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Governador
Vice Governador
Secretária da Educação
Secretário Adjunto
Secretário Executivo
Assessora Institucional do Gabinete da Seduc
Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC
Cid Ferreira Gomes
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Maurício Holanda Maia
Antônio Idilvan de Lima Alencar
Cristiane Carvalho Holanda
Andréa Araújo Rocha
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 01
2. A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DESIGN 03
3. OS QUATROS PRINCÍPIOS BÁSICOS DO DESIGN 06
3.1. PROXIMIDADE 06
3.2. ALINHAMENTO 08
3.3. REPETIÇÃO 10
3.4. CONTRASTE 13
4. DESIGN DE AMBIENTES 19
5. ECODESIGN 21
6. PAISAGISMO 23
7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 42
Desenho de Construção Civil - Materiais e técnicas de design e ecodesign e paisagismo
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Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
1. INTRODUÇÃO
Um dos aspectos mais curiosos do mundo moderno é a maneira como o design se transformou,
para muitos, em algo banal e corriqueiro. A mídia de forma geral contribui ao detalhar o design como um
papel sem importância, meramente decorativo, superficial: para diversão e entretenimentos. Entretanto
veremos que o design é uma das características básicas do que significa ser humano e um elemento
determinante da qualidade de vida das pessoas. Ele afeta todo mundo em todos os detalhes de todos os
aspectos de tudo que as pessoas fazem ao longo do dia. E, como tal, o design é extremamente importante. 
Há pouquíssimos aspectos do ambiente em que vivemos que não podem ser aperfeiçoados de
maneira decisiva por meio de maior atenção a seu design. Iluminação inadequada, aparelhos difíceis de
usar, informações mal formatadas são apenas alguns exemplos de design ruim que criam problemas e
tensões.
O QUE É DESIGN?
É uma atividade de projeto responsável pelo planejamento, criação e desenvolvimento de produtos
e serviços. É um processo que busca soluções criativas e inovadoras para atender às características dos
produtos, às necessidades do cliente e da empresa de forma sintonizada com as demandas e oportunidades
do mercado.
Está na marca e no logotipo, na forma, nos materiais, nas cores e na embalagem dos produtos, nos
pontos-de-venda, nos sites, nos impressos e em todos os materiais promocionais. 
POR QUE DESIGN? O DESIGN FAZ A DIFERENÇA
DESIGN É INOVAÇÃO
O design busca soluções originais de função, de uso de materiais e tecnologias, de produtividade e
sustentabilidade, agregando novos valores a produtos e serviços.
DESIGN É IDENTIDADE
O design cria identidades que comunicam as qualidades e características das empresas e dos seus
produtos ao mercado.
Desenho de Construção Civil - Materiais e técnicas de design e ecodesign e paisagismo
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Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
DESIGN É COMUNICAÇÃO
O design é responsável pelos meios visuais que fazem a associação da empresa junto ao público.
DESIGN É QUALIDADE
O design busca soluções eficientes para os produtos em relação à empresa e ao mercado, aos
meios produtivos, ao meio ambiente e à qualidade de vida das pessoas.
QUEM FAZ O DESIGN
É o designer. Ele avalia e combina técnicas, métodos, materiais, tecnologias, processos produtivos,
custos, normas técnicas e legais, para atender a todos os requerimentos do projeto de forma compatível
com o investimento e necessidades do cliente.
Ele pode desenvolver suas atividades como contratado, dentro das empresas, atender em
escritórios próprios ou atuar como consultor autônomo em intervenções pontuais e isoladas.
EM UM PROCESSO DE DESIGN ELE PODE ATUAR EM UMA OU VÁRIAS ETAPAS,
DESDE O PLANEJAMENTO, CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DOS PRODUTOS ATÉ A
GESTÃO INTEGRADA DO PROJETO E O ACOMPANHAMENTO DA PRODUÇÃO.
REQUISITOS DO PROFISSIONAL
O designer, além de estar sintonizado com as mudanças e novidades do mundo globalizado, deve
atender a alguns requisitos como:
CRIATIVIDADE para propor soluções inovadoras.
FORMAÇÃO e capacitação técnica para desenvolver projetos.
CAPACIDADE para analisar, avaliar e solucionar problemas.
HABILIDADE para atuar em equipes e com profissionais de outras áreas.
RESPONSABILIDADE e ética para atuar segundo os valores da sociedade.
Desenho de Construção Civil - Materiais e técnicas de design e ecodesign e paisagismo
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2. A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DESIGN
Ao longo da história da humanidade, sempre ocorreram mudanças e evoluções em vários níveis,
mas a natureza humana se manteve incrivelmente inalterada. Somos muito parecidos com os povos que
habitavam a China primitiva, a Suméria ou o Egito Antigo, e podemos nos identificar facilmente com os
dilemas humanos representados em narrativas bastante diferentes, com as tragédias gregas ou os contos
nórdicos.
O que se percebe, também, é que a capacidade humana de produzir design se manteve constante,
muito embora os meios e métodos para tal tenham sido alterados, simultaneamente às muitas mudanças
tecnológicas, organizacionais e culturais. O argumento aqui, portanto, é que o design, embora seja uma
capacidade humana única e imutável, vem se manifestando de maneiras diversas ao longo da história.
Qualquer descrição resumida de um espectro tão variado de práticas deverá ser, inevitavelmente,
um esboço, com pinceladas gerais, que procure não ficar preso a detalhes. A intenção aqui é mostrar as
principais mudanças que ocorreram a fim de entendermos a complexidade resultante que existe hoje.
Um primeiro problema ao procurar as origens da capacidade humana de produzir design é a
dificuldade de determinar exatamente onde e quando os seres humanos começaram a modificar o seu
ambiente de maneira significativa – esse assunto suscita uma discussão sem fim, cujo rumo é alterado
sempre que há uma nova descoberta arqueológica relevante. Fica claro, porém, que nesse processo as
mãos humanas sempre tiveram uma importância crucial, pois são membros flexíveis e versáteis, capazes
de exercer várias funções. As mãos podem empurrar, puxar, fazer pressão com força considerável ou
precisão minuciosa. Em sua origem, as ferramentas eram, sem dúvida, uma extensão dessas funções das
mãos, aumentando sua força, delicadeza e sutileza.
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Ao analisarmos diversas culturas primitivas, de cerca de um milhão de anos atrás, podemos
observar muitos objetos naturais começaram a ser usados como ferramentas ou apetrechos a fim de
complementar ou aprimorar as habilidades das mãos. Por exemplo, um homem pode cavar a terra com as
mãos para dela extrais uma raiz comestível, mas com um galho ou uma concha pode fazer a mesma tarefa
ainda mais facilmente, sem machucar os dedos nem as unhas. O trabalho ainda fica mais fácil se a concha
for amarrada no ângulo certo, com fibras ou pele de animal, na extremidade de um galho, o que resulta
numa enxada simples.Dessa maneira a natureza ofereceu e oferece, uma série de materiais e modelos
acessíveis e preexistentes, com grande potencial de adaptação para a solução de problemas.
Outra característica inovadora desenvolvida há bastante tempo é a capacidade de adaptar técnicas,
formas e arranjos a outros objetivos e aplicações. Um exemplo dessa capacidade foi constatado em 1993,
durante a escavação arqueológica em Cayonu, um vilarejo agrícola pré-histórico no Sul da Turquia. Lá foi
encontrado o que se acredita ser o mais antigo fragmento de tecido existente, datado de aproximadamente
7000 a.C. É um fragmento de linho, confeccionado com fios de linheiro cultivado, e a trama do tecido é
claramente uma adaptação de técnicas já existentes de tecelagem de cestos.
As formasvão sendo adaptadas com o tempo, intencionalmente ou por acaso, passaram por
aprimoramentos ou foram transformadas em decorrência de novas possibilidades tecnológicas. Aos
poucos, novos estereótipos surgiram e foram adotados como modelos. Esses modelos, por sua vez, se
adaptaram a circunstâncias locais específicas. 
As mudanças mais radicais vieram com o começo da industrialização, em meados do século
XVIII. A quantidade de produtos gerados por meio de processos mecanizados criou um dilema para os
fabricantes. Os artífices em geral não conseguiam, ou não queriam, se adaptar à demanda da indústria.
Além disso, produtos com novos formatos tinham de ser criados para atrais os compradores potenciais
dos mercados que se abriam, especialmente consumidores da classe média, que representavam a nova
riqueza da época. Com o acirramento da concordância à medida que um número maior de fabricantes
mais capacitados entrava nos mercados e com a necessidade de variar as tendências da moda, a fim de
atrair o interesse dos consumidores, era preciso uma torrente de novas ideias. 
Artista com formação acadêmica, por serem os únicos formados em desenho, eram cada vez mais
contratados por fabricantes para criar conceitos formais e decorações de acordo com o gosto dominante.
No entanto, esses artistas tinham pouca ou nenhuma noção de como conceitos estéticos poderiam se
transformar em produtos, e essas novas circunstâncias, como sempre, demandavam o desenvolvimento de
novas habilidades.
O segundo grupo de profissionais era formado por uma nova geração de desenhista que se
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tornaram os trabalhadores braçais do design da primeira era industrial, trabalhando em fábricas sob a
direção dos consultores de estilo, dos donos das empresas ou dos engenheiros, normalmente eles eram
responsáveis pela concepção de formas, cuja base era predominantemente a cópia de estilos tradicionais
ou de produtos de concorrentes bem sucedidos. Isso levava cadê vez mais a separação entre a
preocupação decorativa e a funcionalidade em vários objetos domésticos.
Na Inglaterra, berço da Revolução Industrial, personalidades como John Ruskin (a esquerda) e
William Morris (a direita) fizeram uma campanha contra a sociedade industrial que repercutiu
intensamente em muitos países. Essa influência culminou, no final do século XIX, na Inglaterra, com o
Movimento de Artes e Ofícios, que pregava que o papel do artesão-projetista seria reviver a unidade
perdida da prática do design e de suas qualidades sociais. A deflagração da Primeira Guerra Mundial, em
1914, no entanto, constituiu um alerta tão amargo do poder desenfreado da indústria moderna que se
aspirava cada vez mais às imagens nostálgicas de um idílio medieval romantizado.
A conscientização da necessidade da mudança surgiu a partir da década de 1960, quando o
mercado americano teve de enfrentar a concorrência de produtos de outros países. Muitos setores da
indústria americana foram sistematicamente dizimados pelas importações de países com Japão e
Alemanha, em que uma maior atenção à qualidade de produção e uma abordagem mais holística eram
regra. Na década de 1980, uma tendência geralmente agrupada sob a denominação de pós-modernismo
deu início a um nítido distanciamento da simplicidade geométrica do modernismo. Outra tendência é o
efeito de novas tecnologias, como a informática e a produção flexível, abrindo as possibilidades de
produtos customizados projetados cuidadosamente para pequenos nichos de mercado, em reação a essa
tendência, alguns designers estão explorando novas abordagens, desenvolvendo metodologias que
baseiam seus produtos no comportamento do usuário, articulando hardware e software e atuando como
planejadores estratégicos no design de sistemas complexos.
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3. OS QUATROS PRINCÍPIOS BÁSICOS DO DESIGN
Veja a seguir uma abordagem genérica dos princípios. Apesar de descrevê-los separadamente,
lembre-se que eles estão inter-relacionados, pois raramente apenas um dos princípios será usado
separadamente.
3.1. PROXIMIDADE
Itens relacionados entre si devem ser agrupados. Quando vários itens estão próximos, tornam-se
uma unidade visual integrada, e não várias unidades individualizadas. Isso ajuda a organizar as
informações, reduz a desordem e oferece ao leitor uma estrutura clara.
Elementos similares devem estar próximos. Por exemplo, acima deste de parágrafo existe o título
“Proximidade”. Se eu colocasse o título três linhas acima do início deste parágrafo, isso poderia gerar
certa confusão pra você leitor; você estaria se perguntando “O que essa palavra tá fazendo aí no meio do
texto? É uma palavra-chave? Qual a relação dele com o resto do texto?”.
A lei é: não faça a pessoa ter que pensar nisso. Se ela ficar se questionando o porquê desta
distância, ela não vai conseguir concentrar-se no conteúdo. O mesmo vale para imagens: se uma imagem
não tem nexo nenhum com uma segunda, por que deixá-los próximos? Vamos manter uma distância para
não confundir a pessoa que está visualizando a obra. Aproximando elementos similares, você diminui a
confusão, e deixa a informação mais clara e direta.
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3.2. ALINHAMENTO
 Nada deve ser colocado arbitrariamente em uma página. Cada elemento deve ter uma ligação
visual com outro elemento da página. Isso cria uma aparência limpa, sofisticada e suave.
Aqui no ocidente, sempre começamos a olhar algo começando do canto superior esquerdo
descendo pela lateral. Se eu alinhasse apenas este parágrafo do centro pra direita da página (deixando o
resto do texto como está), possivelmente seus olhos iriam ignorar este parágrafo e passar adiante.
Se começar a alinhar algo pela esquerda, alinhe tudo pela esquerda. Se for pra alinhar tudo a
direita, alinhe tudo pela direita. Se alinhar a um, dois ou quatro centímetros da borda, alinhe tudo a um,
dois ou quatro centímetros da borda. Evite a todo custo alinhar texto pelo centro: isto dá um ar de
desordenado e a pessoa se perde facilmente quando vai de uma linha pra outra, já que ela não tem um
ponto de referência fácil (no caso, o início da última linha lida). E você não gosta de se sentir perdido ao
ler um texto ou ver uma imagem não é? Ninguém gosta.
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3.3. REPETIÇÃO
Repita os elementos visuais do design e espalhe-os pelo material. Você pode repetir a cor, a forma,
a textura e as relações espaciais como a espessura, as fontes, os tamanhos, os conceitos gráficos, etc. Isso
cria uma organização e fortalece a unidade.
Quando falo sobre repetição, estou falando sobre repetição de elementos visuais. Em um site, por
exemplo, você deve repetir a estrutura dele em todas as páginas internas. Ou seja, nada de mudar a
posição do menu nas páginas internas.
A repetição de elementos é importanteespecialmente para a pessoa saber que ainda está no mesmo
site. No caso do design de impressos, você pode repetir a cor, fontes, relações espaciais, etc. A repetição
cria uma sensação de organização.
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3.4. CONTRASTE 
Tem como objetivo, evitar elementos meramente similares em uma página. Se os elementos (fonte,
cor, tamanho, espessura de linha, forma, espaço, etc), não forem os mesmos, diferencie-os
completamente. O contraste costuma ser a mais importante atração visual de uma página – é o que o
leitor, ou observador, antes de qualquer coisa, olhar para ela.
Não é incomum de ver gente usando fundo amarelo com letra branca. Pessoal, amarelo é muito
próximo do branco. Se você colocar aquilo no sol, o pessoal não vai conseguir ler nada. Contraste é algo
importantíssimo, ainda mais quando existe uma figura e um fundo. Convenhamos, até quando não existe
um fundo, existe uma cor da mídia (por exemplo, o papel ou a tela do PC). Claro, dá pra colocar um texto
preto sobre um papel branco. É uma ótima forma de contraste. Mas se quiser destacar algo em amarelo,
por que não colocar uma tarja preta no fundo desta palavra? É uma ótima forma de contraste; faz aparecer
bem aquilo que você quis que se destacasse e não acabou sumindo no fundo.
E contraste não é só de cor, mas de elementos também. Uma frase com tipografia diferente do
restante do texto pode ser contrastante. Até uma palavra ou frase negritada pode dar o ar de
contraste. Isso serve não só para destacar algo, mas também para diferenciar dois elementos.
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EXERCÍCIO
Descubra pelo menos sete diferenças entre os dois modelos de currículos apresentados a seguir.
Circule uma das diferenças e determine o princípio de design que essas diferenças contrariam. Expresse
em palavras quais são as mudanças.
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EXERCÍCIO
Quais são os problemas deste anúncio de uma lista telefônica? Faça uma lista dos problemas e das
soluções. Dicas: Quantas formas diferentes foram usadas no anúncio? Quantos alinhamentos diferentes
foram utilizados? O que poderia ser utilizado como uma linha marcante para fazer o alinhamento do bloco
inteiro? Porque quase todo texto está em caixa alta? Os elementos logicamente próximos estão em
proximidade? Existe um ponto central em foco? O que pode ser um elemento repetitivo? Há realmente a
necessidade de colocar um contorno tão pesado e o título em um box?
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ESPAÇO PARA A RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO
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4. DESIGN DE AMBIENTES
Quando consideramos os ambientes, surgem outros níveis de complexidade. Assim como ocorre
com o design de produtos e o de comunicação, há alguns componentes básicos no design de interiores,
como a forma, as cores, os motivos decorativos e a textura, mas sua característica específica é a
articulação de espaço e luz. Além disso, nesse contexto, os objetos e a comunicação se tornam
estreitamente integrados aos elementos espaciais, pondo em evidência sua funcionalidade e significado.
Outra importante característica é que os ambientes são estruturados de atividades, afetando
significativamente modalidades de uso, comportamentos e expectativas no cotidiano de uma casa, no
trabalho, nos momentos de lazer e em uma série de estabelecimentos comerciais. 
Numa primeira análise, existe uma diferença bastante clara entre ambientes internos e externos. Os
ambientes externos podem ser considerados de domínio majoritário de outras áreas, como arquitetura,
paisagismo e planejamento urbano regional. Além disso, as estruturas que sustentam os ambientes
internos são, obviamente, muitas vezes determinadas por arquitetos, engenheiros e construtores. Há, no
entanto, uma série de ambientes que tem como foco principal os usos específicos do design, os quais são
bem diferentes de outras práticas. O espectro de funções e ideias envolvidas no design desses ambientes é
tão amplo que neste texto introdutório só será possível abordar uma pequena parcela dessa grande
diversidade.
Como acontece em diversas áreas de especialização profissional, o design de interiores abarca um
extenso leque de abordagens e profissões. De um lado há o design voltado para aspectos de decoração de
espaços específicos, empregando móveis e materiais que contribuem para um desafio estético geral
planejado, normalmente em mansões, restaurantes ou hotéis. Esses ambientes costumam ser resultado de
tendências de estilo e gosto pessoal, tanto do designer quanto do cliente. De outro lado, no entanto, há o
design voltado para a criação original de layouts e conceitos espaciais e também para a especificação de
equipamentos com fins definidos (como escritórios, hospitais ou escolas), que têm de atender a uma
variedade de critérios relativos à salubridade, segurança e eficiência.
Em qualquer sociedade, a variedade de soluções individuais nas casas torna difícil a generalização
de modelos. O que fica mais evidente são as significativas diferenças entre várias circunstâncias culturais
e geográficas, em torno de aspectos como: se a casa é própria ou alugada, se é apartamento ou casa térrea,
e o espaço disponível ou considerado apropriado para ambientes domésticos.
A casa japonesa em comparação com a casa americana é minúscula e exige que se decida com
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cuidado como acomodar uma quantidade cada vez maior de utensílios em um espaço bastante limitado.
Consequentemente, o design das peças e de sua organização nas casas americanas e japonesas, está sujeito
a variados tipos de restrição. Por exemplo, as banheiras das casas japonesas costumam ser pequenas, e a
pessoa toma banho sentada ou encolhida. Banheiras em que a pessoa fica deitada são comuns apenas em
casas de banho públicas, que oferecem mais espaço. O vaso sanitário e o bidê formam, em geral, uma
peça única, e suas funções são controladas eletronicamente. De modo parecido, em vez de serem duas
máquinas separada, a lavadora e a secadora de roupas vem num só aparelho, e suas funções são
combinadas e miniaturizadas. A geladeiras também são pequenas, mas de tecnologia avançada, ao passo
que os fogões são subdivididosem pequenos módulos para caber mais facilmente nas típicas cozinhas
verticais.
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5. ECODESIGN
AMBIENTALMENTE SAUDÁVEL
SOCIALMENTE RESPONSÁVEL
ECONOMICAMENTE LUCRATIVO
Design ecológico ou ecodesign é o termo para uma crescente tendência mundial nos campos
da arquitetura, engenharia e design em que o objetivo principal é desenvolver produtos, sistemas e
serviços que reduzam o uso de recursos não renováveis e/ou minimizem o seu impacto ambiental sendo
assim amigáveis para o meio ambiente.
Mas a relação do design com a ecologia, não é nova como parece, o primeiro designer a ter
consciência do impacto ambiental da profissão foi o americano Victor Papanek nos anos 1970. Visionário,
Desenho de Construção Civil - Materiais e técnicas de design e ecodesign e paisagismo
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http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Victor_Papanek&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Impacto_ambiental
http://pt.wikipedia.org/wiki/Recursos_n%C3%A3o-renov%C3%A1veis
http://pt.wikipedia.org/wiki/Design
http://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura
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foi um homem a frente do seu tempo, mas mesmo assim ridicularizado pelos colegas, que acreditavam
que esta preocupação pela relação do design com o entorno artificial e natural era exagerado.
Ele escreveu o livro "Design for the real world", onde já expressava desesperadamente essa
preocupação com a relação homem-natureza e o papel do design em essa relação como produtor de
artefatos. Outra figura importante no tema é o designer e engenheiro Buckminster Fuller, também um
visionário e pioneiro na relação homem-natureza.
Sabemos hoje que grande parte dos problemas ambientais atuais foram causados pela mesma
engenharia, design, manufatura tradicional que sempre desconsiderou qualquer posterior impacto
ambiental na hora de projetar, manufaturar, transportar e vender bens e serviços.
O ecodesign é a aplicação prática de requisitos ambientais de projeto desde o inicio, substituindo
então a matéria-prima, materiais, tecnologia, processos, manufatura por outros menos nocivos ao meio
ambiente.
Devemos lembrar que o design ecológico além de um papel tecnológico, de otimização, também
tem um papel educativo, já que conscientiza o consumidor sobre o seu presente impacto negativo no
ambiente, e como é possível minimizar esse impacto negativo pelo consumo de produtos, sistemas,
serviços ecológicos.
O ecodesign é, acima de tudo, o reconhecimento de que como civilização devemos aproximar-nos
novamente da Natureza e aprender ou reaprender dela os seus processos naturais e aplicá-los quando
possível ao mundo material e artificial do homem.
Alguns princípios abaixo do ecodesign são fielmente cumpridos desde o momento em que o
designer e engenheiro tem um novo projeto. O ecodesign também permite exploração de novos conceitos
de produtos, sistemas, serviços já que a tendência é a miniaturização da tecnologia, e o uso cada vez mais
de materiais derivados da natureza.
O ecodesign pode ser classificado como uma etapa anterior ao design sustentável,conceito usado
erroneamente, já que a ideia de uma sociedade sustentável em todos os seus âmbitos implica uma
mudança de todos os sistemas de produção, manufatura, consumo e pós-consumo.
Essa mudança ainda não é possível, assim por agora temos o design apenas ecológico e não
sustentável. Essa mudança de paradigma deve ocorrer em um novo sistema de pensamento, de inovação,
não podemos pedir um novo sistema civilizacional, usando parâmetros, ferramentas deste sistema
presente que causou a presente crise global ambiental e financeira.
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Buckminster_Fuller
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6. PAISAGISMO
A origem da profissão de paisagista remonta as culturas antigas, da Pérsia e Egito à Grécia e Roma
no tratamento de seus jardins. Durante a Idade Média o interesse pelo espaço exterior diminuiu, porém,
com o Renascimento, foi revivido com esplendidos resultados na Itália e deu origem às vilas
ornamentadas, jardins, e grandes praças exteriores.
Neste pequeno resumo didático, optamos por fazer uma divisão. Na primeira parte serão
abordados assuntos relativos a ideia geral do que constitui a história do paisagismo mundial e na segunda
parte entraremos numa etapa mais elaborada e aprofundada relacionada a História do Paisagismo no
Brasil, que é nosso foco de estudo, apresentando a estrutura evolutiva do paisagismo brasileiro que,
originado no século XVIII com a obra marco do Passeio do Público do Rio de Janeiro (1783), é
consolidado durante o século XIX com o processo de urbanização nacional, em especial no Segundo
Império. Esse período é marcado pelo surgimento de figuras urbanas como o boulevard, o parque, a praça
ajardinada, o jardim privado, a promenade, os terraços, mirantes e a arborização de rua.
O século XX é claramente dividido por três tipos de ação: dos paisagistas ecléticos os quais
serviram as elites da Velha República, dos paisagistas modernos nacionalistas, que têm na obra de
Roberto Burle Marx a expressão máxima dos anos 40 a 70 e, finalmente, a ação dos paisagistas
contemporâneos, que vão acrescentando novas formas ao léxico urbano, rompendo com os padrões
paisagísticos modernistas vigentes, com nítidas influências dos novos paradigmas americanos, europeus e
asiáticos.
No Brasil, até a década de 80, o paisagista em geral era pouco valorizado, tendo atuação apenas
em grandes espaços e obras públicas. Em prédios e residências predominava o profissional jardineiro, sem
muito conhecimento estético e técnico, pois as crianças brincavam nas ruas e não havia necessidade de
grandes áreas de lazer dentro dos prédios. Mas mudanças sociais ocorreram e acabaram beneficiando o
paisagismo. Quem está na faixa dos 40 anos sente bem estas mudanças. Na década de 70, os muros eram
baixos e as crianças brincavam na rua, não havia tantos carros e tanta violência, além disso, a maioria das
mães era dona de casa.
A partir daí, muita coisa mudou, os muros ganharam altura e as mães foram à luta no mercado de
trabalho, e as crianças passaram a ficar confinadas dentro das casas e prédios, iniciando-se então um
movimento de valorização das áreas de lazer de prédios e residências, que continua crescente até hoje. É
desta época também o surgimento dos grandes condomínios residenciais.
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Com a necessidade de projetar áreas de lazer cada vez maiores e mais bonitas, houve uma procura
muito grande por profissionais mais qualificados que o jardineiro, valorizando a profissão de paisagista.
Atualmente as atividades de jardineiro e paisagista já não se confundem mais, cada um é responsável por
determinadas etapas do paisagismo, que são: projeto, implantação e manutenção. O paisagista é
responsável principalmente pela elaboração do projeto e pelo planejamento e gerenciamento da
implantação e manutenção. Já o jardineiro é responsável direto pela implantação e manutenção,
coordenando o trabalho de outros auxiliares no preparo de solo, plantio, poda, controle de pragas e
doenças, corte de grama, etc. 
O paisagista de maior destaque ainda hoje no Brasil foi com certeza Roberto Burle Marx, quenasceu em SP em 1909, mudou-se para o RJ ainda menino e aos 19 anos foi estudar na Alemanha, onde
iniciou contato com a escola alemã Bauhaus. De volta ao Brasil, estudou Artes Plásticas e iniciou seus
trabalhos de paisagismo com os arquitetos Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, tornando-se mundialmente
conhecido. Sendo assim, fechamos este guia com o Anexo 02, trazendo um texto sobre este paisagista que
até hoje é uma grande referência.
HISTÓRIA DO PAISAGISMO MUNDIAL
ANTIGUIDADE
Pode-se observar que, na cultura cristã (e em diversas outras culturas com pequenas variações)
antes mesmo das primeiras civilizações, existiu o "Jardim do Paraíso", onde Deus colocou Adão e Eva.
Em Gênesis I e II, é descrito como um parque "que Deus plantou e onde se cultivavam árvores de todas as
espécies, agradáveis para se contemplar e alimentar". Assim, as árvores foram veneradas pela fertilidade,
vitalidade e o alimento que representavam.
Através dos fatos que a história da civilização registra pode-se constatar que o oriente próximo foi
uma das regiões de grande importância, pois foi o berço das civilizações. Estas civilizações antigas
contribuíram - e muito - para a evolução das ciências e das artes. E não distante disto, o paisagismo evolui
como expressão artística.
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MESOPOTÂMIA
Situada entre os rios Tigre e Eufrates, a história das civilizações relata que os assírios foram os
mestres das técnicas de irrigação e drenagem, criando vários pomares e hortas formados pelos canais que
se cruzavam. Mas este trabalho foi abandonado em razão da invasão árabe. Sendo assim, a forma e a
distribuição do jardim se identificavam inicialmente com a prática da agricultura, onde a horta rodeada
por um muro podia ser um protótipo de jardim.
Os textos mais antigos sobre jardins datam do terceiro milênio a.C., escritos pelos babilônicos,
descrevendo os "jardins sagrados", onde os bosques sagrados eram plantados sobre os zigurats. É na
própria Babilônia que se encontra a obra mais marcante da jardinagem nesta época, sendo considerada
pela humanidade como uma de suas maravilhas: os Jardins Suspensos da Babilônia que se caracterizavam
pela supremacia dos elementos arquitetônicos sobre os naturais. 
Algumas espécies utilizadas eram a tamareira (com a finalidade de fornecer um microclima
favorável a outras espécies), o jasmim, as rosas, as malva-rosas, as tulipas e também álamos e pinos que
não suportariam viver num clima tão árido e quente,mas só foi possível devido ao complexo sistema de
irrigação desenvolvido. O sentimento religioso estava presente e intrinsecamente ligado à arte dos jardins,
onde se acreditava que os jardins dependiam da vontade dos deuses.
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EGITO
As características dos jardins egípcios seguiram os mesmos princípios utilizados na arquitetura
deste povo. Eles só surgiram quando as condições de prosperidade no antigo império permitiram às artes
arquitetura e escultura) um notável desenvolvimento.
De um modo geral, o jardim egípcio desenvolvido de acordo com a topografia do Rio Nilo era
constituído de grandes planos horizontais, sem acidentes naturais ou artificiais. As características dos
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monumentos egípcios - com a rigidez retilínea e a geometria - fizeram com que os jardins tivessem uma
simetrização rigorosa. Tudo de acordo com os 4 pontos cardeais.
As plantas utilizadas eram: palmeiras, sicômoros, figueiras, videiras e plantas aquáticas. O jardim
regular era símbolo da fertilidade, sintetizava as forças da natureza e era a imagem de um sistema racional
e arquitetural baseado no monoteísmo. Osíris para os egípcios era o deus da vegetação.
PÉRSIA
Os persas não criaram no mundo das artes monumentos originais. A sua arquitetura foi, nas suas
grandes manifestações, obra de gregos. Os jardins dos antigos persas estavam, como as demais produções
artísticas, condicionados à influências estranhas e revelavam, nos caracteres essenciais da composição,
elementos retirados dos jardins gregos e egípcios, uma espécie de estilo "misto". Nos jardins eles
introduziam árvores e arbustos de flores perfumadas.
Os jardins persas procuravam recriar uma imagem do universo, constituindo-se de bosques
povoados por animais em liberdade, canteiros, canais e elementos monumentais, formando os
"jardins-paraísos" que se encontravam próximos aos palácios do rei.
A introdução de espécies floríferas no jardim criou um novo conceito na arte de construí-los,
passando a vegetação a ser estimada pelo valor decorativo das flores, sempre perfumadas, do que pelo
aspecto de utilidade que possuíam anteriormente. A associação dos reinos animal e vegetal completava a
ideia do paraíso.
O jardim era dividido em quatro zonas por
dois canais principais em formato de cruz e na
intersecção deste se elevava uma construção que
podia ser o pavilhão ou uma fonte, representando
as 4 moradas do universo. O jardim persa cercado
de altos muros feitos de tijolos, estritamente
formal, era um lugar de retiro privado, destinado ao
prazer, ao amor, à saúde e ao luxo.
Tapete persa utilizando como referência um jardim persa dividido por rios.
As plantas utilizadas eram: plátanos, ciprestes, palmeiras, pinus, rosas, tulipas, narcisos, jacintos,
jasmins, açucenas, etc.
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GRÉCIA
As raízes fundamentais da cultura ocidental se encontram, não há dúvida alguma, na civilização
desenvolvida na Grécia Antiga. O cuidado com as plantas provavelmente foi fruto do amor à vida em
pleno ar livre, obrigando a uma constante aproximação com a natureza. Os jardins gregos, apesar de
fortemente influenciados pelos jardins egípcios, apresentaram diferenças notáveis em razão da topografia
acidentada da região e o tipo de clima.
Templo de Zeus em Atenas
Os jardins possuíam características próximas das naturais, fugindo da simetria dos egípcios.
Desenvolviam-se em recintos fechados, onde eram cultivadas plantas úteis, principalmente maçãs, pêras,
figos, romãs, azeitonas, uva e até horta. A introdução de colunas e pórticos fazia uma transição
harmoniosa entre o exterior e interior e o jardim era um prolongamento das partes da casa, às quais ele se
ligava. A sua principal característica era a simplicidade. Os jardins também ficaram marcados por possuir
esculturas humanas e de animais mais próximas da realidade.
ROMA
O império romano se estendia da Espanha (oeste) até a Mesopotâmia (leste) e do Egito (sul) até a
Inglaterra (norte). Compreendia variedade de paisagens, climas e raças. Os romanos não podiam ser
incluídos no grupo dos povos que tiveram a arte como forma de expressão. Eles se encaminharam para a
história, o Estado e o Direito.
A casa romana repetiu basicamente o modelo grego, sendo construída no nível da rua, com as
habitações voltadas para dentro, comunicando-se por uma coluna, e abertas a uma praça anterior. Os
jardins foram objetos de atenção, mas apesar disso, são falhos quanto à originalidade. Como
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características de tais jardins pode-se ressaltar a grandiosidade e amagnificência da composição, as
perspectivas vastas, que empregaram como prioridade, a decoração pomposa, a valorização para fins
exclusivamente recreativos.
Vila Romana Chedworth (Inglaterra) combinando elementos: jardim, pátio e corredores (ao centro), gruta com
estatuárias (no topo), horta e pomar (no topo esquerdo)
Os jardins eram principalmente santuários sociais, onde se desfrutava de proteção frente às
moléstias do sol, vento, poeira e ruído das ruas. A sombra projetada pelas galerias com arcos reduzia
necessidade de arvoredo. As plantas, quando existiam, eram colocadas em maciços elevados e os pátios se
ornamentavam com tanques de pedra para água, mesas de mármore e estátuas.
Os romanos quando saquearam Grécia carregaram consigo também seus monumentos e estátuas, e
como não sabiam o que fazer com a grande quantidade de estátuas distribuíram-nas pelos seus jardins. De
tal forma, que a ornamentação se generalizou nos jardins romanos da época. Em consequência, tais
jardins são metódicos e ordenados, integrando-se às moradias. como exemplo temos as cidades de
Pompéia e Herculano. As plantas utilizadas eram: coníferas, plátanos, frutíferas como amendoeira,
pessegueiro, macieira, videira e outras. Ciprestes, buxos e louros-anão recebiam "topiárias", que se
caracterizavam por moldar arbustos em formas de figuras de variados formatos e nomes.
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O topiárius moldando arbustos em figuras de variados formatos. O arbusto passou a ser um elemento escultórico e
essencial num Jardim Romano por despertar o olhar.
A maioria dos jardins romanos também possuíam uma pequena horta. Talvez por isso, a irrigação
era planejada. A interpenetração casa-jardim podia ser visualizadas nas vilas romanas localizadas nas
proximidades de Roma. Dentre elas, destacou-se a "Vila Laurentina", situada a 30 Km de Roma,
construída por Plínio, o Jovem, onde plantou-se predominantemente figueiras e amoreiras, havia também
uma horta e terraço com flores perfumadas, próximo das águas para assim se conseguir temperaturas mais
agradáveis. Outra de semelhante importância foi a "Vila Adriana", construída em Tívoli para o Imperador
Adriano, que perdurou até antes da guerra de 1939. Estas vilas darão um impulso definitivo para o grande
estilo italiano.
Alameda de Ciprestes - Vila Adriana
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JARDIM ISLÂMICO
No Jardim Islâmico, profundamente influenciado pelo Jardim Persa, as plantas assumem
importância por despertarem os sentidos - visão e olfacto - e por possuírem uma carga simbólica
associada à ideia da recriação do Paraíso na Terra. 
O Islamismo marcou presença nas culturas dos Sécs. VII-XIV da Ásia à Índia, do Norte de África
e da Península Ibérica. De uma simplicidade de desenho, à semelhança do Jardim Persa, o seu jardim
possuía plantas de potencialidades ornamentais e olfactivas, tais como: rosas, buganvílias, romãzeiras,
jasmins, loureiros, murtas, lavandas, mentas, basílicos, citrinos, madressilva, cravos, etc. Vasos com flores
enfeitavam as casas e ladeavam as peças de água – aliando a visão e o som para o desfrute dos sentidos.
As árvores eram principalmente as de clima mediterrâneo e os arbustos, como os loendros, floriam
propositadamente na altura do ano em que a corte Moura chegava ao palácio Generalife, em Granada.
O jardim era pequeno na dimensão, sem ostentação, usando o elemento água, cor e perfume, com
o objectivo de sedução e encantamento e era destino à vida familiar. Este povo introduz na Península
Ibérica a laranjeira azeda, o limoeiro, a alfarrobeira e a amendoeira.
O Jardim Islâmico era dividido por canais de água e possuía plantas de potencialidades ornamentais e olfactivas
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No jardim Islâmico vasos de flores enfeitavam as casas – Palácio em Sevilha
CHINA E JAPÃO
Pode datar de 2.000 a.C. o início das atividades de jardinagem na China. A jardinagem chinesa
tem sua origem numa paisagem de rara beleza e flora riquíssima. Os parques das casas dos antigos
imperadores não eram mais do que uma porção da paisagem cercada, onde a tarefa do jardineiro
limitava-se a ordenar o já existente.
Acreditava-se que no norte da China havia um lugar para os imortais. Como o Imperador Wu não
conseguiu encontrá-lo na realidade, decidiu então criá-lo na fantasia. Dessa maneira surgiu o jardim
"lago-ilha".
No final do século VI, com o surgimento de um novo imperador, um novo jardim "lago-ilha" foi
criado: o Parque Ocidental, com perímetro de 113 km e contendo 4 imensos lagos cobertos de lótus e
rodeados de chorões. Trabalharam na sua construção 1 milhão de pessoas. Monumentais palácios de cor
vermelha se ergueram no meio das rochas.
Este cenário foi encontrado pelos japoneses em 607 d.C. e, em poucos anos, o Japão tinha o seu
primeiro jardim "lago-ilha". Em 1894, para comemorar os 1100 anos da capital Kioto, construiu-se um
desses jardins, ficando conhecido como Santuário Heian. Tratase de uns dos jardins mais alegres e de
melhor traçado do mundo, com hortos de cerejeira, maciços imensos de azaléias e lírios, rochas cobertas
por flores e pinus, traduzindo o amor dos japoneses pela natureza.
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A arte na jardinagem japonesa consiste em concentrar a atenção sobre o essencial, seja das formas
precisas ou a sutileza das matizes; todas as plantas são extremamente valorizadas. São usadas comumente
plantas perenes, criando um quadro estável seja qual for a estação do ano.
IDADE MÉDIA
Considera-se como Idade Média o período entre os séculos XV e o XVI, período entre a
Antiguidade Clássica e o Renascimento. Um retorno à economia rural e a simplicidade de hábitos
concretizou-se neste período. O luxo e o requinte foram abandonados e criou-se uma nova hierarquia de
valores.
As construções feitas neste período eram rudes e pesadas. As igrejas pareciam fortalezas. O verde
foi praticamente banido na vida urbana. As igrejas e mosteiros constituíram-se em centros de toda a
atividade social, qualquer espaço útil recebia seu uso funcional, como a obtenção de alimentos ou ervas.
Em zonas amplas dos mosteiros plantavam-se árvores frutíferas, hortaliças e se cultivavam flores para a
ornamentação dos altares.
O Jardim Medieval era um jardim de lazer, enclausurado com altas paredes protectoras e rodeado de plantas
aromáticas e árvores de fruto
O estilo de jardim desenvolvido nesta época constitui da mistura desordenada e fragmentária dos
estilos anteriores. O que era bem característico era a estrutura crucial da composição. A interseção
ortogonal das alamedas e caminhos, nos jardins construídos nos pátios internos das grandes construções
medievais, lembravam a cada momento o símbolo da religião dominante. O estilo gótico retratava bem os
jardins medievais. Os dois estilos básicos de jardim foram os monacais e mouriscos.
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MONACAIS
Representava uma reação ao luxo da tradição romana. Era dividido em 4 partes: o pomar, a horta,
o jardim de plantas medicinais e o jardim de flores.Existiamáreas gramadas cercadas e arbustos, viveiros
de peixes e pássaros, além de local para banho.
MOURISCOS
No século V os árabes invadiram a Pérsia, onde tentaram implantar o islamismo. No éculo VI, na
Espanha, os árabes criaram os chamados "jardins da sensibilidade" que se caracterizavam pela água, cor e
perfume, com os objetivos de sedução e encantamento.
O emprego de canais, fontes e pequenos regatos formavam um aspecto hidráulico para a irrigação
e para amenizar o calor, além do aspecto de ornamentação destes jardins. A cerâmica e o azulejo eram
bastante utilizados.
As espécies vegetais mais cultivadas foram os jasmins, os cravos, os jacintos, as alfazemas, as
rosas, as primaveras e as anêmonas. Os jardins espanhóis representam bem a influência árabe. As
principais características destes jardins: eram de pequenas dimensões, sem ostentação e com destino à
vida familiar.
RENASCIMENTO
O início do Renascimento data de meados do século XV e tal época ficou assim conhecida devido
ao ressurgimento da cultura de um modo em geral. Houve uma renovação do pensamento no que diz
respeito às artes, às ciências, à literatura e a filosofia.
Consequentemente, houve o renascimento também dos jardins e os países que mais expressaram
esta renovação foram Itália, França, Inglaterra e Holanda. Com o Renascimento, dá-se a redescoberta da
Natureza (no Humanismo acrescenta-se a ideia de que o Jardim é a celebrização do Homem sobre a
natureza), levando à criação dos primeiros jardins botânicos de plantas exóticas e a uma nova moda de
jardins que se difunde por toda a Europa,
O Jardim Renascentista era construído para projectar o poder do Homem face à natureza, e
caracterizava-se pela sua artificialidade e organização que não se encontrava nos jardins das épocas
anteriores, apontando assim para a extrema racionalidade que se fazia sentir nesta época. As plantas
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embelezavam os jardins e eram usadas para demonstrar a superioridade do Homem e seus conhecimentos,
exemplos disso eram os recursos à topiária e aos parterres.
Primava por uma simetria rígida de arruamentos, talhe excessivamente geométrico das árvores
alinhadas, complicados jogos de água, canteiros geométricos de flores e dispunha-se em terraços ligados
por ampla escadaria formando anfiteatros. Usavam-se materiais e elementos imutáveis (plantas de folha
persistente, esculturas de santos ou divindades mitológicas, escadarias e pérgolas em pedra) e
semi-imutáveis (água parada ou em movimento provenientes de fontes, cascatas ou repuxos)
Fonte de Pégasos, Fonte da Natureza, Cem Fontes na Vila d´Este, em Tivoli
ITÁLIA
Os jardins italianos desta época se inspiraram nos jardins da Roma Antiga que possuíam muitas
estátuas e fontes monumentais. Na Itália, os sítios se encontravam nas colinas e nas encostas, em razão
das vistas panorâmicas e também do clima. Sendo assim, foi proposto que para o aproveitamento das
irregularidades do terreno, se fizesse uso de escadarias e terraços acompanhados de corredeiras de água.
Tais jardins deveriam unir-se à casa por meio de galerias externas e outras prolongações arquitetônicas.
Os jardins eram tidos como centros de retiro intelectual onde sábios e artistas podiam trabalhar e
discutir no campo, longe do calor e das moléstias do verão da cidade. A vegetação era considerada
secundária e se caracterizava por receber cortes adquirindo formas determinadas, conhecidas
anteriormente nos jardins romanos por topiárias. Em seguida esta mesma vegetação era distribuída pelos
terraços e, no plano mais elevado do jardim, dominando a composição, se encontrava o palácio.
Os vegetais mais utilizados foram: o louro, o cipreste, o azinheiro e o pinheiro entre outros
vegetais característicos dos jardins-italianos do Renascimento. O buxo era muito utilizado para as formas
recortadas. Nestes jardins a paisagem era desenhada com régua e compasso, caracterizando a simetria de
linhas geométricas. Havia também muito contraste entre as formas naturais e as criadas pelo homem.
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FRANÇA
Os países da Europa seguiram a França no século XVII, período no qual teve sua maior riqueza e
poder, no que dizia respeito a estética. A princípio, o estilo francês se baseou nos jardins medievais, que
utilizavam canteiros com flores e ervas medicinais, sendo que havia também a horta que lhes concedia o
abastecimento. Mas, com o passar do tempo, novas ideias foram sendo introduzidas por arquitetos
italianos que trabalhavam na corte francesa. Com isso, pode-se dizer que os jardins franceses tiveram
características semelhantes aos jardins italianos.
Como características deste estilo, podemos citar a rígida distribuição axial, a simetria, a
perspectiva, o uso de topiárias e a sensação de grandiosidade. As formas geométricas podiam ser
percebidas tanto nos caminhos e passeios quanto na vegetação, admitindo-se poucos desníveis.
Os principais jardins foram construídos pelo famoso arquiteto/paisagista de Luiz XIV, André Le
Notrê. Sua obra mais marcante foi o jardim do Palácio de Versalhes, que possui já todo o expoente do
Jardim Barroco.
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INGLATERRA
No reinado de Luiz XV, o estilo francês entrou em decadência devido à busca exagerada da forma
e simetria. De um estilo formal, os jardins passaram a ter uma maior aproximação com a natureza.
Inspiravam-se basicamente nas ideias orientais do velho império chinês que possuía os jardins dos
acidentes naturais. Tais jardins ficaram conhecidos como "jardins paisagísticos" e tinham como
características básicas a irregularidade e a falta de simetria nos caminhos, que foram planejados com
maior liberdade. Além disso, não eram encontradas esculturas vegetais, arcos e monumentos.
Esses jardins procuravam imitar a natureza em seu traçado livre e sinuoso e a água presente se
encontrava disposta em lagos ou riachos. Tais inovações iam de encontro às ideias do romantismo da
época. A Inglaterra também teve seus mestres paisagistas como William Kent e William Chambers, este
último foi quem introduziu a idéia chinesa nos jardins de seu país.
Um dos objetivos deste estilo descrito era que as pessoas percebessem como jardim, toda a
natureza que estava ao seu redor. As primeiras características do jardim inglês são as seguintes:
· Linhas graciosas;
· Amplas extensões verdes (gramados);
· Ruas amplas; cômodas, em pequeno número;
· Terreno acidentado e possibilitando a visão de belas perspectivas;
· Pequenos bosques, compostos de plantas da mesma ou de espécies diferentes, com ou sem
divergência nas colorações;
· Grupos de árvores não muito numerosas;
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· Plantas isoladas;
· Plantação de árvores mortas;
· Construção de ruínas;
Este estilo foi utilizado na Inglaterra e em alguns locais da Europa, por quase dois séculos e depois
entrou em decadência, dando lugar ao estilo misto. Os ingleses acabaram dando origem aos parques e
jardins públicos que tiveram por finalidade refrescar as áreas urbanas.
HOLANDA
Os holandeses, no início, também não fugiram das influências francesas e italianas. Porém, devido
à sua topografia plana, o hábito de cultivo das plantas bulbosas (especialmentea tulipa) e o seu gosto
pelas cores, criaram jardins mais compactos e graciosos. São divididos em múltiplos recintos e
apresentam túneis sombreados por trepadeiras. As partes centrais são formadas por intrincados grupos
florais; fontes douradas baixas que jorram suas águas em pequenos tanques rodeados de cercas vivas de
bordadura baixa. Os ciprestes recebiam podas, formando círculos sobrepostos. Portões de ferro fundido
fechavam os jardins.
JARDIM BARROCO
À semelhança do Jardim Renascentista, mas de uma forma mais exacerbada, o Jardim Barroco era
construído para evidenciar o poder do Homem e era dotado de uma artificialidade extrema, funcionando o
jardim como um palco. Através da ciência da óptica, dispunham-se as plantas de modo a dirigirem o olhar
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do espectador e criarem ilusões para as distâncias parecerem maiores ou menores. Destaca-se neste
período André Le Nôtre (1613- 1700) que organizava a paisagem para um forte cenário que expressasse a
dignidade e elegância do Homem e deleitasse os seus sentidos.
A topiária atinge, principalmente em França e com Versalhes, o auge com os elaborados e
complexos desenhos de sebes e de árvores e arbustos, com a função de criar eixos e formas geométricas.
As perspectivas alongam-se, rodeadas de fortes massas de arvoredo sob declive ou terreno plano, sem
prejudicar os diferentes pontos de vista. Por toda a extensão do jardim arrelvados, espalham-se
quincôncios e bosquetes que enchem os vazios deixados entre alamedas.
Plano e perspectiva do Jardim de Versalhes projetado por Le Nôtre e encomendado por Luís XIV. São evidentes as grandes
formas e amplas perspectivas constituindo um cenário espectacular criado para o deleite dos sentidos e evidenciar o poder real.
JARDINS DO SÉCULO XIX
Em Inglaterra, surge no jardim o conceito de bordadura vivaz (mixed-border) – no qual o elemento
flor se assume importante, utilizando-se mistura entre espécies de épocas de floração diferentes e de fácil
manutenção (herbácea, de bolbo ou rizomas). O ritmo de plantação associa-se ao contraste
flores–folhas-cor-forma (prímulas, lírios, rododendros, peónias, etc.) em maciços e bordaduras, dentro de
um traçado bem definido. Neste contexto,
destacaram-se os trabalhos de William Robinson e Gertrude Jekyll. É no Séc. XIX que surgem os
grandes parques urbanos abertos ao público, fruto da necessidade de lazer, educação e de hábitos
higienistas que se faziam sentir nos grandes centros industriais urbanos e desempenhando um importante
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papel terapêutico por promoverem o bem-estar do indivíduo. O Central Park, em Nova Iorque, projetado
por Olmsted e Vaux, terá sido o precursor de muitos destes parques até à presente época.
Bordadura vivaz em Wakehurst (Inglaterra), plantado à maneira de Gertrude Jekyll, usando principalmente rosas e
púrpuras estimulando a visão num jardim
Vista aérea para o Central Park (Nova Iorque, EUA), projectado por Olmsted e Vaux, em 1858, e que surgiu da
necessidade de o indivíduo citadino usufruir de espaços verdes para a promoção do seu bem-estar.
DICAS DE PAISAGISMO RESIDENCIAL
 Quando se pretende montar um jardim, a primeira coisa a ser feita é criar um projeto desse jardim;
 O espaço a ser trabalhado;
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 E os tipos de plantas que você pretende ter, observando a característica e necessidade de cada
planta;
 Observação quanto ao tamanho das plantas e o quanto ela poderá ainda crescer,
 A manutenção das plantas como podas, por exemplo, é um detalhe importante para que o seu jardim
fique sempre saudável e bonito;
 São considerações importantes também, as condições de solos existentes, ventos e sol;
 Ao optar por uma árvore, observe cuidadosamente a colocação da árvore, para que ela possa lhe
oferecer a sombra da tarde, período mais quente do verão;
 Se preferir poderá estar colocando em seu jardim uma pequena cascata, ela trará mais vida e
movimento ao jardim.
O jardim será o local agradável de paz que você estará naqueles noites quentes de verão,
rodeado por um gramado verde, flores se abrindo e com árvores verdes, por isso antes de iniciar a
montagem do seu jardim, observe as dicas de paisagismo residencial que lhe ajudará montar com sucesso.
Dicas de paisagismo residencial
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7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, Hélio Azeredo, O edifício e seu acabamento. São Paulo: E. Blucher, 1987.
BAUER, L. A. Falcão (Coord.). Materiais de construção. Rio de Janeiro: LTC, 1987.
MACEDO, Sílvio Soares. Quadro do paisagismo no Brasil. São Paulo. FAUUSP, 1999.
SILVA, Moema Ribas. Materiais de construção. São Paulo: Pini, 1991.
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Hino do Estado do Ceará
Poesia de Thomaz Lopes
Música de Alberto Nepomuceno
Terra do sol, do amor, terra da luz!
Soa o clarim que tua glória conta!
Terra, o teu nome a fama aos céus remonta
Em clarão que seduz!
Nome que brilha esplêndido luzeiro
Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro!
Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!
Chuvas de prata rolem das estrelas...
E despertando, deslumbrada, ao vê-las
Ressoa a voz dos ninhos...
Há de florar nas rosas e nos cravos
Rubros o sangue ardente dos escravos.
Seja teu verbo a voz do coração,
Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!
Ruja teu peito em luta contra a morte,
Acordando a amplidão.
Peito que deu alívio a quem sofria
E foi o sol iluminando o dia!
Tua jangada afoita enfune o pano!
Vento feliz conduza a vela ousada!
Que importa que no seu barco seja um nada
Na vastidão do oceano,
Se à proa vão heróis e marinheiros
E vão no peito corações guerreiros?
Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!
Porque esse chão que embebe a água dos rios
Há de florar em meses, nos estios
E bosques, pelas águas!
Selvas e rios, serras e florestas
Brotem no solo em rumorosas festas!
Abra-se ao vento o teu pendão natal
Sobre as revoltas águas dos teus mares!
E desfraldado diga aos céus e aos mares
A vitória imortal!
Que foi de sangue, em guerras leais e francas,
E foi na paz da cor das hóstias brancas!
Hino Nacional
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,Brasil!
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores."
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E digao verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!