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O exame clínico psicológico se constitui como técnica/instrumento de investigação sobre o funcionamento global do sujeito, a partir de amostras de comportamento. No entanto, o termo clínico não se refere somente ao âmbito clínico (psicoterapia). O CONCEITO DE EXAME CLÍNICO PSICOLÓGICO EXAME CLÍNICO INSTRUMENTOS DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA Também conhecido por entrevista clínica, história clínica ou história da doença atual (HDA). Em Psicologia a entrevista se caracteriza pelos seguintes aspectos: - É um conjunto de técnicas de investigação. - Possui tempo delimitado. - É dirigida por um entrevistador treinado que se utiliza de conhecimentos psicológicos (Psicopatologia, Psicologia do Desenvolvimento Humano, teorias sistêmicas, psicossomática etc) e outros conhecimentos interdisciplinares. OBJETIVOS: - Visa descrever e avaliar aspectos pessoais e relacionais (relações interpessoais, inserção familiar, educacional ou ocupacional). -Visa o levantamento de informações importantes sobre a história de vida do sujeito. Tais informações irão direcionar os procedimentos e planejamentos terapêuticos ou encaminhamentos para outros tratamentos. - É um instrumento de avaliação, a partir da qual decisões serão tomadas (planejamento de tratamento, encaminhamentos). - Pode ser usado concomitantemente com outros instrumentos como os testes (de habilidade ou de personalidade) e informações provenientes da observação (comportamento do sujeito). -É um instrumento flexível (mais que os padronizados, como os testes) e se constitui como o primeiro contato com o sujeito. Estabelece a formação de vínculo, pois é o momento de esclarecimentos sobre o tratamento e de conhecimento sobre a história de vida do sujeito. O EXAME CLÍNICO PSICOLÓGICO: A ENTREVISTA GIL MARCOS - PSICOLOGIA Por mais livre que seja a entrevista, é preciso haver o mínimo de estruturação. As informações coletadas têm objetivos específicos para o direcionamento terapêutico. A estruturação da entrevista não significa que o levantamento de dados deve ser engessado. Lembra-se que a entrevista, como instrumento de contato inicial, precisa ser orientada de forma a estabelecer vínculos. A entrevista é definida a partir de um roteiro de perguntas com objetivos específicos para o direcionamento terapêutico. No entanto, este roteiro é direcionado pela fala do sujeito entrevistado. Não é necessário seguir exclusivamente a ordem do roteiro de perguntas. A relação entrevistador-entrevistado se configura, inevitavelmente, como relação de poder, afinal, o psicólogo é procurado como profissional que tem conhecimento teórico e técnico para promover mudanças na vida dos sujeitos. Mas o psicólogo também é reconhecido como profissional de ajuda e, por isso, a partir de um posicionamento ético precisa minimizar os possíveis prejuízos presentes nas relações de poder (o saber do psicólogo não é mais importante que o saber do sujeito que procura ajuda). A entrevista alia um saber que é do sujeito (dados da história de vida) ao saber do psicólogo (conjunto de teorias e técnicas que dão suporte ao tratamento). Os dados da entrevista também podem direcionar às primeiras orientações. Não se trata somente de uma coleta de dados, mas do estabelecimento de um contato. É um procedimento dinâmico. A entrevista pode gerar ansiedade e desconfiança, devido a conceitos formados sobre a Psicologia. A desconfiança pode aumentar dependendo do objetivo da entrevista. O entrevistador precisa saber lidar com os afetos envolvidos no processo (afetos seus e do sujeito avaliado). O CONCEITO DE EXAME CLÍNICO PSICOLÓGICO Compreensão ampliada do processo de saúde-doença: vislumbra o sujeito como ser completo e complexo, inserido social, cultural e historicamente em um espaço coletivo . Técnicas de investigação e contato com o sujeito: caracteriza o âmbito dialético da ajuda, a partir da construção compartilhada de diagnóstico e procedimentos terapêuticos. Instrumento interdisciplinar. O CONCEITO DE CLÍNICA AMPLIADA GIL MARCOS - PSICOLOGIA A escuta Vínculos e afetos (aliança terapêutica). Procedimentos técnicos do trabalho clínico: - A concepção de sujeito como ser individual e social numa perspectiva dialética. A TÉCNICA CLÍNICA (AMPLIADA) CUNHA, J.A. Psicodiagnóstico – V. Porto Alegre: Artmed, 2000. REFERÊNCIA GIL MARCOS - PSICOLOGIA
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