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SP 2 3 - Até que enfim

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Unidade Curricular: Tutoria 
Módulo: Embriologia 
SP 2.3 – Até que enfim... 
 
OBJETIVOS: 
1 – DETERMINAÇÃO SEXUAL 
2 – FERTILIZAÇÃO 
3 – INFERTILIDADE E SUAS CAUSAS 
4 – PLANEJAMENTO FAMILIAR 
5 – REPRODUÇÃO ASSISTIDA 
6 – CELULAS TRONCO 
7 – PRINCIPAIS EVENTOS NA GESTAÇÃO 
 
 
OBJETIVO 1 - DETERMINAÇÃO SEXUAL – TEXTO 1 
- A determinação sexual é o processo biológico que determina o desenvolvimento de características sexuais de 
um organismo. 
- Ao longo da evolução da reprodução sexuada, diversos mecanismos de determinação e regulação do 
desenvolvimento sexual foram sendo selecionados nas diferentes espécies. 
- Estes mecanismos podem ser classificados como zigóticos, maternos ou ambientais de acordo com a origem 
de seu sinal de determinação sexual. 
- A interação desses componentes (fatores genéticos no genoma do zigoto, produtos gênicos transmitidos pelos 
pais, e condições ambientais durante o desenvolvimento) formam o complexo sistema de determinação sexual. 
- A maioria dos casos apresenta determinação sexual cromossômica, geralmente está associada a uma 
combinação dos diferentes cromossomos sexuais, compensação de alelos determinantes e até mesmo com a 
haploidia. 
 
DETERMINAÇÃO SEXUAL CROMOSSÔMICA 
- Os cromossomos sexuais são as entidades mais dinâmicas em qualquer genoma, apresentando morfologia, 
conteúdo gênico e evolução únicos. 
- Eles aparecem várias vezes e de maneira independente na evolução dos vertebrados, e apresentam morfologias 
altamente variáveis nos diferentes táxons. 
- Além da notável supressão de recombinação que geralmente ocorre nesses cromossomos, observa-se como 
provável consequência a perda de alguns genes e acumulação de sequências repetitivas em um dos homólogos 
(Y ou W). 
SISTEMA XX/XY DE DETERMINAÇÃO DO SEXO 
- Este sistema é o mais conhecido e estudado, determinando o sexo de humanos e na grande maioria de outros 
mamíferos, além de alguns insetos e plantas. 
- Nele, a fêmea possui dosagem dupla do mesmo cromossomo sexual (XX) e o macho um de cada cromossomo 
sexual (XY). 
- Há variação de espécie para espécie em relação a quais genes são responsáveis pela determinação e 
consequente diferenciação. Em algumas espécies, por exemplo, o principal é o gene SRY do cromossomo Y, 
onde sua presença ou ausência implica na formação gônadas masculinas ou femininas, respectivamente. 
- Em outras, é a dupla dosagem de X de que determina os caracteres femininos e a metade dessa dosagem 
desencadeará a formação de caracteres masculinos.
[2]
 
 
DETERMINAÇÃO SEXUAL – TEXTO 2 
 
DETERMINAÇÃO SEXUAL E SEU CONTROLE GENÉTICO 
 
- No início do desenvolvimento embrionário, não há mudanças significativas entre os sexos masculinos e 
femininos. 
 
- Dessa forma, o cromossomo masculino apresenta o gene SRY que codifica uma proteína chamada SRY. 
 
- Essa proteína auxilia nas diferenciações das gônadas embrionárias em testículos. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_XY_de_determina%C3%A7%C3%A3o_do_sexo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Determina%C3%A7%C3%A3o_sexual_cromoss%C3%B4mica_em_mam%C3%ADferos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Determina%C3%A7%C3%A3o_sexual_cromoss%C3%B4mica_em_mam%C3%ADferos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Determina%C3%A7%C3%A3o_sexual#cite_note-2
- O testículos produziram a hormônio antimulleriano e a testosterona, que provocará a masculinização dos 
esboços dos órgãos genitais externos e internos. 
 
- Esse hormônio antimulleriano será responsável pelo desenvolvimento do ducto de Woolf e regressão do ducto 
de Muller, fazendo com que esse ducto seja transformado nas vesículas seminais, ductos deferentes e 
epidídimo. 
 
- Caso o cromosso for X, não terá a presença desse gene e, consequentemente, da proteína, ocorrendo o 
desenvolvimento do ducto de Muller, que se diferenciara nas tubas uterinas, útero e 2/3 da parte superior da 
vagina. 
 
- A falta de hormônios testiculares induz a feminilização. 
 
- O gene DAX-1 atua no desenvolvimento dos ovários, inibindo a diferenciação sexual em testículos. A 
ausência do SRY induz o aumento do DAX 1. 
 
- O sexo do indivíduo é determinado no momento da fecundação. 
 
- Nos mamíferos os machos são heterogaméticos (n+XY) e as fêmeas são homogaméticas (n+XX). 
- Assim, a determinação do sexo, em mamíferos, se estabelece pelo arranjo formado entre o cromossomo X 
originário da fêmea e o cromossomo X ou Y originário do gameta masculino. 
 
- Classicamente, a cronologia da diferenciação sexual cursa com o estabelecimento do sexo cromossômico, 
seguido do desenvolvimento gonadal que desencadeará o desenvolvimento do sexo fenotípico. 
 
- O controle genético e hormonal estabelecido, então, pela expressão de genes localizados nos cromossomos 
sexuais e em outros loci dos cromossomos somáticos. 
 
- Apesar de não estar, ainda, completamente estabelecido o mecanismo genético de controle sexual, sabe-se que 
alguns genes são fundamentais para o processo de diferenciação gonadal e fenotípica. O gene SRY) é implicado 
na formação do testículo. 
 
- As células precursoras das células de Sertoli são o primeiro tipo celular a expressar o SRY, elas são quem 
formará os cordões seminíferos e iniciarão a diferenciação gonadal do macho. 
 
- O SF-1 é um receptor nuclear que regula a transcrição de um grande número de genes implicados na 
estereidogênese e desenvolvimento das gônadas. SF-1 regula gene do hormônio anti-Mülleriano (AMH) e 
interage com SOX-9, WT1 e DAX-1. 
 
- O SOX-9 é um gene que codifica proteína de SOX-9, é necessária para a transcrição de AMH e portanto 
participa da manutenção dos níveis elevados de AMH no testículo fetal de todos os mamíferos. 
 
- A diminuição das taxas de proteína SOX-9 redunda em feminilização das gônadas de indivíduos 46,XY 
podendo produzir indivíduos hermafroditas. 
 
- O gene DAX-1 que está localizado no cromossomo X. Este gene inibe a diferenciação testicular e como 
conseqüência a gônada acaba se tornando ovário. 
 
- A relação entre esses e outros genes que atum na regulação e determinação sexual é complexa e não bem 
elucidada, mas sabe-se que o resultado da expressão e/ou inibição desses genes será a diferenciação gonadal e 
fenotípica do embrião e feto. 
 
- Na fase indiferenciada os embriões de ambos os sexos apresentam simultaneamente dois pares de condutos: 
Os ductos mesonéfricos ou de Wolff e os ductos paramesonéfricos ou de Müller. Os ductos mesonéfricos 
através do estímulo adequado, testosterona e hormônio anti- mülleriano, desenvolverão a genitália masculina. 
 
- Os ductos paramesonéfricos, não havendo o estímulo anteriormente citado, darão origem a genitália feminina. 
 
- Em humanos, no final da oitava semana, a maior parte dos ductos paramesonéfricos terão degenerado no 
embrião masculino. Um resquício de sua porção anterior forma o apêndice do testículo, enquanto sua porção 
posterior formaria o utrículo prostático. 
 
- A origem desta estrutura é, no entanto discutida, sendo que alguns autores citam que ela deriva de uma 
evaginação do seio urogenital. 
 
- Em embriões femininos, os ductos de Wolff entrarão em regressão e os ductos de Müller irão se desenvolver. Eles se 
desenvolverão Antero-posteriormente em tuba uterina, cornos e corpo. 
 
OBJETIVO 2 - FERTILIZAÇÃO 
- A fertilização é uma série de processos, em vez de um único evento. 
- Visto de um sentido mais amplo, esses processos iniciam quando os espermatozoides começam a penetrar a 
corona radiata que reveste o ovócito e termina com o entrelaçamento dos cromossomos maternos e paternos 
após o espermatozoide entrar no ovócito. 
PENETRAÇÃO DA CORONA RADIATA 
- Quando os espermatozoides encontram primeiro o ovócito ovulado na parte de ampola da tuba uterina, eles 
são confrontados pela corona radiata e alguns remanescentes do cúmulus oophorus, que representam a camada 
externa do complexo do ovócito (Fig. 2.4). 
- A corona radiata éuma camada altamente celular, com uma matriz intercelular formada por proteínas e uma 
alta concentração de carboidratos, especialmente ácido hialurônico. 
- Acredita-se que a hialuronidase que emana da cabeça do espermatozoide tenha um papel importante na 
penetração da corona radiata, mas os movimentos ativos de natação dos espermatozoides também são 
importantes. 
ADESÃO E PENETRAÇÃO DA ZONA PELÚCIDA 
- A zona pelúcida, que é de 13 μm de espessura em humanos, consiste principalmente em quatro glicoproteínas 
— ZP1 a ZP4. As ZP2 e ZP3 se combinam para formar unidades básicas que polimerizam em filamentos 
longos. 
- Esses filamentos são periodicamente ligados por pontes cruzadas de moléculas de ZP1 e ZP4 (Fig. 2.5). 
Estima-se que a zona pelúcida de um óvulo de rato contém mais de 1 bilhão de cópias da proteína ZP3. 
- Após ter penetrado a corona radiata, os espermatozoides se ligam firmemente à zona pelúcida por meio da 
membrana plasmática da cabeça do espermatozoide (Fig. 2.4). 
- Os espermatozoides se ligam especificamente a uma molécula de ácido siálico, que é a parte terminal de uma 
sequência de quatro açúcares na extremidade de oligossacarídios O- ligado que estão aderidos ao eixo 
polipeptídio da molécula ZP3. 
- As moléculas na superfície da cabeça dos espermatozoides são locais de ligação específica para os receptores 
ZP3 dos espermatozoides na zona pelúcida. 
- Mais de 24 moléculas foram propostas, mas a identidade das moléculas ligadoras da zona permanece 
desconhecida. 
- Diferenças moleculares interespécies nas regiões ligadoras dos espermatozoides da molécula de ZP3 podem 
servir como base para a incapacidade dos espermatozoides de uma espécie fertilizar um óvulo de outra espécie. 
- Em mamíferos, há menor variação de espécies na composição da ZP3; isso pode explicar porque a penetração 
da zona pelúcida pelos espermatozoides de espécies de mamíferos intimamente relacionados é, às vezes, 
possível, enquanto isso é raro entre outros animais. 
- Na ligação à zona pelúcida, os espermatozoides de mamíferos sofrem a reação acrossômica. 
- A essência da reação acrossômica é a fusão de partes da membrana acrossômica externa com a membrana 
plasmática sobrejacente e eliminação das partes fundidas sob a forma de pequenas vesículas. Isso resulta na 
liberação da multiplicidade de enzimas que estão armazenadas no acrossoma (Quadro 2.1). 
- A reação acrossômica em mamíferos é estimulada pela molécula ZP3 que atua por meio das proteínas G na 
membrana plasmática da cabeça dos espermatozoides. 
- Em contraste à função do receptor de espermatozoides da ZP3, um grande segmento da cadeia polipeptídica 
da molécula de ZP3 deve estar presente para induzir a reação acrossômica. 
- Um evento inicial da reação acrossômica é um influxo maciço de cálcio (Ca++) pelamembrana plasmática da 
cabeça do espermatozoide. 
- Esse processo, acompanhado por um influxo de sódio (Na+) e um efluxo de hidrogênio (H+), aumenta o pH 
intracelular. 
- A fusão da membrana acrossômica externa com a membrana plasmática sobrejacente logo acontece. 
- Como as vesículas das membranas fundidas são perdidas, o conteúdo enzimático do acrossoma é liberado e 
pode auxiliar os espermatozoides a atravessarem a zona pelúcida. 
- Após a reação acrossômica, a membrana acrossômica interna forma a superfície externa que reveste a maior 
parte da cabeça do espermatozoide (Fig. 2.4D). 
- Em direção à base da cabeça do espermatozoide (na região equatorial), a membrana acrossômica interna se 
funde ao restante da membrana plasmática pós-acrossômica para manter a continuidade da membrana ao redor 
da cabeça do espermatozoide. 
- Somente após concluir a reação acrossômica, os espermatozoides podem começar a penetrar a zona pelúcida 
com êxito. 
- A penetração da zona é acompanhada por uma combinação de propulsão mecânica pelos movimentos da 
cauda dos espermatozoides e a digestão de uma via pela ação das enzimas acrossômicas. 
- A enzima mais importante é a acrosina, uma serina proteinase que é ligada à membrana acrossômica interna. 
- Quando o espermatozoide faz o seu caminho pela zona e entra no espaço perivitelino (o espaço entre a 
membrana plasmática do óvulo e a zona pelúcida), ele pode fazer contato direto com a membrana plasmática do 
ovócito. 
LIGAÇÃO E FUSÃO DOS ESPERMATOZOIDES E DO OVÓCITO 
- Depois de um breve período de passagem no espaço perivitelino, o espermatozoide faz contato com o ovócito. 
- Em duas etapas distintas, o espermatozoide primeiro se liga e em seguida se funde com a membrana 
plasmática do ovócito. 
- A ligação entre o espermatozoide e o ovócito ocorre quando a região equatorial da cabeça do espermatozoide 
entra em contato com as microvilosidades ao redor do ovócito. 
- As moléculas da membrana plasmática da cabeça do espermatozoide, principalmente as proteínas dos 
espermatozoides chamadas fertilinas e ciritestina, que se ligam às moléculas de α6 integrina e da proteína CD9 
na superfície do ovócito. 
- A reação acrossômica provoca uma mudança nas propriedades da membrana do espermatozoide porque, se a 
reação acrossômica não ocorreu, o espermatozoide é incapaz de se fundir com o ovócito. 
- A fusão real entre o espermatozoide e o ovócito, mediada pela integrina na membrana do ovócito, torna suas 
membranas plasmáticas em continuidade. 
- Após a fusão inicial, os conteúdos do espermatozoide (a cabeça, a peça intermediária e geralmente a cauda) 
mergulham no ovócito (Fig. 2.6), como membrana plasmática do espermatozoide, que é antigenicamente 
diferente da do ovócito, torna-se incorporada à membrana plasmática do ovócito e permanece reconhecível, 
pelo menos até o início da clivagem. 
- Embora as mitocôndrias localizadas no colo do espermatozoide entrem no ovócito, elas não contribuem para o 
complemento mitocondrial funcional do zigoto. Em humanos, o espermatozoide contribui com o centrossoma, 
que é necessário para a clivagem da célula. 
 
PREVENÇÃO DA POLISPERMIA 
- Quando um espermatozoide se funde a um ovócito, a entrada de outros espermatozoides no ovócito 
(polispermia) deve ser impedida, ou o desenvolvimento anormal é o provável resultado. 
- Dois bloqueios à polispermia, rápido e lento, tipicamente estão presentes na fertilização dos vertebrados. 
- O bloqueio rápido à polispermia, que tem sido bem estudado em ouriços-do-mar, consiste em uma rápida 
despolarização elétrica da membrana plasmática do ovócito. 
- O potencial de repouso da membrana do ovócito altera de -70 para +10 mV dentro de 2 a 3 segundos após a 
fusão do espermatozoide com o ovócito. Essa mudança no potencial da membrana impede os outros 
espermatozoides de aderirem à membrana plasmática do ovócito. 
- O bloqueio rápido em mamíferos é de curta duração, durando apenas alguns minutos, e pode não estar tão 
fortemente baseado na despolarização da membrana como ocorre em ouriços-do-mar. Esse tempo é suficiente 
para o ovócito montar um bloqueio lento permanente. 
- A natureza exata do bloqueio rápido em ovócito de humanos ainda não é bem definida. 
- Logo após a entrada do espermatozoide, sucessivas ondas de Ca ++ passam pelo citoplasma do ovócito. 
- O primeiro conjunto de ondas, espalhando-se do local de fusão entre espermatozoide e ovócito, está envolvido 
na estimulação da conclusão da segunda divisão meiótica do ovócito. 
- As ondas posteriores de Ca ++ iniciam o recrutamento de RNAs maternos no ovócito e atuam nos grânulos 
corticais à medida que passam por eles. 
- A exposição ao Ca ++ provoca a fusão dos grânulos corticais com a membrana plasmática e a liberação do seu 
conteúdo (enzimas hidrolíticas e polissacarídios) no espaço perivitelino. 
- Os polissacarídios liberados no espaço perivitelino tornam-se hidratados e dilatam, causando o aumento da 
zona pelúcida na superfície do ovócito. 
- Os produtos de secreção dos grânulos corticais se difundem nos poros da zona pelúcida e hidrolisam as 
moléculasdos receptores de espermatozoides (ZP3 nos ratos) na zona. 
- Essa reação, chamada de reação zonal, essencialmente elimina a capacidade dos espermatozoides aderirem e 
penetrarem na zona. 
- A reação zonal foi observada em ovócitos humanos que foram submetidos à fertilização in vitro. 
- Além das mudanças na zona pelúcida, alterações nas moléculas dos receptores de espermatozoides na 
membrana plasmática do ovócito humano provocam, no próprio ovócito, que ele se torne refratário à 
penetração por outros espermatozoides. 
ATIVAÇÃO METABÓLICA DO OVÓCITO 
A entrada do espermatozoide no ovócito inicia várias alterações significativas no interior deste, incluindo os 
bloqueios rápido e lento à polispermia mencionados anteriormente. 
Na realidade, o espermatozoide introduz no ovócito um fator solúvel (atualmente acredita-se ser uma 
fosfolipase [fosfolipase C zeta]), que estimula uma via que leva à liberação de pulsos de Ca ++ no interior do 
citoplasma do ovócito. 
- Além de iniciar o bloqueio à polispermia, o Ca ++ liberado estimula uma intensificação rápida da respiração e 
do metabolismo do ovócito por meio de uma troca de Na + extracelular por H+ intracelular. 
- Essa troca resulta em um aumento no pH intracelular e um aumento no metabolismo oxidativo. 
 
DESCONDENSAÇÃO DO NÚCLEO DO ESPERMATOZOIDE 
Em um espermatozoide maduro, a cromatina nuclear é muito bem comprimida, em grande parte pelas ligações 
cruzadas de — SS — (dissulfeto) que ocorrem entre as moléculas de protamina complexadas ao DNA durante a 
espermatogênese. 
- Pouco depois que a cabeça do espermatozoide entra no citoplasma do ovócito, a permeabilidade da sua 
membrana nuclear começa a aumentar, possibilitando que fatores citoplasmáticos do interior do ovócito afetem 
o conteúdo nuclear do espermatozoide. 
- Após as ligações cruzadas de — SS — das protaminas serem reduzidas a grupos sulfidrila (— SH) pela 
glutationa reduzida no ooplasma, as protaminas são rapidamente perdidas da cromatina do espermatozoide, e a 
cromatina começa a se espalhar no interior do núcleo (agora chamado de pró-núcleo) à medida que ela se 
movimenta para mais perto do material nuclear do óvulo. 
- O remodelamento da cabeça do espermatozoide leva cerca de 6 a 8 horas. 
- Após um período curto, durante o qual os cromossomos masculinos estão descobertos, as histonas começam a 
se associar aos cromossomos. 
- Durante o período de formação do pró-núcleo, o material genético do pró-núcleo masculino torna-se 
desmetilado, enquanto a metilação no genoma feminino é mantida. 
 
 
CONCLUSÃO DA MEIOSE E O DESENVOLVIMENTO DOS PRÓ- NÚCLEOS NO ÓVULO 
Após a penetração do ovócito pelo espermatozoide, o núcleo do ovócito, que estava parado na metáfase da 
segunda divisão meiótica, completa a última divisão e libera um segundo corpo polar no espaço perivitelino 
(Fig. 2.6). 
O núcleo do ovócito se movimenta em direção ao córtex, como resultado da ação das moléculas de miosina 
atuando em uma rede de filamentos de actina que conecta um polo do fuso mitótico ao córtex. 
- A contração resultante atrai todo o aparelho mitótico em direção à superfície da célula (Fig. 2.7). Isso 
determina a localização na qual o primeiro e o segundo corpos polares são expulsos. 
- Uma membrana pró-nuclear, derivada amplamente do retículo endoplasmático do óvulo, se forma ao redor do 
material cromossômico feminino. 
- Os fatores citoplasmáticos parecem controlar o crescimento dos pró-núcleos feminino e masculino. 
- Os pró-núcleos aparecem 6 a 8 horas após a penetração do espermatozoide, e persistem por cerca de 10 a 12 
horas. 
- A replicação do DNA ocorre nos pró-núcleos haploides em desenvolvimento, e cada cromossomo forma duas 
cromátides conforme os pró-núcleos se aproximam um do outro. 
- Quando os pró-núcleos masculino e feminino entram em contato, suas membranas se rompem e os 
cromossomos se misturam. 
- Os cromossomos maternos e paternos rapidamente tornam-se organizados ao redor do fuso mitótico, derivado 
do centrossoma do espermatozoide, na preparação para uma divisão mitótica normal. Neste ponto, o processo 
de fertilização pode ser dito como completo, e o óvulo fertilizado é chamado de zigoto. 
O QUE É REALIZADO PELA FERTILIZAÇÃO? 
O processo de fertilização une muitas pontas biológicas soltas, como se segue: 
1. Estimula o ovócito a completar a segunda divisão meiótica. 
2. Restaura no zigoto o número diploide normal de cromossomos (46 em humanos). 
3. O sexo genético do futuro embrião é determinado pelo complemento cromossômico do espermatozoide. (Se 
o espermatozoide contém 22 autossomas e um cromossomo X, o embrião é geneticamente feminino, e se ele 
contém 22 autossomas e um cromossomo Y, o embrião é masculino. Para mais detalhes, consulte o Capítulo 
16.) 
4. Por meio da mistura dos cromossomos maternos e paternos, o zigoto é um produto geneticamente único do 
rearranjo cromossômico, que é importante para a variabilidade de quaisquer espécies. 
5. O processo de fertilização provoca a ativação metabólica do zigoto, que é necessária para que ocorra a 
clivagem e o subsequente desenvolvimento embrionário. 
OBJETIVO 3 – INFERTILIDADE E SUAS CAUSAS 
DIFERENÇA ENTRE INFERTILIDADE E ESTERILIDADE / CAUSAS DA INFERTILIDADE 
 
Tecnicamente, a infertilidade é resultado de uma disfunção dos órgãos reprodutores, dos gametas ou do 
concepto. Já a esterilidade é a impossibilidade que tem o homem ou a mulher de produzir gametas (óvulos e 
espermatozoide) ou zigotos (resultado da fusão entre óvulos e espermatozoides) viáveis. 
 
Assim, podemos dizer que um casal é infértil quando há diminuição das chances da gravidez, que podem ser 
contornadas por medidas médicas, e que é estéril quando há incapacidade de gerar filhos. 
O diagnóstico de infertilidade/esterilidade deve ser feito através de uma pesquisa básica sobre fertilidade e 
sempre envolver o casal, desde o início. 
 
Estatisticamente, a infertilidade decorre em 35% dos casos de fatores masculinos, 45% de fatores femininos 
(tubo-peritoneal, 35%, e ovulatório, 10%), 10% sem causa aparente e 5% de causas diversas e pouco 
frequentes. Entretanto, a divisão percentual em fatores é artificial. 
 
A associação de causas de infertilidade é freqüente, principalmente a concomitância de fatores masculinos e 
femininos¹. 
 
Alguns exames ajudam a diagnosticar as causas da infertilidade/esterilidade: 
 
obstrução das tubas uterinas; 
histerossalpingografia e a histerossonografia; 
centração ( 
oligoospermia ) motilidade ( astenozoospermia ) , vitalidade e morfologia dos espermatozoides ( 
teratozoospermia ), não te, - azoospermia ) 
 
Outros exames a serem usados em casos específicos são: avaliação do muco cervical, biópsia endometrial, 
culturas cervicais, pesquisa de anticorpos anti-espermatozoides, exames imunológicos e laparoscopia. 
 
Infertilidade é a dificuldade de se reproduzir. Geralmente, refere-se ao diagnóstico feito quando um casal não 
obtém gravidez mesmo sem o uso de qualquer método contraceptivo, após um ano de relações sexuais bem 
distribuídas ao longo do ciclo menstrual. 
 
Em condições normais, um casal em idade fértil que mantenha relações sexuais completas, sem utilizar 
qualquer método contraceptivo, costuma levar alguns meses ou até mais de um ano para obter a gravidez 
desejada, gerando a concepção errada de infertilidade. 
 
Aproximadamente, a chance de um casal fértil engravidar é de 15 a 25% por mês, e após um ano de tentativas 
essa taxa cumulativa será de aproximadamente 80%. Por isso, é necessário esse tempo de espera para iniciar 
uma investigação sobre infertilidade. 
 
HÁ DOIS TIPOS DE INFERTILIDADE: 
 
PRIMÁRIA: quando não há gestação anterior; e 
SECUNDÁRIA: se já houve alguma gravidez. 
 
O fato de a mulher ter sido mãe antes não garante a fertilidade para uma futura gravidez. 
 
O diagnóstico de infertilidade também pode ser dado para mulheres que chegam a engravidar,mas por diversos 
motivos não conseguem manter a gestação até o final. 
 
A dificuldade de engravidar atinge aproximadamente 15% dos casais. 
 
Suas causas são diversas, com problemas no organismo feminino, masculino, em ambos, ou até mesmo por 
causas desconhecidas. 
 
Uma das principais causas é constituir a família tardiamente: ao envelhecer, os gametas masculinos e femininos 
apresentarão maior probabilidade de serem incapazes de gerar uma gravidez. 
 
Também deve se ter em mente que infertilidade e esterilidade são coisas diferentes. Apenas pode-se falar em 
esterilidade depois que o casal for devidamente analisado e, eventualmente, submetido a tratamentos de 
reprodução medicamente assistida, sem que se obtenham resultados favoráveis. 
 
Já a esterilidade implica a noção de incapacidade absoluta de concepção, sendo um termo já em desuso. 
 
Mais correto, o termo ―infertilidade‖ significa dificuldade, mas não impossibilidade de concepção ou de levar 
a gravidez até ao seu termo. 
 
 
CAUSAS 
As causas da infertilidade são variadas. Acredita-se que 30% dos casos sejam decorrentes da infertilidade 
masculina, 30% da feminina, 30% por questões relativas a ambos, e 10% por motivos indeterminados. 
 
Para detectar quais as possíveis causas para a dificuldade em ter um bebê, o casal deverá realizar exames que 
avaliarão sua capacidade reprodutora. Para o homem será indicado o espermograma. Já as mulheres podem 
fazer o exame clínico para examinar o colo do útero e, em alguns casos, flutuações hormonais do ciclo 
menstrual. 
De acordo com a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, as principais causas da infertilidade 
são: 
 
 
 
 
 
A relação entre idade e fertilidade é conhecida, pois quanto maior a idade da pessoa, menor deve ser a 
qualidade dos gametas (o óvulo e o espermatozoide). 
 
Segundo a noção médica tradicional, as mulheres já nascem com todos os óvulos, que serão amadurecidos ao 
longo da vida. 
 
Assim, ao envelhecerem, essas células apresentariam menor eficácia para a concepção. Estudos recentes 
sugerem que mulheres adultas continuam produzindo óvulos, o que poderia ampliar as possibilidades de 
tratamento da infertilidade. Já os homens produzem espermatozoides a partir da puberdade e ao longo da vida 
toda. 
 
Alguns fatores do cotidiano também podem ser causadores da dificuldade de engravidar, como o estresse e 
outros indicadores de uma saúde debilitada. A obesidade, por exemplo, é um fator que pode favorecer a 
infertilidade, pois o aumento de gordura desestimula a produção dos hormônios femininos e masculinos. 
 
O diagnóstico é realizado por exclusão, ou seja, a partir de um quadro geral de possíveis fatores, vão-se 
descartando as hipóteses até chegar ao diagnóstico final. Entretanto, quando não são encontradas alterações 
clínicas, os casais recebem o diagnóstico de causa indeterminada. Nesses casos, é recomendada a realização de 
novos exames tanto para o homem quanto para a mulher. 
 
INFERTILIDADE FEMININA 
Para analisar as causas da infertilidade feminina, a paciente deve se submeter a alguns exames. 
 
São vários fatores que podem causar a dificuldade de engravidar. Dentre os mais comuns, estão: 
 
 
, provocados por infecções ou cirurgias; 
 
 
 
 
 
 
Segundo conhecimentos tradicionais da medicina, a produção dos óvulos ocorre juntamente com a formação do 
feto. Ou seja, as mulheres já nascem com o número de óvulos que serão liberados a cada menstruação. 
 
Dessa forma, quanto mais idade a paciente tiver, mais velho será o óvulo, dificultando a ocorrência da gravidez. 
 
Estudos recentes apontam, entretanto, a probabilidade de que mulheres adultas também produzam novos 
óvulos, o que poderia ampliar a eficácia dos tratamentos de infertilidade feminina. 
 
Problemas no útero são comuns. Alguns desequilíbrios hormonais ocorridos no período fértil podem tornar o 
muco cervical mais espesso, dificultando ou impossibilitando a passagem dos espermatozoides. 
Os desequilíbrios hormonais também são recorrentes após os 35 anos de idade. Endometriose ou leiomiomas 
também podem dificultar a gravidez. 
O hábito de fumar também afeta a fertilidade feminina. O fumo pode interferir na gametogênese ou na 
fertilização, na implantação do óvulo concebido ou na perda subclínica após a implantação. Assim, a mulher 
que deseja engravidar deve parar de fumar no mínimo dois meses antes de iniciar as tentativas. Segundo 
estudos, a fertilidade da mulher é mais afetada pelo tabagismo que a do homem, embora este também possa 
enfrentar consequências negativas do fumo ao tentar ser pai. 
 
Para detectar qual é a causa da infertilidade, o casal deve procurar o médico ginecologista, primeiramente, e 
relatar os problemas apresentados. Após o diagnóstico de infertilidade feminina, serão solicitados exames 
complementares para identificar suas causas e possíveis tratamentos. 
 
INFERTILIDADE MASCULINA 
 
A infertilidade masculina é o motivo de 30% dos casos de infertilidade entre os casais. As principais razões são: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para detectar o motivo da infertilidade masculina é realizado o espermograma, exame em que se avalia o 
sêmen. Na análise macroscópica, são observadas características como cor, odor, viscosidade, volume e pH. 
 
Na microscópica, identificam-se concentração, motilidade e morfologia dos espermatozoides. 
 
Um dos problemas mais comuns para a produção de espermatozóides saudáveis é o aumento exagerado da 
temperatura no interior dos testículos. 
 
Isso pode ocorrer devido às doenças tais como criptorquidia (posicionamento irregular dos testículos) e 
varicocele (varizes na região do escroto), além de casos em que a permanência do homem em temperaturas 
ambientais elevadas altera a qualidade do sêmen produzido. 
 
Os problemas da espermatogênese também podem ser provocados por alterações tais como orquite (inflamação 
testicular) ou por várias doenças endócrinas que alterem a produção dos hormônios hipofisários que estimulam 
a produção de espermatozoides nos testículos. 
 
Por outro lado, existem vários tipos de processos infecciosos, tumores e malformações congênitas, que podem 
alterar a anatomia e obstruir os canais que transportam os espermatozoides dos testículos até o exterior. A 
obstrução total ou bilateral destes canais, nomeadamente dos epidídimos e canais deferentes, pode provocar 
infertilidade no homem. Em alguns casos, a cirurgia de correção resolve o problema de infertilidade. 
 
Algumas infecções transmitidas sexualmente e que acometem o canal da ejaculação, tais como infecções 
causadas por bactérias (clamídia, ureaplasma), tricomoníase ou gonorreia podem alterar as taxas de 
espermatozoides. 
Por último, problemas anatômicos ou funcionais que impeçam o adequado depósito do sêmen no interior da 
vagina através do coito, como ocorre com na hipospadia, nos distúrbios de ereção e na ejaculação precoce, 
podem igualmente favorecer a infertilidade masculina. 
De acordo com a causa da infertilidade masculina, o médico indicará o tratamento adequado e o procedimento 
ideal a ser adotado. 
 
OBJETIVO 4 – PLANEJAMENTO FAMILIAR 
 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
O planejamento familiar (ou planejamento reprodutivo) indica um conjunto de ações de regulação da 
fecundidade, as quais podem auxiliar as pessoas a prever e controlar a geração e o nascimento de filhos, e 
englobam adultos, jovens e adolescentes, com vida sexual com e sem parcerias estáveis, bem como aqueles e 
aquelas que se preparam para iniciar sua vida sexual. 
As ações de planejamento familiar são voltadas para o fortalecimento dos direitos sexuais e reprodutivos dos 
indivíduos e se baseiam em ações clínicas, preventivas, educativas, oferta de informações e dos meios, métodos 
e técnicas para regulação da fecundidade. 
As orientações devem integrar todo e qualquer programa educativo voltado para a mulher, incluindo o parceiroou familiares e devem abranger todo o seu ciclo de vida, desde o período pré-concepcional ao puerpério. 
Da mesma forma, a unidade deve contar com todos os métodos contraceptivos2. 
É importante atentar para as ações de planejamento familiar das mulheres lésbicas e bissexuais. 
Para esse grupo, o desejo ou o direito à maternidade precisa ser garantido, considerando que técnicas de 
reprodução assistida como a inseminação artificial e a fertilização in vitro estão disponíveis pelo SUS, 
independentemente do diagnóstico de infertilidade. 
 No Brasil, as ações do planejamento familiar são definidas e amparadas pela Lei nº 9.263/1996, que regula o § 
7 do art. 226 da Constituição Federal. 
Essa lei dispõe sobre as práticas do planejamento nos seguintes artigos: 
“Art. 1º: O planejamento familiar é direito de todo cidadão, observado o disposto nesta Lei. 
Art. 2º: Para fins desta Lei, entende-se planejamento familiar como o conjunto de ações de 
regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da 
prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal. 
Parágrafo único: É proibida a utilização das ações a que se refere o caput para qualquer tipo de 
controle demográfico. 
Art. 10. Somente é permitida a esterilização voluntária nas seguintes situações: (Artigo vetado e mantido pelo 
Congresso Nacional -Mensagem nº 928, de 19.8.1997) 
I-em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de vinte e cinco anos de idade ou, pelo menos, 
com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de sessenta dias entre a manifestação da vontade e 
o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada acesso a serviço de regulação da 
fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização 
precoce; 
II-risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, testemunhado em relatório escrito e assinado por 
dois médicos. 
Parágrafo 1º: É condição para que se realize a esterilização o registro de expressa manifestação da vontade em 
documento escrito e firmado, após a informação a respeito dos riscos da cirurgia, possíveis efeitos colaterais, 
dificuldades de sua reversão e opções de contracepção reversíveis existentes. ”É fundamental a equipe 
multiprofissional envolvida com a assistência à mulher conheça a legislação referente ao planejamento familiar, 
assim como as penalidades previstas na lei. 
 
PLANEJAMENTO FAMILIAR NO CONTEXTO DO PSF 
 
 A assistência ao planejamento familiar é oferecida, atualmente, no Brasil, pelos serviços de atenção básica em 
saúde e pelas equipes do Programa Saúde da Família (PSF). 
 
O PSF é um modelo de política pública de saúde na Atenção Primária que traz a proposta do trabalho em 
equipe, de vinculação dos profissionais com a comunidade e de valorização e incentivo à participação 
comunitária. (MOURA & SILVA, 2007) 
 
De modo geral, um serviço de planejamento familiar deve estar fundamentado na garantia de acesso aos 
insumos pelos usuários, ter o apoio e acompanhamento de uma equipe profissional multidisciplinar capacitada 
em práticas educativas de saúde, aconselhamento e atividades clínicas. 
 
Nesse sentido, o PSF tornou-se um espaço privilegiado para implementar as ações educativas de promoção à 
saúde, como é o caso das ações de planejamento familiar. 
 
Conforme aponta Marcolino (2004) para uma dinâmica eficaz do serviço é fundamental a constituição de uma 
equipe multiprofissional unificada e comprometida com um plano de trabalho. 
 
Segundo Moreira & Araújo (2004) a raridade na presença masculina nas consultas de orientação em 
planejamento familiar é apontada com misto de ironia e queixa pelas participantes. 
 
Vale ressaltar que é de grande importância para que o serviço de planejamento familiar obtenha sucesso, a 
inserção do homem/companheiro nas práticas contraceptivas, incentivando-o a participar das decisões em 
conjunto, diante da questão reflexiva quanto ao uso de preservativos e até mesmo na realização da vasectomia. 
 
Ao final da década de 1980, foi publicado um marco conceitual, até hoje utilizado como referência para 
qualidade de atenção em planejamento familiar, que inclui seis elementos fundamentais: escolha livre de 
métodos, informação para usuárias, competência técnica, relação usuária-serviço; acompanhamento de usuárias 
e integração do planejamento familiar ao atendimento em saúde reprodutiva. (Osis, 2004) 
 
Conforme destacam Osis et al (2004): “Para optar por um método contraceptivo de forma livre e informada, as 
mulheres precisam conhecer e ter acesso a todos os métodos anticoncepcionais (MAC) cientificamente 
aprovados e disponíveis, escolhendo aquele que seja mais adequado às suas características e às suas condições 
de vida, também é necessário ter um número suficiente a ser oferecido, levando-se em conta as características 
de cada pessoa e a demanda local. 
 
Além disso, para que as pessoas, de fato, possam escolher livremente, é relevante também a informação 
científica que lhes é dada acerca dos MAC disponível. 
 
Neste ponto, incluem-se as contra-indicações gerais e as situações próprias de cada indivíduo que poderiam 
levar a considerar determinados MAC como mais ou menos adequados para essa pessoa, e, finalmente, o tipo 
de suporte que os serviços podem oferecer às pessoas que escolhem um método específico respondendo às 
expectativas dos clientes e facilitar seu acesso, uma rede apropriada de serviços de planejamento familiar deve 
estar disponível, e que seja conveniente e aceitável.”(OSIS, ET AL, 2004.p. 1586) 
 
No Brasil, a prevalência de uso de métodos anticoncepcionais (MAC) é alta, porém concentrada na 
esterilização tubária e na pílula anticoncepcional (Osis, 2003). Nesse sentido, as mulheres que dependem do 
sistema público de saúde dispõem de poucos recursos para regular sua fecundidade e, apesar da disponibilidade 
de vários métodos contraceptivos, ficam restritas ao uso da pílula e à esterilização feminina (Schor, 2000). 
 
No entanto, o que se observa no cotidiano das ESF é uma irregularidade na oferta desses insumos e uma 
desobrigação do governo na aquisição dos mesmos. 
 
Como resultado, as atividades voltadas para o planejamento familiar se encontram desestruturadas, sem a 
garantia de continuidade de suas ações. 
 
Osis (2003) aponta que a opção por um método implica tanto o número de métodos oferecidos quanto a sua 
variedade. 
 
As ações de planejamento familiar desenvolvidas pelas equipes de PSF não devem basear-se apenas na entrega 
de preservativos e anticoncepcionais, como se vê rotineiramente. 
 
A busca pela promoção da troca de experiências, melhorias das relações familiares e comunitárias, deve fazer 
parte das ações cotidianas da equipe favorecendo um elo de encontro, confiança e respeito, tornando saudável 
esta prática social. (Silva, 2009) 
 
Nessa perspectiva, os serviços de saúde devem se organizar de modo a viabilizar o acesso aos meios 
contraceptivos, conforme destaca Moura et al (2007): “Para que exista uma dinâmica funcionante de fluxo o 
atendimento deverá estar próximo de onde as pessoas vivem, promover a autonomia dos usuários e entregar os 
métodos e trabalhar de forma descentralizada. 
 
Portanto, às equipes de PSF compete estabelecer integração com os serviços de pós-parto, de pós-aborto, de 
prevenção do câncer de colo uterino, de controle das doenças sexualmente transmissíveis, pois, tendo nas 
mulheres em idade reprodutiva sua clientela-alvo, ensejarão oportunidades para expandir a rede de atendimento 
e otimizar o contato da usuária com a equipe de saúde. (MOURA et al, 2007 p. 2). 
 
Os autores consideram que “uma rede apropriada de serviços é o que se espera oferecer às mulheres, homens ou 
casais, fácil acesso aos métodos anticoncepcionais, por meio da descentralização e variedade de pontos de 
entrega, reduzindo a descontinuidade de uso do métodoanticoncepcional porque a usuária não teve como 
recebê-lo.” (Moura et al, 2007, p. 962) 
As dificuldades relatadas em estudo realizado pelos autores baseiam-se no retorno mensal para o recebimento 
do MAC, a longa espera para o atendimento no serviço de Planejamento Familiar; e os responsáveis pelo 
serviço de PF demonstram preocupação quanto à perda de controle das usuárias na descentralização do ponto 
de entrega, concordando em facilitar a distribuição em condições excepcionais. 
 
Portanto, é fundamental a avaliação de serviços de planejamento familiar, para reconhecer o que está bem e o 
que precisa ser modificado, garantindo subsídios à melhoria do atendimento das expectativas e necessidades 
dos usuários (MOURA et al, 2007). 
 
Assim, é de grande importância para o Planejamento Familiar a avaliação da dinâmica deste serviço. Segundo 
Moura et al (2007), um aspecto da avaliação inclui o julgamento quanto a fornecer ou não assistência e métodos 
anticoncepcionais adequados e dentro da área adstrita do PSF; o segundo nível do julgamento é saber se a rede 
de serviços está apropriada às necessidades e anseios da população. 
Em pesquisa realizada, Moura e colaboradores (2006) destacam que as participantes apontaram os seguintes 
elementos como determinantes da qualidade de serviços de planejamento familiar: “orientação/informação aos 
clientes, envolvendo o casal; divulgação do serviço e captação das pessoas; continuidade e oferta dos métodos 
anticoncepcionais que as mulheres desejam; serviço próximo de onde as pessoas vivem; facilidade no 
recebimento do método; bom tratamento a clientela; equipe de PSF permanente; e cuidado diferenciado às 
mulheres de risco. Portanto, os pontos de vista das usuárias foram convergentes aos elementos da qualidade 
ampliando, todavia, a visão para o campo da participação masculina, o enfoque de risco, a vinculação com a 
equipe de PSF e a facilidade de acesso ao serviço”. (Moura e Silva, 2006, p. 151). 
 
PLANEJAMENTO FAMILIAR – RETIRADO DO SITE DA SESAB 
Planejamento familiar gratuito é oferecido para população de Salvador 
Cirurgias de vasectomia e laqueadura, implantação do DIU e colocação de contraceptivo implantado são 
alguns dos métodos ofertados pela rede municipal 
Evitar a gravidez indesejada faz com que muitas mulheres e os parceiros busquem métodos contraceptivos 
incluindo cirurgias de laqueadura tubária e a vasectomia. O desconhecimento da população de que no Centro de 
Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana (CEPARH) são realizadas as cirurgias gera a sobra de vagas. 
Presidido pelo conceituado médico baiano Elsimar Coutinho, o CEPARH oferece gratuitamente serviços 
médicos no âmbito do planejamento familiar à população a cerca de 30 anos e, mais recentemente através de 
um contrato firmado pela Prefeitura de Salvador, para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A 
contratualização permite a realização de procedimentos clínicos cirúrgicos da contracepção cirúrgica voluntária 
o que tem beneficiado os soteropolitanos. 
Os postos de saúde de Salvador também dispõem de métodos contraceptivos gratuitos para homens e mulheres, 
que são orientados por equipes multidisciplinares para o uso correto. Após a avaliação médica em conjunto com 
o paciente é definido o melhor procedimento para cada pessoa que procura as unidades. Quando há a vontade 
do usuário em realizar a laqueadura e a vasectomia, faz-se o encaminhamento para o CEPARH. 
 “As cirurgias de laqueadura tubária e vasectomia pelo SUS no CEPARH foram habilitadas em 2014, ano em 
que foi celebrado o contrato com a Secretaria Municipal de Salvador (SMS). A instituição é a única no 
município, habilitada pelo SUS, para realizar cirurgias de contracepção, o que veio preencher uma lacuna que 
existia na cidade. Traz como benefício uma família programada e a diminuição do aborto clandestino, uma das 
principais causas de morte de mulheres jovens no Brasil”, explica a consultora do CEPARH, Renilda Barros 
Dias dos Santos. 
Para ter acesso às cirurgias, os pacientes são encaminhados pelos postos de saúde da capital baiana por meio de 
uma ficha com os dados pessoais (termo de referência), para realizar os seguintes procedimentos: laqueadura 
tubária e vasectomia, além de outros atendimentos como implantação e retirada de DIU – Dispositivo Intra 
Uterino, implantes e distribuição de contraceptivos. 
Atenção básica 
Os postos de saúde municipais são responsáveis pelo primeiro atendimento para o planejamento reprodutivo. 
Além de fornecer métodos contraceptivos, promovem a educação da população para evitar as doenças 
sexualmente transmissíveis (DSTs). 
“As unidades são responsáveis pela administração do anticoncepcional, tanto injetável quanto o comprimido, 
além da pílula do dia seguinte. Além disso, promove a conscientização quanto às DST’s e distribui os 
preservativos. Os postos fazem também a inserção do DIU ou encaminham para as unidades de referência. 
 
 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
Planejamento familiar gratuito é oferecido para população de Salvador 
Cirurgias de vasectomia e laqueadura, implantação do DIU e colocação de contraceptivo implantado são 
alguns dos métodos ofertados pela rede municipal 
Evitar a gravidez indesejada faz com que muitas mulheres e os parceiros busquem métodos contraceptivos 
incluindo cirurgias de laqueadura tubária e a vasectomia. O desconhecimento da população de que no Centro de 
Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana (CEPARH) são realizadas as cirurgias gera a sobra de vagas. 
Presidido pelo conceituado médico baiano Elsimar Coutinho, o CEPARH oferece gratuitamente serviços 
médicos no âmbito do planejamento familiar à população a cerca de 30 anos e, mais recentemente através de 
um contrato firmado pela Prefeitura de Salvador, para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A 
contratualização permite a realização de procedimentos clínicos cirúrgicos da contracepção cirúrgica voluntária 
o que tem beneficiado os soteropolitanos. 
Os postos de saúde de Salvador também dispõem de métodos contraceptivos gratuitos para homens e mulheres, 
que são orientados por equipes multidisciplinares para o uso correto. Após a avaliação médica em conjunto com 
o paciente é definido o melhor procedimento para cada pessoa que procura as unidades. Quando há a vontade 
do usuário em realizar a laqueadura e a vasectomia, faz-se o encaminhamento para o CEPARH. 
 “As cirurgias de laqueadura tubária e vasectomia pelo SUS no CEPARH foram habilitadas em 2014, ano em 
que foi celebrado o contrato com a Secretaria Municipal de Salvador (SMS). A instituição é a única no 
município, habilitada pelo SUS, para realizar cirurgias de contracepção, o que veio preencher uma lacuna que 
existia na cidade. Traz como benefício uma família programada e a diminuição do aborto clandestino, uma das 
principais causas de morte de mulheres jovens no Brasil”, explica a consultora do CEPARH, Renilda Barros 
Dias dos Santos. 
Para ter acesso às cirurgias, os pacientes são encaminhados pelos postos de saúde da capital baiana por meio de 
uma ficha com os dados pessoais (termo de referência), para realizar os seguintes procedimentos: laqueadura 
tubária e vasectomia, além de outros atendimentos como implantação e retirada de DIU – Dispositivo Intra 
Uterino, implantes e distribuição de contraceptivos. 
Atenção básica 
Os postos de saúde municipais são responsáveis pelo primeiro atendimento para o planejamento reprodutivo. 
Além de fornecer métodos contraceptivos, promovem a educação da população para evitar as doenças 
sexualmente transmissíveis (DSTs). 
“As unidades são responsáveis pela administração do anticoncepcional, tanto injetável quanto o comprimido, 
além da pílula do dia seguinte. Além disso, promove a conscientização quanto às DST’s e distribui os 
preservativos. Os postos fazem também a inserção do DIU ou encaminham para as unidades de referência. 
 
OBJETIVO 5 – REPRODUÇÃO ASSISTIDAO QUE É A REPRODUÇÃO ASSISTIDA? 
 
 A reprodução assistida é um conjunto de técnicas utilizadas pela medicina para auxiliar os pacientes a terem 
filhos. 
 
Ela funciona pela manipulação de, pelo menos, um dos gametas (espermatozoides e/ou óvulos) e dos meios de 
fecundação, preparando as condições ideais para que o processo ocorra da maneira planejada. 
 
O procedimento pode ser realizado de diversas formas, pois, ao longo dos anos, foram desenvolvidas novas 
técnicas que se mostraram mais propícias para facilitar a fecundação. 
 
 
RELAÇÃO SEXUAL PROGRAMADA – COITO PROGRAMADO 
Nesse método, a parceira faz um tratamento hormonal com hormônios para estimular o desenvolvimento do(s) 
folículo(s), que contêm um óvulo cada em seu interior. Quando ele atinge o tamanho ideal, a mulher utiliza 
outro hormônio para induzir a liberação do óvulo (ovulação). 
 
O tratamento é acompanhado por ultrassonografia para controle do crescimento. Após a indução da ovulação, 
o casal deverá manter relações sexuais próximas ao momento da ovulação, isto é, 36 horas após a injeção. 
 
 
INSEMINAÇÃO INTRAUTERINA (IIU) ARTIFICIAL 
 
A inseminação intrauterina é um dos métodos mais comuns devido à sua baixa complexidade, pois apenas 
um dos gametas é manipulado: o espermatozoide. 
 
Para que ocorra, é importante que os espermatozoides, depois de coletados, sejam devidamente capacitados. A 
capacitação é um processo determinante, pois permite a separação dos espermatozoides mais ativos e aptos a 
fertilizar o óvulo. 
 
Tendo a quantidade desejável de gametas masculinos, o médico, então, deposita-os na cavidade uterina para 
que ocorra a fecundação in vivo nas trompas uterinas. Esse método tem cerca de 15% de sucesso e é 
recomendado para homens que apresentem o espermograma leve ou moderadamente alterado. 
 
Nesse tratamento, a mulher recebe a mesma estimulação ovariana da realizada na relação sexual programada. 
 
3. FIV (FERTILIZAÇÃO IN VITRO) 
 
Para os casais que não obtiveram sucesso após 3 ciclos de tratamento com a relação sexual programada ou 
com a inseminação artificial, ambas consideradas técnicas de baixa complexidade, é recomendado que se 
submetam à FIV (fertilização in vitro). Essa técnica é também indicada como primeira opção para diversas 
indicações. 
 
Inicialmente realiza-se a estimulação ovariana, com a administração de hormônios, para aumentar o número 
de óvulos disponíveis para a fertilização. O controle do desenvolvimento folicular é acompanhado por meio de 
exames de ultrassom e de sangue para dosagem hormonal. 
 
Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é feita a coleta dos óvulos e do sêmen. Aproximadamente 
40.000 espermatozoides serão colocados juntos a cada óvulo para que ocorra a fertilização, no laboratório. Os 
embriões formados e selecionados serão transferidos para o útero, para que a gestação tenha seu 
prosseguimento de forma natural 
As taxas de sucesso ficam entre 5% e 55% por tentativa, dependendo de cada caso e, principalmente, da idade 
da mulher. 
 
INJEÇÃO INTRACITOPLASMÁTICA DE ESPERMATOZOIDES (ICSI) 
 
Semelhante à FIV, a injeção intracitoplasmática difere-se apenas na etapa final, já que, nesse caso, a 
inseminação (colocação do espermatozoide junto do óvulo) é feita por injeção diretamente dentro do óvulo. 
Com o auxílio da micromanipuladores e utilizando-se de uma agulha finíssima, o espermatozoide é colocado 
diretamente no interior do óvulo. 
 
Inicialmente essa técnica era indicada para casos de fator masculino grave. Atualmente é usada rotineiramente 
em todos os casos. 
 
DOAÇÃO DE ÓVULOS 
 
Essa técnica é indicada para mulheres que não tenham mais óvulos ou possuam uma quantidade muito reduzida 
associada à baixa qualidade. Isso ocorre em idade avançada, menopausa precoce ou problemas relacionados à 
produção de óvulos. A doação é feita por uma mulher desconhecida, que também está em tratamento e 
compartilha os óvulos excedentes. 
 
A receptora é preparada com o uso de medicamentos que preparam seu útero para receber o embrião. A 
fecundação ocorre in vitro com os espermatozoides do marido e possui uma taxa de sucesso semelhante à 
obtida com FIV/ICSI. 
 
Com o advento tecnológico, a reprodução assistida consegue reunir diferentes técnicas que possibilitam o 
auxílio daqueles que têm dificuldade de engravidar naturalmente. Isso se deve à grande eficácia dos 
procedimentos, pois, além de serem inovadores e versáteis, passam extrema segurança e conforto em cada um 
dos processos. 
 
OBJETIVO 6 – CELULAS TRONCO 
 
CÉLULAS TRONCO 
 
As células-tronco são células capazes de autorrenovação e diferenciação em muitas categorias de células. 
 
Elas também podem se dividir e se transformar em outros tipos de células. Além disso, as células-tronco podem 
ser programadas para desenvolver funções específicas, tendo em vista que ainda não possuem uma 
especialização. 
 
Basicamente, as células tronco podem se auto-replicar, ou seja, se duplicar, gerando outras células-tronco. Ou 
ainda se transformar em outros tipos de células. 
 
TIPOS DE CÉLULAS-TRONCO: 
Existem três principais tipos de células-tronco: as embrionárias e as adultas, que são encontradas 
principalmente na medula óssea e no cordão umbilical, oriundas de fontes naturais e; as pluripotentes induzidas, 
que foram obtidas por cientistas em laboratório em 2007. 
 
CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS: 
As células pluripotentes, ou embrionárias, são assim chamadas por possuir a capacidade de se transformar em 
qualquer tipo de célula adulta. 
 
Elas são encontradas no embrião, apenas quando este se encontra no estágio de blastocisto (4 a 5 dias após a 
fecundação). 
 
Na figura abaixo, a região circulada em vermelho é chamada Massa Celular Interna e é esta massa de células 
que chamamos de células-tronco embrionárias. 
 
Em uma fase posterior ao embrião de 5 dias, ele já apresenta estruturas mais complexas como coração e sistema 
nervoso em desenvolvimento, ou seja, as suas células já se especializaram e não podem mais ser consideradas 
células-troncos. 
 
O corpo humano possui, aproximadamente, 216 tipos diferentes de células e as células-tronco embrionárias 
podem se transformar em qualquer uma delas. Esse esquema exemplificando este processo: 
 
CÉLULAS-TRONCO ADULTAS: 
 
Na fase adulta, as células-tronco encontram-se, principalmente, na medula óssea e no sangue do cordão 
umbilical, mas cada órgão do nosso corpo possui um pouco de células-tronco para poder renovar as células ao 
longo da nossa vida, como mostra a figura. 
 
Elas podem se dividir para gerar uma célula nova ou outra diferenciada. As células-tronco adultas são 
chamadas de multipotentes por serem menos versáteis que as embrionárias. 
 
CÉLULAS-TRONCO INDUZIDAS: 
As primeiras células-tronco humanas induzidas foram produzidas em 2007, a partir da pele. 
 
E tem sido daí que são retiradas as células para reprogramação, mesmo que teoricamente, qualquer tecido do 
corpo possa ser reprogramado. 
 
O processo de reprogramação se dá através da inserção de um vírus contendo 4 genes. Estes genes se inserem 
no DNA da célula adulta, como, por exemplo, uma da pele, e reprogramam o código genético. 
 
Com este novo programa, as células voltam ao estágio de uma célula-tronco embrionária e possuem 
características de autorrenovação e capacidade de se diferenciarem em qualquer tecido, como na figura mais 
abaixo. Estas células são chamadas de células-tronco de pluripotência induzida ou pela sigla iPS (do inglês 
induced pluripotent stem cells). 
 
AS CÉLULAS TRONCOS E COMO PODEM SER USADAS: 
 
A pesquisa com as células-tronco é fundamental para entender melhor o funcionamento e crescimento dos 
organismos e como os tecidos do nosso corpo se mantêm ao longo da vida adulta, ou mesmo o que acontece 
com o nosso o organismo durante uma doença. 
 
As células-tronco fornecem aos pesquisadores ferramentaspara modelar doenças, testar medicamentos e 
desenvolver terapias que produzam resultados efetivos. 
 
A terapia celular é a troca de células doentes por células novas e saudáveis, e este é um dos possíveis usos para 
as células-tronco no combate a doenças. Em teoria, qualquer doença em que houver degeneração de tecidos do 
nosso corpo poderia ser tratada através da terapia celular. 
 
Para pesquisas de células-tronco, todos os tipos são necessários para análise pois cada uma delas têm um 
potencial diferente a ser explorado e, em muitos casos, elas podem se complementar. 
 
Mesmo após a criação das células iPS, não podemos deixar de utilizar as células-tronco embrionárias, pois sem 
conhecê-las seria impossível desenvolver a reprogramação celular. Além disso, embora os resultados sejam 
muito promissores, as iPS e as embrionárias ainda não são 100% iguais e o processo de reprogramação ainda 
sofre com um mínimo de insegurança por conta da utilização dos vírus. 
Existem outras opções sendo estudadas, mas é muito importante que possamos ter e comparar esses 2 tipos 
celulares. 
OBSTÁCULOS A SEREM ENFRENTADOS PARA QUE AS CÉLULAS-TRONCOS POSSAM SER 
USADAS NO TRATAMENTO DE DOENÇAS: 
Mesmo com os resultados testes sendo positivos ou, pelo menos, promissores, as pesquisas de células-tronco e 
suas aplicações para tratar doenças ainda estão em estágio inicial. É preciso utilizar métodos rigorosos de 
pesquisa e testes para garantir segurança e eficácia a longo prazo. 
 
Quando as células-tronco são encontradas e isoladas, é necessário proporcionar as condições ideais para que 
elas possam se diferenciar e se transformar nas células específicas necessárias no tratamento escolhido, e, para 
esse processo, é necessário bastante experimentação e testes. Além de tudo, é necessário o desenvolvimento de 
um sistema para entregar as células à parte específica do corpo e estimulá0las a funcionar e se integrar como 
células naturais do corpo humano. 
 
Todas as células possuem material genético e, nesse material, estão as caraterísticas completas de todo um 
indivíduo. 
 
Denominamos de células-tronco aquelas com capacidade de dividir-se e diferenciar-se em distintos tipos 
celulares. São, portanto, células indiferenciadas. Algumas células podem diferenciar-se em qualquer uns dos 
tipos celulares existentes no organismo. 
 
Essas células são chamadas de células-tronco totipotentes e podem formar qualquer célula imaginável, 
incluindo tecidos extraembrionários, como é o caso da placenta. Entretanto, nem todas as células são 
totipotentes, sendo essa característica exclusiva do zigoto (leia mais sobre fecundação) e das células formadas 
até a fase de mórula. 
 
Existem ainda células-tronco chamadas de pluripotentes. Esse grupo, diferentemente das células totipotentes, 
não pode originar tecidos extraembrionários e possui a capacidade apenas de gerar as células dos folhetos 
embrionários, ou seja, do ectoderma, mesoderma e endoderma. Vale lembrar que esses folhetos são os 
primórdios de todos os tecidos e órgãos do nosso corpo. 
 
Como exemplo de células pluripotentes, podemos citar as células-tronco embrionárias, que são encontradas na 
massa interna do blastocisto. 
Vale destacar que, atualmente, existem técnicas que podem tornar células diferenciadas em células 
pluripotentes. Esse grupo, por sua vez, recebe o nome de células-tronco de pluripotência induzida. Por fim, 
temos as células-tronco multipotentes, que, diferentemente das demais, podem diferenciar-se em apenas alguns 
tipos celulares. 
Esse tipo de célula é encontrado mais facilmente no nosso corpo e é responsável pela renovação de certos 
órgãos. Como principal exemplo, podemos citar as células da medula óssea. Percebemos, portanto, que as 
células-tronco, graças à sua capacidade de diferenciação, podem ser usadas para fins terapêuticos. Diversas 
doenças podem ser curadas ou atenuadas com o uso dessa importante terapia, entretanto, muitos estudos na área 
ainda devem ser feitos. 
 
CÉLULA-TRONCO 
- As células-tronco, também chamadas de células estaminais (do inglês stem cells), são células que 
permanecem indiferenciadas, ou seja, ainda não passaram pelo processo de diferenciação celular. 
- Podemos definir célula-tronco como uma célula que quando se divide produz uma célula que retém esse 
caráter indiferenciado e uma segunda célula que pode sofrer um ou mais caminhos da diferenciação. 
- Com isso, vemos que uma célula tronco tem o potencial de se renovar a cada divisão enquanto também produz 
uma célula filha capaz de responder ao seu ambiente diferenciando-se de maneira particular (esse potencial não 
é sempre que acontece algumas células tronco se dividem simetricamente de modo que ambas de suas filhas 
permanecem células-tronco). 
- Ocorre muitos casos da célula-tronco permanecer em seu nicho enquanto sua irmã acaba deixando-o e se 
diferencia. 
- Uma célula-tronco tem uma extensa capacidade de proliferação, criando mais células-tronco (utilizada para 
manutenção de um devido organismo pois garante uma auto renovação constante, como por exemplo as células 
sanguíneas), e criando descendentes celulares mais diferenciados. 
- As células-tronco são um conjunto embrionário de células que se mantém mesmo em organismos adultos. 
 
CLASSIFICAÇÃO POTENCIAL 
As células-tronco podem ser de três tipos: 
TOTIPOTENTES: 
- São células capazes de originar um organismo completo, totalmente funcional, já que possuem a capacidade 
de gerar todos os tipos de células e tecidos do corpo, incluindo os tecidos embrionários e os extra embrionários 
(como a placenta, por exemplo). 
- As células-tronco totipotentes podem ser exemplificadas pelo óvulo fecundado (zigoto) e pelas primeiras 
células provenientes do zigoto, ou seja, são as células de um embrião recém-formado. 
- Porém essas células possuem curta duração, desaparecendo poucos dias após a fertilização.
[3]
 
PLURIPOTENTES: 
Descendentes das células totipotentes,
[4]
 apesar de não poderem originar um indivíduo completo, pois não são 
capazes de gerar trofoblasto
[1]
 (células extra embrionárias), as células-tronco pluripotentes possuem a 
capacidade de gerar células dos três folhetos embrionários (ectoderma, mesoderma e endoderma), ou seja, são 
capazes de gerar qualquer tecido. 
- Mesmo em menores quantidades, estas células estão presentes também em um indivíduo adulto (por exemplo, 
se estão na medula óssea originam células de sangue, ossos, pele, entre outros.). 
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula-tronco#cite_note-:2-3
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula-tronco#cite_note-:3-4
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula-tronco#cite_note-:0-1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ectoderme
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mesoderme
https://pt.wikipedia.org/wiki/Endoderme
https://pt.wikipedia.org/wiki/Medula_%C3%B3ssea
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue
https://pt.wikipedia.org/wiki/Osso
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pele
- Possuem grande aplicações clínicas e comerciais, são utilizadas também na criação de animais transgênicos.
[3]
 
MULTIPOTENTES: 
- São células um pouco mais diferenciadas, possuem a capacidade de gerar um número limitado de células 
especializadas, as quais podem ser encontradas no corpo de um indivíduo adulto, e são capazes de originar 
células dos tecidos de que são provenientes, ou seja, as células-tronco multipotentes são designadas para 
originar células de acordo com o órgão de que se derivam (realizando regeneração tecidual).
 
- Assim, são tidas como as células que são capazes de gerar apenas células da mesma família.
 
-
 Com avanços de pesquisas na área de células-tronco, a existência desta categoria tem sido questionada, pois 
células antes classificadas como multipotentes acabaram sendo reveladas células-tronco pluripotentes (como 
por exemplo células-tronco neurais).
[3]
 
USO TERAPÊUTICO 
- As células-tronco de embriões têm ainda a capacidadede se transformar, num processo também conhecido 
por diferenciação celular, em outros tecidos do corpo, como ossos, nervos, músculos e sangue. 
- Devido a essa característica, as células-tronco são importantes, principalmente na aplicação terapêutica, sendo 
potencialmente úteis em terapias de combate a doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, Diabetes mellitus 
tipo 1, acidentes vasculares cerebrais, doenças hematológicas, traumas na medula espinhal e nefropatias. 
- O principal objetivo das pesquisas com células-tronco é usá-las para recuperar tecidos danificados por essas 
doenças e traumas. No Zoológico de Brasília (Brasil), uma fêmea de lobo-guará, vítima de atropelamento, 
recebeu tratamento com células-tronco.
[5]
 Este foi o primeiro registro do uso de células-tronco para curar lesões 
num animal selvagem.
[6]
 
- São encontradas em células embrionárias e em vários locais do corpo, como no cordão umbilical, na medula 
óssea, no sangue, no fígado, na placenta e no líquido amniótico, conforme descoberta de pesquisadores da 
Escola de Medicina da Universidade de Wake Forest, no estado norte-americano da Carolina do Norte, 
noticiada pela imprensa mundial nos primeiros dias de 2007.
[7]
 
 
 
Há três possibilidades de extração das células-tronco. Podem ser adultas, mesenquimais ou 
embrionárias: 
EMBRIONÁRIAS – 
- São encontradas no embrião humano em estágio de blastocisto
[3]
e são classificadas como pluripotentes, 
devido ao seu poder de diferenciação celular de outros tecidos e por possuírem alta capacidade de proliferação. 
- São as células-tronco com a mais ampla capacidade de diferenciação, pois sua diferenciação leva a origem de 
todos os tipos de células diferenciadas de um tecido adulto. 
- A utilização de células estaminais embrionárias para fins de investigação e tratamentos médicos varia de país 
para país, em que alguns a sua investigação e utilização é permitida, enquanto em outros países é ilegal. O STF 
autorizou as pesquisas no Brasil. 
ADULTAS – 
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula-tronco#cite_note-:2-3
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula-tronco#cite_note-:2-3
https://pt.wikipedia.org/wiki/Embri%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido
https://pt.wikipedia.org/wiki/Osso
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nervo
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsculo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue
https://pt.wikipedia.org/wiki/Terapia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_cardiovascular
https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_neurodegenerativa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Diabetes_mellitus_tipo_1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Diabetes_mellitus_tipo_1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_vascular_cerebral
https://pt.wikipedia.org/wiki/Trauma
https://pt.wikipedia.org/wiki/Medula_espinhal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nefropatia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Zool%C3%B3gico_de_Bras%C3%ADlia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%AAmea
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lobo-guar%C3%A1
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula-tronco#cite_note-5
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula-tronco#cite_note-6
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cord%C3%A3o_umbilical
https://pt.wikipedia.org/wiki/Medula_%C3%B3ssea
https://pt.wikipedia.org/wiki/Medula_%C3%B3ssea
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue
https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADgado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Placenta
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADquido_amni%C3%B3tico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carolina_do_Norte
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula-tronco#cite_note-7
https://pt.wikipedia.org/wiki/Adulto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mes%C3%AAnquima
https://pt.wikipedia.org/wiki/Embri%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula-tronco#cite_note-:2-3
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pluripot%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_(histologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Investiga%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratamento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Supremo_Tribunal_Federal
- São encontradas em diversos tecidos, como a medula óssea, sangue, fígado, cordão umbilical, placenta, e 
outros, essas participam da homeostase tecidual, devido a renovação fisiológica ou em resposta a alguma lesão, 
por exemplo.
 
- Estudos recentes mostram que estas células-tronco têm uma limitação na sua capacidade de diferenciação, o 
que dá uma limitação, restrição na obtenção de tecidos a partir delas. 
MESENQUIMAIS – 
- Células-tronco mesenquimais (células multipotentes
[1]
), população de células do estroma, têm a capacidade de 
se diferenciar em diversos tecidos. 
- Possuem uma grande plasticidade, e por conta desta plasticidade, essas células têm sido utilizadas para reparar 
ou regenerar tecidos danificados como ósseo, cartilaginoso, hepático, cardíaco e neural. 
- Células-tronco mesenquimais podem se diferenciar de acordo com o local em que são colocadas, ou seja, de 
acordo com a elasticidade da superfície destes locais ocorre sua diferenciação.
 
-
 Por exemplo, em uma matriz mais dura faz com que as células-tronco mesenquimais se diferenciam em 
células ósseas; já em uma matriz moderadamente elástica, do mesmo material, faz com que tornem-se células 
musculares.
 
- 
 Essas células- tronco estão associadas a condições normais de crescimento e reparação do corpo humano. 
- Além disso, essas células apresentam uma poderosa atividade imunossupressora, o que abre a possibilidade de 
sua aplicação clínica em doenças imunomediadas, como as autoimunes e também nas rejeições aos transplantes. 
- Em adultos, residem principalmente na medula óssea e no tecido adiposo (hipoderme). 
Assim, conforme sua grande capacidade de replicação, os estudos em células-tronco são de grande interesse 
para aplicações médicas, como dito anteriormente, é possível utiliza-las para tratamento de doenças humanas 
bem como reparações de tecidos danificados. 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Medula_%C3%B3ssea
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue
https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADgado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cord%C3%A3o_umbilical
https://pt.wikipedia.org/wiki/Placenta
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula-tronco#cite_note-:0-1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estroma
https://pt.wikipedia.org/wiki/Medula_%C3%B3ssea
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_adiposo

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