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ATPS- GESTÃO DO SUAS

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Universidade Anhanguera Educacional- UNIDERP Niterói/ Rj Curso: Serviço Social Disciplina: Gestão do Sistema Único de Assistência Social
 Alunas: Ana Cláudia Freire Neves RA: 7702617426
 Ana Maria Machado Dias RA: 8310764687 Elizabete dos S. Barros Alves RA: 8520912696
 Suelen Pereira da Motta RA: 7534612045 Thiara de Oliveira Mendonça RA:7370570956 
Gestão do SUAS
  Professor EAD: Mª Edilene Xavier Rocha Garcia Professora presencial: Érika Mendonça Peixoto Niterói/Rj 22/05/2015
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INTRODUÇÃO
 Este trabalho visa apresentar o histórico sobre a Política de Assistência Social, neste sentido, muito tem se discutido sobre a Assistência Social no Brasil. Visivelmente houveram passos positivos depois da aprovação da Constituição Federal de 1988, na qual a Assistência Social não foi mais vista como favor, bondade, esmola, ou ajuda da igreja católica.
 A partir do momento que foi aprovada pela Constituição Federal de 1988, especialmente nos artigos 203 e 204, tomou outro caminho, sendo visto os direitos e a Seguridade Social, das famílias e dos indivíduos em risco de vulnabilidade. O Sistema Único de Assistência Social organiza as ações da Assistência Social em dois tipos de proteção social: a Proteção Social Básica, e a Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade.
 A Constituição definiu a família como a base da sociedade e merecedora de proteção social, avançando na década de 90 para políticas e programas que a tomam como alvo há uma revalorização da família. 
 Podemos observar muitas mudanças enfrentadas pelo Estado na tentativa de solucionar os problemas em relação ao bem estar da população, partindo pelos avanços nas leis trabalhistas, previdenciárias e políticas sociais.
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A trajetória da Assistência Social no Brasil
 A trajetória do Serviço Social no Brasil surge a partir da eclosão da questão social, nas décadas de 1920 e 1930,com o processo de industrialização onde o estado utiliza estratégia de intervenção e regulação na questão social de via política social. Com as mudanças ocorridas no país principalmente as econômicas ,o processo de industrialização evoluiu rapidamente . Com a crise no café, os operários do campo se voltam para as grandes cidades, isso tomou grandes proporções no crescimento desordenado das cidades, vivendo em condições precárias de higiene, saúde e habitação. 
 Em 1929 outro fator vivenciado foi à quebra da bolsa de Nova York gerando uma crise econômica com proporções mundiais.
 De acordo com Yamamoto e Carvalho (2005) o processo de legitimação e institucionalização da prática profissional dos assistentes sociais no Brasil, deu-se com o privadas, na década de 1940, momento em que os conflitos sociais entre a classe burguesa e a classe operária se intensificaram e passaram a exigir outros meios de intervenção, pois, a filantropia e a repressão já não davam conta de tais conflitos. 
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 Após a segunda guerra mundial (em 1942 a 1945), o Estado lança uma campanha para buscar apoio da população e junto com essa primeira campanha assistencialista de âmbito nacional, surge a LBA - Legião brasileira de Assistência, um órgão assistencial Público brasileiro, primeiramente criada para auxiliar as famílias dos soldados enviados para a 2° guerra mundial e mais tarde para ajudar famílias carentes. É de fundação Pública, instituída pelo Decreto – Lei nº 5.93. de 27 de maio de 1969, vincula-se ao Ministério da Ação Social. Sua finalidade é participar da formação da politica Nacional de Promoção e Assistência Social, bem assim estudar e planejar as medidas necessárias a sua execução, em proveito da população destinaria de seus serviços.
Os objetivos básicos eram: Executar seu programa em colaboração com o poder público e iniciativa privada; congregar os brasileiros para realização de filantropia; realizar parcerias com o governo para suporte aos soldados vitoriosos da guerra e trabalhar em favor do progresso do Serviço Social no Brasil. 
 Com a Constituição de 1988, foi dado outros rumos para o campo da Assistência Social. A mesma foi introduzida no pilar da Seguridade Social, junto com a Saúde e a Previdência, tida como dever do Estado e direito dos cidadãos que dela necessitarem; passando a ser uma Política Pública não contributiva, com objetivo de assegurar o direito e proporcionar a emancipação daqueles que se encontram vulneráveis socialmente. A Constituição de 1988 dá as diretrizes para a gestão das Políticas Públicas. 
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Constituição Federal de 1988 - Art. 203 e 204, o que preconiza Assistência Social
Art. 203. Nos diz que a Assistência Social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social e tem por objetivo;
I – a proteção á família, á maternidade, á infância, á adolescente, e á velhice;
II – amparo as crianças e adolescentes carentes;
III – a promoção ao mercado de trabalho;
IV – a habitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência a promoção de sua integração a vida comunitária;
V - a garantia de um salário mínimo de benefícios mensal á pessoas portadoras de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover á própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.
Art. 204. Diz que ações governamentais na área da Assistência Social serão
realizadas com recursos do orçamento da seguridade social, previstas no art. 195 além de outras fontes, e organizadas com base nas seguintes diretrizes;
I – descentralização politicas-administrativas, cabendo a coordenação e as normas gerais á esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivas programas ás esferas estatal e municipal, bem como as entidades beneficentes de assistência social. 
II – participação da população por meio de organizações representativa, na formulação das politicas e no controle das ações de todos os níveis.
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LOAS- Lei orgânica da Assistência Social
 A partir da Constituição Federal de 1993 temos a promulgação da Lei Orgânica da Assistência Social ( LOAS), Nº 8.742 na qual regulamenta esse aspecto da Constituição e estabelece normas e critérios para organização da Assistência Social que é o direito, e este exige definições de leis, normas e critérios objetivos. 
 São dirigidos as pessoas com deficiência, ao idosos a partir de 65 anos de idade, observando para o acesso, o critério de renda prevista na Lei. Tal direito a renda se constituiu como efetiva previsão que traduziu o principio da certeza na Assistência Social, como política não contributiva de responsabilidade do Estado. 
 O benefício da LOAS é conhecido, tecnicamente, como Benefício de Prestação Continuada e é a garantia de um salário mínimo mensal ao portador de deficiência e ao idoso. Para cálculo da renda familiar é considerado o número de pessoas que vivem na mesma casa. O benefício assistencial pode ser pago a mais de um membro da família, desde que comprovadas todas as condições exigidas. 
 No artigo 1º do ano de 1993, assegura a assistência social como direito do cidadão e dever do Estado e como Política de Seguridade Social não-contributiva. Assegura, também, a participação de organizações públicas e privadas na realização de ações de assistência social para o atendimento de necessidades básicas.
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PNAS- Política Nacional de Assistência Social
 Em 2004 foi aprovada pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) a Política Nacional de Assistência social (PNAS), para o cumprimento das demandas na área de assistência social como um direito de cidadania e de responsabilidade do Estado. Desmontando as ideias de paternalismo e beneficência,
que permeou as ações de trabalho dos profissionais do serviço social.
 A PNAS busca incorporar as demandas presentes na sociedade brasileira no que tange à responsabilidade política, objetivando tornar claras suas diretrizes na efetivação da assistência social como direito de cidadania e responsabilidade do Estado. 
 O Sistema Único de Saúde (SUAS) aprovada em 2005 pela CNAS, tornou possível estas ações nos níveis gestores, sendo assim a estrutura básica para a consolidação das SUAS, que organiza de forma descentralizada serviços de assistência social articulando recursos federais, estaduais e municipais.
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 No decorrer desse estudo e de uma visita a um Centro de Referência de Assistência Social- CRAS, em nosso município, pode-se relatar que houve quebra de barreiras e o rompimento com a lógica assistencialista, passando a ser reconhecida como um direito do cidadão e dever do Estado. Isto ocorreu após a promulgação da LOAS em 1993 e, posteriormente, com a PNAS em 2004.
 Pode- se afirmar que a implantação da PNAS e do SUAS tem liberado em todo território nacional forças políticas que, não sem resistências, disputam a direção social da Assistência Social, na perspectiva da justiça e dos direitos que ela deve consagrar, a partir das profundas alterações que propõe nas referências conceituais, na estrutura organizativa e na lógica da gestão e controle das ações na área.
 Reafirmando a necessidade de articulação com outras políticas e indicando que as ações públicas devem ser múltiplas e integradas no enfrentamento das expressões da questão social, a PNAS apresenta como objetivos:
Promover serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica e ou especial para famílias, indivíduos e grupos que dela necessitem;
Contribuir com a inclusão e equidade dos usuários e grupos específicos, ampliando o acesso aos bens e serviços socioassistenciais básicos e especiais em área urbana e rural;
Assegurar que ações no âmbito da Assistência Social tenham centralidade na família, e que garantam a convivência familiar e comunitária.
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 A PNAS situa a Assistência Social como Proteção Social não contributiva, apontando para realização de ações direcionadas para proteger os cidadãos contra riscos sociais inerentes ao ciclo de vida e para o atendimento de necessidades individuais ou sociais. A lógica de estruturação da Proteção Social a ser ofertada pela Assistência Social é apresentada em dois níveis de atenção: Proteção Social Básica e Proteção Social Especial (de alta e média complexidade).
Proteção Social Básica: com caráter preventivo, a fim de promover o fortalecimento dos vínculos familiares. Os serviços deverão ser executados no CRAS. 
Política Nacional de Assistência Social – ( PNAS/SUAS)
Proteção Social Especial: alta vulnerabilidade pessoal e social, onde já ocorreu ou está prestes a acontecer o rompimento dos vínculos familiares e/ou comunitários. Os serviços são prestados no Centro de Referência Especializada da Assistência Social (CREAS). Dividindo-se em:
Média Complexidade: famílias e indivíduos com os direitos violados, cujos vínculos familiares e comunitários estão preservados.
Alta Complexidade: proteção integral à famílias e indivíduos com direito violados e com perda dos vínculos familiares e/ou comunitários.
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É também conhecido como “casa das famílias”;
É uma unidade pública estatal;
É de base territorial;
É localizado em áreas de vulnerabilidade social;
É a “porta de entrada” para a rede de serviços 
(proteção social básica- SUAS);
No CRAS são realizados especificamente:
A execução de serviços de proteção social básica.
A organização e coordenação da rede de serviços socioassistenciais locais da política de assistência social.
As orientações e os encaminhamentos para a rede de proteção social básica e especial e para as outras políticas sociais. 
O CRAS é responsável pelo desenvolvimento do Programa de Atenção Integral à Família (PAIF), como um dos programas da PSB. 
CRAS- Centro de referência da Assistência Social
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CREAS- Centro de Referência Especializado de Assistência Social
Pertence à Secretaria Municipal de Assistência, Trabalho e Desenvolvimento Social;
São unidades de serviços de proteção social especial (média complexidade), para atendimento de famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social;
 
 Tem como público alvo: crianças, adolescentes e famílias vítimas de violência doméstica e/ou intrafamiliar onde acontecem situações de trabalho infantil, abuso e exploração sexual, violência física, psicológica e/ou negligência, afastamento do convívio familiar por medida socioeducativa ou de proteção, discriminação, e outras situações de risco pessoal e social; 
Mulheres vítimas de violência doméstica/intrafamiliar 
(Lei 11.340 de 07/08/06 – Lei Maria da Penha); 
Idosos vítimas de violência doméstica/intrafamiliar, negligência, abuso e exploração sexual e financeira.
 O objetivo do CREAS é assegurar proteção social imediata e atendimento interdisciplinar às pessoas e famílias em situação de violência visando sua integridade física, mental e social.
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 O Assistente Social atua tanto na área privada como na área pública.
 O Ministério da Saúde/SUS, em sua definição de Profissionais da Saúde, além do Assistente Social, também considera o Psicólogo e o Fonoaudiólogo entre outras, profissões estas, também expostas a situações cotidianas de jornadas extenuantes e alto grau de estresse, decorrentes das pressões sofridas no exercício de seu trabalho junto à população. 
 Em relação aos técnicos, constatou-se que, com instituição do SUAS, houve uma discreta mudança no que se refere à sua configuração histórica, em que predominava o gênero feminino e o profissional de Serviço Social, de que a saúde é um direito do cidadão.
Perfil dos Sujeitos Sociais da Política Social
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CONCLUSÃO
 Este trabalho nos permitiu observar muitas mudanças enfrentadas pelo Estado na tentativa de solucionar os problemas em relação ao bem estar da população, partindo pelos avanços nas leis trabalhistas, previdenciárias e nas políticas sociais. É de suma importância a atuação dos conselhos na efetivação das políticas, uma vez que significa o avanço da democracia participativa. Porém é preciso reforçar a necessidade e relevância da participação popular e do controle social para que cada vez mais os direitos sejam ampliados, sendo esta tarefa difícil em uma sociedade capitalista que apenas visa o enriquecimento do mercado em detrimento da ampliação dos direitos sociais. 
 Acreditamos que o Assistente Social tem o papel de agente sócio educador, na veiculação de informações aos cidadãos, usuários das políticas. No Brasil teve uma história de conquistas com legislação da Constituição Federal de 1988, onde todos os cidadãos tem seus direitos garantidos na sociedade contemporânea capitalista.
 A implantação do Sistema Único da Assistência Social (SUAS), coloca a Assistência Social em um patamar jamais alcançado. É sua consolidação que poderá vir efetivar a garantia dos direitos dos usuários em uma perspectiva de cidadania, proteção e universalidade.
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REFERÊNCIAS
MOTA, Luiza. A Trajetória da Assistência Social como Política de Seguridade e a Consolidação do SUAS. Disponível em: http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/fasc/usu_doc/pnas.pdf . 
Acesso em: 01/05/2014.
Constituição Federal - CF - 1988 / Título VIII; Da Ordem Social /Capítulo II / Da Seguridade Social / Seção IV/ Da Assistência Social. Disponível em: http://www.dji.com.br/constituicao_federal/cf203a204.htm. 
Acesso em : 03/05/2015.
LOAS. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm
Acesso em: 01/05/2015.
Legião Brasileira de Assistência. Disponível em:
 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D0012.htm.
Acesso em: 05/05/2015.
Política Nacional De Assistência Social- PNAS/ 2004. Disponível em: http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/arquivo/Politica%20Nacional%20de%20Assistencia%20Social%202013%20PNAS%202004%20e%202013%20NOBSUAS-sem%20marca.pdf
Acesso em: 05/05/2015.
Sistema Único de Assistência Social (Suas). 
Disponível em: http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/suas. 
Acesso em: 05/05/2015.

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