Buscar

ACESSO À JUSTIÇA NA CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ACESSO À JUSTIÇA NA CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
1 INTRODUÇÃO 
O Acesso à Justiça, compreendido como direito humano, pressupõe pelo Estado de Direito sua plena realização mediante Sistema de Justiça efetivo e democrático. Contudo, o quadro macroeconômico e sociocultural no qual gesta essas garantias não é favorável a sua realização objetiva de forma igualitária entre os indivíduos. Para tanto, formulam-se, no âmbito do Estado, práticas alternativas de resolução de conflitos, tais como a mediação e a conciliação a fim de dirimir as desigualdades das disputas levadas à lide.
O presente estudo tem por objetivo a análise da Mediação com forma de efetivação do Acesso à Justiça, pois como veremos o Acesso à Justiça não compreende somente o acesso ao Poder Judiciário, mais sim o acesso a todos os mecanismos da ordem jurídica constitucional que promova os direitos fundamentais e a todos os meios de solução do conflito, sejam eles judiciais ou extrajudiciais. Uma das maiores dificuldades sobre as garantias de todos os direitos do ser humano e possibilitar o efetivo Acesso à Justiça.
O estudo dos obstáculos que impossibilitam o Acesso à Justiça se faz necessário para buscar soluções e formas de melhorar e derrubar esse obstáculo. A Mediação é uma das formas de garantir o Acesso efetivo à Justiça.
Além disso, como se observa no presente estudo, um dos maiores problemas enfrentados pelas pessoas no que diz respeito ao Acesso à Justiça é quanto às custas do processo, não tendo possibilidade de arcar com estes valores altos sem causar qualquer prejuízo a seu próprio sustento e de sua família.
O direito ao acesso à justiça é um princípio consagrado pela Constituição Federal de 1988, que garante a todos o direito de ter seus conflitos resolvidos de forma justa.
O acesso à justiça tem por finalidade oferecer as pessoas a possibilidade de resolver sua lide através da tutela do Estado e ainda, o acesso à justiça é um direito que possibilita a promoção dos outros direitos, ou seja, é por meio dele que se exige a garantia de tutela dos demais direitos face às lesões ou ameaças de lesões.
O acesso à justiça busca não somente a celeridade, também a eficiência, para que o cidadão brasileiro consiga chegar a justiça sem precisar esperar um trâmite processual demorado e não ter a certeza que a decisão será satisfatória.
Estamos vivendo um momento de “Redescoberta” do Poder Judiciário. A democratização do acesso à Justiça tem promovido uma verdadeira explosão de litigiosidade. Não nos referimos aqui ao aumento dos conflitos, mas, sim, ao aumento da “busca” de solução dos conflitos.
2 DEFINIÇÃO
Tratam do Acesso à Justiça pela Mediação e Conciliação, com o objetivo de verificar a efetividade dessas práticas como formas alternativas de solução de conflitos sociais na garantia dos direitos. O direito ao acesso à justiça é um princípio consagrado pela Constituição Federal de 1988, que garante a todos o direito de ter seus conflitos resolvidos de forma justa.
3 ACESSO Á JUSTIÇA NA CONCILIAÇÃO
A Mediação tem por objetivo tornar o Acesso à Justiça mais fácil. Ela facilita ainda a solução da controvérsia, visto que a decisão não é imposta por um terceiro, mais sim as partes acordam acerca do litígio. Além disso, a Mediação, por ser um meio alternativo de solução de conflito, faz com que as pessoas alcancem a solução de uma forma mais rápida e com uma menor morosidade do que se procurasse a via judicial.
4 ACESSO Á JUSTIÇA NA MEDIAÇÃO
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O Acesso à Justiça como direito garantido pela ação do Poder Público requer dele próprio iniciativas que possam assegurar o enfrentamento de determinantes que envolvem os conflitos levados a juízo. Nesse sentido, a Mediação e a Conciliação são entendidas como meios alternativos de solução de conflitos sociais, aptos a viabilizar o Acesso à Justiça.
Em tese, a participação das pessoas no processo da Mediação e Conciliação, por um lado, passa a representar a democratização dos espaços de poder estatal numa perspectiva de evitar possíveis arbitrariedades do poder público a partir da sociedade, decidindo sobre seus próprios conflitos.
A lógica das formas alternativas de resolução de conflitos, como já elucidado, é facilitar o Acesso à Justiça de forma a garantir um processo eficaz e eficiente, ou seja, tornar mais ágeis e econômicas as soluções para os conflitos jurídicos mediante o acordo amigável. Há uma explícita preocupação com o aprimoramento do processo civil, em detrimento de seus impactos. Cappelletti e Garth (1988, p. 12-13) apontam que o problema do acesso implica mudanças do moderno processo civil.
Em meados dos anos de 1990, com a adoção dos ideais neoliberais pelo Estado brasileiro, colocou-se em xeque a garantia dos direitos sociais, assegurados pela Constituição (1988). Nesse contexto, as práticas de Mediação e Conciliação expressam a preocupação muito mais com eficiência e eficácia das ações judiciais do que com a efetividade da garantia dos direitos. As respostas empreendidas resultam em acordos que geram a pacificação das relações interpessoais das partes, sem provocar mudanças significativas na realidade dos sujeitos envolvidos. Atestou-se que a realização dessas técnicas se dá em uma realidade marcada profundamente pela desigualdade de gênero e de raça e por expressões de violência doméstica contra a mulher, o que coloca limitações nessa forma de intervenção. Constatou-se que os acordos realizados geram a divisão de responsabilidades dos ex-cônjuges na criação dos filhos, sem, contudo, aplicar o Estatuto da Criança e do Adolescente, em caso de negligência, ou a Lei Maria da Penha em casos de violência doméstica. Nos acordos acompanhados nesta pesquisa, averiguou-se que tais situações foram identificadas, mas, não houve nenhuma medida de acionamento à rede e ao Sistema de Proteção Social.
No contexto da eliminação das barreiras do Acesso à Justiça, as técnicas de resolução de conflitos como a Mediação e a Conciliação surgem como alternativas jurídicas viáveis e complementares ao sistema judicial. No entanto, essas técnicas, ao enfatizarem a agilidade e economicidade dos processos, não garantem a resolução dos conflitos em sua totalidade, o que representa limites na efetividade dos direitos.
CONCILIAÇÃO E ACESSO À JUSTIÇA
Resumo: A conciliação, assim como a mediação e a arbitragem, constitui meio alternativo de acesso à justiça, ou seja, constitui meio alternativo à tutela jurisdicional do Estado, funcionando como uma justiça parajurisdicional, como método de solução de conflitos, que tem como principais atores as próprias partes controversas, fomentando o ideal de pacificação social que, certamente, simboliza o escopo da Justiça institucionalizada e exercida pelo Estado mediante a sua capacidade de decidir imperativamente e impor decisões.
"A primeira característica dessas vertentes alternativas é a ruptura com o formalismo processual. A desformalização é uma tendência, quando se trata de dar pronta solução aos litígios, constituindo fator de celeridade. Depois, dada a preocupação social de levar a justiça a todos, também a gratuidade constitui característica marcante dessa tendência. Os meios informais gratuitos (ou pelo menos baratos) são obviamente mais acessíveis a todos e mais céleres, cumprindo melhor a função pacificadora. Por outro lado, como nem sempre o cumprimento estrito das normas contidas na lei é capaz de fazer justiça em todos os casos concretos, constitui característica dos meios alternativos de pacificação social também a delegalização, caracterizada por amplas margens de liberdade nas soluções não-jurisdicionais (juízos de equidade e não juízos de direito, como no processo jurisdicional)." (CINTRA, GRINOVER E DINAMARCO, 2008, p. 32.)
Em vistas disso, a tutela jurisdicional não representa o único meio de conduzir as pessoas à ordem jurídica justa, eliminando conflitos e satisfazendo pretensões justas. Outrossim, a incapacidade latente do Poder Estatal em solucionar as insatisfações, em solucionar os litígios judiciais com celeridade,com eficiência, com dinamismo jurisdicional, evidencia a necessidade de se desvencilhar do modelo posto em tempos modernos através da adoção de novas formas de apaziguamento social.
Se as duas são técnicas que seguem na contramão da Jurisdição Estatal e que:
· Valorizam a relação entre as partes;
· Colocam as partes em pé de igualdade;
· Otimizam o tempo de solução de conflitos
· Disposições sobre Mediação e Conciliação
· O conciliador atua em casos em que, preferencialmente, não há um vínculo anterior entre as partes e sugere soluções para o conflito.
· O mediador, por outro lado, atua em casos em que há vínculo anterior e em que é necessário o restabelecimento da comunicação entre os indivíduos.

Continue navegando