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Processo de Enfermagem

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PROCESSO DE 
ENFERMAGEM
Letícia Paula Canei
ETAPAS
INVESTIGAÇÃO
DIAGNÓSTICOS
INTERVENÇÕES
IMPLEMENTAÇÃO
AVALIAÇÃO
19/11/2021
P
R
O
C
E
S
S
O
 D
E
 E
N
F
E
R
M
A
G
E
M
2
Introdução
O Processo de Enfermagem é um método que
direciona e organiza de forma sistematizada o
trabalho do enfermeiro. É uma sequência
organizada de etapas, utilizadas por enfermeiros
para identificar e controlar os problemas de saúde
dos seus pacientes. Ele é fundamentado no
conhecimento técnico-científico da área.
O Processo de Enfermagem promove o cuidado
humanizado, dirigido a resultados. À medida que se
planeja e se oferece os cuidados, é necessário levar
em conta os interesses, os desejos e valores do
indivíduo, da família e da comunidade.
19/11/2021
PROCESSO DE ENFERMAGEM
3
ETAPAS PARA REALIZAR O 
PROCESSO DE ENFERMAGEM
4
Investigação
Coleta de informações e 
dados, histórico e 
avaliação do paciente;
Dividido em Anamnese e 
Exame Físico
Diagnósticos
Decorre da análise, 
julgamento ou 
interpretação dos dados 
colhidos na entrevista, 
exame físico e revisão 
dos prontuários;
Os Diagnósticos de 
Enfermagem identificam 
problemas presentes ou 
situações de risco que 
podem ser alteradas.
Planejamento
Planejar significa 
antecipar o que deve ser 
feito, quem vai fazer, 
como, quando, onde, 
com que frequência, até 
quando e com que 
objetivos ou metas.
Implementação
Significa colocar em 
prática o que antes era 
uma proposta;
São a realização das 
ações ou intervenções 
determinadas na etapa 
do planejamento.
Avaliação
A avaliação é um 
processo deliberado, 
sistemático e contínuo 
de verificação de 
mudanças nas repostas 
da pessoa em um dado 
momento do processo 
saúde – doença.
INVESTIGAÇÃO
A primeira etapa do Processo de Enfermagem é a Investigação / Histórico. Essa fase é
composta de:
Anamnese/ Entrevista: A técnica utilizada depende do objetivo, da situação e do local
de atendimento, pode ser formal e estruturada ou ocorrer no contexto de uma conversa
informal. Consiste na coleta de informações referentes ao estado de saúde do paciente, com
objetivo de identificar as necessidades, problemas e preocupações. A coleta de dados é mais
detalhada nas consultas de enfermagem na atenção primária ou sempre que haver tempo
suficiente. Antes de iniciar a entrevista é fundamental ler os prontuários do paciente para evitar
repetições, organizar material para anotação, sala que garanta a privacidade e planejar tempo
suficiente. Deve-se garantir que as informações sejam corretas e completas. Nesta etapa o
profissional de enfermagem deve saber ouvir e entender, saber explorar os dados que o
paciente traz, demonstrar interesse, ser receptivo e comunicar-se com o paciente, estas
habilidades importam para se criar um vínculo com o paciente.
6
A entrevista começa com a queixa principal - motivo pelo qual o paciente procurou o 
serviço de saúde e descrição dos sintomas que apresenta: quando surgiu, forma que surgiu, 
qualidade, características, localização dos sintomas, localização de ocorrência dos sintomas, 
intensidade, duração, frequência, fatores que agravam ou aliviam os sintomas. Neste momento 
buscar que serviços de saúde o paciente já procurou, medicamentos ou exames feitos. Como a 
doença atual afetou os sentimentos, a autoimagem e independência.
Estado de saúde geral - questionar o paciente sobre a percepção dele sobre seu estado de saúde.
Problemas adicionais - fato ou experiência que tenha ocorrido no passado e possa ter relação no 
problema atual.
Medicamentos em uso - nome ou marca, dose, finalidade, horários, reações e respostas.
Hábitos e costumes - relato de condições de moradia, hábitos de higiene, alimentação, sono e
repouso, atividades físicas, atividade sexual, lazer, eliminações.
7
Presença de doenças e tratamentos anteriores - descrição resumida de doenças crônicas, motivo
de internações ou cirurgias anteriores, alergias a medicamentos, alimentos etc..
Nível de estresse - carga de trabalho, rotina, tempo livre, preocupações, ansiedades...
Perfil pessoal - como a pessoa se define em termos emocionais.
Estrutura familiar - arranjo da família.
Antecedentes familiares - estado de saúde de seus familiares diretos, hipertensão, diabetes,
doenças cardíacas, renais, autoimunes, tuberculose, câncer...
Uso de medicamentos - relação dos medicamentos que fez ou faz uso, se prescritos ou não, ou
outras substâncias como chás.
Existência de outros fatores de risco - relato de consumo de álcool, fumo, drogas, quantidade,
frequência, tempo de consumo.
O fechamento da entrevista deve oportunizar ao paciente esclarecimentos de possíveis dúvidas.
8
Exame Físico: É o levantamento das condições de saúde do paciente, serve para
buscar informações significativas para subsidiar a sua assistência. É de suma relevância para a
elaboração dos Diagnósticos de Enfermagem, bem como determinar as intervenções a serem
realizadas. Pode ainda ser visto como uma ferramenta para acompanhar o estado de saúde do
paciente. Dependendo das circunstâncias, não é necessário um exame completo, sendo
dirigido as queixas do paciente. Devemos executar de modo objetivo, rápido e exato. Em um
ambiente com boa iluminação e tranquilo, respeitando a privacidade do paciente. Lavar as
mãos antes e depois. Usar luvas se necessário. Explicar cada etapa ao cliente. É importante
registrar as informações de modo claro, objetivo e completas. O exame físico deve ser
realizado de modo cefalocaudal. Existem instrumentos a serem usados: esfigmomanômetro,
estetoscópio, termômetro, fita métrica, lanterna, abaixador de língua e balança. As bases dessa
etapa são a inspeção, palpação, percussão e ausculta.
Exame físico geral: bom estado físico geral e nutricional. Lúcido e orientado em tempo e
espaço. Ativo e colaborativo. Postura e respiração. Corado, hidratado, acianótico e anictérico.
9
Sinais Vitais: temperatura, peso, altura, índice de massa corpórea, frequência respiratória e
cardíaca e pressão arterial.
Tegumentar: coloração da pele, mucosas e anexos, distribuição de pelos, estado das unhas,
textura, temperatura e umidade.
Cabeça: crânio (tamanho, formato, presença de tumorações e lesões, couro cabeludo e pontos
dolorosos), rosto (coloração e aspecto da pele, manchas, sinais, cicatriz e flacidez), olhos
(aspecto e formato dos globos oculares e pálpebras, aspecto da córnea, esclerótica e acuidade
visual, verificar tamanho das pupilas e reações à luminosidade - isocóricas, miose,
anisocóricas, midríase e foto reagentes), nariz e ouvido (tamanho, formato, presença de
processos inflamatórios), boca (coloração, formato, textura dos lábios, gengiva e língua,
dentição e aspecto das amígdalas).
Pescoço: inspeção (alterações na traqueia, e contratilidade muscular), palpação (consistência
da tireoide e linfonodos)
10
Respiratório: inspeção (comparar simetria, formato, frequência e ritmo, presença de tiragem
intercostal e respiração paradoxal), ausculta (verificar ruídos respiratórios - murmúrio vesicular -
e ruídos adventícios - sibilos, roncos, creptos, atrito pleural), palpação (amplitude dos
movimentos e traqueia) e percussão (sons pulmonares claro, timpânico, maciço e submaciço).
Cardiovascular: inspeção (pulso, Ictus Cordis, frêmitos, pulsações epigástricas, esternal e
jugular) e ausculta (foco aórtico, pulmonar, tricúspide e mitral, bulhas cardíacas - B1 tum, B2 tá,
B3 anormal depois da B2, B4 anormal antes da B1).
Abdominal: inspeção (forma - plano, globoso, gravídico - estrias, hematomas, varizes, cicatrizes,
pulsações e abaulamentos), ausculta (ruídos hidroaéreos), percussão (timpânico, maciço ou
submaciço) e palpação (reação de dor, visceromegalias, ascite, tamanho dos órgãos).
Geniturinário, reto e ânus: inspeção (visualizar genitálias, verificar a presença de processos
inflamatórios, secreções) e palpação ( verificar presença de massas, regiões dolorosas e
nódulos).
11
Musculoesquelético: simetria dos membros, coluna e pelve,avaliar articulações, força
muscular e mobilidade/amplitude.
Sistema vascular: sinais de edema, enrijecimento, presença de varizes, ausência de pelos,
cianose, palidez e turgência jugular.
Neurológico: avaliar presença de movimentos anormais e involuntários, atitudes anormais,
irritabilidade, atitudes agressivas e sensibilidade aumentada, força e tônus muscular e
movimento de marcha na deambulação.
Sinais Vitais: temperatura, pressão arterial, frequência respiratória e cardíaca.
Circunferência abdominal, altura, massa e saturação também devem ser avaliados.
12
VALIDAÇÃO DOS DADOS: A validação de que as informações são factuais e completas
ajudam a evitar pressuposições, ausência de informações pertinentes, compreensão errônea
das situações, conclusões apressadas ou foco na direção errada bem como erros na
identificação de problemas.
ORGANIZAÇÃO DE DADOS: Separar dados em ordem, como por exemplo dados
referentes a nutrição e eliminações em um mesmo local. Este processo visa facilitar a
visualização do estado de saúde do paciente.
IDENTIFICAÇÃO DE PADRÕES / TESTE DE PRIMEIRAS IMPRESSÕES: Envolve decidir
sobre o que é relevante, tomar as decisões sobre o que os dados podem sugerir e determinar
como e porque o padrão se criou bem como os fatores causais.
COMUNICAÇÃO E REGISTRO: Fase final do histórico de enfermagem, onde os dados
devem ser registrados e comunicados, assegurando-se com isso que outros membros da
equipe tenham o conhecimento da situação de saúde do paciente.
13
DIAGNÓSTICOS DE 
ENFERMAGEM
É um julgamento clínico sobre uma resposta humana a condições de saúde e
processos da vida, ou uma vulnerabilidade a tal resposta, de um indivíduo, família, grupo ou
comunidade. É feito somando a análise e interpretação dos dados coletados no Histórico de
Enfermagem, estes dados baseiam-se em problemas reais ou potenciais que são
demonstrados através de sintomas de disfunções fisiológicas, comportamentais, psicossociais
ou espirituais.
O foco dos Diagnósticos de Enfermagem é as respostas humanas a doenças e
mudanças de vida, pode mudar constantemente e pode ser aplicado a indivíduos, famílias ou a
comunidade.
Sua base é o raciocínio clínico, este envolve o uso de um julgamento clínico para
decidir o que está errado com o paciente, bem como uma tomada de decisão clínica em
relação ao que precisa ser feito. Em suma é uma interpretação sobre as necessidades,
preocupações ou problemas de saúde de um paciente.
15
A NANDA-I ( North American Nursing Diagnosis Association) é a principal sociedade
científica de enfermagem que visa padronizar o diagnósticos de enfermagem, desenvolvendo e
definindo a nomenclatura, os critérios e a taxonomia dos DE.
Os diagnósticos podem ser com foco no problema, de risco ou de promoção da saúde.
Apresentam um título (todos têm), definição (todos têm), características definidoras
(diagnósticos com foco no problema - são sinais e sintomas), fatores relacionados
(diagnósticos com foco no problema e síndromes - é a etiologia), fatores de risco (diagnósticos
de risco - fatores que aumentam a vulnerabilidade), populações em risco (fator não
modificável) e condições associadas (diagnósticos médicos, lesões... - não modificável
independente do enfermeiro).
DIAGNÓSTICOS COM FOCO NO PROBLEMA: o indivíduo contém evidências de sinais e
sintomas ou de características definidoras de diagnóstico. DIAGNÓSTICO + RELACIONADO A +
FATORES RELACIONADOS + EVIDENCIADO POR + CARACTERÍSTICAS
DEFINIDORAS. Exemplo: Comunicação verbal prejudicada relacionada à incongruência
cultural evidenciado pela incapacidade do cuidados de falar o idioma do cuidador.
16
• DIAGNÓSTICOS DE RISCO: o indivíduo contém evidências de fatores relacionados (de risco)
do diagnóstico, sem as características definidoras. DIAGNÓSTICO + EVIDENCIADO
POR + FATORES DE RISCO. Exemplo: Risco de constipação evidenciado por ingestão de
fibras insuficiente.
• DIAGNÓSTICOS DE PROMOÇÃO DA SAÚDE: embora pouco usado é um julgamento clínico a
respeito da motivação e do desejo de aumentar o bem-estar e alcançar o potencial humano
de saúde. Essas respostas são expressas por uma disposição para melhorar
comportamentos de saúde específicos. DIAGNÓSTICO + EVIDENCIADO POR +
CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS. Exemplo: Disposição para sono melhorado evidenciado
por expressa desejo de melhorar o sono.
É importante priorizar os diagnósticos, mantendo uma média de 5 diagnósticos por
paciente. Estes devem seguir a ordem de maior atenção para menor. Diagnósticos que
envolvem a segurança das vias aéreas, respiração e circulação são prioridades absolutas.
17
PLANEJAMENTO
O planejamento envolve o estabelecimento de prioridades, elencar os resultados
esperados, determinar as intervenções de Enfermagem bem com assegurar que o plano seja
registrado com adequação.
Um resultado de enfermagem refere-se a um estado, comportamento ou percepção do
indivíduo, família, grupo ou comunidade, que mede a resposta às intervenções de
Enfermagem.
RESULTADOS ESPERADOS: são formulados juntamente com o paciente e os
prestadores de cuidados de saúde, devem ser realistas em relação às capacidades atuais e
potenciais do paciente bem como alcançáveis em relação aos recursos disponíveis ao paciente.
A Classificação dos Resultados de Enfermagem (NOC - Nursing Outcomes
Classification), é um sistema que pode ser usado para selecionar resultado. Apresenta
terminologia padronizada e indicadores para mensuração dos resultados de enfermagem
decorrentes das intervenções.
19
A avaliação dos RE permite quantificar as alterações no estado dos pacientes após as
intervenções e monitorar a melhora, piora ou estagnação do estado de saúde do paciente. O
verdadeiro resultado é a mudança observada na classificação do resultados após as
intervenções de enfermagem. Cada resultado possui um título, uma definição, um conjunto de
indicadores que descrevem estados, percepções ou comportamentos e a escala de medida de
Likert com cinco pontos.
INTERVENÇÕES: É qualquer tratamento baseado no conhecimento e julgamento
clínico que um enfermeiro realiza para melhorar os resultados do paciente. Podem ser
intervenções diretas (realizada através da interação com o paciente), ou indiretas (realizadas
distantes do paciente, mas em seu benefício). Elas podem ser independentes ou
interdisciplinares. Podem ter foco no paciente, na família ou na comunidade.
Assim como para definir os diagnósticos, existem prioridades a serem definidas nas
intervenções: 1°Necessidades Fisiológicas; 2° Segurança e Proteção; 3° Amor e Pertinência; 4°
Autoestima; 5° Metas Pessoais.
20
A Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC), é uma classificação
abrangente e padronizada que descreve as intervenções realizadas pelos enfermeiros. Cada
intervenção apresenta: nome, definição, lista de atividades que o enfermeiro poderia realizar
para executá-la, em ordem lógica, e uma pequena lista de leituras complementares. O tempo
estimado e o nível de instrução estão incluídos.
As atividades podem ser escolhidas ou modificadas conforme a demanda para atender
as necessidades específicas do indivíduo.
E para finalizar, o enfermeiro deve certificar-se de que o plano seja registrado de
maneira adequada, registrando todas as etapas realizadas no plano de cuidados do paciente.
21
IMPLEMENTAÇÃO
Significa colocar em prática o que antes era uma proposta, essa fase ocorre quando o
enfermeiro realiza, implementa as intervenções e as ações prescritas e necessárias para a
obtenção dos resultados esperados. São a realização das ações ou intervenções determinadas
na etapa do planejamento.
Implementar inclui preparar para comunicar e receber informações, estabelecer as
prioridades diárias, investigar e reinvestigar, realizar as intervenções e fazer as mudanças
necessárias, registrar e fazer comunicações.
Para se preparar para a comunicação o enfermeiro deve aprender sobre os problemas
de saúde do paciente, buscar tratamentos e ler osprontuários. Deve-se ainda repassar as
informações mais completas possíveis e registrar todas as informações pertinentes.
23
Para a investigação e reinvestigação devemos garantir a segurança do paciente, deve-
se monitorar as respostas às intervenções para determinar a adequação do plano de cuidados.
A realização de intervenções envolve o preparo, a execução das intervenções,
determinar as respostas e implementar as mudanças necessárias.
Após o oferecimento dos cuidados de enfermagem e da avaliação das respostas, deve
ser feito o registro de tudo.
Vale ressaltar que é responsabilidade ética e legal do enfermeiro proteger o direito do
paciente à privacidade.
24
AVALIAÇÃO
A avaliação é um processo deliberado, sistemático e contínuo de verificação de
mudanças nas repostas da pessoa em um dado momento do processo saúde - doença, para
determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado, e de
verificação da necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do Processo de
Enfermagem.
Na avaliação ou evolução observam-se as consequências da intervenção, levando em
consideração os resultados obtidos. Ela se da por meio de anotações nos prontuários, da
observação direta das respostas do paciente ao tratamento proposto, bem como do relato do
paciente. É um plano de cuidados individualizado que inclui reavaliação contínua a cada etapa
do Processo de Enfermagem.
26
O enfermeiro deve questionar-se sobre: Quais dados não identifiquei? Estou fazendo
um julgamento inapropriado? Quão confiante estou em relação a esse diagnóstico? Preciso
consultar alguém mais experiente? Confirmei o diagnóstico com o paciente? Os resultados
estabelecidos são adequados a esse paciente, nesse local de atendimento, considerando a
realidade de sua condição e os recursos disponíveis? As intervenções baseiam-se em
evidências de pesquisas ou na tradição?
Com base nas respostas das questões anteriores, o enfermeiro toma a decisão de
continuar com o plano (caso o paciente ainda não tenha obtido os resultados por uma questão
de tempo), modificar o plano (quando os resultados não foram atingidos, havendo a
identificação de novos problemas ou fatores de risco) ou terminar o plano (se os resultados
foram atingidos, se não há novos problemas ou riscos e a pessoa demonstrar capacidade de
cuidar de si mesma).
27
REGISTRO DE ENFERMAGEM
O Registro da história clínica e de vida de cada pessoa ou família, materializado na forma de
prontuários impressos ou eletrônicos, constitui memória valiosa para o profissional de saúde,
além de instrumento de apoio à decisão clínica e à qualidade do cuidado prestado.
A execução do Processo de Enfermagem deve ser registrada formalmente, envolvendo
os dados coletados sobre a pessoa, família ou grupo, os diagnósticos acerca das respostas da
pessoa, família ou coletividade humana, as intervenções realizadas face aos diagnósticos
identificados e os resultados alcançados como consequência das intervenções realizadas.
O registro de enfermagem expressa todas as ações desenvolvidas na assistência
prestada ao paciente. O método SOAP e suas notas de evolução clinica possibilitam a
sistematização do registro de enfermagem, continuidade na assistência e compartilhamento do
cuidado com a equipe multiprofissional.
28
A SOAP é um método eficiente para a recuperação rápida das informações clínicas de uma
pessoa, garantindo continuidade articulada de cuidados em equipe.
• O S quer dizer o subjetivo (entrevista/ anamnese), registram-se informações colhidas na
entrevista, incluindo as impressões subjetivas e expressadas pelo paciente.
• O O refere-se ao objetivo (exame físico), registram-se os dados positivos e negativos do
exame físico ou exames complementares.
• O A remete a avaliação (os diagnósticos + resultados esperados), faz-se uma avaliação mais
precisa em relação ao problema definindo-o e denominando-o.
• O P é a prescrição do plano (intervenções), prescrição de cuidados ou condutas que serão
tomados em relação ao problema ou necessidade avaliada.
29
EXEMPLO
E. M. A., 2 anos e 2 meses, sexo masculino. Mãe adolescente (16 anos) moradora de
bairro classe média, frequentando a escola regular, não tem mais contato com o pai da criança,
teve um pré-natal inadequado. A criança frequenta a creche e possui babá no contraturno. O
quadro vacinal está incompleto, mas a mãe afirmar levar a criança regularmente a Unidade
Básica de Saúde do seu bairro. Na casa convive a mãe da criança, seus avós maternos e dois
gatos de estimação. Possui um histórico de internação hospitalar por quadro respiratório de
repetição. A principal queixa relatada pela mãe e motivo da consulta é que a criança se recusa
a comer regularmente e não interage com familiares como antes, além de apresentar choros
constantemente.
Ao Exame Físico da cabeça apresenta face simétrica, rubor facial, olhos lacrimejantes,
pupilas isocóricas e fotorreagentes, presença de rinorreia, pele da face apresenta-se com
vesículas. Na boca as mucosas apresentam-se hiperimeadas e tonsilas palatinas inflamadas e
com presença de placa. Ao examinar tórax e pulmão: simétrico, circular; som claro pulmonar
durante percussão; ausculta pulmonar normal, FR 27mrpm. No aparelho cardiovascular: pulso
rítmico, perfusão periférica normal; e normocardico FC 100bcpm. Hipertermia 38,5°C. Presença
de acesso venoso em membro superior direito. Peso adequado para mais.
31
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM:
1. Hipertermia relacionado a doença evidenciado por pele avermelhada, pele quente ao toque,
taquicardia e taquipneia.
2. Deglutição prejudicada, relacionado a condição respiratória, evidenciado por febres de
etiologia desconhecida e recusa do alimento.
3. Integridade da pele prejudicada, relacionado a alteração na pigmentação evidenciado por
alteração na integridade da pele.
4. Paternidade ou maternidade prejudicada, relacionado a cuidado pré-natal insuficiente, pais
muito jovens, evidenciado por doenças frequentes, manutenção inadequada da saúde, pai
da criança não envolvido e mãe solteira.
5. Conforto prejudicado relacionado a sintomas relativos a doença evidenciado por sensação
de desconforto.
32
RESULTADOS ESPERADOS:
Hipertermia: Aumento da ingesta hídrica e diminuição da temperatura corporal.
Deglutição prejudicada: Aumento da ingesta de alimentos somado a melhora do estado de
deglutição.
Integridade da pele prejudicada: Cicatrização dos processos que afetam a integridade da pele.
Paternidade ou maternidade prejudicada: Melhora do vínculo familiar e aumento da
disponibilidade para cuidados do menor.
Conforto prejudicado: Aumento da satisfação de bem estar e controle de sintomas
insatisfatórios.
33
INTERVENÇÕES:
1. Intervenções para hipertermia: Monitorar a temperatura com a frequência adequada.
Monitorar a cor e a temperatura da pele. Administrar medicação para tratamento da causa da
febre, conforme apropriado. Instituir dispositivo de monitoramento contínuo da temperatura
central, conforme apropriado. Monitorar a cor e a temperatura da pele. Monitorar a pressão
sanguínea, pulso e respiração, conforme apropriado. Monitorar a diminuição do nível de
consciência. Monitorar quanto à atividade convulsiva.
2. Intervenções para deglutição prejudicada: Oferecer alimentos à temperatura mais
agradável. Alimentar o paciente sem pressa/lentamente. Postergar a alimentação se o paciente
estiver fatigado. Verificar a boca em busca de resíduos ao final da refeição. Lavar o rosto e as
mãos após a refeição. Estimular os pais/familiares a alimentarem o paciente. Oferecer alívio
adequado à dor antes das refeições, conforme apropriado
34
3. Para integridade da pele prejudicada: Examinar a pele e as mucosas quanto a
vermelhidão, calor exagerado, edema e drenagem. Observar as extremidades quanto a cor,
calor, inchaço, pulsos, textura, edema e ulcerações. Monitorar cor e temperatura da pele.
Monitorar a pele e as mucosas quanto a áreas de descoloração, contusõese distúrbios.
Monitorar a pele quanto a exantemas e abrasões. Monitorar a pele quanto a ressecamento e
umidades excessivas.
4. Para paternidade ou maternidade prejudicada: Identificar os papéis usuais no sistema
familiar. Determinar as alianças na família. Identificar as áreas de insatisfação e/ou conflitos.
Ajudar os membros da família a ter uma comunicação mais eficiente. Ajudar a família a
melhorar as estratégias positivas de enfrentamento existentes Ajudar os membros a priorizar e
selecionar a questão familiar que necessita de tratamento mais imediato.
35
5. Para conforto prejudicado: Usar abordagem calma e tranquilizadora. Esclarecer as
expectativas de acordo com o comportamento do paciente. Tentar compreender a perspectiva
do paciente em relação à situação temida. Permanecer com o paciente para promover
segurança e diminuir o medo. Encorajar a família a permanecer com o paciente, conforme
apropriado. Oferecer objetos que simbolizem segurança. Escutar o paciente com atenção.
Orientar o paciente sobre uso de técnicas de relaxamento.
36
Resumo
A Sistematização da Assistência de 
Enfermagem é uma ferramenta 
para organizar o trabalho do 
enfermeiro com base em um 
método sistematizado tornando 
mais objetiva e eficaz sua prática 
profissional. Facilita a solução de 
problemas identificados nos 
pacientes e a seleção de cuidados 
apropriados. 
P
R
O
C
E
S
S
O
 D
E
 E
N
F
E
R
M
A
G
E
M
37
UNIVERSIDADE DO OESTE DE 
SANTA CATARINA - UNOESC
CURSO DE ENFERMAGEM
SAÚDE DO ADULTO
PROFESSOR JOEL MORSCHBACHER
ACADÊMICA LETÍCIA PAULA CANEI

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