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apg 25 rins

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FBB 
 
OBJETIVOS: 
1. Estudar a embriologia dos rins. 
2. Entender a morfologia dos rins. 
Introdução 
O sistema urogenital é dividido funcionalmente em 
sistema urinário e sistema genital. 
O sistema urogenital inclui todos os órgãos envolvidos na 
reprodução e na formação e eliminação da urina. 
Embriologicamente, os sistemas estão intimamente 
associados, em especial durante os seus estágios iniciais 
de desenvolvimento. 
O sistema urogenital se desenvolve a partir do 
mesênquima intermediário (tecido conjuntivo 
embrionário do mesoderma) derivado da parede do 
corpo dorsal do embrião. 
Durante o dobramento do embrião no plano horizontal, 
o mesênquima migra ventralmente e perde a sua ligação 
com os somitos. 
A elevação longitudinal do mesênquima – a crista 
urogenital – se forma de cada lado da aorta dorsal. 
A parte da crista urogenital que dá origem ao sistema 
urinário é o cordão nefrogênico; a parte que dá origem 
ao sistema genital é a crista gonadal. 
 
Desenvolvimento do sistema urinário 
O sistema urinário começa a se desenvolver antes do 
sistema genital e consiste em rins, ureteres, bexiga 
urinária e uretra. 
 
 
Desenvolvimento de Rins e Ureteres 
Três conjuntos de rins sucessivos se desenvolvem em 
embriões humanos. 
O primeiro conjunto – o pronefro – é rudimentar e não 
funcional. 
O segundo conjunto – o mesonefro – é bem 
desenvolvido e funciona brevemente durante o período 
inicial do desenvolvimento. 
O terceiro conjunto – o metanefro – forma os rins 
permanentes. 
Pronefros Os pronefros são transitórios, bilaterais e 
aparecem no início da quarta semana. 
Eles são representados por aglomerados de células na 
região do pescoço. 
Os ductos pronéfricos correm caudalmente e se abrem 
na cloaca. 
O pronefro logo se degenera; no entanto, a maior parte 
dos ductos pronéfricos persiste e é utilizada pelo 
segundo conjunto de rins. 
 
Mesonefros Esses órgãos excretórios alongados 
aparecem ao fim da quarta semana e são caudais ao 
pronefro. 
Os rins mesonéfricos consistem em aproximadamente 
40 glomérulos com túbulos mesonéfricos. 
Os túbulos se abrem nos ductos mesonéfricos, 
originalmente os ductos pronéfricos. 
Os ductos mesonéfricos se abrem na cloaca. 
Os ductos mesonéfricos produzem urina entre as 
semanas 6 e 10, até que os rins permanentes comecem 
a funcionar. 
RINS 
APG 25 
Os mesonefros se degeneram ao final do primeiro 
trimestre (3 meses); no entanto, seus túbulos tornam-se 
os dúctulos eferentes dos testículos. 
Os ductos mesonéfricos têm vários derivados nos adultos 
do sexo masculino. 
 
 
Metanefros Os metanefros – primórdios dos rins 
verdadeiros – começam a se desenvolver no início da 
quinta semana e tornam-se funcionais aproximadamente 
4 semanas mais tarde. 
A formação da urina continua através da vida fetal. 
A urina é excretada dentro da cavidade amniótica e 
contribui para a formação do fluido amniótico. 
Os rins permanentes se desenvolvem de duas fontes: 
• O broto uretérico (divertículo metanéfrico) 
• O blastema metanefrogênico (massa metanéfrica do 
mesênquima). 
O broto uretérico é um divertículo (protuberância) do 
ducto mesonéfrico perto de sua entrada na cloaca. 
O broto ureteral é o primórdio do ureter, pelve renal, 
cálices (subdivisões da pelve renal), e túbulos coletores. 
 Na medida em que se alonga, o broto penetra no 
blastema metanefrogênico – a massa de células 
derivadas do cordão nefrogênico – que forma os néfros. 
O tronco do broto ureteral torna-se o ureter e a parte 
cranial do divertículo sofre ramificações repetidas. 
Os ramos diferenciam-se nos túbulos coletores dos 
metanefros. 
 
Os túbulos coletores retos passam por ramificações 
repetidas, formando sucessivas gerações de túbulos 
coletores. 
As primeiras quatro gerações de túbulos aumentam de 
tamanho e coalescem para formar os cálices maiores; as 
quatro gerações seguintes coalescem para formar os 
cálices menores. 
A extremidade de cada túbulo coletor arqueado induz 
aglomerados de células mesenquimais no blastema 
metanefrogênico a formar pequenas vesículas 
metanéfricas. 
Essas vesículas alongadas tornam-se os túbulos 
metanéfricos. 
As extremidades proximais desses túbulos são 
invaginadas por glomérulos. 
O corpúsculo renal (glomérulo e sua cápsula) e seu 
túbulo proximal, a alça do nefron (alça de Henle) e o 
túbulo convoluto distal constituem um néfron. 
Cada túbulo contorcido distal faz contato com um túbulo 
coletor arqueado. Os túbulos coletores confluem e 
formam um túbulo urinífero 
 
 
 
 
Os rins fetais são subdivididos em lóbulos. 
A lobulação geralmente desaparece durante a infância 
como o aumento de néfrons em tamanho. 
A formação dos néfrons está completa ao redor da 36ª 
semana do desenvolvimento – cada rim contém em 
torno de 2 milhões de néfrons. 
A maturação funcional dos rins ocorre após o 
nascimento. 
Anatomia dos Rins 
Os rins são um par de órgãos avermelhados em forma 
de feijão, localizados logo acima da cintura, entre o 
peritônio e a parede posterior do abdome. 
Por causa de sua posição posterior ao peritônio da 
cavidade abdominal, são considerados retroperitoneais. 
Os rins estão localizados entre os níveis das últimas 
vértebras torácicas e a terceira vértebra lombar (L III), 
uma posição em que estão parcialmente protegidos 
pelas costelas XI e XII. 
Se estas costelas inferiores forem fraturadas, podem 
perfurar os rins e causar danos significativos, 
potencialmente fatais. 
O rim direito está discretamente mais baixo do que o 
esquerdo, porque o fígado ocupa um espaço 
considerável no lado. 
Anatomia externa dos rins 
Um rim adulto normal tem 10 a 12 cm de comprimento, 
5 a 7 cm de largura e 3 cm de espessura – 
aproximadamente do tamanho de um sabonete comum 
– e tem massa de 135 a 150 g. 
A margem medial côncava de cada rim está voltada para 
a coluna vertebral. 
Perto do centro da margem côncava está um recorte 
chamado hilo renal, através do qual o ureter emerge do 
rim, juntamente com os vasos sanguíneos, vasos 
linfáticos e nervos. 
 
 
Anatomia Interna dos Rins 
Um corte frontal através do rim revela duas regiões 
distintas: uma região vermelha clara superficial chamada 
córtex renal e uma região interna mais escura castanha-
avermelhada chamada medula renal. 
A medula renal consiste em várias pirâmides renais em 
forma de cone. A base (extremidade mais larga) de cada 
pirâmide está voltada para o córtex renal, e seu ápice 
(extremidade mais estreita), chamado papila renal, está 
voltado para o hilo renal. 
O córtex renal é a área de textura fina que se estende 
da cápsula fibrosa às bases das pirâmides renais e nos 
espaços entre elas. 
Ela é dividida em uma zona cortical externa e uma zona 
justamedular interna. 
As partes do córtex renal que se estendem entre as 
pirâmides renais são chamadas colunas renais. 
Juntos, o córtex renal e as pirâmides renais da medula 
renal constituem o parênquima, ou porção funcional do 
rim. 
No interior do parênquima estão as unidades funcionais 
dos rins – aproximadamente 1 milhão de estruturas 
microscópicas chamadas néfrons. 
O filtrado formado pelos néfrons é drenado para grandes 
ductos coletores, que se estendem através da papila 
renal das pirâmides. 
Os ductos coletores drenam para estruturas em forma 
de taça chamadas cálices renais maiores e cálices renais 
menores. 
Cada rim tem de 8 a 18 cálices renais menores e 2 ou 3 
cálices renais maiores. 
Um cálice renal menor recebe urina dos ductos coletores 
de uma papila renal e a carreia para um cálice renal maior. 
Uma vez que o filtrado entra nos cálices, torna-se urina, 
porque não pode mais ocorrer reabsorção. 
O motivo é que o epitélio simples dos néfrons e túbulos 
se tornam epitélio de transição nos cálices. 
Dos cálices renais maiores, a urina flui para uma grande 
cavidade única chamada pelve renal e, em seguida, para 
fora pelo ureter até a bexiga urinária.O hilo se expande em uma cavidade no interior do rim 
chamada seio renal, que contém parte da pelve renal, os 
cálices e ramos dos vasos sanguíneos e nervos renais. 
O tecido adiposo ajuda a estabilizar a posição destas 
estruturas no seio renal. 
 
Irrigação sanguínea e inervação dos rins 
Visto que os rins removem as escórias metabólicas do 
sangue e regulam o volume e a composição iônica do 
sangue, não é surpreendente que eles sejam 
abundantemente irrigados por vasos sanguíneos. 
Embora os rins constituam menos de 0,5% da massa 
total do corpo, recebem 20 a 25% do débito cardíaco 
de repouso por meio das artérias renais direita e 
esquerda 
Em adultos, o fluxo sanguíneo renal, o fluxo sanguíneo 
através de ambos os rins, é de aproximadamente 1.200 
mℓ por minuto. 
No rim, a artéria renal se divide em várias artérias 
segmentares, que irrigam diferentes segmentos do rim. 
Cada artéria segmentar emite vários ramos que 
penetram no parênquima e passam ao longo das colunas 
renais entre os lobos renais como as artérias interlobares. 
Um lobo renal consiste em uma pirâmide renal, um 
pouco da coluna renal em ambos os lados da pirâmide 
renal, e o córtex renal na base da pirâmide renal. 
Nas bases das pirâmides renais, as artérias interlobares 
se arqueiam entre o córtex e a medula renais; aqui, são 
conhecidas como artérias arqueadas. 
As divisões das artérias arqueadas produzem várias 
artérias interlobulares. Estas artérias irradiam para fora e 
entram no córtex renal. Neste local, emitem ramos 
chamados arteríolas glomerulares aferentes. 
Cada néfron recebe uma arteríola glomerular aferente, 
que se divide em um enovelado capilar chamado 
glomérulo. 
Os glomérulos capilares então se reúnem para formar 
uma arteríola glomerular eferente, que leva o sangue 
para fora do glomérulo. 
Os capilares glomerulares são únicos entre os capilares 
no corpo, porque estão posicionados entre duas 
arteríolas, em vez de entre uma arteríola e uma vênula. 
Como são redes capilares e também têm participação 
importante na formação de urina, os glomérulos são 
considerados parte tanto do sistema circulatório quanto 
do sistema urinário. 
As arteríolas eferentes se dividem para formar os 
capilares peritubulares, que circundam as partes tubulares 
do néfron no córtex renal. 
Estendendo-se de alguns capilares glomerulares 
eferentes estão capilares longos, em forma de alça, 
chamados arteríolas retas, que irrigam porções tubulares 
do néfron na medula renal. 
Os capilares peritubulares por fim se unem para formar 
as veias interlobulares, que também recebem sangue das 
arteríolas retas. 
Em seguida, o sangue flui pelas veias arqueadas para as 
veias interlobares, que correm entre as pirâmides renais. 
O sangue sai do rim por uma veia renal única que 
emerge pelo hilo renal e transporta o sangue venoso 
para a veia cava inferior. 
Muitos nervos renais se originam no gânglio renal e 
passam pelo plexo renal para os rins, juntamente com as 
artérias renais. 
Os nervos renais integram a parte simpática da divisão 
autônoma do sistema nervoso. 
A maior parte consiste em nervos vasomotores que 
regulam o fluxo sanguíneo renal, causando dilatação ou 
constrição das arteríolas renais. 
 
 
 
Néfron 
Os néfrons são as unidades funcionais dos rins. 
Cada néfron consiste em duas partes: um corpúsculo 
renal, onde o plasma sanguíneo é filtrado, e um túbulo 
renal, pelo qual passa o líquido filtrado (filtrado glomerular) 
Estreitamente associado a um néfron está a sua irrigação 
sanguínea, que acabou de ser descrita. 
Os dois componentes de um corpúsculo renal são o 
glomérulo e a cápsula glomerular (cápsula de Bowman), 
uma estrutura epitelial de parede dupla que circunda os 
capilares glomerulares. 
O plasma sanguíneo é filtrado na cápsula glomerular, e 
então o líquido filtrado passa para o túbulo renal, que tem 
três partes principais. 
Em ordem de recebimento do líquido que passa por eles, 
o túbulo renal consiste em: 
1) Um túbulo contorcido proximal (TCP), 
2) alça de Henle e 
3) túbulo contorcido distal (TCD). 
Proximal denota a parte do túbulo ligado à cápsula 
glomerular, e distal indica a parte que está mais longe. 
Contorcido significa que o túbulo é espiralado em vez de 
reto. 
O corpúsculo renal e os túbulos contorcidos proximais e 
distais se localizam no córtex renal; a alça de Henle se 
estende até a medula renal, faz uma curva fechada, e 
então retorna ao córtex renal. 
Os túbulos contorcidos distais de vários néfrons drenam 
para um único ducto coletor. 
Os ductos coletores então se unem e convergem em 
várias centenas de grandes ductos papilares, que drenam 
para os cálices renais menores. 
Os ductos coletores e papilares se estendem desde o 
córtex renal ao longo da medula renal até a pelve renal. 
Então, um rim tem aproximadamente 1 milhão de 
néfrons, mas um número muito menor de ductos 
coletores e ainda menor de ductos papilares. 
Em um néfron, a alça de Henle comunica os túbulos 
contorcidos proximais e distais. 
A primeira parte da alça de Henle começa no ponto em 
que o túbulo contorcido proximal faz a sua última curva 
descendente. 
Inicia-se no córtex renal e estende-se para baixo e para 
dentro da medula renal, onde é chamada ramo 
descendente da alça de Henle. 
Em seguida, faz uma curva fechada e retorna para o 
córtex renal, onde termina no túbulo contorcido distal e 
é conhecido como ramo ascendente da alça de Henle. 
Aproximadamente 80 a 85% dos néfrons são néfrons 
corticais. Seus corpúsculos renais se encontram na parte 
externa do córtex renal, e têm alças de Henle curtas, 
que se encontram principalmente no córtex e penetram 
somente na região externa da medula renal. 
As alças de Henle curtas são irrigadas por capilares 
peritubulares que emergem das arteríolas glomerulares 
eferentes. 
Os outros 15 a 20% dos néfrons são néfrons 
justamedulares. Seus corpúsculos renais encontram-se 
profundamente no córtex, próximo da medula renal, e 
têm alças de Henle longas que se estendem até a região 
mais profunda da medula renal. 
As alças de Henle longas são irrigadas por capilares 
peritubulares e arteríolas retas que emergem das 
arteríolas glomerulares eferentes. 
Além disso, o ramo ascendente da alça de Henle dos 
néfrons justamedulares consiste em duas partes: uma 
parte ascendente delgada seguida por uma parte 
ascendente espessa. 
O lúmen da parte ascendente fina é o mesmo que em 
outras áreas do túbulo renal; apenas o epitélio é mais 
fino. Os néfrons com alça de Henle longa possibilitam que 
os rins excretem urina muito diluída ou muito 
concentrada. 
Histologia 
RINS 
Os rins são envolvidos por tecido adiposo, o qual confere 
proteção contra choques, e possuem uma cápsula de 
tecido conjuntivo denso, com muitos miofibroblastos na 
porção interna.. 
Os rins podem ser divididos em córtex e medula. 
O córtex possui estruturas vasculares denominadas 
corpúsculos renais (ou de Malpighi), onde o sangue é 
filtrado. O fluido formado dessa filtração percorre um 
sistema tubular nas regiões cortical e medular, onde sofre 
modificações e torna-se urina. 
Os túbulos da medula, devido arranjo e à diferença de 
comprimento, formam estruturas cônicas chamadas de 
pirâmides medulares. 
A base dessas pirâmides situa-se no limite entre o tecido 
cortical e medular e seu ápice (papila) é voltado para o 
hilo. 
O rim humano possui de 6 a 18 pirâmides medulares, 
sendo, portanto, multilobular. Os ductos coletores da urina 
abrem-se na extremidade da papila, na qual existe uma 
área perfurada por 10 a 25 orifícios (área crivosa). Cada 
papila projeta-se em um cálice menor, e esses unem-se 
em dois a quatro cálices maiores, que por sua vez, 
desembocam na pelve renal. 
Dois conceitos importantes remetem ao lobo renal e o 
lóbulo renal. 
O lobo renal é formado por uma pirâmide e pelo tecido 
cortical que recobre sua base e seus lados. 
Já o lóbulo renal éconstituído por um raio medular e 
pelo tecido cortical que fica ao seu redor, delimitado pelas 
artérias interlobulares. 
Túbulo urinífero 
O túbulo urinífero do rim é formado por duas porções 
funcionais e embriologicamente distintas, o néfron e o 
túbulo coletor. 
Em número aproximadamente de 600 a 800 mil em cada 
rim, os néfrons são constituídos por uma parte dilatada, 
o corpúsculo renal ou de Malpighi, pelo túbulo contorcido 
proximal (TCP), pelas partes delgada e espessa da alça 
de Henle e pelo túbulo contorcido distal (TCD). 
O túbulo coletor conecta o TCD aos seguimentos 
corticais ou medulares dos ductos coletores. 
Cada túbulo urinífero é envolvido por uma lâmina basal, 
que se continua com o escasso tecido conjuntivo do rim. 
 
Corpúsculo renal 
O corpúsculo renal tem cerca de 200 micrometros de 
diâmetro e é constituído por um tufo de capilares, 
denominado glomérulo, sendo este envolvido por uma 
cápsula designa da cápsula de Bowman. 
Essa cápsula contém dois folhetos, um interno (ou 
visceral), junto aos capilares glomerulares, e outro 
externo (ou parietal), que forma os limites do corpúsculo 
renal. 
O folheto parietal da cápsula de Bowman é constituído 
por um epitélio simples pavimentoso, que se apoia na 
lâmina basal e em uma fina camada de fibras reticulares. 
Já o folheto visceral é formado por células, modificadas 
durante o período embrionário, que adquirem 
características próprias. Essas células são chamadas de 
podócitos. 
Entre os dois folhetos da cápsula de Bowman há o 
espaço capsular, que recebe o líquido filtrado por meio 
da parede dos capilares e do folheto visceral da cápsula. 
Ainda é possível perceber, no corpúsculo renal, um polo 
vascular pelo qual penetra a arteríola aferente e sai a 
arteríola eferente, e um polo urinário, no qual tem início 
o TCP. 
A arteríola aferente, ao penetrar o corpúsculo renal, se 
divide em vários capilares, que formam alças. Podem 
haver conexões diretas entre o vaso aferente e o 
eferente, sendo que este último desempenha a 
regulação da pressão hidrostática do sangue arterial que 
circula nos capilares glomerulares. A arteríola eferente 
tem maior quantidade de músculo liso do que a aferente, 
por isso consegue executar essa função. 
Os podócitos são constituídos por um corpo celular, de 
onde partem diversos prolongamentos primários que 
dão origem aos prolongamentos secundários. 
Essas células apresentam mobilidade, pois contêm actina, 
além disso, localizam-se sobre uma membrana basal, na 
qual são presos por proteínas denominadas integrinas. 
Seus prolongamentos envolvem completamente o 
capilar, e o contato com a membrana basal é feito pelos 
prolongamentos secundários. 
Entre os prolongamentos secundários existem espaços 
denominados fendas de filtração, fechados por uma 
membrana com cerca de 6 nm de espessura constituída 
pela proteína nefrina, que se liga de forma 
transmembrana com os filamentos citoplasmáticos de 
actina dos podócitos. 
 
 
Os capilares glomerulares são do tipo fenestrado, sem 
diafragmas nos poros das células endoteliais. 
Existe uma membrana basal glomerular entre as células 
endoteliais e os podócitos. 
Essa membrana é a barreira de filtração glomerular. 
Normalmente, há a fusão das membranas basais do 
endotélio e dos podócitos para a formação dessa barreira. 
A barreira de filtração glomerular é constituída por três 
camadas: a lâmina rara interna, a lâmina densa e lâmina 
rara externa. 
As lâminas raras contêm fibronectina que estabelece 
ligações com as células. 
Já a lâmina densa é constituída por um feltro de 
colágeno tipo IV e lâmina, em uma matriz que contém 
proteoglicanos eletricamente negativos (aniônicos). As 
moléculas com carga elétrica negativa retêm moléculas 
carregadas positivamente e o colágeno tipo IV junto a 
lâmina constituem uma barreira física para 
macromoléculas. Assim, partículas com mais de 10 nm de 
diâmetro dificilmente atravessam essa membrana basal. 
O mesmo acontece com proteínas de massa molecular 
maior do que a da albumina (69 kDa). 
Ainda vale ressaltar que a pressão hidrostática dos 
capilares glomerulares é muito elevada em relação a 
outros capilares, sendo essa pressão da ordem de 45 
mmHg. Isso propicia a formação do filtrado glomerular, 
que tem concentrações de cloreto, glicose, ureia e 
fosfato semelhantes à do plasma sanguíneo, no entanto, 
quase não existem proteínas, pois as macromoléculas 
não atravessam a barreira de filtração glomerular. 
Células mesangiais 
Além das células endoteliais e dos podócitos (citados 
acima), os glomérulos contêm células mesangiais 
mergulhadas em uma matriz mesangial. Elas se situam, 
normalmente, nos espaços entre duas ou mais alças 
capilares. 
Também podem ser encontradas na parede dos 
capilares glomerulares, entre as células endoteliais e a 
lâmina basal. 
A função dessas células é fornecer suporte estrutural 
aos glomérulos. Também sintetizam a matriz extracelular, 
fagocitam e digerem substâncias normais e patológicas 
retiradas pela barreira de filtração e produzem moléculas 
biologicamente ativas, como prostaglandinas e 
endotelinas. 
 
As células mesangiais também apresentam receptores 
para angiotensina II, tornando-as contráteis. A ativação 
desses receptores reduz o fluxo sanguíneo glomerular. 
Receptores para o hormônio ou fator natriurético atrial 
também se fazem presentes nessas células. Logo, os 
efeitos desse hormônio, como vasodilatação e 
relaxamento das células mesangiais, com aumento do 
volume de sangue nos capilares e a área disponível para 
filtração, também são passíveis de acontecer. 
Túbulo contorcido proximal (TCP) 
A partir do polo urinário do corpúsculo renal, o folheto 
parietal da cápsula de Bowman continua como TCP 
revestido por epitélio cuboide ou colunar baixo. 
As células do TCP possuem o citoplasma basal 
fortemente acidófilodevido à presença de numerosas 
mitocôndrias alongadas. 
O citoplasma apical apresenta microvilos, que formam a 
orla em escova. Como essas células são largas, em cada 
corte transversal de túbulo proximal aparecem apenas 
três a quatro núcleos esféricos. Os limites entre as células 
desses túbulos são dificilmente observados ao 
microscópio óptico, pois elas têm prolongamentos laterais 
que se interdigitam com os das células adjacentes. Nas 
lâminas comuns, para exame ao microscópio de luz, 
frequentemente, os lumens são muitos reduzidos à 
observação. A orla também é mal conservada e os 
capilares são colabados devido a artefatos de técnica 
histológica. 
O citoplasma apical das células dos túbulos proximais 
contém canalículos que partem da base dos microvilos e 
aumentam a capacidade de o TCP absorver 
macromoléculas. 
Nos canalículos se formam vesículas de pinocitose, que 
introduzem na célula macromoléculas que atravessam a 
barreira de filtração glomerular, principalmente proteínas 
com massa molecular abaixo de 70 kDa. 
 
O filtrado glomerular que passa pelo TCP começa a 
sobre processo de absorção e excreção. Nesse 
seguimento, há a absorção quase total de glicose, e dos 
aminoácidos contidos no filtrado, além de 70% da água, 
bicarbonato e do cloreto de sódio. Íons como cálcio e 
fosfato também são absorvidos. 
 
Alça de Henle 
A alça de Henle é uma estrutura em formato de U que 
consiste em um seguimento delgado interposto a dois 
seguimentos espessos. 
A parte delgada da alça de Henle é formada por epitélio 
simples pavimentoso e porção espessa por epitélio 
simples cúbico. 
 
Túbulo Contorcido Distal (TCD) 
É revestido por epitélio simples cúbico. 
Nos cortes histológicos, é possível distingui-los dos TCP 
por apresentarem células menores, portanto possuem 
maior número de núcleos em cada corte transversal. 
Além disso, o TCD não tem orla em escova e tem células 
menos acidófilas por apresentarem menor quantidade de 
mitocôndrias. 
Algo que chama a atenção nos TCD é a formação de 
células de parede modificada,as quais ocorrem quando 
o TCD se aproxima no corpúsculo renal do mesmo 
néfron. 
As modificações são caracterizadas por células cilíndricas, 
altas, com núcleos alongados e próximos uns dos outros. 
Além disso, a maioria dessas células possui complexo de 
Golgi na região basal. 
Nos cortes corados é possível observar uma estrutura 
escura denominada mácula densa. 
A mácula densa é sensível ao conteúdo iônico e ao 
volume de água no fluido tubular, produzindo moléculas 
sinalizadoras que promovem a liberação da enzima renina 
na circulação. 
A renina é liberada pelas células justaglomerulares, que 
são células musculares lisas modificadas da túnica média 
da arteríola aferente (às vezes, também da arteríola 
eferente). 
A mácula densa, as células justaglomerulares e as células 
mesangiais extraglomerulares constituem o aparelho 
justaglomerular. 
 
Túbulos e Ductos coletores 
A urina passa dos TCD para os túbulos coletores, que 
desembocam em tubos mais calibrosos denominados 
ductos coletores. 
Esses últimos se dirigem para as papilas renais. Tanto os 
túbulos como os ductos coletores seguem um trajeto 
retilíneo. 
Os túbulos coletores mais delgados são revestidos por 
epitélio cúbico e têm diâmetro de cerca de 40 
micrometros. 
À medida que se fundem e se aproximam das papilas, 
suas células se tonam mais altas, até se transformarem 
em cilíndricas. Ao mesmo tempo, aumenta o diâmetro 
do tubo. Próximo à extremidade das papilas medulares, 
os ductos coletores têm diâmetro de 200 micrometros. 
Em toda sua extensão, os túbulos coletores são 
formados por células com citoplasma que se cora 
fracamente pela eosina e cujos limites intercelulares são 
nítidos. 
Essas células são claras ao microscópio eletrônico e 
pobre em organelas. Os ductos coletores da medula 
participam dos mecanismos de concentração da urina.. 
 
 
Referências: 
Tortora, Gerard, J. e Bryan Derrickson. Princípios de 
Anatomia e Fisiologia . Disponível em: Minha Biblioteca, 
(14ª edição). Grupo GEN, 2016. 
Junqueira, Luiz Carlos, U. e José Carneiro. Histologia 
Básica - Texto e Atlas . Disponível em: Minha Biblioteca, 
(13ª edição). Grupo GEN, 2017. 
MOORE, K.L. & PERSAUD, T.V.N. Embriologia Clínica. 8ª ed. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

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