela apresentação da duplicata a protesto por falta de pagamento além do prazo de 1 (um) dia útil após o vencimento. d) Cabeleira Ltda., Plásticos & Descartáveis S/A e Flávio, pois a duplicata foi apresentada a protesto tempestivamente, assegurando o portador seu direito de ação em face dos coobrigados e do aceitante. 5) Barreto perdeu uma nota promissória com vencimento à vista no valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais), pagável em Valença/Ba, que lhe foi endossada em branco pela sociedade empresária Dendê Ltda. Em relação aos direitos cambiários decorrentes da nota promissória, analise as seguintes assertivas: I. A sociedade empresária endossante ficará desonerada se o título não for restituído a Barreto no prazo de 30 (trinta) dias da data do desapossamento. II. Barreto poderá obter a anulação do título desapossado e um novo título em juízo, bem como impedir que seu valor seja pago a outrem. III. O subscritor da nota promissória ficará desonerado perante o portador atual se provar que o título foi desapossado de Barreto involuntariamente. a) Estão corretas as alternativas I e II; b) Estão corretas as alternativas I e III; c) Está correta somente a alternativas I d) Está correta somente a alternativas III GABARITO 01 02 03 04 05 A B C D 6) Em razão de uma compra de livros jurídicos, Amanda emite uma letra de câmbio em favor de Bruno, sendo o sacado o Banco Caixa Forte S.A., que após o regular aceite, é avalizado por João. Ocorre que o sacado, na data avençada não cumpriu com sua obrigação de pagamento, com justificativa não relacionada a vício de forma. Tendo em vista o inadimplemento do sacado, o beneficiário Bruno, inconformado com a situação, busca seu escritório de advocacia e pergunta se pode acionar João para cobrar deste a obrigação contida neste título. Responda fundamentadamente, dissertando sobre o tema, indicando os dispositivos legais pertinentes. (valor 2,5) 7) Davi é credor de Eurico numa letra de câmbio aceita, vencida, não paga, protestada e sacada por Heitor. Davi deseja que você, seu advogado, intente ação cambial direta, contudo afirma que não possui mais o título de credito original, então lhe questiona se é possível instruir o processo com a fotocópia autenticada da cambial. Analise a hipótese, e responda se é possível o ajuizamento da ação desta forma, apontando o princípio cambial que fundamenta a sua resposta. (valor 2,5)
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