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Violência contra crianças e adolescentes. Faculdade Única.

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FACULDADE ÚNICA 
LUCIANE RODRIGUES DA CUNHA 
“VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES”
SERRA – ESPIRITO SANTO
2021
FACULDADE ÚNICA 
LUCIANE RODRIGUES DA CUNHA 
“VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES”
Artigo Científico apresentado à Faculdade Única, como parte das exigências para a obtenção do título de _______________ (Nome do título almejado)
SERRA – ESPIRITO SANTO 
2021
“VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES”
Luciane Rodrigues da Cunha 
RESUMO
No Brasil, atualmente, ser criança ou adolescente estar sendo motivo de muita preocupação. O fenômeno crescente de violência contra essa categoria tornou-se uma tendência mundial, diante dessa constatação, atenua-se a necessidade de políticas públicas para o atendimento desse segmento crescente da população e á proteção e ao enfrentamento da violência contra a criança e do adolescente. As escolas desempenham um grande papel na sociedade, essa pode ser vista como a rede de proteção.O objetivo do presente artigo é analisar as políticas públicas direcionadas a garantia da qualidade de vida a criança e o adolescente vitimas de violência.Esta pesquisa é de cunho explicativo, baseada em um levantamento bibliográfico. A contextualização das referidas políticas públicas indica a proteção como fator fundamental no processo preventivo para Proteção e Defesa do Direito da Criança e do Adolescente vitima de violência.
Palavras chave: Família. Violência contra Criança e Adolescente. Proteção, Política Pública e Política de Saúde . 
Introdução
A ideia de realizar um trabalho sobre o tema “Violência Contra a Criança e o Adolescente” surgiu a partir da necessidade ocorrente na contemporaneidade, pela falta de cuidado e respeito que são direcionados a essa faixa etária. A inserção como cidadã em uma sociedade violenta e opressora abriu-me um leque de vários questionamento e observações diárias, algumas questões inquietantes no qual me colocavam à necessidade de entender, como se desenvolve o processo de trabalho com as vítimas e seus familiares, juntamente com a sociedade e os setores responsáveis pelos cuidados desse grupo. A partir disso, a observação passou a ser mais rigorosa, procurando compreender como é a realização da abordagem desse grupo.
Nesse âmbito, após a definição do tema, a partir dos primeiros questionamentos que motivariam a pesquisa, a problematização do trabalho se enfoca na violência, no desenvolvimento das políticas públicas voltada para as crianças e os adolescentes vitimas de violências, seja ela qual for e em identificar e analisar políticas públicas para o atendimento das demandas dessa população. Tendo em vista que segundo o Estatuto da Crinça e do Adolescente – ECA a criança e o adolescente são sujeitos de direitos e respeito.
Segundo a Lei nº8.069, de 13 de Junho de 1990 TÍTULO I das disposições preliminares diz:
Art.1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.
Art.2º considera-se criança ,para os efeitos desta Lei, apessoa até doze anos de idade incompletos , e adolscente aquela entre doze e dozoitos anos de idade.
Parágrafo único .Nos casos expressos em lei,aplica-se excepcionalmente este Estatuto ás pessoas entre dezoito e vinte um anos de idade.
Art.4° É dever da família ,da comunidade,da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a afetivação dos direitos , referentes à vida,á saúde ,á alimentação,á educação,ao esporte, ao lazer,á profissionalização,á cultura ,á dignidade,ao respeito,á liberdade e á convivência familiar e comunitária. 
Baseado na Lei nº8.069, de 13 de Junho de 1990 TÍTULO I fica notório o desrespeito que as crianças e adolescentes vem sofrendo perante a sociedade. O número de crianças e adolescentes que sofrem algum tipo de violência vem crescendo cada dia mais, seja essa violência verbal, física ou psicologia.Muitas dessas agressões são acometidas em seu seio familiar, sendo esse, o local onde deveria ocorrer a segurança desse público alvo da pesquisa .Pois isso é assegurado por lei através do Art.5º da Lei nº8.069, de 13 de Junho de 1990 TÍTULO I das disposições preliminares onde diz:
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
Essas vítimas normalmente são expostas á vários tipos de violências e em diversos ambientes, sendo assim, a família, a sociedade e o poder público, tem por obrigação desenvolver políticas públicas voltadas para a promoção, a proteção e a recuperação física e mental dessa categoria . 
Cabe destacar que, em todo o mundo, a violência contra a criança e o adolescente vem oscilando e se diversificando dentro do próprio grupo etário. Conforme pesquisa obtida pelos censos demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE 2018, 2019, 2020). 
 No Brasil, segundo dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), apenas em abril, foram registradas 19.663 denúncias de violência sexual contra menores, o que representa um aumento de 47% em relação ao mesmo período no ano passado. Em março, o aumento foi de 85% em relação a 2019.
O número de denúncias de violência contra crianças e adolescentes no Brasil caiu 12% durante os meses da pandemia em 2020 em comparação ao mesmo período dos anos passado. Segundo dados do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, foram registradas 26.416 denúncias pelo canal “Disquem 100” entre março e junho deste ano, contra 29.965 no mesmo período de 2019. O número de registros em 2020 é o segundo menor para o período em toda série histórica, iniciada em 2011. Ele só superou as 24.188 denúncias que foram feitas em 2018.
 Como foram citados acima, os dados presentes diz respeito à violência relacionada ao Brasil, pois segundo a pesquisa denúncias de violência contra crianças e adolescentes caíram 12% no Brasil durante a pandemia. O isolamento social é um fator importante no processo dessa queda de registro, pois as denuncias registradas chegaram a contabilizar 26,4 mil entre março e junho, conseguindo assim, o segundo menor número de denuncia na história desde 2011. 
Para o advogado, especialista em direitos da infância e juventude e ex-conselheiro do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Ariel de Castro, o fechamento das escolas por conta da quarentena obrigatória contra o corona vírus pode ter influenciado na diminuição das denúncias.
Para o advogado e ex- conselheiro do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) Ariel de Castro diz :
“A subnotificação das denúncias acaba sendo um efeito colateral do isolamento social e da suspensão de aulas para conter as contaminações por Covid-19. A maioria dos casos são descobertos por meio das escolas, mas os educadores e cuidadores de creche costumam se preservar e fazer denúncia anonimamente no 'Disque 100' ou nos Conselhos Tutelares. As denúncias são em sua maioria de negligência, além dos casos de violência física, psicológica e sexual”, 
O CONADA - Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente conhecido também como Lei 8242/1991 foi criado para deliberar e controlar as políticas públicas de promoção, defesa e garantia de direitos e zelar pelos princípios.
Os afastamentos das escolas causaram essa queda de registro, pois seguindo essa linha de raciocínio lógico, professores, diretores e demais profissionais que antes tinham acesso constante sobre essas crianças que sofrem abusos, com a pandemia esse acesso tornaram-se limitados, pois com as aulas on-line perderam o acesso a elas, causando assim, uma grande dificuldade para as denuncias de violências. As escolas também são vista como Rede de Proteção as vítimas de violência, pois são através delas que ocorrem a maiorias das notificações de abusos contra crianças e adolescentes.
 As vítimas de violências na maioria das vezes tentam chamar atençãopara demonstrarem que estão sendo vitimas de violências, porém não são todos os profissionais da área da educação que estão preparados para reconhecer estes casos e auxiliar os alunos. Os profissionais da área da educação devem estar preparados para saberem lidar com esse problema que vem assolando a nossa sociedade. Algumas crianças conseguem demonstrar a violência sofrida através de comportamento que normalmente não são manifestadas pela mesma, comportamento agressivo contra amigos, ou também, aquelas criança que antes eram alegre começa a demonstrar tristeza constante, isolamento não querendo brincar com as demais crianças, ou seja, preferir o isolamento social ao convívio colegas e companheiros.
A violência contra a criança e o adolescente já se tornou um grave problema para a saúde pública e todos nós somos responsáveis por essa barbárie, pois segundo a Constituição Federal: É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a afetivação dos direitos, referentes à vida.
 A violência contra a criança e o adolescente hoje deixou de ser um tabu , pois o enfrentamento dessa implica lidar com questões complexas que envolve a moral, ética ,ideologia ,política e cultural, entre outros fatores.São graves os problemas que uma vítima de violência acarreta em sua vida, se não tiver um tratamento adequado com pessoas qualificadas para promover ações para ajudar no enfrentamento dessa cuntuda imoral .
 Para isso por lei a Saúde Pública juntamente com demais orgãos aceitou assumir juntamente com o ECA –Estatudo da Criança e do Adolescente,um madato social para para atuação da prevenção, diagnostico e notificação de casos de violências .Criou-se, assim, um espaço privilegiado para a identificação , acolhimento e atendimento de crianças e adolescentes em situação de violência, bem como a orientação às familias 
Desenvolvimento
 Brasil é o país líder no ranking de violência praticada contra a criança e o adolescente, pesquisa mostra que violências e abusos praticados contra essa categoria classifica o Brasil como o mais violento comparado com outros 13 países na América Latina. Estudo divulgado pela Organização Social Visão Mundial.
 Ao falar sobre violência contra a criança e o adolescente, logo vem à mente de muitos á violência sexual ou física, onde essas deixam no corpo marcas de agressão visível a olho nu, mas não levam em consideração que a violência psicológica e verbal deixa marcas profundas na vida daqueles que a sofrem, fazendo com que muitas dessas vítimas cresçam com comportamentos agressivos que podem acarretar grandes problemas pelo resto da vida se não tiverem um acompanhamento adequado com profissionais qualificados para lidar com esse tipo de demanda . As vítimas desses abusos carregam grandes sequelas que podem resultar sérios efeitos, tanto física como mental, sejam, esses curtos ou de longo prazo. 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica a violência contra a criança em quatro tipos, abuso físico, sexual, emocional ou psicológico e negligência, os quais podem resultar em danos físicos, psicológicos; prejuízo ao crescimento, desenvolvimento e maturação das crianças.
 Para entender um pouco a fenômeno da violência é preciso detalhar o seu conceito e como ele se apresenta. Para isso recorro ao conceito segundo Araújo (1996 apud MARTINS, 2010), o qual afirma que a violência não pode se caracterizar apenas pela agressão física, compreendendo também as violências sexuais e psicológicas que abarcam as agressões verbais e humilhações que prejudicam a auto-estima e a habilidade de reação e de julgamento da pessoa acometida.
A violência não é algo novo em nossa sociedade, ela somente deixou de ser algo escondido ela consiste no uso da força, do poder e de privilégios para dominar, submeter e provocar danos a outros: indivíduos, grupos e coletividades. A cultura e as formas de solução de conflitos das sociedades determinam quais são mais violentas outras menos (MINAYO, 2006). 
A violência só se tornou um problema de saúde pública na década de 80, ampliando o espaço para se discutir a questão dos maus-tratos. Mesmo assistindo em televisão, olhando a internet e outros meios de comunicação, ainda se desconhece a frequência exata dos casos de abuso contra a criança e o adolescente, pois conta-se basicamente com o registro dos poucos serviços existentes no país para a identificação e atendimento das famílias que praticam maus tratos.
 O número de violência cresce devido ao medo de denunciar os abusadores que na maioria das vezes são pessoas que deveriam proteger as vítimas, pois essas são pessoas de confiança e na maioria das vezes também pessoas possuidoras de algum poder na comunidade. 
Diante dessa realidade, as crianças e os adolescentes podem ser vitimados pelas condições socioeconômicas apresentadas em nossa conjuntura atual, ou, ainda, vitimizados nas relações interpessoais – onde prevalece o abuso de poder do adulto sobre estes sujeitos, podendo ocorrer independentemente da situação socioeconômica vivida, como afirmam Azevedo e Guerra (2000)
O fenômeno da violência sexual contra crianças e adolescentes, ao longo dos anos, vem sendo incluído na agenda dos Governos e da sociedade civil como uma questão relacionada à luta nacional e internacional pelos direitos humanos de crianças e de adolescentes, preconizados na Constituição da República, no Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei 8069/90 e na Convenção Internacional dos Direitos da Criança.
 Com a violência contra acriança e o adolescente explícita em nossa sociedade, emergiu a necessidade da promoção da implantação das políticas públicas e de saúde para o enfrentamento dessa imoralidade e agressão contra as nossas crianças. Foram implementadas as Políticas de Saúde no âmbito do SUS que engloba todas as faixas etárias, e em especial as crianças e os adolescentes vitimas dessa barbárie. 
Enquanto expressão da questão social, as diversas manifestações da violência têm exigido ações que vislumbrem não apenas a intervenção nos casos denunciados, mas, principalmente, ações que afirmem a prevenção da problemática em suas dimensões primária, secundária e terciária.
 Como enfrentamento dessa grave problema da saúde pública, foram desenvolvidos passos primordiais para prevenção e promoção contra o abuso e a violência contra a criança e o adolescente, isso abrange a promover ações de sensibilização e mobilização da defesa de tão importante causa; Conversar com criança e adolescentes orientando-os sobre os riscos da violência no cotidiano e suas formas de prevenção; Adotar posturas proativas frente a qualquer situação de violência; debater o assunto nas escolas, comunidades, famílias, serviços de saúde, entre outros setores da sociedade.
Foram desenvolvidas várias políticas para enfrentar as diversas formas de violências:
Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências (Portaria nº737/2001) 
A aprovação de que trata este Artigo tem como objetivo a redução da morbimortalidade por acidentes e violências no País, mediante o desenvolvimento de um conjunto de ações articuladas e sistematizadas.
Política Nacional de Promoção da Saúde (Portaria nº 687/2006). 
Promover a equidade e a melhoria das condições e dos modos de viver, ampliando a potencialidade da saúde individual e coletiva e reduzindo vulnerabilidades e riscos à saúde decorrentes dos determinantes sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais.
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher-Violência sexual e doméstica.
– Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres brasileiras, mediante a garantia de direitos legalmente constituídos e ampliação do acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde em todo território brasileiro.
 – Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade feminina no Brasil, especialmente por causas evitáveis, em todos os ciclos de vida e nos diversos grupos populacionais,sem discriminação de qualquer espécie. 
– Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher no Sistema Único de Saúde.
Política Nacional de Atenção Integral á Saúde de Adolescentes e Jovens.Tem como objetivo promover a atenção integral, humana e resolutiva à saúde de adolescentes e jovens de 10 a 24 anos, na perspectiva de assegurar a acessibilidade e a melhoria da qualidade de saúde a essa população, considerando os eixos prioritários previstos nas Diretrizes Nacionais para Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens, na Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde. Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento saudáveis; Atenção Integral à Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva e Atenção integral ao uso abusivo de álcool e outras drogas, tendo como marco legal básico norteador, o Estatuto da Criança e do Adolescente. 
Notificação de Violência contra Criança e Adolescente na Rede do SUS (Portaria nº 1.968/2001) Dispõe sobre a notificação, às autoridades competentes, de casos de suspeita ou de confirmação de maus tratos contra crianças e adolescentes atendidos nas entidades do Sistema Unido de Saúde.
Rede Nacional de Prevenção de Violência, Promoção da Saúde e Cultura e Paz (Portaria 936/2004)
Dispõe sobre a estruturação da Rede Nacional de Prevenção da Violência e Promoção da Saúde e a Implantação e Implementação de Núcleos de Prevenção à Violência em Estados e Municípios.
Art. 1º  Aprovar a estruturação da Rede Nacional de Prevenção da Violência e Promoção da Saúde, com o objetivo de articular a gestão e as ações do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas – Área Técnica de Prevenção da Violência e Causas Externas, da Secretaria de Atenção à Saúde - Ministério da Saúde – DAPES/SAS/MS, com os Núcleos de Prevenção da Violência e Promoção da Saúde Estaduais e Municipais e do Distrito Federal, com instituições acadêmicas e organizações não governamentais conveniadas com o Ministério da Saúde e outras iniciativas dos Municípios e Estados que contribuam para o desenvolvimento do Plano Nacional de Prevenção da Violência.
Art. 2º  Definir que a Rede Nacional de Prevenção da Violência e Promoção da Saúde será constituída pelo Departamento de Ações Programáticas Estratégicas – Área Técnica de Prevenção da Violência e Causas Externas – DAPES/SAS/MS, pelos Núcleos Estaduais e Municipais, por organizações sociais e instituições acadêmicas conveniadas com o Ministério da Saúde e Municípios e Estados com iniciativas que contribuam para o desenvolvimento do Plano Nacional de Prevenção da Violência.
Rede Nacional de Atenção Integral às Mulheres, Adolescentes e Crianças em situação de violência doméstica e sexual. Tem por objetivo:
Promover, por intermédio de formação profissional continuada, a organização e a sustentabilidade da atenção integral para mulheres e adolescentes em situação ou risco de violência doméstica e sexual, bem como o apoio ao desenvolvimento de habilidades que tenham por fim garantir a prevenção e o atendimento na concepção de rede integrada. 
 Através dessas políticas foram desenvolvidas estratégicas e ações para suas implantações, as quais podem ser desatacadas conforme citado na cartilha Impacto da Violência na Saúde das Crianças e dos Adolescentes. Pg.11:
· Elaboração de diretrizes, parâmetros, metodologias e orientações voltadas á atenção à saúde, prevenção e proteção de crianças e adolescentes em situações de violências.
· Elaboração de normas técnicas especialistas voltadas à atenção à saúde de crianças e adolescentes em situações de violência sexual.
· Realização de campanhas de sensibilização e mobilização da sociedade sobre o impacto da violência na saúde em ênfase nos fatores de riscos e proteção.
· Capacitação a distancia sobre os impactos da violência na saúde, além de materiais educativos e informativos sobre a temática.
· Fomento para estruturação e qualificação da Rede de Atenção à Saúde, organizada no âmbito do SUS,em : 
· Rede de Prevenção da Violência, Promoção da Saúde e Cultura de Paz;
· Rede de atenção Especializada;
· Rede de Vigilância em Saúde;
· Rede de Atenção Básica – Saúde da Família.
· Investimentos em pesquisas sobre as diversas formas de violência contra crianças, adolescentes e jovens, mulheres e pessoas idosas.
· Construção de indicadores e desenvolvimento de instrumentos de acompanhamento e avaliação das ações.
· Articulação com o Ministério da Justiça, Educação, Desenvolvimento Social e Controle à Fome , Cidades ,Trabalho e Secretarias Especiais de Direitos Humanos, de Políticas para as Mulheres ,Igualdade Racial, entre outros. 
 Assim sendo, os Estados, Municípios e Distritos Federais possui o papel de promover mecanismos para o combate a violência contra criança e adolescente. As políticas desenvolvidas por essas entidades, têm por obrigação promover, garantir, elaborar ações e acompanhamento educativos de prevenção da violência doméstica e familiar contra a criança e o adolescente; e a capacitação permanente de profissionais nas escolas e nos conselhos tutelares para que identifiquem situações de agressão.Tendo acompanhamentos de profissionais especializados e capacitados dos órgão de saúde, assistência social, educação e segurança. 
Conclusão
O percurso percorrido por este trabalho se inicia com o levantamento de dados acerca da Violência contra a criança e o adolescente no âmbito do Brasil. Em seguida, faz uma análise do desenvolvimento das Políticas Públicas para o segurança dessas vitimas no Brasil juntamente com a busca da compreensão de como são estruturadas as políticas sociais para essa categoria , segundo as legislações vigentes que resguardam esse segmento populacional. 
A revisão bibliográfica revelou que o debate e a luta por políticas que assegurem a população vitimas de violência são de extrema importância, tendo em vista que a violência contra a criança e o adolescente passou a ser uma tendência mundial, e o Brasil, desde os anos de 1989 e aprovado pelo Congresso Nacional em 30/06/89 e transformado na Lei nº 8069 em 13/06/1990, veio a se constituir no instrumento legal na garantia da cidadania de crianças e adolescentes. Com a implementação da ECA (instrumento único em toda a América Latina), a lei passa a dar prioridade absoluta à criança/adolescente por parte da família, da sociedade e do Estado, mudando a concepção de atendimento à criança e ao adolescente.
Com o início do processo de redemocratização do país, ressalta-se a Constituição Federal de 1988, considerada um marco para as políticas sociais brasileiras, introduzindo no sistema de resposta às demandas sociais um conceito de proteção social mais abrangente e legitimado. Após a instauração do novo estatuto da ECA no Brasil, a criança e o adolescente passaram a ser incluída no campo das políticas sociais, o que influenciou no debate e na garantia de seus direitos, ganhando espaço para uma legislação mais apropriada.
Assim, destaca-se a importância e a afirmação da Assistência Social como Política de Seguridade Social, a luta por políticas sociais organizadas e comprometidas com a garantia de direitos nos níveis de Proteção Social Básica e Especial, e o resgate do valor da criança e do adolescente em nossa sociedade – sabendo que esta deve ser valorizada em suas potencialidades, resguardada em seus direitos e atendida em suas demandas.
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, M. A.; GUERRA, V. N. de A. As políticas sociais e a violência doméstica contra crianças e adolescentes: um desafio recusado em São Paulo?. In: AZEVEDO, M. A.; GUERRA, V. N. de A. (orgs). Infância e violência doméstica: fronteiras do conhecimento. 3 ed. São Paulo: Cortez, p.228- 304, 2000.
BRASIL. Lei n o 8.069, de 13 de julho de 1990.Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil,Brasília,DF16 jul.1990.Disponível em:http://www.planalto.gov.br/ccivil03/LEIS/ 
L8069.htm#art266. Acesso em: 27 mai. 2021.
Brasil. Presidência da República. Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõesobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial da União 1990; 16 Jul.
CONADA- Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - Criado em 1991 pela Lei nº 8.242 .
Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas- Linha de Cuidado para a Atenção Integral à Saúde de Crianças, Adolescentes e suas Famílias em Situação de Violências . Série F. Comunicação e Educação em Saúde. Brasília – DF 2010
Escola que Protege: enfrentando a violência contra crianças e adolescentes- Vicente de Paula Faleiros Eva Silveira Faleiros Brasília, 2008 2ª Edição
IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 1990. Síntese de Indicadores da Pesquisa Básica da PNAD de 1981-1989 Rio de Janeiro: IBGE.
INESC. O Brasil com baixa imunidade Balanço do Orçamento Geral da União 2019. Brasília, abril de 2020. Disponível em: https://www.inesc.org.br/wp-content/uploads /2020/04/ Balanco-OGU-Inesc. pdf. Acesso em: 05 jul. 2021.
LINDA L. Dahlberg Etienne G. Krug -Violência: um problema global de saúde pública- Ciênc. saúde coletiva 11 (suppl) • 2006
______. Lei nº 8069, de 13 de julho de 1990. Estabelece sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente.
______. Lei nº 8.242, de 12 de outubro de 1991. Cria o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) e dá outras providências.
______. Lei nº 13.431, de 4 de abril de 2017. Estabelece o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência e altera a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente).
MS (Ministério da Saúde), 1991. Estatuto da Criança e do Adolescente Brasília, DF: Ministério da Saúde.
MARTINS, Rosimere de Carvalho. Jovens mulheres vitimadas: abuso sexual, sofrimento e resiliência. Curitiba: Juruá, 2010.
MINISTÉRIO DA SAÚDE –Atenção Integral para Mulheres e Adolescentes em Situação de Violência Doméstica e Sexual . p.26 1ª edição 2ª reimpressão Série B. Textos Básicos de Saúde Brasília – DF 2011
MINISTÉRIO DA SAÚDE - Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens na Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde. Brasília - DF 2010
MINISTÉRIO DA SAÚDE - Política Nacional de Promoção da Saúde Revisão da Portaria MS/GM nº 687, de 30 de março de 2006 . Brasília – DF 2014
MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Ações Programáticas Estratégicas - Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher Princípios e Diretrizes- Brasília – DF 2004
MINISTÉRIO DA SAÚDE; MINISTÉRIO DA JUSTIÇA SECRETARIA DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES-NORMA TÉCNICA ATENÇÃO HUMANIZADA ÀS PESSOAS EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA SEXUAL COM REGISTRO DE INFORMAÇÕES E COLETA DE VESTÍGIOS 1ª Edição Brasília - DF 2015
ONDH - Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos. Disponível: https://www.gov.br/mdh/pt-br/canais_atendimento/ouvidoria-do-mmfdh. Acesso em 30 ago.2021
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). INSPIRE: Sete Estratégias para pôr fim à Violência contra Crianças. Núcleo de Estudos da Violência 2016. Disponível em : HTTPS://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/207717/9789241565356-por.pdf?ua=1. Acesso em: 29 abr. 2021.
Protocolo de Atenção Integral a crianças e adolescentes vítimas de Violência. Uma abordagem interdisciplinar na Saúde.

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