Buscar

Apostila da Ementa

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Caro Aluno
Seja bem vindo.
Apresentação
Nesta nossa disciplina trataremos de assuntos como teoria dos direitos fundamentais. Os direitos de defesa e os direitos prestacionais. A efetividade dos direitos fundamentais. Direitos fundamentais na Constituição de 1988: os diretos e deveres individuais e coletivos, os direitos sociais, os direitos de nacionalidade e cidadania. As garantias processuais dos direitos fundamentais.
Nossa disciplina tem como objetivos promover a compreensão e a importância do Direito Constitucional, assim como apresentar e discutir o significado dos institutos fundamentais do Direito Constitucional; de forma a estimular a capacidade de análise, domínio de conceitos e terminologia jurídica, argumentação, interpretação e valorização dos fenômenos jurídicos e sociais envolvidos, além de preparar para utilização de elementos de doutrina, jurisprudência e legislação componentes da técnica jurídica do Direito Constitucional, com uma visão crítica e consciência sociopolítica.
 A disciplina será construída em 07 (sete) Módulos com exercícios para facilitar a sua autoaprendizagem.
 
Avaliações
 
Como é de seu conhecimento, você estará obrigado a realizar uma série de avaliações, cabendo a você tomar conhecimento do calendário dessas avaliações e da marcação das datas das suas provas, dentro dos períodos especificados.
 
Por outro lado, é importante destacar que uma das formas de você se preparar para as avaliações é realizando os exercícios de autoavaliação, disponibilizados para você neste sistema de disciplinas on line. O que tem que ficar claro, entretanto, é que os exercícios que são requeridos em cada avaliação não são a repetição dos exercícios da autoavaliação.
 
Para sua orientação, sugerimos na tabela a seguir, os assuntos que serão requeridos em cada uma das avaliações às quais você estará sujeito:
 
Conteúdos a serem exigidos nas avaliações
	Avaliações
	Assuntos
	Exercícios de autoavaliação relacionados
	NP1
	Do módulo I até o módulo III
	Exercícios on line
	NP2
	Do módulo IV até o módulo VII
	Exercícios on line
	Substitutiva
	Toda a matéria
	Todos os exercícios
	Exame
	Toda a matéria
	Todos os exercícios
 
Referências Bibliográficas
Bibliografia Básica:
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. Rio de Janeiro: Forense, 2008.
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 23ª ed. São Paulo: Atlas, 2008.
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 31ª ed. São Paulo: Malheiros, 2008.
Bibliografia Complementar:
BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de direito constitucional. São Paulo: SRS Editora, 2002.
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos da teoria geral do Estado. São Paulo: Saraiva, 2000/2005.
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de direito constitucional. São Paulo: Saraiva, 2000/2006..
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 12ª ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. 28ª ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
TAVARES, André Ramos. Curso de direito constitucional. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
MODULO I
DIREITOS FUNDAMENTAIS
 
1. Breve Histórico
 
Podemos dizer que os Direitos Fundamentais estão direcionados à proteção da dignidade humana. Decorreram principalmente da necessidade de limitação e controle dos abusos de poder do próprio Estado e de suas autoridades constituídas.
 
1.1 Feudalismo – Teve como característica marcante a fragmentação do poder, uma vez que, o poder acabou sendo dividido entre os grandes senhores feudais ou proprietários de terras. Surgem as figuras dos vassalos e dos servos.
1.2 Thomas Hobbes – Em sua obra Leviatã justifica o surgimento do Estado, uma vez que, os homens livres viviam em permanente estado de guerra (Estado de Natureza). Para evitar a destruição total e para sobrevivência, houve a necessidade da realização de um pacto (contrato social) para que existisse apenas um governante (rei). Tal pacto colocaria fim a situação de violência e anarquia, renunciando à  liberdade em troca da segurança oferecida pelo Estado, cuja soberania sobre os súditos tornou-se absoluta.
1.3 Absolutismo – Podemos dizer que a formação do Estado Moderno deu-se em meados do século XV, a partir da queda do Feudalismo, que era o sistema econômico, social, político e cultural vigente na Europa durante a Idade Média. A unificação do Estado efetivou-se através de um pacto realizado entre os homens, cuja aliança resultou na centralização de um poder monárquico. Buscou-se na verdade uma base teórica para que o Feudalismo cedesse ao Absolutismo, cuja característica principal era a concentração do poder e autoridade na pessoa do rei e, por fim, a completa identificação entre este e o Estado. 
1.4 Iluminismo - Em meio a muitos desmandos, prisões ordenadas para quaisquer infrações, prisioneiros em condições precárias, surge na Europa um movimento contrário ao Absolutismo chamado Iluminismo ou Época das Luzes.
 
Os iluministas também defendiam a idéia de um pacto social, um contrato social, a fim de explicar as razões, pelas quais, um indivíduo renunciaria a certos direitos em nome da vida social (cidadania). Esta vida social é entendida como sociedade, ou seja, uma associação voluntária de homens livres que regulam através da razão seu convívio.
Nesta situação, a lei aparece como organizadora do poder na sociedade tratando a todos indistintamente (igualdade). Esta igualdade somente poderia ser realizada por meio de um corpo de leis positivadas e pela força do Estado. Leis que deveriam ser feitas pelos cidadãos ou por seus representantes, emanadas da vontade do povo, conferindo desta forma legitimidade ao poder político. Assim, o Estado para ser o representante real dos cidadãos não poderia mais pautar-se no modelo do Absolutismo Monárquico.
1.5 Proposta de Montesquieu – Tripartição de Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).
1.6 Rousseau – Defendia a democracia como uma realização do Contrato Social, consubstanciada no voto. Os governantes, representantes dos eleitores (povo) deveriam sempre refletir a vontade destes.
 
1.7 Revolução Francesa – Às vésperas da Revolução Francesa o país ainda era agrário e mais de 85% da população vivia no campo. A sociedade estava estratificada em três classes/estados: clero, nobres e subgrupos (compostos por 98% da população, divididos de acordo com o poder econômico – alta, média e pequena burguesia. A estes subgrupos incluíam-se ainda os artesãos, aprendizes, empregados e a enorme massa rural). As duas primeiras classes não pagavam impostos, mas viviam à custa do dinheiro público advindo destes. Assim sendo, a principal reivindicação da terceira classe era igualdade civil e política. A crise tornou-se insustentável e para tentar controlá-la o rei Luis XVI convocou uma Assembléia com proposta de aumento dos impostos territoriais, o que foi recusado. Diante desta situação a terceira classe se autoproclamou Assembléia Nacional que, em 9 de julho de 1789 passou a chamar Assembléia Constituinte, formada com o intuito de dar à França uma constituição. Em 26 de agosto de 1789 é aprovada a
 
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, a qual Luis XVI se recusa a aprovar, gerando maior reação popular já inspirada pela ideologia iluminista. A Declaração demonstrou preocupação com a necessidade da preservação de direitos fundamentais. A Declaração refletiu os ideais de liberdade (liberté) de igualdade (égalité) e fraternidade (fraternité), verdadeiros parâmetros para todos os povos e constituições. A regra do artigo 16 dispunha sobre a construção de uma sociedade organizada que se voltasse para a moderação no governo, e a defesa dos direitos individuais, contra o arbítrio e a prepotência. “Qualquer sociedade na qual a garantia dos direitos não está em segurança, nem a separação dos poderes determinada, não tem constituição”.
  
2. Tripartição dos Poderes
2.1 O Espírito das Leis - Três funções deveriam ser exercidas por três órgãos distintos, autônomos e independentes entre si. Com base nesta teoria, cadaórgão exercia uma função típica, predominante, ou seja, inerente à sua própria natureza.
2.2 Funções típicas e atípicas dos Poderes - A teoria de Montesquieu teve grande aceitação entre os Estados modernos sendo ao final abrandada, permitindo-se que um órgão tivesse além do exercício da sua função típica, o exercício de funções atípicas (de natureza de outros órgãos) sem, contudo, macular a autonomia e independência dos mesmos.
2.3 Previsão legal – Artigo 2° da CF/88 São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
3. Conceito – (Liberdades Públicas) Podemos dizer que os direitos humanos são o conjunto de normas constitucionais que consagram limitações jurídicas aos Poderes Públicos, projetando-se em três dimensões: civil (direitos da pessoa humana), política (direitos de participação na ordem democrática) e econômica-social (direitos econômicos e sociais).[1]
 
4. Natureza Jurídica – Natureza de normas constitucionais positivas (direitos constitucionais), cuja eficácia e aplicabilidade dependem do próprio enunciado. Em regra, as normas instituidoras dos direitos fundamentais democráticos e individuais são de eficácia e aplicabilidade imediatas (Art. 5º, § 1º – As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata). 
 
5. Direitos e Garantias Fundamentais (CF/88) – Assegurado no Título II, nos artigos 5º ao 17, sendo: Direitos e deveres individuais e coletivos (Capítulo I – art. 5º); Direitos Sociais (Capítulo II – arts. 6º ao 11); Nacionalidade (Capítulo III - arts. 12 e 13); Direitos Políticos (Capítulo IV – arts. 14 a 16) e Partidos Políticos (Capítulo V – art. 17). 
 
Observações – Rol meramente exemplificativo não esgotando os direitos fundamentais contidos na CF/88. (Art. 5º, § 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte).
 
6. Características – imprescritibilidade (não se extinguem com o tempo); inalienabilidade (não podem ser transferidos, quer seja a título gratuito ou oneroso); inviolabilidade (não podem ser violados por legislação infraconstitucional ou por atos de autoridades públicas sob pena de responsabilização); universalidade (direcionados a todos os indivíduos, independentemente de sua nacionalidade, sexo, raça, credo ou convicção político-filosófica); efetividade (atuação do Poder Público no sentido de garantir a efetivação dos direitos e garantias previstos); concorrentes (podem ser exercidos ao mesmo tempo) e relativos (nem todo direito fundamental pode ser exercido de modo absoluto e irrestrito).
 
7. Gerações dos Direitos Fundamentais – As gerações são, na verdade, os períodos que marcam a evolução dos direitos fundamentais ou liberdades públicas, sendo:
 
1ª Geração – Inaugura-se com o surgimento dos direitos e garantias individuais clássicas que encontravam na limitação do poder estatal seu fundamento. Predominavam as prestações negativas (dever de não fazer pelo Estado) com finalidade de preservar o direito à vida, à liberdade de locomoção, à expressão, à religião e outros. Ex: Art. 5º Caput – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade [...].
 
2ª Geração – Compreende os direitos sociais, econômicos e culturais, impondo ao Estado uma prestação positiva (dever de fazer algo em favor do homem) relativos ao trabalho, ao seguro social, à subsistência digna do homem, ao amparo à doença e à velhice e outros. Ex: Art 6º Caput – São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho [...]. Art 7 – São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria.
 
3ª Geração – Engloba os chamados direitos de solidariedade ou fraternidade. Transcende a esfera dos indivíduos recaindo na titularidade coletiva. Direitos difusos em geral, como o meio ambiente equilibrado, vida saudável, progresso e outros. Ex: Art. 225 Caput – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.     
 
4ª Geração – Considerados de novíssima geração, relativos à informática, biociências, alimentos transgênicos, sucessão dos filhos gerados por inseminação artificial, clonagens entre outros, em que o Poder Judiciário tem-se deparado, oriundos do processo de globalização.
[1] BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2009.
 
Exercício 1:
A Carta Magna de 1988 prevê em seu Título II, Capítulos I ao V, artigos 5º ao 17, os Direitos e Garantias Fundamentais, de forma que, os demais direitos previstos no corpo da Constituição não podem ser considerados como fundamentais,
PORQUE
O Título II da CF/88 apresenta um rol exaustivo de direitos fundamentais não podendo ser interpretado de forma ampliada.
Assinale a alternativa correta:
 
A - as duas assertivas são falsas. 
B - a primeira assertiva é falsa e a segunda é verdadeira. 
C - a primeira assertiva é verdadeira e a segunda é falsa. 
D - as duas assertivas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. 
E - as duas assertivas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não fez comentários
Exercício 2:
Podemos dizer que a 3ª Geração de Direitos Fundamentais projeta o conceito humanitário como resultante da harmonização dos valores humanos, individuais e coletivos, com os valores sócio-culturais e econômicos. É o homem numa dimensão universalizante, sendo consagrados os direitos ao desenvolvimento, à paz, ao meio ambiente, ao consumo, à comunicação. É na terceira geração de direitos fundamentais que se cultuam denominados direitos difusos (Concursos Públicos Online).
O legislador constituinte preocupou-se com as questões relativas ao direito do consumidor, o colocando como direito fundamental previsto no art. 5º, inciso XXXII da CF que dispõe: o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor.
De acordo com o dispositivo constitucional, assinale a alternativa correta:
I – Trata-se de norma de eficácia plena nos termos do art. 5º, §1º da CF/88, já que as normas definidoras dos direitos fundamentais têm aplicação imediata.
II – Trata-se de norma de eficácia contida, cuja lei posterior deverá restringir seu campo de atuação, limitando alguns dos direitos do consumidor constitucionalmente assegurados.
III – Trata-se de norma de eficácia limitada, não tendo, portanto, o condão de produzir todos os seus efeitos, precisando de uma lei integrativa infraconstitucional para ampliar seu campo de atuação.
A - todas estão corretas. 
B - somente I é correta. 
C - somente II é correta. 
D - somente III é correta. 
E - todas estão incorretas. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não fez comentários
Exercício 3:
A relatividade é uma das características dos Direitos Fundamentais
PORQUE
A universalidade dos Direitos fundamentais pressupõe o seu direcionamento a todos os indivíduos, independentemente de sua nacionalidade, sexo, raça, credo ou convicção político-filosófica.
Assinale a alternativa CORRETA:
A - as duas assertivas são falsas. 
B - a primeira assertiva é falsa e a segunda é verdadeira. 
C - a primeira assertiva é verdadeira e a segunda é falsa. 
D - as duas assertivas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. 
E - as duas assertivas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. 
MODULO II
Os Direitos Humanos e a Ordem Internacional
 
 
1. Direito Internacional – a necessidade de proteção e efetividade aosdireitos humanos, em sede internacional, possibilitou o surgimento de uma disciplina autônoma ao direito internacional público, com a denominação de Direito Internacional dos Direitos Humanos (direito constitucional internacional), cuja finalidade é a de concretizar a plena eficácia dos direitos humanos fundamentais por meio de normas gerais tuteladoras dos bens mais preciosos da vida (vida, dignidade, liberdade, honra, moral etc).
 
1.1 Marco histórico – a evolução histórica da proteção dos direitos humanos fundamentais em diplomas internacionais é relativamente recente, tendo início com importantes declarações, porém, sem caráter vinculativo, que somente em momento posterior, assumiram a forma de tratados internacionais, vinculando os países signatários. O marco histórico da mais importante conquista em direitos humanos fundamentais foi a Declaração Universal dos Direitos do Homem, assinada em Paris em 10 de dezembro de 1948, elaborada a partir da Carta da ONU de 1944 que estabelecia a necessidade de os Estados-partes promoverem a proteção dos direitos humanos.  A partir deste acontecimento, a proteção internacional dos direitos humanos fundamentais intensificou-se, com a aprovação de inúmeras declarações e tratados internacionais.
 
1.2 Brasil – Signatário: Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948), Declaração do Direito ao Desenvolvimento (1986), Declaração e Programa de Ação de Viena (1993), Declaração de Pequim (1995), Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (1966), Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial (1965), Convenção Americana sobre Direitos Humanos – Pacto San José da Costa Rica (1969), Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a mulher (1979), Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanas ou Degradantes (1984), Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura (1985), Convenção sobre os Direitos da Criança (1989), Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher (1994).
 
1.3 Tratados Internacionais – A EC n. 45/04 concedeu ao Congresso Nacional, na hipótese de tratados e convenções internacionais que versem sobre Direitos Humanos, a possibilidade de incorporação no ordenamento jurídico com o status ordinário (art. 49-I) ou com status constitucional (§ 3º, art. 5º).
 
1.4 Incorporação como Decreto Legislativo – O Decreto Legislativo é instruído, discutido e votado em ambas as casas legislativas (sistema bicameral), sendo aprovado, será promulgado pelo Presidente do Senado. No entanto, sendo aprovado e promulgado pelo Presidente do Senado não há ainda uma ordem de execução do mesmo em todo o Território Nacional, cabendo ao Presidente da República decidir sobre sua ratificação (Decreto Presidencial, garantindo assim a aplicação imediata da norma no direito interno.
 
1.5 Incorporação como Emenda Constitucional - A EC n. 45/04 trouxe a previsão da incorporação de tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos em nosso ordenamento jurídico com força de emenda constitucional, prevendo aprovação por quorum qualificado em dois turnos de três quintos dos votos dos respectivos membros de ambas as casas do Congresso Nacional.
 
2. Supralegalidade - O Supremo tribunal Federal (STF), em recente decisão, proclamou por maioria de votos o status da supralegalidade dos tratados internacionais incorporados no ordenamento jurídico brasileiro antes da EC n. 45/04. (STF – Pleno – HC n. 87.585/TO – Rel Min. Marco Aurélio, 03.12.2008).
 
Desta forma, podemos dizer que na pirâmide legislativa os Tratados Internacionais que versam sobre direitos humanos incorporados no nosso ordenamento jurídico anteriormente a Emenda Constitucional n. 45/2004 ostentam o status de supralegalidade, situando-se abaixo da Constituição Federal e acima das normas legais.
 
Esquematicamente assim ficaria a pirâmide para uma melhor visualização:
	CF/88
Status Constitucional
EC
	Status SUPRALEGAL
Tratados Internacionais (Direitos Humanos),
sem quorum qualificado.
	NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS
Tratados Internacionais (comuns)
Decreto Legislativo
 
 Questão: A exemplo desta questão, a Corte decidiu, em relação à vedação da prisão civil do depositário infiel, que a ‘circunstância de o Brasil haver subscrito o Pacto de São José da Costa Rica, que restringe a prisão por dívida ao descumprimento inescusável de prestação alimentícia (art. 7º, 7), conduz à inexistência de balizas visando à eficácia do que previsto no art. 5º, LXVII, da CF’, concluindo, que ‘com a introdução do aludido Pacto no ordenamento jurídico nacional, restaram derrogadas as normas estritamente legais definidoras da custódia do depositário infiel’. (MORAES, 2009).
 
Nos termos do voto do Ministro Gilmar Mendes: “parece mais consistente a interpretação que atribui a característica de supralegalidade aos tratados e convenções de direitos humanos. Essa tese pugna pelo argumento de que os tratados sobre direitos humanos seriam infraconstitucionais, porém, diante de seu caráter especial em relação aos demais atos normativos internacionais, também seriam dotados de um atributo de supralegalidade. Em outros termos, os tratados sobre direitos humanos não poderiam afrontar a supremacia da Constituição, mas teriam lugar especial reservado no ordenamento jurídico. Equipará-los à legislação ordinária seria subestimar o seu valor especial no contexto do sistema de proteção dos direitos da pessoa humana”.
 
Tal entendimento se coaduna com os seguintes dispositivos constitucionais:
 
  Art. 1º da CF/88 – “A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: III – a dignidade da pessoa humana.”.
 
  Art. 4º da CF/88 – “ A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: II prevalência dos direitos humanos.”.
Exercício 1:
De acordo com o texto vigente da Constituição Federal e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre os Tratados Internacionais, é correto afrimar que: 
A - todos os tratados internacionais firmados pelo Brasil ingressam no ordenamento jurídico brasileiro como normas de hierarquia constitucional. 
B - todos os tratados internacionais firmados pelo Brasil ingressam no ordenamento jurídico como normas infraconstitucionais. 
C - os tratados internacionais firmados pelo Brasil sobre direitos humanos podem ingressar no ordenamento jurídico brasileiro com hierarquia de emendas constitucionais. 
D - o procedimento de aprovação, pelas Casas do Congresso Nacional, dos tratados internacionais sobre direitos humanos é irrelevante para carecterizar sua hierarquia normativa. 
E - os tratados internacionais firmados pelo Brasil não podem versar sobre normas materialmente constitucionais. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não fez comentários
Exercício 2:
A Ementa abaixo transcrita foi extraída de Acórdão do Supremo Tribunal Federal relativo ao Habeas Corpus nº 87.585 TO, em que foi Relator o Ministro Marco Aurélio, a qual se refere a Tratados Internacionais que versem sobre Direitos Humanos, especificamente a aplicação do Pacto de São José da Costa Rica em nosso ordenamento jurídico, no tocante à prisão do Depositário Infiel.
DEPOSITÁRIO INFIEL- PRISÃO. A subscrição pelo Brasil do Pacto de São José da Costa Rica, limitando a prisão civil por dívida ao descumprimento inescusável de prestação alimentícia, implicou a derrogação das normas estritamente legais referentes à prisão do depositário infiel.
Com base no texto acima assinale a alternativa correta:
A - a ementa refere-se ao direito supralegal de liberdade de locomoção, o qual, por ser absoluto, não pode ser violado, cabendo como remédio constitucional para reparar a ilegalidade a impetração de Habeas-Corpus, não sendo possível a prisão do depositário infiel . 
B - a ementa refere-seao status supralegal conferido ao Pacto de São José da Costa Rica, razão pelo qual não haverá prisão civil ao depositário infiel, somente subsistindo a prisão civil por dívida relativa ao descumprimento inescusável de prestação alimentícia. 
C - o rol do artigo 5º da CF/88 que trata dos direitos e deveres individuais e coletivos é exaustivo, não admitindo, portanto, os Tratados Internacionais como fontes dos direitos humanos fundamentais, os quais, se aderidos, não terão força vinculativa.   
D - a ementa em referência reconhece a supremacia da CF/88 em relação aos Tratados Internacionais, aplicando-se assim, a prisão do depositário infiel em vista do disposto no artigo 5º, LXVII que dispõe: não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel. 
E - trata-se de prisão penal e não prisão civil, estando sujeita aos critérios constitucionais previstos no artigo 5º, LXI que dispõe: ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não fez comentários
Exercício 3:
Podemos indicar como marco histórico da mais importante conquista em direitos humanos fundamentais em diplomas internacionais:
A - Convenção Americana sobre Direitos Humanos - Pacto de São José da Costa Rica. 
B - Declaração e Programa de Ação de Viena. 
C - Declaração de Pequim. 
D - Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. 
E - Declaração Universal dos Direitos do Homem. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não fez comentários
Exercício 4:
Para incorporação do Tratado Internacional que verse sobre direitos humanos com o status de Emenda Constitucional em nosso ordenamento jurídico será necessário o quorum:
A - de maioria absoluta dos membros de ambas as casas do Congresso Nacional. 
B - de maioria simples dos membros de ambas as casas do Congresso Nacional. 
C - de maioria qualificada de dois terços dos votos dos membros de ambas as casas do Congresso Nacional. 
D - qualificado de três quintos dos votos dos respectivos membros de ambas as casas do Congresso Nacional. 
E - qualificado em dois turnos de três quintos dos votos dos respectivos membros de ambas as casas do Congresso Nacional. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não fez comentários
MODULO III
PARTE-I
1. Direito à vida. (Art. 5º, Caput)
 
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida [...]”.
 
O direito à vida é considerado como o bem jurídico de maior relevância. Seu significado é amplo, pois se conecta com outros direitos, como: liberdade, igualdade, dignidade, lazer, educação etc.
 
Constitui direito fundamental tanto a expectativa de vida exterior (vida intrauterina) como a sua consumação efetiva (vida extrauterina).
 
1.1 Início
 
O direito à vida tem início com a fecundação do óvulo materno, tendo em vista que, o embrião traz a carga genética própria, sendo individualizado, não podendo ser confundido com seus pais.
 
“A personalidade civil do homem começa com o nascimento com vida, mas a lei põe a salvo os direitos do nascituro, uma vez que neste há vida” (TJSP, 1ª Câm. Cív, AC 193.648-1/SP) (Art. 2º do CC).
 
Direito à vida – direito à existência, à integridade físico-corporal e à integridade moral.
 
1.2 Direito à existência     
 
É o direito de estar vivo, de defender a própria vida (legítima defesa/estado de necessidade), de não ter a vida interrompida senão pela morte espontânea e inevitável. “É mais um processo (processo vital), que se instaura com a concepção (ou germinação vegetal), transforma-se, progride, mantendo sua identidade, até que muda de qualidade, deixando então, de ser vida para ser morte. Tudo que interfere em prejuízo deste fluir espontâneo e incessante contraria a vida”. [1]
 
1.3 Direito à integridade física  
 
A agressão ao corpo humano implica na agressão à vida, sendo a integridade física um bem vital que revela um direito fundamental do indivíduo. A punição se dá pela legislação penal para a prática de lesão corporal. A CF/88, art. 5º, inciso XLIX foi expressa no tocante à integridade física dos presos “é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral”.
 
1.4 Direito à integridade moral
 
A vida humana não se resume num conjunto de elementos materiais, há valores imateriais como os morais. A moral do ser humano envolve a honra, o bom nome, a boa fama, a reputação, sem as quais o indivíduo fica reduzido a uma condição animal. O valor moral do indivíduo é de suma importância, tornando-o indenizável, nos termos da CF/88 “V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem. X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”. Por esta razão é objeto também de tutela penal a honra contra a calúnia, a difamação e a injúria.
 
1.5 Pena de Morte
 
A pena de morte é a pena capital consistente em tirar a vida de um criminoso pelo seu alto grau de periculosidade ou pela gravidade do delito praticado.
 
De acordo com dispositivo constitucional, será vedada a adoção da pena de morte, salvo em caso de guerra declarada. (CF, art. 5º, XLVII, a).
 
Motivos: possibilidade de erro judiciário, estatísticas de que a pena de morte não diminui a criminalidade e o respeito a princípio humanitário.
 
Possibilidade de adoção: Impossibilidade em vista de tratar-se de cláusula pétrea (art. 60, § 4º, IV).
 
1.6 Aborto      
 
O aborto pode ser considerado como a interrupção da gravidez antes do seu termo normal, com ou sem expulsão do feto, espontâneo ou provocado.[2]
 
De acordo com o Código Penal a prática de aborto constitui crime. Há, no entanto, exceções previstas no próprio Código Penal que não violam o dispositivo constitucional, quais sejam: aborto necessário (médico que pratica o aborto para salvar a vida da gestante) e aborto sentimental (gravidez resultante de estupro, atentando contra a liberdade sexual da mulher), art. 128, I e II do CP.
 
Questão: interrupção da gravidez de fetos anencéfalos. O Supremo Tribunal Federal (STF),em uma decisão por ampla maioria, com 8 votos a favor e 2 contra, decidiu permitir a interrupção da gravidez em casos de anencefalia - quando não acontece a formação do cérebro no feto. 
 
1.7 Eutanásia
 
A eutanásia pode ser considerada como a morte piedosa, realizada a pedido do próprio doente, ante a sua incurabilidade e sofrimento insuportável [3].
 
Do ponto de vista jurídico a eutanásia não é permitida por lei, sendo considerada pelo Código Penal como homicídio (art. 121) ou induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio.
 
“Induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio. Vítima que se encontrava internada em hospital, com moléstia incurável. Preferência pela morte, na eventualidade de ter que ficar na dependência de terceiro. Neto que lhe leva pasta com documentos e arma de fogo, sabendo das intenções do avô. Suicídio praticado. Réu pronunciado”. (TJSP, RT, 720:407).
 
Objeto de Reforma do Código Penal:
 
Eutanásia § 3.º. Se o autor do crime é cônjuge, companheiro, ascendente, descendente, irmão ou pessoa ligada por estreitos laços de afeição à vítima, e agiu por compaixão, a pedido desta, imputável e maior de dezoito anos, para abreviar-lhe sofrimento físico insuportável, em razão de doença grave e em estado terminal, devidamente diagnosticados: Pena reclusão, de dois a cinco anos.
Exclusão de ilicitude § 4.º. Não constitui crime deixar de manter a vida de alguém por meio artificial, se previamente atestada por dois médicos a morte como iminente e inevitável, e desde quehaja consentimento do paciente ou, em sua impossibilidade, de cônjuge, companheiro, ascendente, descendente ou irmão.
 
 
 
[1] SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. Malheiros, São Paulo: 2009.
[2] BULOS, Uadi L. Curso de direito constitucional. Saraiva, São Paulo: 2009.
[3] Idem.
Exercício 1:
Assinale a alternativa correta:
A - a pena de morte não pode ser aplicada no Brasil, em nenhuma hipótese. 
B - a pena de morte pode ser introduzida no Brasil por meio de Emenda Constitucional.  
C - a pena  de morte pode ser aplicada em caso de guerra declarada. 
D - a pena de morte pode ser introduzida em processo de revisão constitucional. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não fez comentários
Exercício 2:
Platão defendeu o homicídio dos anciãos, dos débeis e dos enfermos (A República, Terceiro Livro, p. 89, Livraria Exposição do Livro, tradução de Eduardo Menezes). Thomas Morus era partidário da eutanásia, conforme deixou claro em seus escritos (A utopia, 5. ed., Atena, p. 128, tradução de Luís de Andrade). Binding e Hoche escreveram que deveria ser oficialmente reconhecido o direito de matar os indivíduos desprovidos de valor vital ou mental. Justificavam a eliminação em nome da sociedade, conforme se verifica na obra intitulada A autorização para exterminar as vidas sem valor vital (Die Freigabe der Vernichtung lebensunwerten Lebens, Leipzig, Félix Meiner, 1920). Giuseppe del Vecchio, que pregava a eutanásia consentida pelo mortalmente adoecido, concluiu seu raciocínio nos seguintes termos: "Che colui, che su richiesta del morente, abbrevia a questi le soffrenze di un agonia fisica e psichica atroce, compie un 'azione non constituente reato" (Morte benefica (I'eutanásia) sotto gli aspetti etico, religioso, sociale e giuridico, Turim : Bocca, 1928). Ferri, Ingenieros e Binet Sanglê também doutrinavam o homicídio eutanásico isento de pena. Por outro lado, Enrique Morselli ensinou que uma humanidade verdadeiramente superior pensará em prevenir o delito e a doença, não em reprimi-lo com sangue, nem curar a dor com a morte (L'uccisione pietosa (I'eutanásia) in raporto alla medicina, alla morale ed all'eugenica, Turim : Bocca, 1923). Afrânio Peixoto, citado por Ribeiro Pontes (Código Penal brasileiro, 2. ed., Guaíra, 1.º v., p. 203), referiu-se à eutanásia com estas palavras: "A ética médica se recusa por tradição de seu sacerdócio, non nocere, e pela confiança no progresso científico, a admiti-la, pois doenças incuráveis e mortais, ainda ontem, são hoje vitoriosamente combatidas."
(http://www.conjur.com.br/2005-mar-25/licenca_homicidio_eutanasico_repelida).
O texto acima se refere à morte piedosa conhecida como Eutanásia.
Assinale a alternativa CORRETA:
I - A eutanásia, amplamente contemplada em nosso ordenamento jurídico, pode ser considerada como morte piedosa, realizada a pedido do próprio doente, ante a sua incurabilidade e sofrimento insuportável.
II – Tendo em vista que o direito à vida é um direito fundamental e, portanto, relativo, poderá sofrer restrição. O praticante da eutanásia não poderá ser processado ou condenado à pena, em razão do princípio da dignidade da pessoa humana previsto no artigo 1º da CF/88.
III – Por não ser reconhecida em nosso ordenamento jurídico, a prática da eutanásia constitui crime contra a vida, devendo seu praticante ser punido nos termos da lei.
 
A - todas estão corretas.     
B - todas estão incorretas. 
C - somente I é correta. 
D - somente II é correta. 
E - somente III é correta. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não fez comentários
Exercício 3:
Um em cada 500 adolescentes brasileiros vai ser morto até os 19 anos, revela estudo.
Distribuição das mortes entre jovens por causas:
	Homicídios
	46%
	Mortes naturais
	26%
	Acidentes
	22%
	Suicídios
	3%
	Mortes mal definidas
	3%
Pelo menos um em cada 500 adolescentes brasileiros será morto antes de completar 19 anos. A conclusão é do estudo feito pelo Laboratório de Análise da Violência da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), em parceria com o UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e com o Observatório de Favelas, que foi apresentado nesta terça-feira (21) pela Secretaria Especial de Direitos Humanos. O levantamento, baseado nas informações sobre jovens de 12 a 19 anos de 267 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, calcula pela primeira vez o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), que mede a probabilidade de um adolescente ser assassinado. O valor médio do IHA brasileiro é de 2,03. Ou seja, 2,03 jovens em cada mil serão vítimas de homicídio. (Fabiana Uchinaka do UOL Notícias em São Paulo, 21/07/2009)
Sendo a vida um bem jurídico de grande relevância, assinale a alternativa correta:
 
A - Os direitos fundamentais têm como fonte exclusiva a legislação infraconstitucional que decorre da vontade dos povos através do processo legislativo em virtude da soberania popular consubstanciada no voto. 
B - a soberania popular não pode ser respeitada diante da vontade política da Nação que pode mitigar ou não aceitar certos direitos fundamentais. 
C - Os direitos fundamentais têm como característica a relatividade, pois nem todo direito fundamental pode ser exercido de modo absoluto e irrestrito. Em sendo assim, considerando-se a vida como direito fundamental relativo, há situações em que ele poderá ser violado conforme pesquisa acima, no que toca à permissão aos homicídios. 
D - Trata-se de direito fundamental de 2º Geração impondo por parte do Estado uma prestação positiva no sentido de garantir a efetivação desse direito por parte do Poder Público. 
E - nenhuma das alternativas anteriores.  
 
PARTE-II
Princípio da Igualdade
 
1. Princípio da igualdade (isonomia/paridade) – O nosso texto constitucional consagrou em seu artigo 5º o princípio da igualdade, onde todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza [...]. Trata-se de uma igualdade de possibilidades virtuais na lei e perante a lei, ou seja, todos os cidadãos têm o direito de tratamento idêntico pela lei, em consonância com os critérios estabelecidos pelo ordenamento jurídico.
 
O legislador constituinte preocupou-se com o direito fundamental de igualdade sendo este um dos objetivos fundamentais do País: erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais (art. 3º, III da CF/88); promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º, IV da CF/88).
 
2. Violação – O que viola o princípio da igualdade são as diferenciações arbitrárias, discriminações absurdas sem amparo legal, uma vez que, o tratamento desigual de casos desiguais, na medida de suas desigualdades, é exigência do próprio direito e da Justiça. Considera-se lesado o princípio constitucional quando o elemento discriminador não encontra uma finalidade acolhida pelo direito.
 
3. Finalidade limitadora do princípio da igualdade – O princípio da igualdade tem uma tríplice finalidade limitadora: a) ao legislador; b) intérprete/autoridade pública; c) particular.
 
a)       Legislador – O legislador no exercício da sua função normativa não poderá afastar-se do princípio da igualdade, sob pena de inconstitucionalidade.
 
b)       O intérprete e/ou a autoridade pública não poderão aplicar as leis e os atos normativos aos casos concretos de forma a criar desigualdades arbitrárias.
 
c)       Particular – Não poderá pautar-se em condutas discriminatórias, preconceituosas ou racistas sob pena de ser responsabilizado civil e penalmente.       
 
4. Igualdade de homens e mulheres – igualdade contemplada na norma geral da igualdade perante a lei e em todas as normas constitucionais que vedam a discriminação em razão de sexo. De forma específica “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição” (art. 5º, I da CF/88). Assim, há tratamentos desiguais entre homens e mulheres previstos na própriaconstituição que não violam o princípio da igualdade, desde que acolhidos pelo direito. Ex: art. 40, §1º, III, a e b da CF/88.
 
5. Igualdade jurisdicional – trata-se da igualdade perante o juiz, que ao conceder tutelas jurisdicionais não poderá fazer distinção entre situações iguais, ao aplicar a lei. Decorrem da igualdade jurisdicional:
 
XXXVII (art. 5º, CF)– não haverá juízo ou tribunal de exceção. A vedação de juízo de exceção caracteriza o juiz natural, consubstanciado na Declaração Universal dos Direitos Humanos, art. 10 “Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir de seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.”. Desta forma, o juiz natural é o juízo competente para conhecer e julgar determinada ação, no gozo de independência e imparcialidade.
 
LIII(art. 5º, CF) – ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente.
 
Cabe ao magistrado, agindo com independência e imparcialidade não condenar o imputado sem ouvi-lo anteriormente.
 
LV (art. 5º, CF) – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
 
Art. 125, I (CPC) – O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, competindo-lhe: I – assegurar às partes igualdade de tratamento.
 
A garantia de acessibilidade à justiça também deve se revestir do princípio de igualdade, onde todos devem ter condições de buscar o Poder Judiciário. Questão da capacidade postulatória e a necessidade da contratação de serviços de um profissional do direito (advogado).
 
XXXV (art. 5º, CF) – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.
 
LXXIV (art. 5º, CF) – o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos.
 
6. Igualdade sem distinção de idade – a idade tem sido motivo de discriminação, principalmente no que tange às relações de emprego.
 
XXX (art. 7º, CF) – proibição de diferenças de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil.
    
Limitação de Idade em Concurso Público – A proibição genérica de acesso a determinadas carreiras públicas simplesmente pelo critério da idade consiste em flagrante inconstitucionalidade, já que não há finalidade acolhida pelo direito, com violação dos seguintes preceitos constitucionais: Art. 5º, caput e art. 7º, XXX.
 
Súmula 683 do STF – “O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido”.
 
O Conselho Nacional de Justiça entendeu ser incabível a fixação de limite de idade máxima (45 anos) para ingresso no concurso da Magistratura, uma vez que, a natureza das atribuições do cargo não exige a finalidade específica de idade, sendo que, pelo próprio texto constitucional, na hipótese de ingresso no STF e Tribunais Superiores, a idade máxima prevista é de 65 anos.
 
7. Igualdade perante a lei penal – Este tipo de igualdade está longe de ser a aplicação da mesma pena para o mesmo delito. O que se pretende é que a mesma lei penal e seus sistemas de sanções devem ser aplicados a todos àqueles que pratiquem o fato típico definido em lei.  Há que se lembrar que, em regra, o mesmo crime é praticado em circunstâncias diferentes, por pessoas em condições distintas.
 
XLVI (art. 5º, CF) – a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes [...].
 
8. Princípio da não discriminação – O legislador constituinte preocupou-se com a questão da discriminação, exigindo para tanto, normas penais rigorosas.
 
XLI (art. 5º, CF) – a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais.  
 
 
 
 
Exercício 1:
O reconhecimento de iguais direitos aos homossexuais e a igual valoração jurídica das relações afetivas e eróticas entre pessoas do mesmo sexo:
A - dependem de modificação constitucional através de manifestação do Poder Constituinte Derivado, uma vez que  o inciso IV do art. 3o não previu a discriminação por orientação sexual. 
B - ferem o princípio democrático e a regra da maioria, já que o Direito, ao determinar ou escolher uma moral, deve privilegiar a moral da maioria. 
C - decorrem do sistema constitucional de direitos e garantias fundamentais, que proíbe quaisquer formas de discriminação e garante a dignidade da pessoa humana. 
D - estão sujeitos à evolução social e cultural da sociedade em que vivemos, uma vez que para o homem comum as práticas homossexuais são antinaturais e contrariam as convicções religiosas compartilhadas. 
E - necessitam de legislação infraconstitucional para efetivação, pois as normas constitucionais incidentes são de eficácia limitada. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não fez comentários
Exercício 2:
Sérpico Souza Cruz graduou-se em Direito no ano de 1985 tendo sido aprovado no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil em julho de 1986. Exerceu a advocacia criminal durante todos estes anos em escritório localizado na área central do município de São Paulo. Contando com 49 anos de idade teve sua inscrição negada para concurso da Magistratura estadual que previa em seu edital a idade máxima de 45 anos, sob o pretexto de que tal limitação decorria da especificidade da função a ser exercida (juiz de direito).
Podemos dizer que o dispositivo constante do edital de inscrição para o Concurso de Magistratura:
A - violou princípio da inafastabilidade do Poder Judiciário previsto no artigo 5o, XXXv da CF. 
B - violou princípio da inércia da jurisdição previsto no art. 2o do CPC. 
C - violou princípio da igualdade previsto no art. 5o caput da CF/88 e artigo 7o, XXX. 
D - violou princípio da legalidade previsto no art. 5o, II da CF. 
E - não violou nenhum princípio, pois o Edital de inscrição para o concurso da Magistratura limita idade de 45 anos, tendo em vista as condições de exigências técnicas para o exercício da função de juiz.   
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não fez comentários
Exercício 3:
Lei sobre espaço para mulheres em trens e metrôs não deve ser questionada:
Em 23 de março de 2006, o governo do Rio de Janeiro sancionou a Lei Estadual 4.733/06, editada pela Assembléia Legislativa do mesmo estado e de autoria do Deputado Estadual Jorge Picciani. O diploma obriga às empresas que administram o sistema ferroviário e metroviário do Rio de Janeiro a destinar vagões para uso exclusivo de mulheres, nos horários de maior movimento.
Os horários compreendidos para o cumprimento da referida lei são entre as 6h e 9h da manhã e entre 5h e 8h da tarde, excetuando-se sábados, domingos e feriados. Além do horário, os vagões destinados às mulheres podem ser destacados dentre os já existentes ou adicionados às composições já utilizadas. (http://www.conjur.com.br/2009-set-27/lei-espaco-mulheres-trens-metros-nao-questionada).
Com base no texto acima, podemos realizar as seguintes leituras:
I - A designação de vagões exclusivos para mulheres viola o princípio da igualdade previsto no caput do art.5 da CF e seu inciso I que reza que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações.
II -  O dispositivo legal viola objetivo fundamental da República Federativa do Brasil que é a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
III - O dispositivo legal está protegido pelo princípio maior da Dignidade da Pessoa Humana, previsto no art, 1o, III da CF/88, possibilitando tratar os desiguais na medida de suas desigualdades, evitando assim que a mulher seja vítima de assédio nos horários de pico.
A - as três leituras estão incorretas. 
B - somente I é correta. 
C - somente II é correta. 
D - as três leituras são possíveis frenteaos dispositivos constitucionais. 
PARTE-III
DIREITO DE LIBERDADE
 
Artigo 5º da CF/88 
 
 Neste módulo estudaremos o direito de liberdade, que consiste na faculdade que todo o indivíduo tem de escolher, sem restrições, fazer ou deixar de fazer alguma coisa, em virtude de sua exclusiva e íntima determinação. [1]
 
                Sabemos que não existe a liberdade irrestrita e no âmbito das relações particulares, podemos dizer que, pode-se fazer tudo o que a lei não proíbe, vigorando assim o princípio da autonomia da vontade como corolário do princípio da legalidade previsto no artigo 5º, II da CF que reza: ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.    
 
                Em termos constitucionais, a lei magna disciplina algumas situações que envolvem o direito de liberdade, senão vejamos:
 
Liberdade de manifestação de Pensamento
 
IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.
 
                “O Estado democrático defende o conteúdo essencial da manifestação da liberdade, que é assegurado tanto sob o aspecto positivo, ou seja, proteção da exteriorização da opinião, como sob o aspecto negativo, referente à proibição de censura”.[2]
 
                Os escritos anônimos não podem justificar, por si só, desde que isoladamente considerados, a imediata instauração da persecução criminal, salvo de produzidos pelo acusado, ou, ainda, quando constituírem o corpo de delito. É o exemplo dos bilhetes escritos para resgate nos delitos de extorsão mediante sequestro, ou ainda, nas cartas que evidenciem a prática de crimes contra o honra ou que corporifiquem o delito de ameaça. (STF. Inq. 1957. J. 11.05.2005).  
 
Liberdade de atividade intelectual, artística, científica ou de comunicação.
 
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.
 
                A manifestação do pensamento é livre e garantida em nível constitucional, não obstante, é vedado o anonimato e abusos ocorridos estarão sujeitos à apreciação do Poder Judiciário com responsabilização civil e penal. Lei federal deverá regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao Poder Público informar sobre a natureza deles, faixas etárias, locais e horários em que a apresentação possa se mostrar inadequada.
 
Liberdade de consciência, crença e culto.
 
VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.
 
VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada na lei.
 
                Quanto à privação de direitos por motivo de crença ou de convicção filosófica ou política, esta somente poderá ocorrer em virtude do não cumprimento de uma obrigação a todos imposta e descumprimento de prestação alternativa fixada em lei.
 
                Com o tema específico, vários desdobramentos do dispositivo legal podem ser encontrados, tais como:
 
a) ensino religioso nos colégios – artigo 210 § 1º, de matrícula facultativa.
b) casamento perante autoridades religiosas com efeito civis – artigo 226, § 2º.
c) transfusão de sangue nas testemunhas de Jeová – prevalência do direito à vida.
 
Liberdade de Profissão.
 
XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
 
                Tendo em vista tratar-se de norma constitucional de eficácia contida, lei infraconstitucional limitará o seu alcance, fixando condições ou requisitos para o pleno exercício da profissão. Ex: Exame de Ordem (art. 8º, IV da Lei 8.906/94 como requisito para a inscrição junto à OAB). Os requisitos que a lei estabelecer para o exercício de uma profissão têm de ser técnicos e aplicáveis a todos indistintamente.
 
                Em sede de RE 511.961, o STF reconheceu a inconstitucionalidade da exigência contida no Decreto-lei n. 972/69, que determinava ser condição indispensável para o exercício da profissão de jornalista o diploma de conclusão do curso superior de Jornalismo. Segundo o STF, a atividade de jornalista não requer qualificações profissionais específicas indispensáveis à proteção da coletividade, razão pela qual a exigência se mostraria inconstitucional.
 
                Não obstante, o Senado Federal aprovou em agosto/2012 a PEC 33/2009 que torna obrigatório o diploma de curso superior de Comunicação Social, habilitação jornalismo para o exercício da profissão de jornalista. A proposta tenta neutralizar decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de junho de 2009 que revogou a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista.
 
Liberdade de locomoção.
 
XV- é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.
 
LXI – ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei.
 
                Trata-se de direito relativo que poderá sofrer restrição na vigência do estado de defesa (No estado de defesa, busca-se preservar (caráter preventivo) ou restabelecer a ordem pública e a paz social. Também utilizado nos casos de calamidade) e estado de sítio (nos casos de ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa e guerra declarada).
 
[1] GOMES, Luiz Flávio e outro (Coordenadores). Direitos humanos fundamentais. São Paulo: Saraiva, 2012.
[2] FERREIRA, Pinto. Comentários à Constituição brasileira de 1988. Saraiva.
Exercício 1:
Constitui embaraço à plena liberdade de informação dos meios de comunicação:
A - o exercício do direito de resposta, proporcional ao agravo. 
B - o ressarcimento pelos danos morais causados por informação que violou a vida privada. 
C - dispositivo de lei ordinária que obrigue a revelação da fonte das informações veiculadas por jornalistas. 
D - condenação judicial de jornalista que, em matéria assinada, pratica o crime de calúnia contra alguém. 
E - n.d.a. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não fez comentários
Exercício 2:
Pessoa que se exime de prestar serviço militar, alegando motivo de crença religiosa e se recusa a prestar serviços alternativos:
A - é privado de seus direitos sociais. 
B - é privado do status de cidadão e dos direitos dele decorrentes. 
C - tem seus direitos e garantias individuais suspensos. 
D - não pode ser privado de nada, porque a Constituição prevê a liberdade de credo religioso. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não fez comentários
Exercício 3:
Conforme entendimento do STF com base no princípio da vedação do anonimato, os escritos apócrifos não podem justificar, por si sós, desde que isoladamente considerados, a imediata instauração da persecução criminal
PORQUE
Vigora no ordenamento jurídico brasileiro a liberdade de manifestação do pensamento, de forma que, mesmo quando produzidos pelo acusado, ou ainda, quando constituírem eles próprios o corpo de delito não poderão ser considerados em virtude da proteção constitucional.
Assinale a alternativa correta:
A - as duas assertivas são falsas. 
B - a primeira assertiva é falsa e a segunda é verdadeira. 
C - a primeira assertiva é verdadeira e a segunda é falsa. 
D - as duas assertivas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. 
E - as duas assertivas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.  
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não fez comentários
Exercício 4:
A CF/88 assegura em seu corpo a liberdade de profissão
PORQUE
Tratando-se de trabalho, ofício ou profissão lícitos, não poderá haver, em qualquer hipótese,óbice que cause embaraço à liberdade de profissão.
Assinale a alternativa correta: 
A - as duas assertivas são falsas. 
B - a primeira assertiva é falsa e a segunda é verdadeira. 
C - a primeira assertiva é verdadeira e a segunda é falsa. 
D - as duas assertivas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. 
E - as duas assertivas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. 
PARTE-IV
Direito de Propriedade
 
Neste módulo veremos noções introdutórias sobre o direito de propriedade enquanto direito fundamental da pessoa humana, já que o assunto será objeto de disciplina específica durante o curso.
 
Dispõe o artigo 5º da CF/88:
 
XXII – é garantido o direito de propriedade.
 
XXIII – a propriedade atenderá a sua função social.
 
Como regra geral o direito de propriedade é garantido pela constituição federal, a qual deverá atender à sua função social.
 
Art. 182, § 2º - A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
 
Art. 186 – A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: aproveitamento racional e adequado, utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente, observância das disposições que regulam as relações de trabalho e exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
 
Trata-se de direito relativo, pois a propriedade poderá ser desapropriada por necessidade ou utilidade pública.
 
XXIV – a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição.
 
O direito de propriedade ainda poderá ser restringido através da requisição, no caso de iminente perigo público, podendo a autoridade competente usar a propriedade particular, assegurada a indenização ulterior se houver dano.
 
No caso de expropriação prevista no artigo 243 não haverá qualquer indenização ao proprietário sem prejuízo das sanções previstas em lei.
 
Art. 243 – As glebas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas serão imediatamente expropriadas e especificamente destinadas ao assentamento de colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
 
Exercício 1:
O artigo 5o da CF/88 assegura o direito de propriedade, a qual deverá atender à sua função social. Caso a propriedade não atenda à sua função social poderá ocorrer:
A - desapropriação por necessidade pública. 
B - desapropriação por utilidade pública. 
C - multa. 
D - desapropriação-sanção. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não fez comentários
Exercício 2:
No caso da desapropriação-sanção de propriedade urbana, esta é a última medida
PORQUE
Na propriedade urbana procede-se primeiramente ao parcelamento ou edificação compulsórios e, em seguida, à imposição de IPTU progressivo.
Assinale a alternativa correta: 
A - as duas assertivas são falsas. 
B - a primeira assertiva é falsa e a segunda é verdadeira. 
C - a primeira assertiva é verdadeira e a segunda é falsa. 
D - as duas assertivas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. 
E - as duas assertivas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. 
MODULO - IV
DIREITOS DA NACIONALIDADE
 
Conceito – A nacionalidade pode ser definida como o vínculo jurídico-político que liga um indivíduo a determinado Estado, fazendo com que este indivíduo passe a integrar o povo daquele Estado e, por conseqüência, desfrute de direitos e submeta-se a obrigações.[1]
 
Espécies – A doutrina distinguiu a nacionalidade em duas espécies: a)originária; e b) adquirida.
 
a)       Originária – é aquela que independe da vontade do indivíduo, é imposta unilateralmente pelo Estado no momento do nascimento. Há dois critérios estabelecidos: ius sanguinis (o que interessa para a aquisição da nacionalidade é o sangue, a filiação, a ascendência, pouco importando o local de nascimento), e o ius solis (também conhecido como critério da territorialidade. Aqui, o que importa é o local do nascimento e não a descendência).
b)       Adquirida – é aquela que se adquire por vontade própria, depois do nascimento, normalmente pela naturalização.
 
Brasileiro Nato – Como regra o Brasil adotou o critério do ius solis, porém, a regra não é absoluta, contemplando exceções:
 
a) ius solis - qualquer pessoa que nascer no território brasileiro, salvo se os pais estrangeiros estiverem no Brasil a serviço de seu país. (Art. 12 – I, a).
b) ius sanguinis + serviço do Brasil – filhos de pais brasileiros nascidos no estrangeiro em serviço da República Federativa do Brasil ( Art. 12, I, b).
c) ius sanguinis + registro – filhos de pais brasileiros nascidos no estrangeiro sem estar a serviço da República Federativa do Brasil, desde que tenham seus registros em repartições brasileiras competentes. (Art. 12, I, c).
d) ius sanguinis + opção confirmativa - filhos de pais brasileiros nascidos no estrangeiro sem estar a serviço da República Federativa do Brasil e que venham a residir no Brasil e optem, após a maioridade, pela nacionalidade brasileira (Art. 12, I, c).
 
Brasileiro Naturalizado – Como forma de aquisição da nacionalidade secundária a nossa CF prevê o processo de naturalização que depende da vontade do interessado e da autorização estatal (ato discricionário).
 
a) originários de países de Língua Portuguesa – residência por 1 ano ininterrupto e idoneidade moral.
b)estrangeiros de qualquer nacionalidade – residência por mais de 15 anos ininterruptos e sem condenação penal.
   
Tratamento – A CF/88 preconiza em seu artigo 5º, caput, o princípio da igualdade, não podendo haver distinção de nenhuma natureza. Não obstante, o artigo 12, §2º reza: A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo os casos previstos nesta Constituição (rol taxativo).
 
Art. 5º, LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.
 
Art. 12, §3º - São privativos de brasileiros natos os cargos: I – de Presidente e Vice-Presidente da República; II – de Presidente da Câmara dos Deputados; III – de Presidente do Senado Federal; IV – de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V – da carreira diplomática; VI – de oficial das Forças Armadas; VII – de Ministro de Estado de Defesa.
 
Art. 12, §4º, I – Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I – tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional.
 
Art. 89, VII – O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele participam: VII – seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.
 
Art. 222 – A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País.
[1] LENZA. Pedro. Direito Constitucional esquematizado. Saraiva: São Paulo, 2008.
Exercício 1:
Pablo nasceu em Buenos Aires. Seu pai é o embaixador brasileiro na Argentina e sua mãe é de nacionalidade argentina. Nos termos da CF/88 e alterações em vigor, é correto afirmar que Pablo:
A - poderá naturalizar-se brasileiro após residir no Brasil por mais de 15 anos ininterruptos e não tiver condenação penal. 
B - poderánaturalizar-se brasileiro após a maioridade se residir no Brasil por um ano e desde que requeira a nacionalidade brasileira. 
C - será considerado brasileiro nato desde que venha residir no Brasil até os vinte e um anos e opte, após a maioridade, pela nacionalidade brasileira. 
D - será considerado brasileiro nato desde que venha residir no Brasil a qualquer tempo e opte pela nacionalidade brasileira. 
E - é brasileiro nato, independentemente de quaisquer condições. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não fez comentários
Exercício 2:
Maria é brasileira, funcionária da Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras, e casada com João, também brasileiro. Foi enviada grávida à Itália, juntamente com sua equipe de trabalho, para tratar de assuntos profissionais do interesse da Petrobras. Ao chegar a Roma, Maria teve complicações na gravidez e deu á luz prematuramente a seu filho Mário, que sobreviveu. De acordo com as disposições relativas a direitos da nacionalidade, esse filho de João e Maria será: 
A - apátrida. 
B - estrangeiro. 
C - brasileiro nato. 
D - brasileiro naturalizado. 
E - italiano, podendo optar pela nacionalidade brasileira após a maioridade. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não fez comentários
Exercício 3:
De acordo com a CF/88 pode ser extraditado o brasileiro naturalizado, em caso de crime comum, praticado anteriormente à naturalização ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecente e drogas afins, na forma da lei. Portanto, a afirmação acima está: 
A - incorreta, porque o brasileiro nato também pode ser extraditado. 
B - totalmente incompatível com o que dispõe a CF/88 no capítulo dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos. 
C - incorreta, porque a prática do crime comum não autoriza a extradição. 
D - totalmente compatível com o que dispõe a CF/88 no capítulo dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não fez comentários
Exercício 4:
Aos portugueses com residência permanente  no Brasil, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes aos:
A - brasileiros natos. 
B - brasileiros naturalizados. 
C - estrangeiros residentes. 
D - estrangeiros não residentes. 
MODULO-V
DIREITOS POLÍTICOS
 
Conceito – São instrumentos por meio dos quais a CF garante o exercício da soberania popular (poder de cada membro da sociedade estatal de escolher os seus representantes no governo por meio do sufrágio universal e do voto direto, secreto e igualitário), atribuindo poderes aos cidadãos para interferirem na condução da coisa pública, seja direta ou indiretamente.[1]
 
Previsão constitucional - Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela União indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
II – a cidadania;
Parágrafo único: Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
 
Art. 14 A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito; II – referendo; III iniciativa popular.
 
Estado Democrático de Direito - I – Democracia direta (o povo exerce por si o poder); II – Democracia representativa (o povo, soberano, elege representantes); III – Democracia semidireta ou participativa(híbrida, representativa, com peculiaridades da democracia direta).
 
Democracia semidireta ou participativa – a) Plebiscito: Convocado pelo Congresso Nacional (competência exclusiva), com anterioridade ao ato legislativo ou administrativo, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido.
 
Art. 2º do ADCT: No dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado definirá, a través de plebiscito, a forma (república ou monarquia constitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) que devem vigorar no País.  
 
b) Referendo: Autorizado pelo Congresso Nacional (competência exclusiva), com posterioridade ao ato legislativo ou administrativo, cumprindo ao povo a respectiva ratificação ou rejeição.
 
Exemplo: Estatuto do Desarmamento (Lei n. 10.826/2003)
 
Questão: “O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?”
 
c) Iniciativa popular: Em âmbito federal, na apresentação de projeto de lei (um só assunto) à Câmara dos Deputados, subscrito por no mínimo 1% do eleitorado nacional, distribuído por, pelo menos, cinco Estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de cada um deles.
 
Exemplo: Lei 8930/94 (Lei Glória Perez)
 
Direito Político positivo – Também conhecido como direito de sufrágio se caracteriza pela capacidade eleitoral ativa e pela capacidade eleitoral passiva.
 
a) capacidade eleitoral ativa – direito de votar, capacidade de ser eleitor. O exercício do sufrágio ativo se dá pelo voto, que pressupõe: alistamento eleitoral (título), nacionalidade brasileira, idade mínima de 16 anos e não ser conscrito. O voto poderá ser obrigatório ou facultativo.
 
a1) obrigatório – maiores de 18 e menores de 70 anos.
a2) facultativo – maiores de 16 e menores de 18 anos de idade; analfabetos e maiores de 70 anos de idade.
 
Cláusula pétrea – Art. 60, §4º, II - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: II – o voto direto, secreto, universal e periódico.
 
b) capacidade eleitoral passiva – possibilidade de eleger-se, concorrendo a um mandato eletivo, mediante o preenchimento das condições de elegibilidade: nacionalidade brasileira, pleno exercício dos direitos políticos, alistamento eleitoral, domicílio eleitoral na circunscrição, filiação partidária e idade mínima de acordo com o cargo ao qual se candidata, sendo: a) 35 anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; b) 30 anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; c) 21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) 18 anos para Vereador. (Art. 14, §3º CF).  
 
Direito Político negativo – são formulações constitucionais/legais restritivas e impeditivas das atividades político-partidárias, privando o cidadão do exercício de seus direitos políticos, impedindo-o de eleger um candidato ou de ser eleito.
a) Inelegibilidades – impossibilidade de eleger-se. Pode ser absoluta (inalistável e o analfabeto) ou relativa (em razão da função, concorrência a outros cargos, de parentesco e militares). O artigo 14, § 9º determina que: Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exercício do mandato, considerada a vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. Lembrando que, a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data da sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até 1 (um) ano da data de sua vigência (art.16 CF/88). 
 
Perda dos Direitos Políticos – A perda dos direitos políticos poderá dar-se:
a) pelo cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado.
b) pela recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VII.
c) perda da nacionalidade brasileira em virtude de outra.
 
Suspensão dos Direitos Políticos - suspensão poderá dar-se:
a) incapacidade civil absoluta.
b) condenação criminal transitada em julgado.
c) improbidade administrativa.                  
1. LENZA, Pedro. Direito Constitucional esquematizado. 15ª Edição, Saraiva: São Paulo.
 
 
 
Exercício 1:
Assinale a alternativa correta: A CF/88 estabelece que todo poder emana do povo, que o exerce mediante representantes eleitos, ou diretamente, por meio do:
A - referendo, habeas-corpus e da ação popular. 
B - referendo,da ação popular e do plebiscito. 
C - mandado de injunção e da iniciativa popular. 
D - plebiscito, do referendo e da iniciativa popular. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não fez comentários
Exercício 2:
A perda dos direitos políticos se dará no seguinte caso:
A - improbidade administrativa. 
B - cancelamento da naturalização, por sentença transitada em julgado. 
C - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos. 
D - incapacidade civil absoluta. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não fez comentários
Exercício 3:
No tocante aos Direitos Políticos, considere as seguintes assertivas:
I - O alistamento eleitoral é obrigatório para o analfabeto.
II - O voto é obrigatório para o analfabeto.
III - Os conscritos não podem alistar-se como eleitores durante o período do serviço militar obrigatório.
IV - Os analfabetos são inelegíveis.
V - É condição de elegibilidade, na forma da lei, a idade mínima de dezoito anos para vereador.
Está incorreto o que consta apenas em:
A - I e II. 
B - I, III e IV. 
C - II, IV, e V. 
D - III, IV e V. 
E - I, II, III e V. 
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não fez comentários
Exercício 4:
Compete exclusivamente ao Congresso Nacional:
A - resolver, definitivamente, em qualquer caso, sobre Tratados, Acordos ou Atos Internacionais. 
B - autorizar referendo e convocar plebiscito. 
C - autorizar a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais. 
D - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do STF.  
MODULO VI
DIREITOS SOCIAIS
Conceito – são direitos fundamentais do homem, caracterizando-se como verdadeiras liberdades positivas, de observância obrigatória em um Estado Social de Direito, tendo por finalidade a melhoria de condições de vida aos hipossuficientes, visando à concretização da igualdade social”. ¹
Art. 6o - São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
 
1. Trabalhadores – O legislador constituinte definiu o trabalhador subordinado como sendo o empregado, ou seja, aquele que tiver algum vínculo empregatício, no entanto, a CF será aplicada aos demais trabalhadores nela expressamente indicados.
As normas relativas aos direitos sociais previstos constitucionalmente são normas de ordem pública, e, portanto, invioláveis pela vontade das partes contraentes da relação trabalhista.
 
Rol dos direitos sociais – No art. 7º da CF foram definidos alguns direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social. Trata-se de rol exemplificativo, de forma que os direitos aqui previstos não esgotam os direitos fundamentais que se encontram no corpo da CF/88.
 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; (Direito à segurança do trabalho – despedida arbitrária funda-se na motivação disciplinar, técnica, econômica ou financeira).
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei.
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal.
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;²
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
XXIV - aposentadoria;
 XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas;
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integração à previdência social.
 
Direito de Greve – O direito de greve é previsto constitucionalmente, consistindo num instrumento de autodefesa, que implica na abstenção simultânea do trabalho. É um procedimento de pressão, com a finalidade primordial de defender interesses da profissão (greves reivindicativas), ou políticas, de solidariedade ou de protesto. Caráter pacífico.
 
2. Educação – A educação é um direito de todos e dever do Estado e da família, devendo ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
 Os serviços de educação configuram serviço público, podendo ser desenvolvido pelo setor privado.
 
Princípios constitucionais do ensino:

Outros materiais