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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO PROJETO PAISAGÍSTICO 1 Pátio Colonial no Brasil Maceió AL Agosto, 2016 2 Trabalho Solicitado pelos Professores Regina Marques e Flávia Araújo, na disciplina Projeto Paisagístico 1, no semestre 2016.1 em 2016, para composição da nota da Avaliação Bimestral 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO PROJETO DE PAISAGISMO 1 — 2016.1, em 2016 Professores: Ms. Regina Cœli Carneiro Marques e Dra. Flávia de Souza Araújo Iasmim Barbosa Ribeiro Larissa de Souza Araújo PROJETO PAISAGÍSTICO 1 Pátio Colonial no Brasil Maceió AL Agosto, 2016 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780102J8 3 SUMÁRIO 1. Introdução ............................................................................................ 4 2. Pátio Interno..............................................................................................5 2.1 Origem dos Pátios......................................................6 2.2 Pátio como Claustro.................................................7 3. Ordem do Carmo...................................................................................9 3.1 Ordem dos Carmelitas Descalços.........................11 4. Museu de Arte Sacra...........................................................................12 3.1 O convento de Santa Teresa ..............................13 5. Análise Paisagística- Pátio Interno....................................................16 5.1 Metodologia..................................................................17 5.2 Análise de Elementos Paisagísticos..................... 18 5.3 Memorial Botânico...................................................23 6. Considerações finais ...........................................................................24 7. Informações e Créditos Iconográficos............................................25 8. Referências...............................................................................................27 9. Anexos.......................................................................................................29 4 1. INTRODUÇÃO 5 PÁTIO INTERNO 6 2.PATIO INTERNO 2.1 Origem dos Pátios Tendo sua origem atribuída às regiões desérticas do Oriente médio, o pátio aparece nas raízes das tradições islâmicas¹ e seu legado atravessou tempos históricos. Preservado pelo valor simbólico de sua composição, o pátio interno aparece em diversas culturas, e cada tradição a ele vinculado, o transformou conforme suas particularidades. Sua aceitação no Ocidente está ligada a quatro fatores principais²: primeiro, a ideia de um espaço psicológico, onde a “introversão” do edifício proporciona local seguro, onde o homem realize suas atividades ao ar livre. Segundo, por uma razão econômica, a formação de um anel único, com um espaço descoberto permitia uma densidade populacional aliada a um baixo custo de defesa. O terceiro item são as condições climáticas, já que o pátio aparece como uma solução de conforto quando permite a criação de um microclima mais ameno do que o externo. O quarto remete às conotações religiosas, já que o espaço é originalmente uma representação da imagem do homem no Paraíso terrestre. A religiosidade ligada a esses espaços transcende seu lugar físico na composição arquitetônica, e toma para si valores estéticos e paisagístico completamente diferente daquelas atribuída as demais construções – inclusive as do seu entorno. O pátio assume valor de local de contemplativo, de reclusão, orações, silêncio e ambiência para atividade religiosa. ______________________ ¹ Ainda que aja outros modelos de pátios internos em o diversas culturas, foi levado em conta apenas a disposição original do pátio atribuído à cultura da religião judaica, pois dele se deriva os elementos e significações dos espaços cristãos a serem estudados neste trabalho. ² SCHOENAUER, Norberg. 6.000 años de hábitat. In: REIS-ALVES, Luiz Augusto dos. O que é o pátio interno? – parte 1.Arquitextos, São Paulo, ano 06, n. 063.06, Vitruvius, set. 2005. Figura.1 Nesta figura percebe-se um pátio de arcadas que tem, ao centro, a fonte para as abluções; uma grande sala de orações, dividida em diferentes naves com colunas; e a qibla, muro ao fundo da sala onde se encontra o mihrab, ou santuário, um nicho que indica ser aquela a direção da cidade sagrada de Makka, voltada para a qual os fiéis devem rezar, junto ao mihrab, está localizado o púlpito, ou minbar. 7 2.2 O pátio como Claustro O claustro correspondia ao pátio central da antiga casa romana, sua forma quadrada, as vezes com um jardim para onde convergiam as demais locações da casa. Na própria etimologia da palavra encontramos seu significado claustra, claustorum, do latim clássico do século XIII que quer dizer em linhas gerais “local fechado”. Esse novo elemento é adicionado a arquitetura monástica após a transferência dos monges beneditinos para cidade de Roma. Essa mudança também altera a dinâmica de trabalho dos monges, pois a partir de então, iniciaram o serviço litúrgico nas basílicas, condicionando-os a ter que morar ao seu lado. A adoção dos modelos romanos a partir do século VII, contribuiu para a reprodução desses espaços em toda Europa. É neste momento que o claustro se torna um elemento importante para vida monástica, pois a partir dele, as dependências eram distribuídas – seguindo a ordem de necessidade de luz – ao seu redor. Sobre a sua importância, Ribeiro (2004) discerne: “Quanto ao significado e a importância deste espaço na vida conventual, não é suficiente afirmar, como o faz Germain Bazin, que “as disposições das construções monásticas sempre são inspiradas no princípio medieval do claustro que concentra os locais de vida em comum” (BAZIN. 1983. p.119), muito menos como o faz Mott, de que "os claustros eram espaços de recolhimento e meditação, mas também de sociabilidade."(MOTT. 1997. p.192), pois se o claustro de um convento de fato era um lugar onde tudo isso se passava, ainda assim estas afirmações não fazem jus àquele que devemos considerar como o centro simbólico e espacial de toda a vida monástica “ RIBEIRO, N.P. O claustro e a fonte: um estudo iconológico do claustro do Convento da Ajuda. Publicado originalmente in: Barroco. Belo Horizonte, ano 35, n. 19, p. 199-212, 2004 Figura 2. Claustorum típico Romano . Figura3.Novas atribuições aos serviços monásticos. É possível observar o papel do claustro (ao fundo) para a realização desses novos trabalhos. 8 Quando esse elemento é incorporado ao novo formato das igrejas cristãs, ela traz o ranço simbólico das tradições islâmicas: sua forma geométrica retoma a ideia de Paraíso terrestre. Reaparece a divisão do quadrilátero do pátio em quatro – diferenças dispostas por marcações de pavimentação e/ou disposição da cobertura vegetal –, onde na maioria das vezes está inscrito um círculo com uma fonte circular em seu centro (RIBEIRO, 2004). Figura.4. Aqui na imagem está uma síntese clara da ordem clássica dos elementos do pátio interno, sendo usado no contexto do claustro. Sobre essas disposições, num sentido estético, a representação desses elementos retoma às religiõesprimitivas e suas concepções sobre o tempo-espaço do lugar. A este espaço atemporal está atribuído o encontro e a aliança do homem com Deus. Essa abordagem é bem exemplificada por Ribeiro: “Trata-se sem dúvida, de representações da fons vitae colocada no centro do mundo, cercada pelas quatro partes do mundo material e sobrepostas ao grande círculo do mundo supralunar. Aqui, o claustro conventual aparece também, como local privilegiado onde o contato entre os dois níveis - o terrestre e o celeste - é possível. Local, portanto, de contemplação e de comunicação com o divino.” RIBEIRO, N.P. O claustro e a fonte: um estudo iconológico do claustro do Convento da Ajuda. Publicado originalmente in: Barroco. Belo Horizonte, ano 35, n. 19, p. 199-212, 2004 9 ORDEM DO CARMO 10 11 3.ORDEM DO CARMO 3.1 Ordem dos Carmelitas Descalços No final no século XII num cenário onde a Igreja assumiu condutas duvidosas quanto ao seu papel no Estado – apropriações, recebimento de terras, títulos papais negociados com a nobreza–, um grupo indeterminado e não identificado de leigos, peregrinos e cruzados, unem-se em retirada para montanha do Carmelo, onde adotam um estilo de vida eremítica, com oposição e reforma do movimento monástico beneditino. Sendo um de seus ramos, a Ordem dos Carmelitas Descalços, foi formada por volta de 1593 e foi resultado de uma reforma empreendida por Santa Teresa de Ávila. Suas propostas foram proibidas e perseguidas até pelos próprios Carmelitas, porém, obteve ajuda de leigos e religiosos, pois, além de sua condição social favorável, ela teve a afeição de padres de várias Ordens Religiosas, dos nobres da sociedade espanhola, assim como tinha a simpatia do Rei Felipe II. A reforma, a qual estava baseada na mais estrita clausura e rigidez possível entre as Carmelitas regulares, teve base nas ideias da Contra-Reforma e voltou-se para a Regra Primitiva Carmelita de contemplação e eremitismo organizada por São Alberto Avogadro no início do século XIII (OZAREM, 2009). Segundo Wermes (1963, apud Ozarem, 2009 p.5), a vida missionária era muito visada pela reforma teresiana: “no começo da própria Reforma, a maior parte dos descalços considerava as Missões uma necessidade tão urgente, que missionários Carmelitas eram enviados a fundarem conventos onde não era possível praticar a contemplação. ” Em salvador, os Carmelitas Descalços chegaram por volta do século XVII com destino à Angola, porém com um contratempo e instalações precárias, foram obrigados a ficaram em Salvador e fundaram o Convento de Santa Teresa. Comparado com o Convento dos Remédios de Évora (1606) tem uma arquitetura caracterizada pelas linhas austeras impostas pelo contexto temporal e costumes eremíticos dos Carmelitas, supõe-se que seguindo esta influência e o contexto histórico no Brasil, a arquitetura do convento seiscentista, tem caráter Maneirista Português, um dos estilos vigente no Brasil na época. Figura 5. Our Lady of Carmel and Saints 12 MUSEU DE ARTE SACRA Salvador- BA 13 Figura 6. Fotografia do pátio interno do Museu de Arte Sacra 14 4. O MUSEU DE ARTE SACRA 4.1 O convento de Santa Teresa Com vista para a baía de todos os santos, o Museu de Arte Sacra da Universidade Federal da Bahia, foi instalado no antigo Convento de Santa Teresa d’Ávila. Tendo sido fundado por monges portugueses da Ordem dos Carmelitas Descalços no século XVII, na até então capital da Colônia. Em 1660, os monges construíram um pequeno hospício, em 1685 em uma área contígua ao hospício o Convento é concluído, só dois anos mais tarde sob a responsabilidade do monge beneditino frei Macário de São João. A igreja foi inaugurada, seguindo o modelo da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, de Évora, Portugal, datada de 1614. É importante ressaltar o valor da instalação religiosa, sendo um fator determinante a morfologia da cidade de Salvador: “É estreita a relação do conjunto conventual com a cidade de Salvador em franca expansão na segunda metade do século XVII, em função da exportação do açúcar e do comércio de tabaco. A nova edificação, por seu turno, constitui fator de desenvolvimento urbano. Com ela, abrem-se novas ruas, como a Ladeira de Santa Teresa, e melhoram-se as condições de outras, como da atual rua Sodré.” (MUSEU de Arte Sacra (MAS). In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2016. Figura 7. Vista do Museu para Baía de Todos os Santos 15 Entre as muitas funções dadas ao Convento, de colégio à instalação de Academias de Letras, é quando sua estrutura serve de alojamento às tropas de Portugal, no período da independência da Bahia, que em 1840 o convento foi abandonado. Mais de um século depois, em 1958, Edgar Santos, reitor vigente da Universidade Federal da Bahia, transfere o Museu de Arte Sacra da UFBA para o edifício em parceria com a Arquidiocese de Salvador. O MAS é o museu de arte sacra mais importante da América Latina e o terceiro maior do mundo, principalmente no acervo de obras luso-brasileiras e tem seu conjunto arquitetônico tombado pelo IPHAN. Figura 11. Ilustração do Convento de Santa Teresa, Salvador - BA Figura 12. Igreja e Convento de Nossa Senhora dos Remédios Évora, Portugal Figura 8. Fachada Frontal da Igreja de Santa Teresa, Salvador -BA Figura 9. Cartão Postal da Igreja de Santa Teresa, Salvador- BA Figura 10. Arcos dóricos e vista para claustro da Igreja de Santa Teresa- Salvador, BA. 16 ANÁLISE PAISAGÍSTICA Museu de Arte Sacra Salvador- BA 17 5. ANÁLISE PAISAGÍSTICA – PATIO INTERNO 5.1 Metodologia O trabalho aqui desenvolvido, tenta através de análise, sintetizar elementos de importância de um projeto, sejam eles em maiores dimensões – edificação como um todo – ou não. Como projeto arquitetônico, é de fundamental importância considerar os aspectos históricos e socioculturais envolvidos em sua idealização. O objeto a ser estudado é o pátio interno da Igreja de Santa Teresa, pertencente ao antigo Convento dos Carmelitas Descalços, fundado pelo frei José do Espírito Santo, em Salvador, Bahia. Partindo de uma visão voltada para os elementos paisagísticos do pátio, é pertinente comentar que esse tipo de análise não ignora ou desqualifica, o objeto como um todo, mas que dentro das suas dimensões, foi determinado um levantamento de características paisagísticas que solidificam o objeto de estudo no espaço-tempo em que foi construído. O relatório a ser apresentado formulou-se em quatro etapas significativas: 1) Levantamento bibliográfico Busca por referências oficiais como no caso das informações do IPHAN, de documentos disponibilizados pela UFBA e monografias comprovadamente revisados por docentes qualificados, além de informações oriunda de especialistas que produzem artigos em endereços eletrônicos; 2) Levantamento iconográfico Imagens de publicações oficiais, disponibilizada em sua maioria pela administração do Museu de Arte Sacra – AS. Outra parte da iconografia foram disponibilizadas em sites de compartilhamento de imagens que garantem autenticidade do autor. 3) Produção de plantas significativas à análise Encontrada todas as informações que legitimasse uma reprodução equivalente com o objeto de estudo, foi produzido planta-baixa, corte, planta de paginação de piso e planta de coberturavegetal. Esses itens serviram de base para a melhor apreensão e síntese da análise. 4) Levantamento Botânico Através da observação das imagens e por aproximação, foi feito uma tabela das espécies botânicas, com informações importantes de cada uma. 18 5.2 Análise de Elementos Paisagísticos do Claustro do Museu de Arte Sacra - Salvador, BA O objeto de análise desse trabalho focará sua atenção para o claustro, do atual Museu de Arte Sacra, da cidade de Salvador, na Bahia. Ainda que a planta baixa disponível para consulta não tenha a edificação completa, é perceptível ver a centralidade em que se encontra o claustro, todas os ambientes dão de encontro para o pátio, qualificando-o como o elemento de convergência. A partir do cruzamento das informações gráficas e escritos sobre o pátio, foi possível traçar o seu possível desenho, permitindo uma melhor apreensão e reflexão sobre a história desses elementos até os dias atuais. Como esses espaços mantêm uma elevada significância no contexto religioso, mesmo a milhares de quilômetros de distância de seu local e cultura de origem. IGREJA ADRO DA IGREJA CLAUSTRO Figura 13. Planta Baixa da Igreja e Convento de Nossa Senhora dos Remédios, Salvador- BA 19 Figura 14 e detalhes. Observa-se o uso de vários tipos de pedra na confecção do traçado do claustro: seus níveis e divisões é originalmente atribuído a travessia do homem do mundo material ao mundo espiritual. Figura 15. Conjunto de arcadas em pedra de arenito representa tal peso e rigidez, já a harmoniosa sequência de arcos romanos [2,90m x 1,48m ]apoiados em pilares de base quadrangular caracteriza o estilo dórico. Ao centro, um pequeno chafariz de composição recente de peças seiscentistas de lioz. 20 Figura. 16 Chafariz, Museu de Arte Sacra de Salvador- A presença do chafariz ao centro do desenho do claustro revela outra condição: a importância da edificação e as condições abastadas em que os monges viviam, em comparação com a população dos primeiros anos de seu funcionamento. Oliveira (2011), esclarece essa importância quando comenta que “a agua, sem dúvida, foi um elemento essencial em alguns jardins de núcleos urbanos classificados, determinando a localização e o desenho de muitos desses locais de produção e de recreio”. Em complemento, Bachelard (1993) ainda fomenta que: “Tais construções serviam ainda para a demarcação, integração e vedação dos jardins, definindo impressões de aconchego, bem-estar, intimidade, liberdade, paz, privacidade, repouso, segurança, tranquilidade, advindas de experiências proporcionadas pelo contato com os espaços abertos, sobretudo os de domínio privado, que se apresentavam como verdadeiros refúgios no mundo. ” BACHELARD , Gaston. A poética do espaço. São Paulo: Martins Fontes, 1993. p. 24, 45, 103- 104; NORBER G-SCHU , Christian. Nuevos caminos de la arquitectura: existencia, espacio y arquitectura. Barcelona: Editorial Blume, 1975, p. 20, 45, 104. In: OLIVEIRA, Marcelo A. Jardins coloniais brasileiros, lugares do útil ao agradável. Minas Gerais. 2006. pág.8 21 Outro elemento compositivo resguardo pelo claustro, é a vegetação. Como atributo a sua presença nos ambientes públicos ou privados, ele desenvolve o papel de ordenamento nesses recintos, quando estabelece funcionalidade e define locais de permanência ou passagem, que ajudam na apreensão da paisagem por seus usuários. A escolha da vegetação também é carregada de influências da prática cultural da tradicional zona mediterrânea, embutidos a realidade brasileira: cultivo baseado na mistura de espécies num mesmo local, numa aparente falta de ordem e distinção com caráter empírico. (OLIVEIRA, 2011). Há inclusive uma relação filosófica na escolha das espécies, tanto pela cor quanto pelo porte. Padre Jacomé Monteiro, Relação da Província (1610), com raízes da tradição portuguesa, comenta sobre a preferência por um verde “agradável”. Na visão de Monteiro Figura 19. Vegetação e detalhes arquitetônicos Figura 17. Detalhe Forração Figura 18. Folhagem e Forração 22 (1610), “Está toda a terra [brasileira] coberta de um perpétuo arvoredo o qual nunca perde a folha, e posto que os naturais o achem gracioso, aos que nascemos no Reino serve de melancolia, por ser um verde mais escuro e espesso, que de prazer (...)”. ³ Sob essa perspectiva, a escolha da vegetação é ponto tão crucial, que a própria matiz escolhida, pode desfavorecer a ideologia do pátio. Sob as condições certas, o verde recreativo evoca o lazer, em detrimento ao verde melancólico, típico das matas fechadas, um entendimento de barreira à visão e aos sentidos (OLIVEIRA, 2011). ______________________ ³ LEI TE, Serafim. História da Companhia de Jesus no Brasil; escritores de A a M. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, Livraria Civilização Brasileira; Lisboa: Livraria Portugália, 1949, Tomo VIII , p. 393-394. 23 5. 3 Memorial Botânico Imagem Nome Científico Nome Popular Taxonomia Características Figura.20 Tradescantia pallida purpúrea Trapoeraba- roxa Coração- roxo Trapoerabão Família: Commelinaceae Categoria: Folhagens, Forrações ao Sol Pleno Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical Origem: América do Norte, México Altura: 0.3 a 0.4 metros Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno Ciclo de Vida: Perene Figura.21 Dianella tasmanica Dianela, Dionela Família: Xanthorrhoeaceae Categoria: Folhagens, Forrações ao Sol Pleno, Gramados e Forrações Clima: Equatorial, Mediterrâneo,Oceânico, Subtropical, Temperado, Tropical Origem: Austrália, Oceania, Tasmania Altura: 0.3 a 0.4 metros Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno Ciclo de Vida: Perene Figura.22 Figura.22 Duranta erecta aurea Pingo-de-ouro Duranta Violeteira Violeteira- dourada Família: Verbenaceae Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Árvores, Bonsai, Cercas Vivas Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical Origem: América do Sul, Brasil Altura: 3.6 a 4.7 metros, 4.7 a 6.0 metros Luminosidade: Sol Pleno Ciclo de Vida: Perene 24 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 25 7. INFORMAÇÕES E CRÉDITOS ICONOGRÁFICOS Fig.1. Desenho datado de 662 a.d, referenciado como Madina Muhammad, primeira mesquita descrita na história. Disponível em: http://www.islam.org.br/a_cidade_de_madina.htm. Último acesso em: 28/08/2016. Fig.2. Claustorum típico Romano. Fonte: Imagem originalmente publicada em J. TORTOSA, El Claustre de Sant Cugat del Vallès. Més enllà de les formes, Sabadell, Editorial Ausa, 1998, p. 136. Fig.3.Monges de Glastonbury. Autor: Desconhecido. Disponível em: http://contoselendasmedievais.blogspot.com.br/2011/06/flauta-do-monge-inocente.html Último acesso: 29/08/2016. Fig.4. Planta baixa – paginação de piso. Autor: Iasmim B. Ribeiro (2016) Fonte: Acervo Próprio. Fig.5. Our Lady of Carmel and Saints. Autor: Pietro Novelli (1641). Fonte: Bryan, Michael (1889). Walter Armstrong & Robert Edmund Graves, ed. Dictionary of Painters and Engravers, Biographical and Critical (Volume II L-Z). York St. #4, Covent Garden, London; Original from Fogg Library, Digitized May 18, 2007: George Bell and Sons. p. 217. Fig.6. Fotografia do pátio interno do Museu de Arte Sacra. Autor: Ronaldo Miranda (2016).Disponível em: https://www.flickr.com/photos/rcmusica/albums/72157664246444059. Último Acesso: 29/08/16. Fig.7. Vista do Museu para Baía de Todos os Santos . Autor: Ronaldo Miranda (2016). Disponível em: https://www.flickr.com/photos/rcmusica/albums/72157664246444059. Último Acesso: 29/08/16. Fig.8. Fachada Frontal da Igreja de Santa Teresa. Autor:Rao Ferreira. Fig.9. Cartão Postal da Igreja de Santa Teresa. Autor: Desconhecido. Disponível em: http://maisdesalvador.blogspot.com.br/2015/06/convento-de-santa-teresa-museu-de-arte.html. Último acesso em: 29/08/2016 Fig. 10. Arcos e vista para claustro da Igreja de Santa Teresa- Salvador, BA. Autor: Max Haack (2013). Disponível em: www.vivasalvador.com.br/?attachment_id=352. Último acesso em: 25/08/2016. http://www.islam.org.br/a_cidade_de_madina.htm http://contoselendasmedievais.blogspot.com.br/2011/06/flauta-do-monge-inocente.html https://www.flickr.com/photos/rcmusica/albums/72157664246444059 https://www.flickr.com/photos/rcmusica/albums/72157664246444059 http://maisdesalvador.blogspot.com.br/2015/06/convento-de-santa-teresa-museu-de-arte.html http://www.vivasalvador.com.br/?attachment_id=352 26 Fig. 11. Ilustração do Convento de Santa Teresa. Autor: Edmund Thomas Blacket (1842). Fonte: Bahia Turismo. Disponível em: http://www.bahia- turismo.com/salvador/igrejas/santa-teresa.htm Último Acesso: 28/08/2016 Fig. 12. Igreja e Convento de Nossa Senhora dos Remédios. Autor: Celestino Manuel (s.d). Fonte: http://www.feriasemportugal.com/convento-dos-remedios-centro-megalitico-evora. Último acesso em: 30/08/2016 Fig. 13. Planta Baixa da Igreja e Convento de Santa Teresa, Salvador- BA. Disponível em: http://www.forumpatrimonio.com.br/seer/index.php/forum_patrimonio/article/view/55. Último acesso em: 25/08/2016 Fig. 14. Planta baixa – paginação de piso. Autor: Iasmim B. Ribeiro (2016) Fonte: Acervo Próprio. Fig.15. Conjunto de Arcadas da Igreja e Convento de Santa Teresa, Salvador- BA. Disponivel em: Fig. 16. Chafariz, Museu de Arte Sacra de Salvador- BA. Fig. 17. Detalhe Forração. Autor: Desconhecido. Fonte: TVE Disponível em: http://www.tve.com.br/2014/08/conhecendo-museus-apresenta-o-museu-de-arte-sacra-da- bahia/ Último acesso: 30/08/2016 Fig.18.Folhagem e Forração. Autor: Célia Aguia (2016). Fonte: Universidade Federal da Bahia. Disponível em: http://www.sbrc2016.ufba.br/novo/programa/jantar-do-sbrc/ Último acesso em: 30/08/2016 Fig.19.Vegetação e detalhes arquitetônicos. Autor: Claudiomar Gonçalves (2016). Fonte: Museu de Arte Sacra da UFBA. Disponível em: https://www.facebook.com/Museu-de-Arte- Sacra-da-UFBA-373040616139454/ Último acesso em: 29/08/2016 Fig.20. Tradescantia pallida purpúrea. Disponível em: www.jardineiro.net/plantas/trapoeraba-roxa-tradescantia-pallida-purpurea.html. Último acesso em: 29/08/2016 Fig.21. Dianella tasmanica. Disponível em: www.jardineiro.net/plantas/dianela-dianella- tasmanica.html. Último acesso em: 29/08/2016. Fig.22. Duranta erecta aurea. Disponível em: www.jardineiro.net/plantas/pingo-de-ouro- duranta-erecta-aurea.html. Último acesso em: 29/08/2016. http://www.bahia-turismo.com/salvador/igrejas/santa-teresa.htm http://www.bahia-turismo.com/salvador/igrejas/santa-teresa.htm http://www.feriasemportugal.com/convento-dos-remedios-centro-megalitico-evora http://www.forumpatrimonio.com.br/seer/index.php/forum_patrimonio/article/view/55 http://www.tve.com.br/2014/08/conhecendo-museus-apresenta-o-museu-de-arte-sacra-da-bahia/ http://www.tve.com.br/2014/08/conhecendo-museus-apresenta-o-museu-de-arte-sacra-da-bahia/ http://www.sbrc2016.ufba.br/novo/programa/jantar-do-sbrc/ https://www.facebook.com/Museu-de-Arte-Sacra-da-UFBA-373040616139454/ https://www.facebook.com/Museu-de-Arte-Sacra-da-UFBA-373040616139454/ http://www.jardineiro.net/plantas/trapoeraba-roxa-tradescantia-pallida-purpurea.html http://www.jardineiro.net/plantas/dianela-dianella-tasmanica.html http://www.jardineiro.net/plantas/dianela-dianella-tasmanica.html http://www.jardineiro.net/plantas/pingo-de-ouro-duranta-erecta-aurea.html http://www.jardineiro.net/plantas/pingo-de-ouro-duranta-erecta-aurea.html 27 8. REFERÊNCIAS AMARAL, Emanuel d’Able. Papel e função do claustro na arte monástica de construir. Disponível em: http://www.aimintl.org/index.php/pt/2015-05-29-13-29-64/bulletin- 94/role-et-fonction-du-cloitre . Último Acesso em: 30/08/2016. BURY, John. Arquitetura e Arte no Brasil Colonial/John Bury; organizadora Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira – Brasília, DF: IPHAN/ MONUMENTA, 2006. MUÑOZ, ROSANA ; SALABERRY, PAULA I. Análise de esforços na Igreja de Santa Tereza em Salvador.In: FORUM PATRIMONIO: Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável. v. 2, n. 2 (2009): Patrimônio e Ciência da Conservação. Disponível em: http://www.forumpatrimonio.com.br/seer/index.php/forum_patrimonio/article/view/ 55. Último acesso em: 29/08/2016. MUSEU de Arte Sacra (MAS). In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2016. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/instituicao17539/museu-de-arte-sacra-mas. Acesso em: 30 de Ago. 2016. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7 OLIVEIRA, Marcelo Almeida. Jardins coloniais brasileiros, lugares do útil ao agradável. In: REVISTA DE HISTÓRIA DA ARTE E ARQUIOLOGIA. Campinas. Número 16, Jun-Dez. 2010. Disponível em: http://www.unicamp.br/chaa/rhaa/revista16.htm. Último acesso em: 28/08/2016. OZAREM, Roberta Bacellar. A presença de Santa Teresa de Jesus e Igrejas de Ordem Terceira Carmelita em Bahia e em Sergipe. In: XXV SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, 2009, Fortaleza. Anais... ANPUH, Fortaleza, 2009. PREFEITURA DO SALVADOR. Pequeno Guia das igrejas da Bahia IV. Convento e Ordem 3ª do Carmo. Salvador: Prefeitura do Salvador, 1949. http://www.forumpatrimonio.com.br/seer/index.php/forum_patrimonio/article/view/55 http://www.forumpatrimonio.com.br/seer/index.php/forum_patrimonio/article/view/55 http://www.unicamp.br/chaa/rhaa/revista16.htm 28 REIS-ALVES, Luiz Augusto dos. O que é o pátio interno? – parte 2. 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