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Resumo Medard Boss


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Medard BossMedard Boss 
 Medard Boss (1903 - 1990) foi um médico psiquiatra.
Em 1925 ele inicia seus estudos e análise didática com
Sigmund Freud. Boss trabalhou em uma clínica
psiquiátrica e conheceu a Psicopatologia
Fenomenológica e Biswanger (também percursor da
Daseinanalyse). 
 Boss focaliza a temporalidade nos estudos
psiquiátricos a partir de 1920; na perspectiva
analítica existencial de Heidegger, a dimensão do
tempo é primordial para pensar a existência. 
 A temporalidade é entendida sobretudo como uma
experiência singular do sujeito na sua relação com o
mundo e o modo com ele experiência esse tempo e os
acontecimentos. 
 A Daseinanalyse de Medard Boss parte então da
leitura de "Ser e Tempo". A amizade entre Boss e
Heidegger culmina no Seminário de Zollikon, que
aconteceu entre 1959 e 1969, em encontros
semestrais entre eles, médicos e psiquiatras, cujo
objetivo era a apresentação de Heidegger de sua
compreensão da existência humana delineada em
"Ser e Tempo".
 Heiddeger considera que o campo da medicina, bem
como o da ciência, estava se fundamentando naquilo
que Hursserl já falava: em pressupostos que serviam
para o campo das ciências naturais; porém, para
pensar as questões do ser humano, havia uma
demanda de complexidades e não passível de
mensuração ou uma linearidade. Essa postura levava
a um empobrecimento do saber medico e da
psicoterapia. 
Esses encontros possibilitaram um exercício de um
novo modo de pensar. Os pressupostos da analítica
da existência ajudaram a entender a noção da
finitude da vida e a dimensão da relação terapêutica
que se dá sobretudo em uma noção além da técnica. 
Boss propõe então a Daseinanalyse como
terapia fundamentada na analítica
existencial e como uma forma de romper com
as amarras das ciências modernas. 
Psicoterapia Daseinanalytica
 O que está como fundamental é o método
compreensivo; este se diferencia do método
meramente explicativo nas abordagens
psicoterápicas. 
 Nesse segundo contraponto, há teorias que nós
dizem respeito acerca do funcionamento de alguém de
determinada faixa etária e seguindo outras
classificações. Não ocorre uma suspensão dos
saberes. 
 Já o método compreensivo por sua vez, tem como
base a suspensão dos saberes prévios (inclusive os
científicos e os preconceitos do senso comum), para
que assim se olhe para a experiência da pessoa em
terapia e para que se possa compreender o
significado na singularidade de sua própria
experiência. 
Noção de Verdade
Verdade (Véritas) - concepção latina que significa
a correspondência entre ideia (conceito) e objeto;
a verdade é entendida como única e mensurável.
A ciência tenta se apropriar da verdade a cerca
de um fenômeno.
Verdade (Alethéia) - concepção grega que
significa desvelamento e desocultação. Esse
sentido vê que para chegar a verdade de algo,
tenho que desvelar meu objeto. 
 A Daseinanalyse se apropria de uma noção de
verdade que é diferente da verdade das ciências
positivistas. 
 A Fenomenologia não entende a verdade como algo
demonstrável. 
 Na Daseinanalyse, isso leva ao desvelamento de
sentido; é a possiblidade exclusiva do ser humano de
procurar o sentido. 
 A verdade então seria a aproximação da
singularidade da experiência de alguém; é o
desocultamento da verdade do sujeito, da experiência
e o significado que ele dá a um dado acontecimento. 
 Trabalhar com essa ideia de verdade é trabalhar com
a noção de sentido que é entendido como solicitação
da existência. 
 Retomando a noção do ser humano finito de
Heidegger, lembramos que enquanto finito, o homem
precisa cuidar de si, e isso implica na sua
responsabilidade. 
 A ideia de sentido pode ser entendida como essa
convocação da existência para que o ser humano
possa se apropriar do seu por-vir, e do seu vir-a-ser. 
Psicoterapia como POIESIS - termo grego que
deu origem à palavra poesia. 
Método terapêutico é a compreensão e não a
explicação. 
 Nesse sentido, ser-no-mundo só existe enquanto
encontra a significância das coisas, do outro e de si.
Somos seres que buscam construir sentido para as
coisas; a falta de sentido restringe a existência.
 Essa possível restrição também é base para
pensarmos no trabalho terapêutico e a psicologia de
base fenomenologia existencial; assim, a terapia
visaria escutar o sentido para libertar a pessoa para
seu poder vir.