Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Anna lillian canuto bittencourt • Definição: é uma síndrome clínica caracterizada pela obstrução crônica e difusa das vias aéreas inferiores, de caráter irreversível, com destruição progressiva do parênquima pulmonar; - Ocorre piora da função pulmonar ao longo do tempo, mesmo que o indivíduo não se exponha mais aos fatores de risco. • Estão incluídos na definição os pacientes com bronquite obstrutiva crônica e/ou com enfisema pulmonar, os dois principais componentes da doença; • As alterações não se restringem ao trato respiratório, podendo ocorrer também efeitos sistêmicos adversos; • Pacientes com DPOC têm maior prevalência de: - Infarto Agudo do Miocárdio; - Angina; - Osteoporose; - Diabetes; - Infecções respiratórias; - Glaucoma; - Distúrbios do sono; - Neoplasia pulmonar: a DPOC é um fator independente para câncer de pulmão, somando-se ao tabagismo. • É uma das principais causas de morte no mundo, sendo a sexta no Brasil; • É uma das cinco maiores causas de internação no SUS; • A incidência é maior em homens e aumenta acentuadamente com a idade; - A prevalência no sexo feminino vem aumentando significativamente nos últimos anos. • É uma doença de adultos mais velhos, manifestando-se 50-60 anos; • O tabagismo é o principal fator de risco para DPOC, sendo que o tabaco age: - Estimulam a produção de muco e a hipertrofia das glândulas submucosas; - Reduzem ou bloqueiam o movimento ciliar das células epiteliais; - Ativam macrófagos alveolares a secretar fatores quimiotáticos (especialmente IL-8) que estimulam o recrutamento alveolar de neutrófilos; - Ativam neutrófilos, que passam a produzir mais enzimas proteolíticas, como a elastase; - Inibe a atividade da alfa-1- antitripsina, enzima inibidora fisiológica da elastase. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica IDEIAS GERAIS EPIDEMIOLOGIA Anna lillian canuto bittencourt • A deficiência de alfa-1-antitripsina, uma doença autossômica recessiva, é um fator de risco para DPOC, pois a sua ausência deixa livre a elastase neutrofílica que vai degradando paulatinamente o parênquima pulmonar; Quando suspeitar de deficiência de alfa-1-antitripsina? Enfisema em jovens (<45 anos) Enfisema predominante em bases pulmonares Enfisema em não tabagistas ou com pequena carga tabágica Forte história familiar de enfisema ou hepatopatia Doença hepática associada inexplicada • Outros fatores de risco: - Tabagismo passivo; - Poluição atmosférica extra e intradomiciliar; - Exposição ocupacional a poeiras orgânicas (minas de carvão, ouro); - Fumaças e vapores. • Crianças expostas ao tabagismo materno, inclusive durante a gestação, apresentam crescimento pulmonar reduzido, o que é um fator de risco para DPOC no futuro. • A doença geralmente tem origem a partir da interação de fatores ambientais e do hospedeiro; 1°: As partículas e gases nocivos entram em contato com as vias aéreas e causam uma inflamação crônica; 2°: Há um acúmulo de macrófagos, neutrófilos e linfócitos T, principalmente os CD8, nas vias aéreas centrais e periféricas, parênquima e vasos sanguíneos pulmonares; 3°: Essas células inflamatórias são ativadas e liberam vários mediadores, como IL-8 e TNF-alfa, que são capazes de lesar estruturas pulmonares e manter a inflamação neutrofílica (ciclo vicioso); Carga tabágica: • É a forma de se quantificar o tabagismo. CT = Quant. de maços por dia X anos de tabagismo. ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA Anna lillian canuto bittencourt 4°: Nas vias aéreas centrais, ocorre infiltração de células inflamatórias no epitélio, hipertrofia e hiperplasia das mucosas, com hipersecreção de muco e redução do número de cílios (bronquite obstrutiva crônica); 5°: Nas vias aéreas periféricas, ocorrem ciclos repetidos de lesão e reparo de suas paredes, promovendo remodelamento estrutural, por meio da deposição de colágeno e formação de uma fibrose, além de aumentar a musculatura lisa e reduzir o lúmen (enfisema pulmonar); - Enfisema centroacinar: consiste no alargamento e na destruição parenquimatosa dos bronquíolos respiratórios, ou seja, na região central do ácino, predominando nos lobos superiores dos pulmões e é o tipo de enfisema que está relacionada com o tabagismo (mais comum); - Enfisema panacinar: há um processo mórbido de destruição uniforme no ácino, tanto na região central quanto na periférica, estando relacionado com a deficiência de alfa-1-antitripsina. 6°: O principal mecanismo para a destruição do parênquima pulmonar é o desequilíbrio entre proteinases e antiproteinases; 7°: Na vasculatura pulmonar, ocorre espessamento da íntima, seguido por hipertrofia da musculatura lisa e infiltração de células inflamatórias e colágeno na parede dos vasos. • As exacerbações da DPOC podem ocorrer com certa frequência desencadeadas por infecções virais e/ou bacterianas, exposição ambiental ou razão não identificada; - As infecções agravam a inflamação e pioram o padrão respiratório pela maior redução do fluxo aéreo, represamento de ar intrapulmonar, hiperinsuflação e, eventualmente, hipoxemia. • Os mediadores inflamatórios circulantes contribuem para a perda de massa muscular e caquexia. Anna lillian canuto bittencourt Obstrução e hiperinsuflação • Normalmente, a manutenção das vias aéreas abertas durante a respiração depende da pressão gerada pelo fluxo de ar que, por sua vez, é dependente das forças ins e expiratórias; - Na inspiração, geralmente não ocorre limitação, pois a força geradora do fluxo provém da musculatura respiratória; - Na expiração, a força expiratória depende em grande parte da elasticidade pulmonar, que está reduzida na DPOC. • Na DPOC, ainda, há um aumento da resistência das vias aéreas distais devido à redução do seu lúmen, causado por: - Diminuição do tecido elástico na parede dos alvéolos (enfisema); - Edema e fibrose na parede dos pequenos brônquios (bronquiolite obliterante). • Esses fatores predispõem ao colapso das vias aéreas, impedindo a eliminação do ar armazenado nas porções periféricas do pulmão (aprisionamento de ar); • Esse aprisionamento de ar leva a um aumento de: - Volume residual pulmonar; - Capacidade residual pulmonar; - Capacidade pulmonar total. • Por isso que o pulmão dos pacientes com DPOC estão cronicamente hiperinsuflado, podendo ser notado tanto no RX de tórax quando ao exame físico, o “tórax em tonel”; • O aprisionamento de ar e a hiperinsuflação pulmonar pode ter consequências deletérias para a fisiologia: 1. Surge o auto-PEEP, isto é, uma pressão alveolar positiva no final da expiração, que pode aumentar o trabalho da musculatura respiratória na inspiração; 2. Altera a mecânica do diafragma, que apresenta tendência à retificação, tornando improdutiva a sua contração para puxar o ar inspiratório. • Componentes que determinam a obstrução ao fluxo aéreo na DPOC: - Espessamento da parede brônquica; - Fibrose peribronquiolar; - Aumento da quantidade de muco intraluminal; Anna lillian canuto bittencourt - Alterações das pequenas vias aéreas; - Perda da retração elástica pulmonar; - Perda dos pontos de fixação das vias aéreas terminais aos alvéolos. • As alterações citadas determinam hipersecreção de muco e disfunção ciliar, levando a tosse e expectoração crônica; • O enfisema causa obstrução crônica das vias aéreas distais pelo fato de haver perda no tecido elástico de sustentação da parede brônquica, o que permite a redução do seu lúmen, principalmente na fase expiratória. Distúrbio da troca gasosa • A troca gasosa estácomprometida tanto pela lesão enfisematosa quanto pela lesão bronquítica (mais nesta última); • A obstrução das vias aéreas leva ao surgimento de alvéolos mal ventilados, porém bem perfundidos; • Assim, o sangue venoso passa recebendo POUCO O2, um mecanismo denominado shunt parcial; • Com a evolução da doença, esse shunt parcial causa hipoxemia e dessaturação da hemoglobina, fenômeno chamado de distúrbio V/Q (v= ventilação e q=perfusão); • Inicialmente, a hipoxemia acontece apenas no exercício físico, porém, com o progredir da doença, pode ocorrer em repouso; Cor pumonale • Definição: é uma disfunção do ventrículo direito consequente a um distúrbio pulmonar; • A DPOC é a causa mais comum de cor pumonale; • O principal mecanismo é a hipóxia crônica; • Na medida em que desvia o fluxo sanguíneo pulmonar para os alvéolos bem ventilados, há uma vasoconstrição das arteríolas pulmonares, para diminuir o fluxo sanguíneo para o alvéolo mal ventilado; • Se a hipóxia alveolar for generalizada, haverá uma maior parte dos vasos sofrendo vasoconstrição, o que promove a Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP); • HAP é a principal complicação cardiovascular da doença; • Posteriormente, o agravamento da HAP ocorre devido a uma combinação de hiperplasia endotelial e hipertrofia muscular, levando ao remodelamento da parede das pequenas artérias pulmonares; • Quando a pressão arterial pulmonar sistólica for maior que 50mmHg, o ventrículo direito pode entrar em falência sistêmica, causando uma insuficiência cardíaca direita; • As consequências da IC são: - Elevação da pressão venosa central; - Congestão sistêmica; Anna lillian canuto bittencourt - Baixo débito cardíaco. • A queixa mais marcante dos pacientes com DPOC é a dispneia aos esforços; • A evolução é insidiosa, progressiva, marcada por pioras agudas desencadeadas por fatores descompensantes; • Com o avançar da doença, a dispneia passa a ser desencadeada cada vez por menos esforço, podendo evoluir para uma dispneia em repouso ou aos mínimos esforços; • Eventualmente podem ocorrer ortopneia e dispneia paroxística noturna, porém são mais sugestivos de ICC, cujo mecanismo se deve a: - Piora da mecânica diafragmática no decúbito dorsal; - Aumento da secreção brônquica pela hiperatividade vagal noturna. • A tosse é outro sintoma de extrema frequência na DPOC; - Comumente está acompanhada de expectoração; - Bronquite crônica: presença de tosse produtiva por mais de 3 meses consecutivos e há mais de 02 anos. • A respiração do paciente com DPOC apresenta uma fase expiratória desproporcionalmente prolongada em relação à fase inspiratória; • Nos casos mais avançados, o paciente pode se apresentar pletórico, com um tom de pele avermelhado; - Isso acontece devido à policitemia reativa à hipoxemia crônica, mediada pelo aumento da eritropoetina renal; - Dessaturação da hemoglobina + eritrocitose = cianose; - A mistura do tom avermelhado com o tom azulado da cianose dá o aspecto de eritrocianose. • O aspecto do tórax pode revelar a hiperinsuflação pulmonar, com aumento do diâmetro anteroposterior, chamado de tórax de tonel; • Nos pacientes com cor pumonale, o edema de MMII e a turgência jugular patológica chamam a atenção, devido à congestão sistêmica; • Os achados do exame físico variam de acordo com a forma predominante da doença, se enfisematoso ou bronquítico: 01. Paciente bronquítico grave: - São os “blue bloaters” ou “inchados azuis”; - Ausculta pulmonar com ruídos adventícios, como sibilos, roncos, estertores crepitantes e subcrepitantes; - Diminuição do murmúrio vesicular; - Apresentam hipoxemia significativa, o que causa a cianose; - Apresenta edema, devido à cor pumonale, por isso o “bloater”; QUADRO CLÍNICO Anna lillian canuto bittencourt - Frequentemente são pacientes obesos. 02. Paciente enfisematoso: - Diminuição do murmúrio vesicular; - Sem ruídos adventícios; - Elasticidade e expansibilidade pulmonar reduzidas; - Aumento do timpanismo; - Presença de pletora e tórax em tonel; - Geralmente são magros; - Apresentam dispneia do tipo expiratória, os “sopradores”. Hemograma • Pode ter eritrocitose (Ht>55%). Gasometria arterial • A gasometria arterial pode estar cronicamente alterada na DPOC; • O dado mais encontrado é a hipoxemia, que pode ser leve, moderada ou grave (PaO2 < 55mHg ou SaO2 < 88%); • Nos estados de descomepnsação, pode haver piora importante da hipoxemia e da hipercapnia, levando, eventualmente a uma acidose respiratória agudizada; • Indicações para gasometria arterial: - Suspeita de hipoxemia/ hipercapnia aguda; - VEF1 < 40% do previsto, mesmo fora do contexto de uma descompensação; - Sinais de insuficiência do ventrículo direito. Eletrocardiograma • Deve-se procurar sinais de cor pumonale, que são, na verdade, sinais de sobrecarga cardíaca direita; • Achados que sugerem sobrecarga: - Onda P alta e pontiaguda, medindo mais de 2,5mm na amplitude (P DIAGNÓSTICO A grande maioria dos pacientes com DPOC apresenta graus variados de bronquite obstrutiva crônica e enfisema, apresentando um quadro misto entre os dois estereótipos. Anna lillian canuto bittencourt pumonale), denotando aumento atrial direito; - Desvio do eixo QRS para a direita; - Graus variados de bloqueio de ramo direito; - Relação R/S maior que 1 em V1. • A hipoxemia crônica associada à cardiopatia do coração direito predispõe a taquiarritmias; - As mais comuns são extrassístoles atriais, ritmo atrial multifocal, flutter e fibrilação atrial. • A taquicardia atrial multifocal é conhecida como a arritmia do DPOC. Radiografia de tórax • Encontra-se alterado nos casos mais avançados de DPOC; • Sinais clássicos de DPOC no RX: 1. Retificação das hemicúpulas diafragmáticas; 2. Hiperinsuflação pulmonar, verificado pelo aumento do número de costelas visíveis na incidência PA; 3. Hipertransparência; 4. Aumento dos espaços intercostais; 5. Redução do diâmetro cardíaco; 6. Aumento do espaço aéreo retroesternal no perfil; 7. Espessamento brônquico. Prova de função pulmonar • É o exame MANDATÓRIO em um paciente com (ou suspeita) de DPOC; • É a espiromeria que dará as informações mais importantes acerca do grau de obstrução das vias aéreas; • As principais medidas a serem avaliadas são o VEF1 e a relação VEF1/CVF; • Critério diagnóstico: Relação VEF1/CVF < 70% do previsto, sem alteração significativa após a prova broncodilatadora. • O grau de obstrução é diretamente quantificado pelo VEF1, que deve ser acompanhado de forma seriada no portador de DPOC, pelo menos anualmente; • O FEF 25-75% é outro parâmetro a ser analisado, sendo o primeiro a se alterar na DPOC. - É o marcador mais sensível e precoce de obstrução das vias aéreas. Anna lillian canuto bittencourt Tomografia de tórax • Atualmente, é o exame definitivo para o estabelecimento da presença ou não de enfisema; - Além de determinar sua extensão e localização. • Porém, na prática, influencia pouco na conduta terapêutica. • Os pacientes com DPOC possuem baixa reserva pulmonar, então qualquer insulto sobre o sistema respiratório pode piorar seu quadro clínico; • O principal fator de descompensação é a infecção respiratória, seja viral ou bacteriana; • Outros fatores: - Hiper-reatividade brônquica; - Drogas depressoras do centro respiratório; - Insuficiência cardíaca; - TEP; - Pneumotórax. • Adota-se o sistema de classificação da DPOC proposto pelo guideline GOLD;• O GOLD conjuga dados como a intensidade dos sintomas e o grau de obstrução das vias aéreas, como o risco de exacerbações e a presença de comorbidades. 01. Avaliação da intensidade dos sintomas: • Existem escores validados para a avaliação dos sintomas; • O GOLD prioriza dois escores: - mMRC: avalia apenas a dispneia; - CAT: fornece uma avaliação sintomática mais abrangente, refletindo o impacto da dispneia e outras manifestações da doença na vida do paciente. • Para classificar a DPOC, utiliza-se apenas um score, sendo de preferência o CAT, porque tem uma visão mais abrangente dos sintomas. EXACERBAÇÃO CLASSIFICAÇÃO Anna lillian canuto bittencourt 02. Grau de obstrução das vias aéreas: • É quantificado pela queda da VEF1; • Lembrar que o VEF1 deve ser medido após a prova broncodilatadora; - Para fazer diagnóstico diferencial com asma. • O grau espirométrico de obstrução ao fluxo aéreo é avaliado de maneira complementar à classificação integrada atual. 03. Avaliação de exacerbações: • O maior fator de risco para exacerbações futuras da DPOC é a história de exacerbações prévias; • Principalmente quando há necessidade de internação. 04. Presença de comorbidades: • A DPOC é uma doença crônica grave e progressiva; • A coexistência de outras doenças crônicas graves, como ICC e IRC, sempre irão afetar o prognóstico; • A consideração da comorbidade é importante pois ela pode modificar a conduta terapêutica. 05. Classificação integrada (GOLD): • Há uma soma dos elementos descritos, exceto a presença de comorbidades e o grau espirométrico; • Interpretação final da classificação: - Paciente A: baixo risco e pouco sintomático; - Paciente B: baixo risco e muito sintomático; - Paciente C: alto risco e pouco sintomático; - Paciente D: alto risco e muito sintomático. Anna lillian canuto bittencourt • Principais objetivos do tratamento da DPOC: - Alívio dos sintomas; - Diminuição dos riscos futuros. • A abordagem terapêutica inicial baseia- se na classificação integrada descrita no GOLD; • Somente três condutas provaram aumentar a sobrevida do paciente com DPOC: - Abstenção do tabagismo; - Oxigenoterapia domiciliar em pacientes com hipoxemia crônica e grave em repouso; - Cirurgia pneumorredutora em pacientes selecionados. Manutenção 01. Abstenção do tabagismo: • Parar de fumar desacelera a evolução da doença; • A velocidade de declínio do VEF1, que é mais rápida no tabagista, retorna para valores compatíveis com a normalidade cerca de um ano após a interrupção do hábito de fumar; • TODOS os pacientes devem ser fortemente aconselhados e estimulados a parar de fumar; • O tratamento farmacológico é indicado para TODOS os pacientes que REALMENTE desejam parar de fumar; • Principais drogas: - Reposição de nicotina, nas suas variadas formas de apresentação; - Bupropiona: 150mg, 12/12h; - Vareniclina: 1mg, 12/12h. (FALTAM TRATAMENTO FARMACOLÓGICO CRÔNICO, TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO E TRATAMENTO DAS EXACERBAÇÕES) MEDCURSO. Pneumologia: Principais doenças pulmonares. Vol. 1. 2019. USP. Clínica Médica. Vol.2. 2°ed. REFERÊNCIAS TRATAMENTO
Compartilhar