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PROCARIOTOS E EUCARIOTOS

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PROCARIOTOS E EUCARIOTOS: 
Procariotos e eucariotos contêm ácidos nucleicos, proteínas, lipídeos e carboidratos.
As principais características diferenciais dos procariotos são as seguintes:
1. Em geral, seu DNA não está envolto por membrana e consiste em um único cromossomo, arranjado de forma circular, tem uma membrana dupla circundando o seu núcleo.
 2. Seu DNA não está associado com histonas (proteínas cromossômicas especiais, encontradas em eucariotos); outras proteínas estão associadas ao DNA.
 3. Em geral, não possuem organelas. 
 4. Suas paredes celulares quase sempre contêm o polissacarídeo complexo peptideoglicano.
 5. Normalmente se dividem por fissão binária, de forma que o DNA é copiado, e a célula se divide em duas. 
Os eucariotos (do grego, núcleo verdadeiro) possuem as seguintes características:
1. Seu DNA é encontrado no núcleo das células, que é separado do citoplasma por uma membrana nuclear, em cromossomos múltiplos.
 2. Seu DNA está consistentemente associado a proteínas cromossômicas, denominadas histonas, e a outras proteínas.
 3. Eles possuem diversas organelas revestidas por membranas, incluindo mitocôndrias, retículo endoplasmático, aparelho de Golgi, lisossomos e, às vezes, cloroplastos.
 4. Suas paredes celulares, quando presentes, são quimicamente simples.
 5. A divisão celular normalmente envolve a mitose, na qual os cromossomos são replicados e um conjunto idêntico é distribuído em cada um dos dois núcleos. A divisão do citoplasma e de outras organelas segue-se a esse processo, de modo que haverá a produção de duas células idênticas.
PROCARIOTOS 
· Formato:
Cocos: Grupo homogêneo em relação à forma esférica e ao tamanho, sendo células menores (0,8 a 1,0 μm).
Bacilos: Forma de bastão, podendo ser longos ou delgados, pequenos ou grossos, extremidade reta, ou arredondada.
Espirilos: possuem corpo rígido e se movem às custas de flagelos externos.
Espiroquetas: são flexíveis e locomovem se provavelmente às custas de contrações do citoplasma.
· Estruturas externas a parede celular:
Glicocálice: 
Glicocálice (que significa revestimento de açúcar) é o termo
geral usado para as substâncias que envolvem as células. 
O glicocálice bacteriano é um polímero viscoso e gelatinoso que está situado externamente à parede celular e é composto por polissacarídeo, polipeptídeo ou ambos.
Ele é produzido dentro da célula e secretado para a superfície celular.
Se a substância é organizada e está firmemente aderida à parede celular, o glicocálice é descrito como cápsula. Se a substância não é organizada e está fracamente aderida à parede celular, o glicocálice é descrito como uma camada limosa.
Em certas espécies, as cápsulas são importantes para a contribuição da virulência bacteriana (medida do grau em que um patógeno causa doença). As cápsulas frequentemente protegem as bactérias patogênicas contra a fagocitose pelas células do hospedeiro. 
O glicocálice é um componente muito importante dos biofilmes.
Flagelos: 
Algumas células procarióticas possuem flagelos, que são longos apêndices filamentosos que realizam a propulsão da bactéria.
As bactérias que não possuem flagelos são chamadas de atríquias (sem projeções). Os flagelos podem ser peritríquios (distribuídos ao longo de toda a célula. Ou polares (em
uma ou ambas as extremidades da célula). No caso de flagelos polares, eles podem ser monotríquios (um único flagelo em um polo da célula; lofotríquios (um tufo de flagelos saindo de um polo da célula; ou anfitríquios (flagelos em ambos os polos da célula;) 
Um flagelo é constituído de três porções básicas: A longa região mais externa, o filamento, tem diâmetro constante e contém a proteína globular flagelina (grosseiramente esférica), distribuída em várias cadeias, as quais que se entrelaçam e formam uma hélice em torno de um centro oco. 
O corpo basal, ele ancora o flagelo à parede celular e à membrana plasmática.
Cada flagelo procariótico é uma estrutura helicoidal semirrígida que move a célula pela rotação do corpo basal.
Fímbrias e pili:
Muitas bactérias gram-negativas contêm apêndices semelhantes a pêlos, que são mais curtos, retos e finos que os flagelos. Essas estruturas, que consistem em uma proteína, denominada pilina, distribuída de modo helicoidal em torno de um eixo central, são divididas em dois tipos, fímbrias e pili, possuindo funções muito diferentes. 
As fímbrias podem ocorrer nos polos da célula bacteriana ou podem estar homogeneamente distribuídas em toda a
superfície da célula.
As fímbrias têm uma tendência a se aderirem umas às outras e às superfícies. Por isso, elas estão envolvidas na formação de biofilmes e outros agregados na superfície de líquidos, vidros e pedras.
As fímbrias também auxiliam na adesão da bactéria às superfícies epiteliais do corpo.
Os pili (singular: pilus) normalmente são mais longos que as fímbrias, e há apenas um ou dois por célula. 
Os pili estão envolvidos na motilidade celular e na transferência de DNA.
Alguns pili são utilizados para agregar as bactérias e facilitar a transferência de DNA entre elas, um processo chamado de conjugação.
Parede Celular: 
A parede celular da célula bacteriana é uma estrutura complexa e semirrígida responsável pela forma da célula.
Quase todos os procariotos possuem uma parede celular que circunda a frágil membrana plasmática (citoplasmática) e a protege, bem como ao interior da célula, de alterações adversas no meio externo.
A principal função da parede celular é prevenir a ruptura das células bacterianas quando a pressão da água dentro da célula é maior que fora dela. Ela também ajuda a manter a forma de uma bactéria e serve como
ponto de ancoragem para os flagelos.
Clinicamente, a parede celular é importante, pois contribui para a capacidade de algumas espécies causarem doenças e também por ser o local de ação de alguns antibióticos. Além disso, a composição química da parede celular é usada para diferenciar os principais tipos de bactérias.
A parede celular bacteriana é composta de uma rede macromolecular, denominada peptideoglicano.
Na maioria das bactérias gram-positivas, a parede celular consiste em muitas camadas de peptideoglicano, formando uma estrutura rígida e espessa. Em contrapartida, as paredes celulares de gram-negativas contêm somente uma camada fina de peptideoglicano. 
As substâncias químicas que danificam a parede celular bacteriana ou interferem com sua síntese frequentemente não dani ficam as células de um hospedeiro animal, pois a parede celular bacteriana é composta de substâncias diferentes daqueles presentes nas células eucarióticas.
Um meio pelo qual a parede celular pode ser danificada é pela exposição à enzima digestória lisozima.
Bactérias gram-negativas: menos sensíveis à substâncias que lesam a parede
(lisozima, penicilina), pois a membrana externa forma barreira que inibe a entrada destas.
Membrana Plasmática:
A membrana plasmática (citoplasmática) (ou membrana interna) é uma estrutura fina, situada no interior da parede celular, revestindo o citoplasma da célula. A membrana plasmática dos procariotos consiste principalmente em fosfolipídeos, que são as substâncias químicas mais abundantes na membrana, e proteínas.
Como não possuem esteróis, as membranas plasmáticas procarióticas são menos rígidas que as membranas eucarióticas.
A função mais importante da membrana plasmática é servir como barreira seletiva para a entrada de materiais na célula e a saída de materiais da célula. Nessa função, as membranas plasmáticas possuem permeabilidade seletiva.
As membranas plasmáticas também são importantes na digestão de nutrientes e na produção de energia. As membranas plasmáticas das bactérias contêm enzimas capazes de catalisar as reações químicas que degradam os nutrientes e produzem ATP.
Citoplasma:
Para uma célula procariótica, o termo citoplasma refere-se à substância celular localizada no interior da membrana plasmática.
Cerca de 80% do citoplasma é composto de água, contendo principalmente proteínas (enzimas), carboidratos, lipídeos, íons inorgânicos e muitos compostos de baixo pesomolecular.
O citoplasma é espesso, aquoso, semitransparente e elástico.
As principais estruturas do citoplasma dos procariotos são: um nucleoide (contendo DNA), as partículas, denominadas ribossomos, e os depósitos de reserva, denominados inclusões.
Nucleóide: 
Contém uma única molécula de DNA de fita dupla (cromossomo bacteriano);
É a informação genética da célula, que carrega os dados necessários para manter estruturas e funções celulares;
Bactérias frequentemente contêm pequenas moléculas de DNA de dupla fita, circulares que se replicam independente do DNA cromossômico (plasmídeos);
Os cromossomos bacterianos não são circundados por um envelope nuclear (membrana) e não incluem histonas.
Genes dos plasmídeos não são essenciais para a sobrevivência da bactéria em condições normais. Sob certas condições, representam uma vantagem.
Plasmídeos: 
Essas moléculas são elementos genéticos extracromossômicos; isto é, elas não estão conectadas ao cromossomo bacteriano principal e se replicam independentemente do DNA cromossômico.
Os plasmídeos podem transportar genes para atividades como resistência aos antibióticos, tolerância a metais tóxicos, produção de toxinas e síntese de enzimas. Eles podem ser transferidos de uma bactéria para outra.
Ribossomos: 
Todas as células eucarióticas e procarióticas contêm ribossomos, onde ocorre a síntese de proteínas.
Os ribossomos procarióticos diferem dos ribossomos eucarióticos no número de proteínas e de moléculas de rRNA que eles contêm; eles também são um pouco menores e menos densos que os ribossomos das células eucarióticas. Vários antibióticos atuam inibindo a síntese proteica nos ribossomos procarióticos.
Devido às diferenças nos ribossomos procarióticos e eucarióticos, a célula microbiana pode ser destruída pelo antibiótico, ao passo que a célula do hospedeiro eucariótico permanece intacta.
Inclusões: 
Depósitos de reserva;
As células podem acumular certos nutrientes quando esses são abundantes e usa-
los quando estão escassos no ambiente (Polissacarídeos, lipídeos, etc.)
Quando liberados no ambiente, podem sobreviver a temperaturas extremas, falta de água e exposição a muitas substâncias químicas tóxicas e radiação.
Quando o endósporo amadurece, a parede celular vegetativa se rompe, matando a célula, e o endósporo é liberado;
Podem permanecer dormentes longos períodos, e retornam ao seu estado vegetativo por germinação, ativado por uma lesão física ou química no revestimento do endósporo;
São resistentes a processos que normalmente matam as células vegetativas (aquecimento, congelamento...).
EUCARIOTOS: 
A célula eucariótica é maior e estruturalmente mais complexa do que a célula procariótica.
Flagelos e cílios:
Muitos tipos de células eucarióticas possuem projeções, as quais são usadas para a locomoção celular ou para mover substâncias ao longo da superfície celular. Essas projeções contêm citoplasma e são revestidas por membrana plasmática. Se as projeções são poucas e longas em relação ao tamanho da célula, são denominadas flagelos. Se as projeções são numerosas e curtas, são denominadas cílios.
Os flagelos e os cílios são ancorados à membrana plasmática por um corpo basal.
Parede Celular e o Glicocálice: 
Muitas algas possuem paredes celulares consistindo no polissacarídeo celulose (como todas as plantas); outras substâncias químicas também podem estar presentes.
As paredes celulares de alguns fungos também contêm celulose, porém, na maioria dos fungos, o principal componente estrutural da parede celular é o polissacarídeo quitina. 
As paredes celulares das leveduras contêm os polissacarídeos glicano e manana.
Em eucariotos que não possuem parede celular, a membrana plasmática pode ser o revestimento externo; contudo, as células em contato direto com o ambiente podem apresentar revestimentos fora da membrana plasmática.
Os protozoários não possuem uma parede celular típica; em vez disso, têm uma proteína externa de revestimento flexível, denominada película.
Em outras células eucarióticas, incluindo as células animais, a membrana plasmática é coberta por um glicocálice, uma camada de material contendo quantidades substanciais de carboidratos
adesivos. Alguns desses carboidratos são ligados covalentemente a proteínas e lipídeos na membrana plasmática, formando glicoproteínas e glicolipídeos que ancoram o glicocálice à célula. O glicocálice reforça a superfície celular, auxilia na união das células umas às outras e pode contribuir para o reconhecimento entre as células.
As células eucarióticas não contêm peptideoglicano, a estrutura da parede celular procariótica. Isso é clinicamente significativo, pois antibióticos, como as penicilinas e as cefalosporinas, atuam contra o peptideoglicano, não afetando, portanto, as células eucarióticas humanas.
Membrana Plasmática: 
As membranas eucarióticas também contêm carboidratos, que servem como sítios de ligação para as bactérias e como sítios receptores que assumem um papel nas funções de reconhecimento entre as células. As membranas plasmáticas eucarióticas também contêm esteróis, lipídeos complexos não encontrados nas membranas plasmáticas procarióticas. 
As substâncias podem atravessar as membranas plasmáticas eucarióticas e procarióticas por difusão simples, difusão facilitada, osmose ou transporte ativo. As células eucarióticas podem utilizar um mecanismo chamado de endocitose. Isso ocorre quando um segmento da membrana plasmática circunda uma partícula ou molécula grande, recobre-a e a conduz para dentro da célula.
Os três tipos de endocitose são a fagocitose, a pinocitose, e a endocitose mediada por receptor. Durante a fagocitose, projeções celulares, chamadas de pseudópodes, englobam as partículas e as conduzem para o interior da célula. A fagocitose é usada pelos leucócitos para destruir bactérias e substâncias estranhas
Na pinocitose, a membrana plasmática dobra-se para dentro, trazendo o líquido extracelular para o interior da célula, juntamente com qualquer substância que esteja dissolvida nele. Na endocitose mediada por receptor, as substâncias (ligantes) ligam-se a receptores na membrana. Quando a ligação ocorre, a membrana dobra-se para dentro. A endocitose mediada por receptor é uma das formas pelas quais os vírus podem entrar em uma célula animal.
Citoplasma: 
O citoplasma das células eucarióticas inclui as substâncias no interior da membrana plasmática e externas ao núcleo. O citoplasma é a substância na qual vários componentes celulares são encontrados. (O termo citosol se refere à porção líquida do citoplasma.) O citoesqueleto dos eucariotos consiste em pequenos bastões (microfilamentos e filamentos intermediários) e cilindros (microtúbulos).
O citoesqueleto dos eucariotos fornece suporte, aspecto morfológico e auxílio no transporte de substâncias pela
célula (e até mesmo no movimento de toda a célula, como na fagocitose).
Núcleo:
O núcleo costuma ser esférico ou oval e a maior estrutura encontrada na célula, contendo quase toda a informação hereditária (DNA). Algum DNA também é encontrado nas mitocôndrias e nos cloroplastos dos organismos fotossintéticos.
O núcleo é circundado por uma membrana dupla, chamada de envelope nuclear. Pequenos canais na membrana, denominados poros nucleares, permitem a comunicação do núcleo com o citoplasma. Os poros nucleares controlam o movimento de substâncias entre o núcleo e o citoplasma. Dentro do envelope nuclear existem um ou mais corpos esféricos, denominados nucléolos. Os nucléolos são, na verdade, regiões condensadas de cromossomos onde o RNA ribossomal está sendo sintetizado. 
O RNA ribossomal é um componente essencial dos ribossomos.
O núcleo também contém a maior parte do DNA da célula, que é combinado a várias proteínas, incluindo algumas proteínas básicas, denominadas histonas, e outras proteínas.
Quando a célula não está se reproduzindo, o DNA e suas proteínas associadas parecem uma massa enovelada, denominada cromatina. Durante a divisão nuclear, a cromatina se enovela em
corpos semelhantes a bastões curtos e espessos, chamados de cromossomos. Oscromossomos procarióticos não sofrem esse processo, não possuem histonas e não são revestidos por um envelope nuclear. As células eucarióticas necessitam de dois elaborados mecanismos, a mitose e a meiose, para segregar cromossomos antes da divisão celular. Nenhum desses processos ocorre nas células procarióticas.
Retículo Endoplasmático: 
No interior do citoplasma das células eucarióticas está o retículo endoplasmático, ou RE, uma extensa rede de sacos membranosos achatados ou túbulos, chamados de cisternas. A rede do RE é contínua ao envelope nuclear.
A maioria das células eucarióticas contém duas formas de RE distintas, mas inter-relacionadas, que diferem em estrutura e função.
O RE rugoso é uma fábrica para a síntese de proteínas secretoras e moléculas das membranas. 
O RE liso se estende a partir do RE rugoso para formar uma rede de túbulos de membranas. Diferentemente do RE rugoso, o RE liso não possui ribossomos
na superfície externa de sua membrana. Entretanto, o RE liso contém enzimas exclusivas que o tornam funcionalmente mais diversos que o RE rugoso. Embora não sintetize proteínas, o RE liso sintetiza fosfolipídios, assim como o RE rugoso. O RE liso
também sintetiza gorduras e esteroides, como o estrogênio e a testosterona. Nas células hepáticas, as enzimas do RE liso ajudam a liberar a glicose na corrente sanguínea e a inativar ou destoxificar drogas e outras substâncias potencialmente nocivas (p. ex., o álcool). Nas células musculares, os íons cálcio liberados do retículo sarcoplasmático, uma forma de RE liso, acionam o processo de contração.
Complexo de Golgi:
Conjunto de membranas empilhadas, responsável principalmente pelo transporte seguro dos compostos sintetizados para o exterior da célula.
Proteínas sintetizadas pelos ribossomos aderidos ao RER são circundadas pela membrana do RER formando vesículas transportadoras que se fundem com a cisterna do complexo de golgi;
As proteínas são modificadas e liberadas para por vesículas (exocitose).
Lisossomos: 
Os lisossomos são formados a partir dos aparelhos de Golgi e parecem esferas revestidas por uma membrana. Ao contrário das mitocôndrias, os lisossomos possuem apenas uma única membrana e não possuem estrutura interna.
Eles exercem função de reciclagem de componentes celulares envelhecidos e defesa contra agentes externos.
Mitocôndrias: 
As organelas alongadas, e de formato irregular, chamadas de mitocôndrias, aparecem por todo o citoplasma da maioria das células eucarióticas.
Uma mitocôndria tem duas membranas similares em estrutura à membrana plasmática.
A membrana mitocondrial externa é lisa, porém a interna está organizada em uma série de pregas, chamadas de cristas. O centro da mitocôndria é uma substância semifluida denominada matriz.
Devido à natureza e ao arranjo das cristas, a membrana interna fornece uma enorme superfície em que as reações químicas podem ocorrer. 
Algumas proteínas que fazem parte da respiração celular, incluindo a enzima que produz o ATP, estão localizadas nas cristas da membrana mitocondrial interna, e muitas das etapas metabólicas envolvidas na respiração celular estão concentradas na matriz. As mitocôndrias frequentemente são consideradas o “gerador da célula”, devido ao seu papel central na produção de ATP.
Peroxissomos: 
Organelas similares em estrutura aos lisossomos, porém menores.
Os peroxissomos contêm uma ou mais enzimas capazes de oxidar substâncias orgânicas variadas. Por exemplo, substâncias como os aminoácidos e os ácidos graxos são oxidadas nos peroxissomos como parte normal do metabolismo. Além disso, as enzimas nos peroxissomos oxidam substâncias tóxicas, como o álcool.
Contudo, os peroxissomos também contêm a enzima catalase, que decompõe o H2O2. 
Uma vez que a geração e a degradação de H2O2 ocorrem na mesma organela, os peroxissomos protegem outras partes da célula dos efeitos tóxicos do H2O2. 
VÍRUS 
Características gerais:
os vírus não são considerados organismos vivos pois são acelulares.
No entanto, quando um vírus penetra uma célula hospedeira, o ácido nucleico viral torna-se ativo, ocorrendo a multiplicação viral. Sob esse prisma, os vírus estão vivos quando se multiplicam dentro da célula hospedeira. Do ponto de vista clínico, os vírus podem ser considerados vivos por serem capazes de causar infecção e doença, assim como bactérias, fungos e protozoários patogênicos.
Eles são considerados parasitos intracelulares obrigatórios – isto é, eles necessariamente precisam de células hospedeiras vivas para a sua multiplicação.
Contêm um único tipo de ácido nucleico, DNA ou RNA.
Contêm um revestimento proteico (às vezes recoberto por um envelope de lipídeos, proteínas e carboidratos) que envolve o ácido nucleico.
Multiplicam-se no interior de células vivas utilizando a maquinaria sintética da célula.
Induzem a síntese de estruturas especializadas que podem transferir o ácido nucleico viral para outras células.
O tamanho dos vírus varia de 20 a 1.000 nm.
Estrutura viral: 
Um vírion é uma partícula viral infecciosa completa, totalmente desenvolvida, composta por um ácido nucleico e envolta por um revestimento proteico que a protege do meio ambiente. Os vírus são classificados de acordo com o ácido nucleico que possuem e por diferenças nas estruturas de seus envoltórios.
Ácido Nucleico: 
Os vírus podem possuir tanto DNA como RNA, mas nunca ambos. O ácido nucleico dos vírus pode ser de fita simples ou dupla. Assim, existem vírus que apresentam o familiar DNA de dupla-fita, DNA de fita simples, RNA de dupla-fita e RNA de fita simples. Dependendo do vírus, o ácido nucleico pode ser linear ou circular. Em alguns vírus (como o vírus da gripe), o ácido nucleico é segmentado.
Capsídeo e Envelope: 
O ácido nucleico de um vírus é protegido por um revestimento proteico, chamado de capsídeo. A estrutura do capsídeo é determinada basicamente pelo ácido nucleico do vírus e constitui a maior parte da massa viral, sobretudo dos vírus menores.
Em alguns vírus, o capsídeo é envolto por um envelope, que geralmente consiste em uma combinação de lipídeos, proteínas e carboidratos. 
Dependendo do vírus, os envelopes podem ou não apresentar espículas, constituídas por complexos carboidrato-proteína que se projetam da superfície do envelope.
Os vírus cujos capsídeos não são envoltos por um envelope são conhecidos como vírus não envelopados. Nesse caso, o capsídeo protege o ácido nucleico viral do ataque das nucleases presentes nos fluidos biológicos e promove a ligação da partícula às células suscetíveis.
Ciclo Lítico:
Microbiologia
LSA
Retrovírus: 
O RNA do HIV é transcrito inversamente em DNA pela ação da transcriptase reversa;
A enzima integrase insere o DNA viral duplo no cromossomo humano, caracterizando o provírus;
O provírus pode ficar dormente ou pode reproduzir-se rapidamente e destruir o linfócito T auxiliar.
Processos de multiplicação e manutenção dos retrovírus. Um retrovírus pode tornar-se um provírus que replica em estado 
latente, podendo também produzir novos retrovírus.
BIOFILME: 
Biofilmes, os quais são uma camada fina e viscosa envolvendo bactérias que se aderem a uma superfície.
Um biofilme também pode ser considerado um hidrogel, polímero complexo contendo muitas vezes o seu peso seco em água.
Os biofilmes geralmente são fixados em superfícies, como uma pedra em um lago, um dente humano ou uma membrana mucosa. Essa comunidade pode ser de uma única espécie ou de grupos diversos de microrganismos.
Na comunidade de um biofilme, as bactérias são capazes de compartilhar nutrientes e são protegidas de fatores danosos do ambiente, como a dessecação, os antibióticos e o sistema imune corporal.
Um biofilme geralmente começa a se formar quando uma bactéria de vida livre (planctônica) se fixa em uma superfície.
Comunidades estruturadas altamente dinâmicas e organizadas de células microbianas envolvidas por uma matriz polimérica e aderidas a superfícies bióticas ou abióticas (Solos, tecidos animais e vegetais, plásticos, metais).
Podem ser formados por uma única ou múltiplasespécies (Entidade dinâmica e única).
Porque formar biofilmes?
Proteção contra condições fatores ambientais desfavoráveis
Matriz extracelular de polissacarídeos:
• Contribui para o fortalecimento da ligação entre a bactéria e o substrato;
• Proporciona o desenvolvimento da arquitetura do biofilme;
• Impede/dificulta a penetração de agentes antimicrobianos;
• Protege contra: radiações UV, alterações de pH, choques osmóticos,
dessecação e sistema imune.
• Disponibilidade de nutrientes e cooperatividade metabólica:
• Aquisição de novas característica genéticas;
• Proximidade entre os microrganismos facilita transferência de material genético.
Papel do biofilme nas infecções: 
A formação de biofilmes pode ser considerada um fator de falha da
antibioticoterapia no tratamento de doenças infecciosas;
No biofilme, bactérias podem ser 1000 vezes mais resistentes a um antibiótico,
quando comparadas às mesmas células planctônicas.
Inativação da droga por polímeros ou enzimas extracelulares
Ineficiência da droga em decorrência de
baixas taxas de penetração nos biofilme.
CONTROLE DO CRESCIMENTO MICROBIANO: 
 
Classificação dos antimicrobianos segundo o efeito sobre o microrganismo:
Bacteriostático: Inibem apenas o crescimento e multiplicação
de microrganismos: sufixo –stático ou stase (Ao remover o agente bacteriostático, o
crescimento é retomado).
Bactericida: Tratamentos que causam a morte
direta dos microrganismos: sufixo – cida (com algumas exceções:endósporo)
Taxa de morte microbiana
 Quando uma população bacteriana é tratada com um agente microbicida (físico ouquímico), elas normalmente morrem em taxa constante.
(90% no primeiro minuto,
90% no segundo minuto,
etc).
Fatores que influenciam a efetividade dos tratamentos antimicrobianos:
Número de microrganismos: Quanto mais microrganismos existem no início, mais tempo é
necessário para eliminá-los por completo.
Influências ambientais
(temperatura, biofilme, etc.)
Presença de matéria orgânica (vômito, sangue, etc.) e biofilme
inibem a ação dos antimicrobianos
Tempo de exposição:
Agentes químicos normalmente requerem exposição prolongada
para que microrganismos mais resistentes sejam afetados.
Características microbianas: Podem interferir na escolha. Bactérias formadoras de esporos,
bactérias encapsuladas, termófilos, etc.
Como os agentes matam ou inibem os microrganismos?
Alteração na permeabilidade da membrana: principal alvo de muito agentes de controle
microbiano.
Danos aos lipídeos ou as proteínas da membrana plasmática.
Extravasamento do conteúdo celular no meio circundante e interferem no crescimento da célula.
Danos às proteínas e aos ácidos nucleicos
1. Enzimas: vitais para as atividades celulares. Propriedades funcionais destas proteínas
resultam de sua forma tridimensional que é mantida por ligações químicas, suscetíveis ao
rompimento pelo calor ou por certos produtos químicos: desnaturação.
2. Ácidos nucléicos: danos por calor, radiação ou substâncias químicas: impedem que as
bactérias se repliquem, e realizem funções metabólicas normais como síntese de proteínas.
Métodos físicos de controle microbiano
Calor: Destrói os microrganismos pela desnaturação de suas enzimas, o que resulta em mudanças na forma tridimensional dessas proteínas, inativando-as. 
Há o calor seco - chama direta, incineração e esterilização com ar quente e por calor úmido- fervura, autoclavação e pasteurização.
Ponto de morte térmica (PMT): menor temperatura em que todos os microrganismos em
uma suspensão liquida especifica serão destruídos em 10 minutos.
Tempo de morte térmica (TMT): tempo mínimo em que todas as bactérias em uma cultura
liquida especifica serão destruídas, em uma dada temperatura.
Calor úmido: Destrói os microrganismos principalmente através da desnaturação das proteínas.
Fervura: destrói as formas vegetativas de bactérias, quase todos os vírus, fungos e seus
esporos dentro de cerca de 10 minutos – 100°C;
Nem sempre um procedimento confiável (Vírus da hepatite resiste à 30 minutos de fervura, e
alguns endósporos bacterianos podem resistir por mais de 20 horas).
Autoclavação: desnaturação de proteínas.
Método de preferência em ambientes de cuidados da saúde, a menos que o material possa
ser danificado pelo calor ou pela umidade;
Esterilização da superfície de sólidos requer que o vapor esteja em contato com ele;
Esterilização de instrumentos, vestimentas, equipamento intravenoso, soluções, seringas e
diversos itens que suportam altas temperaturas e pressões.
Sob uma temperatura de 121°C (pressão 15psi), matará todos os microrganismos vegetativos e
esporos em cerca de 15 minutos, com exceção de prions.
(Psi: Libras de pressão por polegada quadrada).
Pasteurização
Tratamento do leite (temperatura mínima de 72°C por 15 segundos), mata todos os patógenos
vegetativos e a maioria dos microrganismos não patogênicos;
O objetivo ao pasteurizar o leite é eliminar microrganismos
patogênicos. O processo também reduz o número de microrganismos, prolongando a qualidade do leite quando mantido sob refrigeração.
 
Desvantagem: Muitas bactérias relativamente resistentes ao calor (termodúricas) sobrevivem à pasteurização, porém têm pouca probabilidade de causar doença ou deteriorar o leite refrigerado.
Outros produtos além do leite, como o sorvete, o iogurte e a cerveja, possuem seus próprios tempos e temperaturas de pasteurização, que, com frequência, diferem consideravelmente.
Teste da fosfatase: após pasteurização a enzima fica
inativada.
Esterilização: Tratamento de temperaturas ultraelevadas
(UHT). Atinge 140°C por 4 s e logo após resfriado
rapidamente.
Calor Seco: 
Não é penetrante como o calor úmido: requer o uso de temperaturas muito elevadas e
tempo de exposição prolongado;
Mecanismo de ação: mata por efeitos de oxidação de componentes orgânicos.
Chama direta; incineração;
Estufa de ar quente: Requer temperatura de 170°C por cerca de 2 horas.
Baixas temperaturas
Método de ação: redução das reações químicas e possíveis alterações nas proteínas.
Refrigeradores comuns (0 a 7°C): efeito bacteriostático;
 Congelamento: lento é mais nocivo às bactérias; os cristais de gelo que se formam, crescem e
rompem a estrutura celular bacteriana.
Filtração:
Passagem de líquido ou gás através de material semelhante a tela, com poros pequenos o suficiente para reter microrganismos;
Esterilização de materiais sensíveis ao calor. Ex.: alguns meios de cultura, vacinas e antibióticos;
Vácuo é criado no frasco coletor, e a pressão do ar força a passagem do líquido pelo filtro;
Filtros de membrana: 0,1mm de espessura. Destinados
principalmente a bactérias (poros de 0,22m a 0,45m). Alguns
retém vírus e mesmo algumas moléculas grandes de
proteína (poro 0,01mm).
Algumas salas de cirurgia e salas ocupadas por pacientes queimados: filtros de ar particulado de alta eficiência (HEPA). Para microrganismos maiores que 0,3 mm de diâmetro.
Radiação
Radiação Ionizante (X e g): radiação eletromagnética que ioniza a água, formando radicais hidroxila que reagem com os componentes orgânicos celulares, especialmente o DNA; utilizada, especialmente, em artigos descartáveis produzidos em larga escala (fios de sutura,
luvas e outros).
Radiação não ionizante (UV):
Causa danos ao DNA das células produzindo ligações entre bases pirimídicas, normalmente
timinas. Os dímeros de timina inibem a replicação correta do DNA;
Encontrada em salas de hospitais, enfermarias e salas de cirurgia. Também é usada para
desinfetar vacinas e outros produtos médicos;
Desvantagem: não é muito penetrante.
Métodos químicos de controle microbiano
Poucos agentes químicos proporcionam esterilidade; a maioria reduz as populações
microbianas em níveis seguros ou removem formas vegetativas de patógenos;
Nenhum desinfetante isolado é apropriado para todas as circunstâncias;
Concentração de desinfetante influencia sua ação, deve ser sempre diluído, conforme as
especificações;
Natureza do local a ser desinfetado deve ser considerada, alguns materiais orgânicos
interferemna ação do desinfetante;
Para ser efetivo, pode ser necessário contato com a superfície por várias horas.
Fenol e compostos fenólicos
Fenol: utilizado para controlar infecções cirúrgicas em salas de operação. Atualmente,
raramente é usado, pois irrita a pele e tem odor desagradável.
Compostos fenólicos: Contém molécula de fenol quimicamente alterada para reduzir propriedades irritantes ou
aumentar sua atividade, em combinação com sabão ou detergente
Mecanismo de ação: Lesam membranas plasmáticas e desnaturam proteínas. A parede
celular das microbactérias, ricas em lipídeos, são suscetíveis.
Vantagens: Permanecem ativos na presença de compostos orgânicos; são estáveis e persistem por longos períodos após a aplicação.
Bifenóis: Derivados do fenol que contem dois grupos fenólicos conectados.
Hexaclorofeno: utilizado em procedimentos de controle microbiano cirúrgico e hospitalar.
Triclosan: presente em algumas pastas de dente.
Estafilococos e estreptococos gram-positivos causam infecções de pele em recém-nascidos e são especialmente suscetíveis ao hexaclorofeno, usado com frequência para controlar essas
infecções em berçários.
Cuidados: uso excessivo pode causar danos neurológicos aos recém nascidos.
Mecanismo de ação: afeta a integridade da membrana plasmática
Biguanida – Clorexidina
Mecanismo de ação: afeta a integridade da membrana plasmática; especialmente efetiva contra bactérias gram-positivas;
Usada no controle microbiano da pele e das membranas mucosas;
Combinada à detergente ou álcool, é frequentemente utilizada no preparo pré-operatório
da pele de pacientes;
Não possui ação esporicida, mas possui ação contra vírus envelopados.
Halogênios: particularmente iodo e cloro, eficazes contra todas as bactérias, muitos endosporos, vários fungos e alguns vírus.
Iodo: um antisséptico antigo e eficaz, utilizado no tratamento de feridas. 
Mecanismo de ação: prejudica a síntese de proteínas e causa alterações nas membranas celulares microbianas. 
Cloro: amplamente utilizado. Sua ação é causada pelo ácido hipocloroso (HOCl), que se forma quando o cloro é adicionado a água. 
Hipoclorito de sódio (NaOCl): impede o funcionamento de parte
do sistema enzimático celular. Desinfetante doméstico e em
sistemas de hemodiálise.
Álcoois
Destroem efetivamente as bactérias e os fungos, mas não os
endósporos e os vírus não envelopados;
Mecanismo de ação: Desnatura proteínas, também pode romper
membranas e dissolver lipídeos, incluindo o componente lipídico dos
vírus envelopados. Vantagem: age e evapora rapidamente, sem deixar
resíduo;
A concentração ótima é de 70% (desnaturação requer água), mas
concentrações entre 60 e 95% também parecem destruir
microrganismos.
Metais pesados e seus compostos
Metais pesados podem ser antissépticos: prata, o mercúrio e o cobre;
Mecanismo de ação: Íons metálicos se combinam com os grupos sulfidrila nas proteínas
causando a desnaturação;
Fórmula mais comum: Sulfadiazina de prata (utilizado em queimaduras). A prata também
pode ser incorporada em cateteres e em curativos.
Agentes de superfície: 
Surfactantes (Sabões e detergentes): podem reduzir a tensão superficial entre as moléculas de um líquido;
O sabão tem pouco valor como antisséptico: função importante na remoção mecânica dos
microrganismos pela esfregação;
Lavagem das mãos com água e sabão: método de higienização efetivo (degermante: Rompe
o filme oleoso em gotículas pequenas: emulsificação.
Aldeídos
Estão entre os antimicrobianos mais efetivos. Ex.: formaldeído e o glutaraldeído;
Mecanismo de ação: Inativam proteínas: formam ligações cruzadas covalentes com
diversos grupos funcionais orgânicos nas proteínas;
Glutaraldeído e formalina: usados por agentes funerários para embalsamar.
Esterilização química
Quimioesterilizantes gasosos: frequentemente utilizados como substitutos de processos
físicos. Aplicação requer a utilização de uma câmara fechada, similar a autoclave. Ex.: Óxido
de etileno (gás a temp. ambiente)
Utilizado para produtos termossensíveis, destroem até mesmo esporos bacterianos.
Peroxigênios e outras formas de oxigênio
Peroxigênios: grupo de agentes oxidantes. Não é bom antisséptico para feridas expostas: rapidamente degradado em água e oxigênio
gasoso pela ação da catalase, que está presente nas células humanas; peroxido de hidrogênio: desinfeta efetivamente objetos inanimados, e
chega a apresentar efeito esporicida em concentrações elevadas.
Testes de sensibilidade aos antimicrobianos
Teste de diluição de uso:
Baseada na introdução de cilindros carreadores, previamente contaminados com microrganismos
alvos em tubos de ensaio contendo desinfetante, onde permanecem em contato pelo tempo solicitado/estipulado.
Posteriormente, os cilindros são transferidos para tubos de ensaio contendo meio de cultura adequado e incubados por 48 horas.
Disco-difusão.
Princípio básico: difusão do
antimicrobiano na superfície do
ágar, a partir de disco impregnado
com o mesmo antimicrobiano.
Dispensamos discos de papel-filtro, impregnados com antimicrobianos em concentrações
fixas, sobre a placa de ágar, após a semeadura do inóculo bacteriano.
As placas são incubadas por 18 a 24 horas em ar ambiente ou a 5 a 7% de CO2 a 35°C.
INTERAÇÃO ENTRE O MICRORGANISMO E O HOSPEDEIRO
Equilíbrio entre nosso sistema de defesa e os mecanismos patogênicos dos microrganismos:
Quando os sistema de defesa resiste à capacidade patogênica: saudáveis
Quando a capacidade patogênica domina as defesas: surgimento de doença
Estabelecida a doença: recuperação
completa, danos temporários ou
permanentes ou morte.
Infecção x doença: 
I: invasão ou colonização do corpo por microrganismos patogênicos
D: quando uma infecção resulta em
qualquer alteração no estado de saúde.
Mutualismo: interação entre espécies diferentes e que beneficia todos os envolvidos.
Organismo mutualístico, pode tornar-se patogênico.
E. coli: inofensiva no intestino grosso do hospedeiro (atua na produção de vitaminas); porém,
em outras regiões do corpo pode causar infecções (urinárias, infecções pulmonares, etc.).
Agentes etiológicos de doenças podem ser transmitidos do reservatório de infecção para
hospedeiro suscetível por três vias principais: contato, veículos e vetores.
Transmissão por contato: contato direto entre a fonte e hospedeiro suscetível; sem
envolvimento de objeto intermediário.
Ex.: doenças virais do trato respiratório, sarampo e doenças sexualmente transmissíveis.
Transmissão por veículo
Por meio principalmente da água, alimentos ou ar.
Águas: contaminadas com esgoto não tratado ou tratado de maneira inadequada (cólera e
a leptospirose);
Alimentos: malcozidos, mal refrigerados ou preparados em condições sanitárias impróprias
(Intoxicação alimentar e a infestação de tênia);
Ar: Dispersão por gotículas e partículas de poeira suspensas no ar (Estafilococos e
estreptococos).
Vetores
Artrópodes: grupo mais importante de vetores de doenças;
Mecanismos:
Transmissão mecânica: transporte passivo de patógenos nas patas ou outras partes do
corpo do inseto;
Transmissão biológica: O artrópode pica pessoa infectada, ingere sangue contaminado com
patógenos e reproduzem-se no vetor aumentando chances de transmissão.
Patogenicidade x Virulência: 
P: Capacidade de causar doença. 
V: Severidade e rapidez com que um agente infeccioso provoca lesões no hospedeiro, ou seja, virulência refere-se à intensidade e à gravidade das doenças causadas pelos patógenos.
Como os microrganismos tem acesso ao corpo do hospedeiro?
Membranas mucosas: revestimento dos tratos respiratório, gastrintestinal, urogenital e a
conjuntiva.
Pele: íntegra é impenetrável para a maioria dos microrganismos;
Através de aberturas na pele (folículos pilosos e ductos
sudoríparos). Perfuração da pele
intacta e infecção da pele em si.
Ancilostomose: pele integra
Micose: fungos infectam a pele em si 
Foliculite: microrganismos nos folículos pilosos.
Via parenteral: microrganismos são depositados diretamente nos tecidos sob a pele ou nas
membranas mucosas, quando essas barreiras são danificadas.Ex: Perfurações, injeções, mordidas, cortes, ferimentos ou cirurgias podem estabelecer vias
parenterais.
Aderência aos tecidos do hospedeiro: Etapa necessária à patogenicidade; moléculas de superfície presentes no patógeno (adesinas ou ligantes), se ligam
especificamente à receptores de superfície complementares, nas células do hospedeiro.
Adesinas podem estar no glicocálice ou em outras estruturas da superfície microbiana,
como pili, fímbrias e flagelos.
Como os patógenos bacterianos ultrapassam as defesas do hospedeiro?
Cápsulas: bactérias que formam cápsulas ao redor de sua parede celular: virulência;
Vantagem: impede a fagocitose por células do sistema imune
Obs.: Anticorpos contra a cápsula quando presentes na superfície delas, permitem a fagocitose.
Componentes da parede celular: A parede celular de certas bactérias contém substâncias químicas que contribuem para a
virulência; Exemplo: Streptococcus pyogenes produz proteína resistente ao calor e à acidez, proteína M.
Encontrada tanto na superfície celular quanto nas fímbrias;
Enzimas:
Exoenzimas: Coagulases: induzem a formação de coágulos sanguíneos, que podem proteger a bactéria da fagocitose criando uma rede de fibrina ao redor do abcesso.
Produzidas por alguns Staphylococcus
Variação antigênica
mutações genéticas que podem modificar os epítopos (antígenos de superfície) que eram reconhecidos por componentes do sistema
imune
Ex.: Influenza; COVID
Como os patógenos bacterianos danificam as células do hospedeiro?
1. Utilizando os nutrientes do hospedeiro;
2. Causando danos diretos à região da invasão;
3. Produzindo toxinas, transportadas pelo sangue e pela
linfa, danificando sítios distantes;
4. Induzindo reações de hipersensibilidade.
Utilizando os nutrientes do hospedeiro
Ferro: necessário ao crescimento da maioria das bactérias patogênicas;
Sideróforos: proteínas que atua na captação de ferro pelos microrganismos;
Conseguem remover o ferro de proteínas, como a hemoglobina: ligação ainda mais
intensa aos átomos de ferro.
Dano direto
Muitos vírus, algumas bactérias e
protozoários intracelulares são liberados
quando as células se rompem.
Toxinas
Podem gerar febre, distúrbios cardiovasculares, choque, inibir a síntese proteica, destruir células
e danificar o SNC.
Podem ser de dois tipos principais:
exotoxinas e endotoxinas
Exotoxinas: São proteínas produzidas no interior de bactérias patogênicas, mais comunente bactérias gram-positivas, como parte de seu crescimento e metabolismo. As exotoxinas são, então, secretadas no meio circundante durante a fase log.
Endotoxinas: consistem na porção lipídica dos lipopolissacarídeos que fazem parte da membrana externa da parede celular de bactérias gram-negativas (lipídeo A). As endotoxinas são liberadas quando a bactéria morre e ocorre a lise ou o rompimento da parede celular.
Hipersensibilidade
Em muitas doenças infecciosas observa-se uma resposta imune anormal;
Resposta imune exagerada e não modulada dano tecidual 
Portas de saída para os patógenos:
Via digestiva: junto com as fezes. Normalmente os que
penetram por via oral. Ex.: A. lumbricoides (ovos)
Via respiratória: expelidos por gotículas, secreções
nasais. Ex.: Sars-CoV-2
Via transcutânea: liberados pela pele ou mucosa. Ex.:
Sarcoptes scabiei (sarna)
Via urogenital: liberados em líquidos corpóreos
contaminados, mucosas ou urina. Ex.: HIV
Portas de entrada para os patógenos: 
Membranas mucosas: trato respiratório, trato gastrintestinal, trato urogenital, conjuntiva, pele.
Via parental.
MICRORGANISMOS E DOENÇAS HUMANAS: 
Hepatites: 
Doença causada por um vírus hepatotrófico, aguda ou crônica, caracterizada pela inflamação e necrose dos hepatócitos, resultando em aumento de volume do órgão.
Manifestações clinicas:
• Icterícia
• Falta de apetite
• Fezes claras
• Urina escura
• Prostração
• Dor abdome direito
HEPATITE A 
Família Picornaviridae, gênero hepatovirus, capsídeo Icosaedro (Ag HAV) – sem envoltório, genoma RNA fita simples positiva, tamanho: aproximadamente 27 nm (bem pequeno).
Via de transmissão: Fecal-oral: ingestão de água e alimentos contaminados com material fecal
Contato direto/ veiculação por objetos: saliva / hábitos inadequados de higiene.
Diagnóstico: Fase aguda: testes sorológicos para detecção do anticorpo IgM (anti-HAV IgM) contra
antígenos proteicos do capsídeo viral. Em geral, o anti-HAV IgM pode ser detectado cerca de cinco a 10 dias antes do início dos
sintomas. A IgG (antiHAV IgG) aparece precocemente no curso da infecção e permanece detectável
indefinidamente, conferindo proteção contra a doença.
Prevenção e controle: Saneamento básico; Higiene pessoal; Biossegurança;
Vacina (15 meses de idade ou até 5 anos)
HEPATITE B
Família Hepadnaviridae; Gênero Orthohepadnavirus; Capsídeo Icosaédrico (Ag HBV) – envelopado;
Genoma DNA parcialmente duplicado; Tamanho: aproximadamente 47 nm. Tropismo por células hepáticas.
Diagnóstico: amostra de sangue, soro ou plasma: realizar teste sorológico/sanguíneo.
O HBV é 100 vezes mais infeccioso do que o HIV.
Transmissão: transmitido pelo sangue e outros líquidos/ secreções corporais contaminadas.
Vertical (mãe para o bebê no nascimento, 5-6%); Sexual (DST) e drogas injetáveis; Parenteral; Procedimentos cirúrgicos e odontológicos, quando se desrespeita as normas de biossegurança, etc.
Prevenção
Uso de preservativos; Triagem de sangue e órgãos; Esterilização: agulhas (piercings, tatuagens), alicates de unha, equipamentos odontológicos; Biossegurança, uso de EPI; Vacinação.
Tratamento
Hepatite viral crônica B:
Interferon: Interferon-alfa; Peg-interferon-alfa (interferon peguilado).
Drogas antivirais: Lamivudina; Adefovir; Entecavir; Telbivudina; Tenofovir.
HEPATITE C: 
Família Flaviviridae; Gênero Hepacivírus; Capsídeo Icosaedro (Ag HCV) – envelopado; Genoma RNA, fita simples positiva; Tamanho: aproximadamente 50 -60 nm. Tropismo por células hepáticas.
10X mais transmissível que o HIV;
Vírus permanece viável por cerca de 5 dias T.A.;
Maioria das infecções subclínicas e alta cronicidade;
Não tem vacina disponível.
Diagnóstico
Exames sorológicos;
Testes moleculares.
Transmissão
O sangue é o material mais associado à transmissão (70,2%);
Acidentes com agulhas; parenteral;
Reutilização ou falha de esterilização de equipamentos médicos ou odontológicos;
Em percentual significativo de casos, não é possível identificar a via de infecção.
Prevenção
Triagem de sangue e órgãos; Esterilização: equipamentos médicos e odontológicos; Modificação de comportamento de alto risco; Precauções com material perfurocortante.
Tratamento
Interferon- alfa tratado com PEG + Ribavirina
Antivirais de ação direta.
Glicoproteínas produzidas por células infectadas por vírus.
Imunomoduladores que interferem na ação do vírus. 
HIV: 
Família Retroviridae; Gênero Lentivirus; Genoma RNA, fita simples positiva, e envelopado;
Tamanho: aproximadamente 100 nm; Capsídeo Cônico; Retrovírus.
Transmissão do HIV
Contato sexual; Leite materno;
Infecção transplacentária de um feto; Agulhas contaminadas por sangue; Transplantes de órgãos;
Transfusão sanguínea.
Prevenção da Aids
Programas educacionais: uso de
preservativos; desestimulo da promiscuidade; Uso de agulhas e seringas estéreis; Uso de luvas para manipular feridas e líquidos corporais; testar previamente sangue e hemoderivados para transfusão.
Resistência à infecção pelo HIV
A infecção pelo HIV estimula resposta imune inicial forte e bastante efetiva na primeira e na
segunda fases da infecção; os níveis do vírus diminuem muito: Linfócitos T citotóxicos; HIV infecta células TCD4 de forma latente, quase nenhum paciente consegue eliminar a infecção completamente;
Reservatório não é erradicado mesmo quando a terapia antiviral reduz a viremia a níveis indetectáveis.
Métodos diagnósticos
Procedimento-padrão para a detecção de anticorpos contra o HIV: teste de ELISA;
Testes de triagem positivos devem ser confirmados por teste adicional: teste de Western blot ou RT-PCR
HERPES:
Estrutura viral
120 a 300 nm de diâmetro; Genoma DNA de fitadupla linear; Capsídeo - simetria icosaédrica; Envelope lipoproteíco com espículas de glicoproteínas.
Propriedades gerais do herpesvírus:
São sensíveis a solventes lipídicos e instáveis no ambiente; Estabelecem infecções latentes com reativação periódica (surtos de doença); A eliminação do vírus pode ser contínua ou intermitente;
A reativação está associada a fatores como: exposição excessiva a radiação UV - sol, problemas emocionais e mudanças hormonais;
Importante agente oportunista.
HSV-1
Contágio por contato direto com pacientes portadores de lesões ativas; Estudos: possibilidade de contágio por partículas virais liberadas na saliva de pacientes
soropositivos assintomáticos;
Frequentemente a infecção é subclínica, contudo muitos casos desenvolvem lesões; Lesões: vesículas dolorosas, de curta duração, que ocorrem próximas a margem vermelha externa dos lábios.
Porta de entrada – orofaringe
Sintomas:
Sinais prodrômicos (febre alta, mialgia, gengivite) Prurido;
Área avermelhada; Vesículas agrupadas com conteúdo seroso, que se rompem, formando crostas. Ocorrem especialmente nos lábios, mas podem surgir em outras partes do corpo.
Tratamento
Aciclovir, de forma local ou sistêmica, embora não evite as recorrências, é efetivo,
principalmente no início dos sinais prodrômicos.
Herpesvírus Humano 3 (HHV3) ou Vírus Varicela-Zoster (VZV)
Doença exantemática febril, muito contagiosa;
Transmissão: secreções respiratórias (aerossol) e vesiculares (lesões ativas):
Desde 2 dias antes até 5 dias após o exantema; Incubação: duas semanas;
Varicela
Doença vesicobolhosa, altamente contagiosa; Lesões são precedidas de febre alta e um quadro sistêmico inespecífico, até o aparecimento das lesões. Estas se manifestam como vesículas e bolhas que acometem pele e mucosas.
As lesões se rompem, formando crostas, quando localizadas na pele, e ulcerações rasas recobertas por pseudomembrana, quando localizadas em mucosas.
Doença autolimitante, uma vez resolvida a infecção primária o VZV se torna latente nos gânglios dorsais e craniais. Pode ser reativado, levando ao quadro de HZ, popularmente conhecido como cobreiro (reativação menos comum que Herpes zoster.)
Herpes-zoster
O aumento da idade é o fator mais implicado na reativação do VZV. 
Tal como a catapora, o HZ é uma doença vesicobolhosa. Os dermátomos mais afetados
são os do tórax e abdome, seguidos pelos nervos craniais, especialmente o trigêmeo;
Sinais e sintomas sistêmicos prodrômicos como febre, mal-estar e cefaleia antecedem as lesões em aproximadamente 4 dias;
O vírus, neurotrópico, causa neurite ao longo do ramo sensitivo nervoso afetado (sintomatologia dolorosa na área epitelial inervada por esse ramo).
Tratamento
Idoxuridina (IDU) uso somente tópico (inibe polimerase viral) Aciclovir e análogos (guanosina acíclica); Vacina já disponível, alto custo, não incluída nos programas públicos de vacinação. Eficácia reduz com a idade. Deve-se tomar a partir de 50 anos.

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