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Apostila Genética Humana | Questões com gabarito

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Genética Humana
Material de apoio da monitoria de Genética Humana
Larissa Albuquerque
UFPE
Conteúdo
Ácidos nucleicos e replicação do DNA
Síntese proteica
Regulação da expressão gênica
Mutação e reparação do DNA
Estrutura dos cromossomos e ciclo celular
Alterações cromossômicas
Revisão
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
Herança monogênica
Herança multifatorial
Genética do câncer
Sistema imune
Genética das populações
Revisão
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Bloco 1
Bloco 2
 Replicação do DNA 
 Monitoria de Genética humana – UFPE 
 
 Larissa Albuquerque  Aula 1 
Estrutura dos ácidos nucleicos 
Histórico:
*1868: Johan F. Miescher descobriu a “nucleína”, 
substância ácida rica em nitrogênio e fósforo. Dois 
anos depois, foi descoberto que o principal 
componente do material ácido eram as cadeias 
polinucleotídicas. Em seguida, foi descoberto que os 
ácidos nucleicos são a base da hereditariedade. 
Funções do dna: 
*Função genotípica: replicação: o DNA é o 
responsável por armazenar e transmitir a 
informação genética 
*Função fenotípica: expressão gênica: o material 
genético tem que controlar o desenvolvimento do 
genótipo do organismo 
*Função evolutiva: mutação: o material genético 
permite mudanças para produzir variações para 
adaptabilidade dos organismos. 
*A informação genética está contida nos 
cromossomos: molécula de DNA associada a 
proteínas e um pouco de RNA. 
Estrutura do dna: 
*Procariontes: circular e encontrado no nucleóide. 
*Eucariontes: 2 filamentos lineares, na forma de 
cromossomos, e encontrado no núcleo. 
Ácidos nucleicos: 
*São macromoléculas compostas por subunidades, 
os nucleotídeos. 
*O DNA se diferencia do RNA pelo C2. No DNA, não 
há hidroxila, enquanto no RNA, sim. 
 
Nucleotídeos: 
*São as unidades básicas do DNA, formados por um 
grupo fosfato, uma pentose (açúcar) e uma base 
nitrogenada, que são divididas em púricas (2 anéis: 
adenina e guanina) e em pirimídicas (1 anel: 
citosina, timina e uracila). 
*Os nucleotídeos são ligados uns aos outros pelas 
ligações fosfodiéster. 
*Os nucleotídeos possuem polaridade química (5’-
>3’), indicando qual a posição do nucleotídeo que 
está livre para ser utilizada. No DNA, cada ligação 
fosfodiéster une o carbono 5’ da 2’-desoxirribose de 
um nucleotídio ao carbono 3’ da 2’-desoxirribose do 
nucleotídio adjacente. 
Modelo de Watson-crick: 
*Com base na análise química do DNA e nos 
estudos de difração por raios X, Watson e Crick 
sugeriram acertadamente que o DNA é formado por 
uma dupla hélice com 2 filamentos de 
polinucleotídeos ao redor de um eixo em sentido 
antiparalelo (polaridades opostas), que são unidos 
por pontes de hidrogênio entre A-T (2 ligações) e 
C-G (3 ligações). 
*A parte interna da cadeia é hidrofóbica e a externa, 
hidrofílica. 
estrutura primária do dna
*As cadeias de nucleotídeos são formadas por 
ligações fosfodiéster covalentes. 
*As fitas são antiparalelas e complementares. 
*As pontes de hidrogênio estabilizam a dupla hélice: 
2 pontes entre A-T e 3 pontes entre C-G (dificultam a 
desnaturação). 
estrutura secundária: dupla hélice 
*B-DNA: é a conformação fisiológica do DNA, tendo 
giro para a direita (dextrogiro). 
*A-DNA: é sintético e dextrogiro. 
*Z-DNA: é levógiro e tem voltas mais largas. 
estrutura do rna: 
*A timina é substituída por uracila e a pentose é uma 
ribose, o que o deixa mais instável devido à 
negatividade do oxigênio. 
*É unifilamentar. 
Classes de dna: 
*Cópia única: genes estruturais. 
*Moderadamente repetitivo: genes de RNA. 
*Altamente repetitivo: sem genes. 
Replicação do DNA 
Dogma central/fluxo da informação genética: 
Uracila: apenas no RNA 
Timina: apenas no DNA 
4 0 
Monitoria de Genética Humana – UFPE Larissa Albuquerque  Aula 1 
0: replicação do DNA | 1: transcrição | 2: transcrição reversa | 3: 
replicação do RNA | 4: tradução 
*A replicação do DNA é dividida nas fases início, 
alongamento e término e o processo possui 
diferenças entre procariotos e eucariotos. 
Replicação do dna em procariotos: 
*A replicação ocorre a todo tempo. 
*Os procariotos têm DNA circular e, por isso, 
possuem apenas uma origem de replicação, 
chamada de oriC, que controla toda a replicação. Ela 
é um ponto de identificação para o reconhecimento 
de enzimas que se ligam nessa região e conseguem 
abrir a molécula (quebrar as pontes de hidrogênio). 
*Forquilha de replicação: é uma estrutura em forma 
de Y que tem o ponto em que se inicia a formação 
da bolha de replicação, que é bidirecional. 
Replicação do dna em Eucariotos: 
*Ocorre na fase S da interfase. 
*É semiconservativa, pois 2 filamentos moldes 
geram 2 filamentos recém sintetizados com a mesma 
sequência de nucleotídeos que a fita original (1 
antiga e 1 nova, cada fita antiga serve de molde para 
a nova). 
 
*As ORI ou origens de replicação (extremidade 3’ OH 
livre) são as regiões que permitem a replicação do 
DNA em vários pontos ao mesmo tempo, formando 
as bolhas de replicação. 
*Diferentemente dos procariotos, os eucariotas 
possuem várias ORI. 
*Cada ORI controla uma unidade de DNA chamada 
de réplicon: uma bolha de replicação com todas as 
proteínas associadas para a produção de uma 
molécula complementar de DNA. 
*A replicação é feita por polimerases: 
⇾ DNA helicase: catalisa a separação das fitas, 
quebrando as pontes de hidrogênio; 
⇾ RPA: proteínas de ancoragem que impedem a 
união das fitas após a unifilamentação; 
⇾ DNA polimerase: realiza a síntese da nova fita 
sempre no sentido 5’-3’ e só é continua na fita 
5’-3’ (fita leading), enquanto na fita 3’-5’ (fita 
lagging) é descontínua por causa da formação 
de filamentos curtos de DNA, os fragmentos de 
Okasaki. Isso ocorre porque a síntese é 
bidirecional a partir da ORI. A polimerase 
requer uma hidroxila livre no C3 para fazer o 
ataque nucleofílico (fornece energia com a 
liberação de pirofosfato). Como ela não sintetiza 
de novo (do nada), precisa de iniciadores 
(primers), para sempre ter a hidroxila livre no C3. 
⇾ RNA primase: sintetiza o primer: é responsável 
por liberar a extremidade 3’ OH; 
⇾ RNase H1: remove RNA(primer) do DNA; 
⇾ DNA polimerase alfa/1: faz o alongamento do 
DNA após a ação da primase na ORI 5’-3’, 
reparando o DNA (a fita recém sintetizada é 
um pouco mais curta que a molde), com ação 
de exonuclease; 
⇾ PCNA + Rf-C: estimulam/ativam a DNA 
polimerase gama; 
⇾ DNA polimerase gama/3: adiciona 
nucleotídeos ao DNA recém sintetizado; 
⇾ DNA topoisomerase/girase: quebra as 
ligações fosfodiéster de uma fita para torná-la 
menos torcida e diminuir a tensão; 
⇾ DNA ligase: une os ligamentos de Okasak. 
*Como os filamentos de DNA têm polaridades 
opostas, um é estendido no sentido 5’>3’ e o outro 
3’>5’. Dessa forma, a replicação se dará de maneira 
diferente em cada um, sendo um o filamento líder 
(leading) e o outro, o descontínuo (lagging). 
*Na fita líder ou contínua, a adição de nucleotídeos 
ocorre de maneira contínua. 
*Já na fita descontínua, precisa haver vários primers 
para que a síntese ocorra, já que a mesma é 
descontínua, formando os fragmentos de Okasaki, 
que depois são conectados pela DNA ligase. 
*Telomerase: com o fim da replicação, o primer ao 
ser removido da fita lagging deixa livre um 
grupamento 5’ fosfato livre, que não é mais de 
interesse para DNA polimerase. A cada replicação, 
os telômeros seriam reduzidos, porém a telomerase 
amplia o DNA dos telômeros, colocando um primer 
para que a DNA polimerase sintetize um pedaço a 
mais de fita, que com a saída do primer, vai 
recompensar a diferença de tamanho inicial. 
 
 
 
Primer: sequência curta de RNA; as RNA 
polimerases têm capacidade de produzir 
RNA de novo. 
Monitoria de Genética Humana – UFPELarissa Albuquerque  Aula 1 
Referências: 
• Fundamentos de genética / D. Peter Snustad, 
Michael J. Simmons; revisão técnica Cláudia 
Vitória de Moura Gallo. – 7. ed. – Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2017. 
• Genética: um enfoque conceitual / Benjamin A. 
Pierce; tradução Beatriz Araujo do Rosário. - 5. 
ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
 
 Síntese proteica 
 Monitoria de Genética humana – UFPE 
 
 Larissa Albuquerque  Aula 2 
Dogma central da biologia 
*Determina que as informações armazenadas no 
DNA são transferidas para moléculas de RNA durante 
a transcrição e para proteínas durante a tradução: 
 
 
Gene 
*Codifica sequência polipeptídica e é formado por: 
⇾ Promotor: determina o local de início da 
transcrição. 
⇾ Íntrons: sequências removidas no 
processamento, pois não são codificadoras. 
⇾ Éxons: sequência que codifica informação. 
⇾ Finalizador: determina o final da transcrição. 
Transcrição 
*A transcrição é o processo em que ocorre a 
transferência de informações genéticas do DNA para 
o RNA. Dessa forma, um filamento de DNA em um 
gene é utilizado como molde para sintetizar um 
filamento complementar de RNA (transcrito gênico). 
*O RNA polimerase II sintetiza RNA de um molde de 
DNA e apenas um dos filamentos de DNA é transcrito 
para formar a fita de RNA. 
*Ocorre no núcleo. 
Etapas: Iniciação>alongamento>terminação 
⇾ Iniciação: a RNA polimerase se liga à região 
promotora, sendo a mais conhecida a 
sequência TATA (TATAbox), que tem papel 
importante para indicar o início da transcrição. 
Para ser reconhecida pela RNA polimerase, é 
preciso que a TBP (proteína de ligação TATA) 
se ligue ao TATA e que os fatores de 
transcrição se liguem ao promotor, permitindo 
o início da transcrição. 
⇾ Alongamento: os fatores de transcrição são 
liberados e a RNA polimerase adiciona 
ribonucleotídeos à cadeia de RNA no sentido 5’-
3’, até encontrar a sequência terminal. 
⇾ Terminação: ocorre ao encontro do sinal de 
término da transcrição: AAUAAA. 
Processamento do RNA: 
*A maioria dos transcritos primários (hnRNA ou 
RNA nuclear heterogêneo) passam por 
modificações antes de serem transportados para o 
citoplasma e serem traduzidos: 
⇾ Capeamento: é adicionado um revestimento 
(cap) na extremidade 5’ do RNA recém-
sintetizado para dar mais estabilidade e 
resistência à molécula, além de participar do 
reconhecimento do início da tradução e 
proteger a molécula contra a degradação por 
nucleases. 
⇾ Poliadenilação: adição de uma cauda poli A, 
ou seja, trechos de resíduos de monofosfato de 
adenosina, na extremidade 3’ para estabilizar e 
facilitar o transporte do mRNA do núcleo para o 
citoplasma. 
⇾ Splicing/recomposição: os íntrons são 
retirados e os éxons unidos (o sítio doador se 
5 tipos de moléculas de RNA: 
*snRNA (pequenos RNA nucleares): são 
componentes estruturais dos espliceossomos 
(conjunto de RNAs com atividade catalítica com 
função de reconhecer e remover os íntrons de 
moléculas de RNA). 
*rRNA (RNA ribossômico): é o componente 
estrutural dos ribossomos e traduzem a sequência 
de nucleotídeos em sequências de aminoácidos. 
*tRNA (RNA transportador): transporta 
aminoácidos para síntese proteica, agindo como 
adaptadores entre os aminoácidos e os códons do 
mRNA durante a tradução. 
*mRNA (RNA mensageiro): codifica cadeia 
polipeptídica 
*miRNA (microRNA): tem função regulatória, são 
curtos e tem capacidade de interferir na expressão 
de outros genes, bloqueando a expressão do 
mRNA complementares. 
Monitoria de Genética Humana – UFPE Larissa Albuquerque  Aula 2 
liga ao ponto de ramificação, formando uma 
alça, e o sítio aceptor é clivado pelos 
espliceossomos, deixando apenas os éxons na 
fita de RNA). 
Obs: splicing alternativo: diferentes 
combinações de íntrons podem ser removidas, 
garantindo maior variedade de proteínas a partir 
de uma mesma fita de DNA. 
Tradução 
*É o processo em que os ribossomos traduzem o 
mRNA em proteína no citoplasma. 
*A sequência de códons (sequência de 3 nucleotídeos 
no mRNA) determina a sequência de aminoácidos. 
Existem 64 códons, sendo 1 de iniciação e 3 de 
parada. 
*Start códon: é o primeiro códon que especifica um 
aminoácido: AUG (metionina). 
*Stop códon: sinalizam o final da proteína: UAA, UAG 
e UGA. 
Ribossomos: 
⇾ Sítio A: local em que os aminoácidos entram 
nos ribossomos; 
⇾ Sítio P: onde os Aa’s se ligam formando uma 
cadeia polipeptídica; 
⇾ Sítio E: local de saída. 
 
*Polirribossomos: vários ribossomos traduzindo ao 
mesmo tempo mRNA. 
Etapas: iniciação>alongamento>terminação 
⇾ Iniciação: o tRNA carrega o anti-códon em uma 
extremidade e na outra, um Aa, que nessa 
etapa é a metionina. Ele se junta ao mRNA, 
iniciando a tradução. Nessa etapa, todos os 
elementos necessários para a síntese proteica 
são montados, ocorrendo a ligação do mRNA à 
subunidade menor do ribossomo, o tRNA se liga 
ao mRNA pelo pareamento entre códon e anti-
códon e o ribossomo maior se une ao complexo 
de início. 
 Fatores de iniciação: ex: IF2 se liga ao GTP 
formando o complexo IF2-met-RNAt-GTP. 
Quando chega no start códon, o GTP é 
utilizado como fonte de energia e o IF2 e 
GDP são liberados. 
⇾ Alongamento: o tRNA traz o Aa 
correspondente à próxima trinca de códon, a fim 
de formar uma cadeia de Aa. 
 Fatores de alongamento: ex: o 2º RNAt 
interage com EF1 e GTP, o GTP é 
hidrolisado quando o tRNA se liga ao códon, 
liberando GDP e EF1. 
⇾ Terminação: ocorre quando o ribossomo atinge 
o códon de terminação e a cadeia se 
desprende. 
Processamento 
*É quando ocorre o enovelamento, glicolização, 
sulfatação, metilação, marcação e transporte. 
→ Marcação de proteínas: SRP: direciona a 
proteína ao RER para poder ser secretada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
• Fundamentos de genética / D. Peter Snustad, 
Michael J. Simmons; revisão técnica Cláudia 
Vitória de Moura Gallo. – 7. ed. – Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2017. 
• Genética: um enfoque conceitual / Benjamin A. 
Pierce; tradução Beatriz Araujo do Rosário. - 5. 
ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
O código genético é degenerado/redundante 
porque um mesmo aminoácido pode ser 
codificado por mais de um códon. 
Regulação da expressão gênica 
Monitoria de Genética Humana – UFPE 
Larissa Albuquerque  Aula 3 
*A regulação da expressão gênica em eucariotos é 
mais complexa que nos procariotos, devido à 
compartimentalização da célula eucariótica. 
*A regulação pode ocorrer no núcleo, em nível de 
DNA ou RNA, ou no citoplasma, em nível de RNA ou 
polipeptídio, pois a subdivisão das células 
eucarióticas em organelas separa fisicamente os 
processos de expressão gênica. Dessa forma, a 
regulação pode ocorrer na transcrição, 
processamento ou tradução. 
 
Regulação temporal e espacial 
*A regulação temporal se dá pelo tempo de 
desenvolvimento do indivíduo, visto que recém 
nascidos e adultos possuem necessidades 
diferentes, possuirão também transcrição de genes 
diferentes. 
*A regulação espacial está relacionada com a 
expressão diferente de genes a depender do tipo de 
célula e tecido. 
Recomposição alternativa de RNA 
*O splicing alternativo permite que um mesmo pré-
mRNA possa gerar diferentes proteínas em tecidos e 
períodos de desenvolvimento distintos. Isso ocorre 
por meio da remoção dos íntrons e união dos éxons, 
que pode acontecer de maneiras distintas, 
aumentando a variabilidade genética. 
Controle da estabilidade do mRNA 
*O mRNA é exportado para o citoplasma e pode ser 
traduzido pelos ribossomos até a sua degradação, 
que é um ponto de regulação da expressão gênica. 
Então, os mRNA de longa duração passam por 
diversas rodadas de replicação, enquanto que os decurta duração sobrevivem a menos rodadas. Dessa 
forma, quanto maior for a estabilidade do mRNA, 
maior será o seu tempo de meia vida e maior será a 
produção de proteínas, pois mantêm mais ciclos de 
síntese proteica. 
*É importante ressaltar que a longevidade do RNA 
mensageiro pode ser influenciada por vários fatores, 
como a estabilidade garantida pela cauda poli A e a 
regulaçãos pelos pequenos RNA de interferência 
(siRNA) ou microRNA (miRNA). 
Transcrição do DNA controlado 
*A transcrição só ocorre quando há necessidade e é 
induzida por fatores ambientais e biológicos. 
*A transcrição pode ser induzida por fatores 
ambientais como a temperatura. Quando os 
organismos são submetidos ao estresse de 
temperatura elevada, ocorre a síntese de proteínas 
que auxiliam na estabilização do meio celular interno, 
as chamadas proteínas do choque térmico. 
• Proteínas do grupo Chaperonas: tentam 
manter a forma e a função da proteína na sua 
conformação inicial, apesar da alta 
temperatura. 
• A HSP70 é a proteína do choque térmico de 
peso molecular 70 que, quando é 
ultrapassada a temperatura de 33ºC, ocorre a 
sua transcrição em RNA que passa pelo 
processamento e tradução da proteína 
HSP70, induzida pelo fator de transcrição do 
choque térmico (HSTF). 
• As proteínas do choque térmico têm sua 
transcrição bloqueada e só são transcritas 
caso seja atingida determinada temperatura. 
 
*A transcrição também pode ser regulada por 
moléculas sinalizadoras, como os hormônios. 
• Hormônios esteroides: são moléculas 
lipossolúveis derivadas do colesterol. Como 
Monitoria de Genética Humana - UFPE Larissa Albuquerque  Aula 3 
tem natureza lipídica, conseguem atravessar 
a membrana celular facilmente ou com pouca 
dificuldade. Ao adentrar na célula, os 
hormônios esteroides interagem com os 
receptores hormonais, formando o complexo 
receptor/hormônio. A partir disso, interage 
com o DNA e atua como fator de transcrição 
para regular a expressão genética. Alguns 
exemplos dessa classe de hormônios são a 
testosterona, glicocorticoides, estrogênio e 
progesterona. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Hormônios peptídicos: são formados por 
cadeias de aminoácidos e, por serem grandes 
demais, não conseguem atravessar 
livremente a membrana celular. Por isso, é 
preciso que seus sinais sejam transmitidos 
para dentro das celular por meio de proteínas 
receptoras ligadas à membrana. Essa 
interação provoca uma cascata de mudanças 
dentro da célula, sendo o sinal hormonal 
transmitido do citoplasma celular até o núcleo, 
regulando a expressão de genes. Esse 
processo é conhecido como transdução de 
sinal. Alguns exemplos de hormônios 
peptídicos são a insulina, somatotropina e 
prolactina. 
Regulação pós-transcricional 
*Apesar da regulação gênica ocorrer principalmente 
na transcrição, ela também ocorre após a transcrição 
por meio de RNA não codificadores curtos pela 
interação com mRNA, sendo conhecida como 
interferência por RNA (RNAi). 
*O RNA de fita dupla é rompido por uma enzima, 
produzindo o siRNA de fita simples ou o miRNA e se 
pareiam com proteínas, formando o complexo 
silenciador induzido pelo RNA (RISC). Tanto o siRNA 
quanto o miRNA atuam por meio dos mecanismos de 
clivagem do mRNA, inibição da tradução, 
silenciamento da transcrição ou degradação do 
mRNA. Ou seja, ao interagir com o mRNA, a 
expressão do gene que o produziu é impedida. 
Organização da cromatina 
*A cromatina é a associação de DNA com proteínas, 
sendo a principal as histonas, e pode ser classificada 
em heterocromatina e eucromatina de acordo com a 
sua organização. A unidade fundamental da 
cromatina é o nucleossomo, formado por um 
octâmero de histonas, contendo duas cópias de H2A, 
H2B, H3 e H4, com cerca de duas voltas de DNA. 
*A heterocromaina é inativa, condensada e de 
coloração intensa, já a eucromatina é ativa, 
descondensada e de coloração fraca. 
Metilação do DNA: 
*Ocorre a metilação (adição de grupamento metil) 
das bases de citosina na estrutura da cromatina 
associada à transcrição, provocando a repressão da 
transcrição. 
*A metilação é mais comum em bases citosinas 
adjacentes aos nucleotídeos guanina (CpG) e muitas 
regiões com essas sequências CpG são chamadas 
de ilhas CpG. Essas regiões estão associadas com a 
repressão da transcrição. 
*A metilação é transmitida geneticamente e pode 
ocorrer por influência ambiental. 
*Pode ser transmitido geneticamente. 
*Pode ocorrer por influência ambiental. 
Imprinting: 
*Ocorre quando a expressão de determinado gene é 
condicionada pela sua origem parental, por meio da 
marcação de grupo metil de um ou mais 
dinucleotídeos de CpG. 
 
 
Monitoria de Genética Humana - UFPE Larissa Albuquerque  Aula 3 
Referências: 
• Fundamentos de genética / D. Peter Snustad, 
Michael J. Simmons; revisão técnica Cláudia 
Vitória de Moura Gallo. – 7. ed. – Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2017. 
• Genética: um enfoque conceitual / Benjamin A. 
Pierce; tradução Beatriz Araujo do Rosário. - 5. 
ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
 
Questões 
 
Assinale V ou F para as seguintes afirmativas: 
1.(_) A associação do DNA com proteínas histonas 
não exerce influência na regulação da expressão 
gênica. 
2.(_) O imprinting genômico ocorre quando a 
expressão gênica é controlada por sua origem 
parental. 
3.(_) Genes com regiões ricas em grupos metil não 
apresentam alteração na expressão gênica. 
4.(_) A retirada dos íntrons de um mRNA ocorre após 
a transcrição. 
5.(_) O TATA box bloqueia os fatores de transcrição. 
6.(_) A regulação da expressão gênica ocorre apenas 
na transcrição. 
7.(_) A função da regulação gênica é controlar quando 
e quais genes do DNA da célula serão expressos. 
8.(_) A transcrição do DNA não é influenciada por 
fatores externos. 
9.(_) O splicing alternativo é uma forma de regulação 
gênica pré-transcricional. 
10.(_) O tempo e espaço fazem o controle da 
expressão gênica. 
11.(_) A regulação pós-transcricional pode ocorrer 
pela retirada de aminoácidos e adição de grupos 
químicos. 
12.(_) Fatores de transcrição podem atuar como 
repressores da expressão gênica. 
13.(_) O grau de compactação de cromatina 
determina a acessibilidade da maquinaria de 
transcrição aos genes. 
14.(_) Hormônios peptídicos são moléculas 
sinalizadoras conseguem atravessar a membrana 
plasmática e realiza a transdução de sinal. 
15.(_) A expressão gênica eucariótica pode ser 
induzida por fatores ambientais como calor e por 
moléculas sinalizadoras como hormônios e fatores de 
crescimento. 
16.(_) Os hormônios esteroides se ligam a uma 
proteína receptora para estimular a transcrição. 
17.(_) RNA de interferência são usados como 
instrumento de pesquisa para suprimir ou atenuar a 
expressão de genes em células e organismos. 
18.(_) A metilação do DNA impede a transcrição de 
proteínas. 
19.(_) Degradação de um RNA mensageiro induzido 
por um RNA de interferência curto ocorre no núcleo. 
 
 
 
Respostas: 
1. F 6. F 11. V 16. V 
2. V 7. V 12. V 17. V 
3. F 8. F 13. V 18. V 
4. V 9. F 14. F 19. V 
5. F 10.V 15. V 
Mutação e reparação do DNA 
Monitoria de Genética Humana – UFPE 
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Mutação 
*São alterações no DNA que ocorrem de forma 
espontânea nas linhagens germinativas ou nas 
células somáticas, podem ser induzidas e nem 
sempre são prejudiciais ao organismo. 
Categorias de mutação: 
*Mutações germinativas: ocorrem em células da 
linhagem germinativa e a mutação é passada para a 
prole. 
*Mutações somáticas: ocorrem nas células 
somáticas e, por isso, a mutação não é transmitida 
por gametas para a prole. 
Causas de mutação: 
*Espontâneas: ocorrem nas condições normais do 
organismo e sem causa conhecida, resultantes de 
erros raros de replicação do DNA, por exemplo. 
*Induzidas: são induzidaspor exposição a agentes 
físicos e químicos que promovem alterações no DNA, 
os mutágenos, como irradiação ionizante e luz UV. 
Características de células mutadas: 
*Proliferam-se mais rápido e têm maiores chances de 
sofrer nova mutação em relação a células normais. 
Erros na replicação do DNA 
*Mudanças tautoméricas: são oscilações químicas 
dos átomos de hidrogênio que mudam de posição na 
base, de um grupo amino para um nitrogênio do anel, 
por exemplo. Isso pode causar a inserção de base 
nitrogenada errada, do tipo transição ou transversão: 
• Transições: ocorre a troca de purina por 
purina ou de uma pirimidina para outra 
pirimidina. 
• Transversões: ocorre quando a troca de 
nucleotídeos é de outro grupo, purina por uma 
pirimidina, ou vice versa. Quando ocorre a 
tautomeria, a DNA polimerase não reconhece 
o nucleotídeo, tendo grande chance de 
colocar o nucleotídeo errado. 
 
 
 
 
 
 
Mudanças químicas espontâneas 
*Depurinação: é a perda de uma purina (A ou G) 
através da ruptura da ligação covalente entre açúcar 
e base nitrogenada, formando um sítio apurínico, que 
não serve de molde para uma base complementar na 
replicação. 
*Desaminação: é a perda de um grupo amino (NH2) 
de uma base, modificando as propriedades de 
pareamento de uma base. Também pode ocorrer de 
forma induzida. 
Mutações induzidas 
*Mutágenos: são agentes químicos, ambientais ou 
radiação que causam o aumento da taxa de mutação. 
*Análogos da base: são mutágenos químicos com 
estrutura semelhante às bases nitrogenadas, 
impossibilitando que a DNA polimerase diferencie 
das bases padrão. 
*Desaminação. 
*Luz ultravioleta: pode causar até 3 mil erros no 
DNA por dia, sendo que a maioria é reparada. 
Falhas nos genes de reparo de DNA 
*Radiação ionizante: formação de moléculas 
ionizadas que alteram as estruturas das bases e 
promovem quebra das ligações fosfodiester ou 
provoca quebra bifilamentar no DNA. 
Tipos de mutação 
*Mutação missense: é ocasionada pela troca de um 
nucleotídeo, resultando na formação de um 
aminoácido diferente, como ocorre na anemia 
falciforme. 
 
*Mutação neutra: é um tipo de mutação missense 
em que ocorre alteração na sequência de 
aminoácidos, mas não altera de forma significativa 
sua função. Isso se dá pois a troca é feita entre 
aminoácidos semelhantes quimicamente ou quando 
têm pouca influência na função da proteína. 
99,9% dos erros de replicação do DNA são 
corrigidos durante a replicação, depois que é 
finalizada, torna-se mais difícil identificar o erro.
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*Mutação silenciosa: como o código genético é 
redundante, a mudança de nucleotídeo não provoca 
mudança no aminoácido formado. 
*Mutação nonsense: não termina a leitura do RNA, 
devido à substituição de nucleotídeo que forma um 
códon de parada. 
*Inserção ou deleção: ocorre a perda ou ganho de 
até milhares de pares de base. Altera toda a leitura 
do código genético e ocorre a mudança da matriz de 
leitura. Seus efeitos são mais graves no fenótipo. 
Ex: deleção: fibrose cística; 
Ex: inserção: doença de Tay Sachs. 
*Mutação de repetição de trinucleotídeos: ocorre a 
inserção de 3 nucleotídeos repetidamente. Ex: 
síndrome X frágil: o alelo do gene FMR-1 deveria ter 
cerca de 60 copias de CGC, porém, por causa da 
mutação, tem milhões. 
Reparo das mutações 
*Reparo de mau pareamento; 
*Reversão direta da lesão do DNA; 
*Reparo por excisão-base; 
*Reparo por excisão-nucleotídeo; 
*Reparo dependente de liz; 
*Reparo por quebra de fita dupla. 
 
Referências: 
• Fundamentos de genética / D. Peter Snustad, 
Michael J. Simmons; revisão técnica Cláudia 
Vitória de Moura Gallo. – 7. ed. – Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2017. 
• Genética: um enfoque conceitual / Benjamin A. 
Pierce; tradução Beatriz Araujo do Rosário. - 5. 
ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
Questões 
Assinale V ou F para as seguintes afirmativas: 
1. (_) Em relação a células normais, células mutadas 
têm mais chances de sofreram novas mutações. 
2. (_) As mutações germinativas provocam alterações 
na geração seguinte em humanos. 
3. (_) Todas as mutações são transmitidas para a 
prole, pois ocorrem em células que dão origem aos 
gametas. 
4. (_) As mutações espontâneas são mais raras que 
as induzidas. 
5. (_) Mutágenos são agentes que provocam 
alterações no DNA, como a luz UV. 
6. (_) Todas as mutações alteram a sequência de 
aminoácidos de um polipeptídio. 
7. (_) A radiação ionizante pode provocar falhas nos 
genes de reparo do DNA por meio da alteração da 
estrutura das bases e quebra de ligações fosfodiester 
ou quebra bifilamentar no DNA. 
8. (_) As mudanças tautoméricas do tipo transversão 
ocorre pela troca de uma purina por purina ou 
pirimidina por pirimidina. 
9. (_) A desaminação é uma mudança química que 
pode ser espontânea ou induzida e é caracterizada 
pela perda de um grupo amino de uma base, 
alterando suas propriedades de pareamento. 
10.(_) As mutações por mudança de matriz de leitura 
alteram a matriz de leitura de todas as trincas de 
pares de bases a partir do local da mutação. 
11.(_) A mutação por inserção é a única responsável 
pela mudança da matriz de leitura. 
12.(_) A mutação nonsense altera um nucleotídeo 
que forma um códon de parada. 
13.(_) Apesar de alterar a sequência de aminoácidos, 
a mutação neutra não provoca alterações 
significativas na função da proteína. 
14.(_) As taxas de mutação na população são 
influenciadas tanto por fatores genéticos quanto 
ambientais. 
 
 
Gabarito 
1. V 2. V 3. F 4. V 5. V 6. F 
7. V 8. F 9. V 10.V 11.F 12.V 
13.V 14.V 
Estrutura dos cromossomos e ciclo celular 
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*Os cromossomos são formados por uma molécula 
bifilamentar de DNA associada a proteínas histonas, 
formando nucleossomos (octâmero de histona com 
cerca de duas voltas de fita de DNA). O complexo de 
DNA e histonas é chamado de cromatina, 
composição dos cromossomos. 
*As proteínas histona limitam a acessibilidade das 
enzimas e outras proteínas que copiam e leem o 
DNA, mas permitem que o DNA se “encaixe” no 
núcleo. Para que as informações genéticas do DNA 
sejam acessadas, é preciso que o DNA seja separado 
das histonas. 
 
*Os cromossomos são localizados nos núcleos das 
células eucariontes e são visíveis na divisão celular 
quando estão condensados e espessos. 
*As células eucarióticas que são diploides, ou seja, 
possuem duas cópias de cada cromossomo, 
associadas ao corpo são células somáticas, 
enquanto que as haploides, que possuem apenas 
uma cópia de cada cromossomo, são células 
sexuais. 
Anatomia do cromossomo
*Heterocromatina: região mais condensada, nas 
regiões terminais e centrômicas, que não possui 
genes, apenas sequências de DNA. 
*Eucromatina: menos condensada e a cada divisão 
celular tem a tendência a perder as pontas dos 
cromossomos, os telômeros, que protegem e 
estabilizam as extremidades do cromossomo. 
• A telomerase possibilita a completa replicação 
do DNA no cromossomo. 
*Centrômero: é o ponto de fixação para os 
microtúbulos do fuso. Antes da divisão, o cinetócoro 
se forma no centrômero para que os microtúbulos do 
fuso possam se ligar. 
*Telômeros: são as “pontas” dos cromossomos, têm 
função de proteger e estabilizar as extremidades dos 
cromossomos. 
Classificação dos cromossomos 
*Acrocêntrico: só tem o braço q, o braço p é 
uma região satélite. 
*Submetacêntrico: braço p menor que o 
braço q. 
*Metacêntrico: braços de tamanhos iguais. 
*Telocêntrico: o centrômero está na 
extremidade do cromossomo, com apenas um 
braço. 
Tamanho dos cromossomos 
*Grupo A (maiores cromossomos – 1; 2; 3), grupo B 
(grandes e submetacêntricos 4; 5), grupo C (maior 
grupo, cromossomos medianos e submetacêntricos: 
6-12,X), grupo D (acrocêntricos – 13; 14; 15), grupo 
E (16; 17; 18), grupo F (19; 20) e grupo G (21; 22; Y). 
Gene 
*É a sequência de DNA que produz uma cadeia 
polipeptídica (proteína). 
*Locus: posição que o gene ocupa no cromossomo. 
*Alelos: são os genes que ocupam o mesmo lócus no 
par de cromossomos homólogos. 
Ciclo celular 
*Interfase: é o período entre as divisões celulares, na 
qual a célula cresce, desenvolve-se e funciona, 
transmitindo as informações da célula-mãe para 
células-filhas. O ciclo celular possui check points 
durante a sua progressão, permitindo ou proibindo a 
passagem da célula para o próximo estágio. É assim 
que é garantida a presença e funcionalidade dos 
componentes celulares, o que impede a divisão de 
células com cromossomos danificados. 
*Divisão do ciclo celular: 
• G1: a célula cresce e as proteínas necessárias 
para a divisão celular são produzidas. 
• Check point G1/S: verifica se todas as 
enzimas necessárias para a replicação foram 
produzidas. Após isso, a célula está liberada 
para divisão. 
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• G0*: antes do check point, as células podem 
sair do ciclo celular ativo e entrar em uma fase 
de não divisão, em que as células mantém um 
tamanho constante, de forma temporária ou 
definitiva. 
• Síntese: fase de duplicação do DNA, em que 
cada cromossomo será composto por duas 
cromátides. 
• G2: ocorrem eventos bioquímicos adicionais 
para a divisão celular. 
• Check point G2/M: ocorre próximo ao final de 
G2, em que é checado se o DNA da célula 
está completamente replicado e íntegro. 
• Fase M: fase de divisão 
• Check point (metáfase): verificação da 
montagem do fuso, garantindo que os 
cromossomos estejam alinhados na placa 
metafásica e presos às fibras do fuso dos 
polos opostos. 
Controle do ciclo celular 
*Ocorre pelas CDKs (quinases dependentes de 
ciclinas) que são enzimas que adicionam grupos 
fosfatos a outras proteínas. 
*São funcionais apenas quando associadas às 
ciclinas e são produzidas durante o ciclo celular. 
Mitose 
*Prófase: início da formação do fuso mitótico, 
condensação dos cromossomos duplicados na 
interfase, fragmentação de organelas intracelulares, 
desaparecimento do nucléolo, fragmentação da 
membrana nuclear em vesículas, introdução dos 
microtúbulos do citoplasma no espaço nuclear. 
*Metáfase: tem início com a fixação dos microtúbulos 
do fuso nos cinetócoros. Os cromossomos 
apresentam condensação máxima e se deslocam 
para o plano equatorial, formando a placa 
metafásica. Cada uma das cromátides-irmãs são 
conectadas a polos diferentes pelos microtúbulos, 
permitindo a distribuição exata de material genético 
entre as células filhas. 
*Anáfase: ocorre a separação das cromátides irmãs 
por meio do encurtamento dos microtúbulos e pela 
degradação da substância que as mantêm unidas. 
Elas são puxadas para polos opostos, separando-se, 
sendo chamadas agora de cromossomos. 
Simultaneamente, os polos opostos também 
começam a se separar. 
*Telófase: Após a separação dos 
polos, ocorre a descondensação 
dos cromossomos e a 
restauração das organelas 
internas, restauração da 
membrana nuclear, permitindo a 
formação de duas células-filhas 
pela citocinese. 
*As células-filhas são 
geneticamente idênticas às 
células-mãe, possuindo um 
conjunto completo de 
cromossomos produzidos por 
duplicação. 
Meiose 
*Forma gametas (reprodução sexuada) e reduz pela 
metade o número de cromossomos. 
Meiose i: é reducional, pois o número de cromossomos 
é reduzido à metade. 
*Prófase 1: 
• Leptóteno: ocorre a condensação dos 
cromossomos. 
• Zigóteno: ocorre a aproximação dos 
cromossomos homólogos, a sinapse, 
formando os bivalentes ou tétrades (par de 
cromossomos homólogos pareados com 
quatro cromátides). 
• Paquíteno: a condensação dos cromossomos 
continua em volumes menores, formando 
filamentos espessos. Os cromossomos estão 
pareados e cada par possui dois homólogos, 
cada um com duas cromátides-irmãs. 
Considerando os homólogos, temos um 
bivalente de cromossomos, mas considerando 
os filamentos temos uma tétrade de 
cromátides. Durante o pareamento, ocorre a 
troca de material entre os cromossomos, 
chamado de crossing over, em que ocorre a 
troca entre segmentos das cromátides irmãs, 
aumentando a variabilidade genética. 
• Diplóteno: os cromossomos pareados se 
separam um pouco, formando os quiasmas, 
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pontos de contato onde ocorrem as trocas 
entre duas cromátides da tétrade. 
• Diacinese: os cromossomos condensam-se 
ainda mais, a membrana nuclear se rompe e 
um fuso é formado. Os cromossomos unidos 
pelos quiasmas seguem até o plano central da 
célula, finalizando a prófase 1. 
*Metáfase 1: os cromossomos pareados seguem em 
direção a polos opostos do fuso para que cada polo 
receba um cromossomo de cada par. 
*Anáfase 1: ocorre a separação dos cromossomos, 
chamada de disjunção cromossômica. 
*Telófase 1: o fuso se desfaz, as células-filhas são 
separadas por membranas, os cromossomos são 
descondensados e um núcleo se forma ao redor dos 
cromossomos de cada célula-filha. 
*Ao final da meiose 1, as células são haploides com 
cromossomos com duas cromátides-irmãs, que 
podem não ser geneticamente idênticas devido ao 
crossing over. 
 
Meiose II: é equacional, pois o número de cromossomos 
é mantido. É muito semelhante à mitose. 
*Prófase II: os cromossomos se condensam e se 
fixam a um novo fuso. 
*Metáfase II: os cromossomos se deslocam até o 
plano equatorial da célula, formando a placa 
metafásica. 
*Anáfase II: ocorre a separação das cromátides-
irmãs para polos opostos, pela disjunção das 
cromátides. 
*Telófase II: os cromossomos encontram-se nos 
polos e formam núcleos-filhos ao seu redor, contendo 
um conjunto haploide em cada um. 
*Em resumo: durante a meiose I, os cromossomos 
homólogos formam pares (sinapse), trocam material 
por crossing over e se separam por disjunção. Já na 
meiose II, ocorre a disjunção das cromátides-irmãs. 
 
Coesina 
*É uma proteína que mantém as cromátides unidas. 
Quando ocorre a separação das cromátides, a 
coesina é degradada pela enzima separase. 
*A coesina mantém as cromátides-irmãs juntas 
durante a parte inicial da mitose. 
*Na anáfase, a coesina é degradada, permitindo a 
separação das cromátides-irmãs. 
*Na meiose, a coesina é protegida nos centrômeros 
durante a anáfase I enquanto os cromossomos 
homólogos são separados. Já na anáfase II, a 
coesina é degradada e as cromátides-irmãs são 
separadas. 
*A degradação da coesina do centrômero permite que 
as cromátides-irmãs se separem na anáfase II da 
meiose. 
 
Variabilidade genética na meiose 
*Crossing over: a troca de material genético entre 
cromátideos não irmãs, dos cromossomos 
homólogos, garante a variação genética, pois forma 
duas cromátides-irmãs que não são mais idênticas. 
*Segregação aleatória dos cromossomos 
homólogos: a distribuição aleatória de cromossomos 
na anáfase I é aleatória e independente, permitindo 
diferentes tipos de migração para os cromossomos 
maternos e paternos, gerando combinações 
diferentes de gametas. 
 
Referências: 
• Fundamentos de genética / D. Peter Snustad, 
Michael J. Simmons; revisão técnica Cláudia 
Vitória de Moura Gallo. – 7. ed. – Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2017. 
• Genética: um enfoque conceitual / Benjamin A. 
Pierce; tradução Beatriz Araujo do Rosário. - 5. 
ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
Alterações cromossômicas 
Genética Humana – UFPE 
 
 
 
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Alterações numéricas 
*São alterações no número de cromossomos, são 
provenientes de erros durante a divisão celular e 
podem ser causadas pela não disjunção meiótica ou 
mitótica. 
*Existem dois tipos: 
• Euploidia: altera todo o genoma, podendo ser 
umatriploidia (3n) ou tetraploidia (4n), que 
geram abortos espontâneos. 
• Aneuploidia: é a alteração na quantidade de 
um único cromossomo, podendo ter um 
cromossomo a mais (trissomia), um 
cromossomo a menos (monossomia) ou uma 
combinação dos dois, gerando síndromes. 
Deleções de um braço do cromossomo 
também é considerado aneuploidia. 
*Quando as alterações numéricas ocorrem por não 
disjunção meiótica, existem duas possibilidades: 
• Alteração na meiose 1: ocorre a não disjunção 
de cromossomos homólogos e todos os 
gametas sofrem alterações. 
• Alteração na meiose 2: ocorre a não disjunção 
das cromátides irmãs e 50% dos gametas 
sofrem alterações. 
 
*Mosaicismo: Ocorre quando o indivíduo tem dois ou 
mais materiais genéticos diferentes vindos do mesmo 
zigoto, gerando aneuploidias. São provenientes de 
não disjunção mitótica nas primeiras divisões do 
zigoto e as anormalidades cromossômicas não estão 
presentes em todas as células. 
Aneuploidias dos cromossomos Autossomos 
*Ocorrem nos cromossomos autossômicos, do par 1 
ao 22. 
Síndrome de Down (trissomia do 21) 
*Cariótipo típico: 47, XY, +21 ou 47, XX, + 21. 
*É a aneuploidia mais conhecida em seres humanos. 
Ela pode ser causada pela não disjunção meiótica do 
cromossomo, de origem materna ou paterna, porém 
é mais provável que seja por origem materna. Isso 
ocorre porque a frequência de não disjunção 
aumenta com a idade materna, pois como os óvulos 
são produzidos ainda na fase fetal e permanecem 
parados na prófase I, com o passar do tempo, o 
cromossomo pode perder o seu par. Dessa forma, 
quanto maior foi a duração da prófase, maior será a 
chance de não haver o pareamento e disjunção do 
cromossomo, tornando mulheres mais velhas mais 
propensas a produzirem óvulos aneuploides. 
 
*A síndrome de Down também pode ocorrer por 
translocação robertsoniana, geralmente entre o 
cromossomo 21 e o 14, em que o braço longo do 21 
e o braço curto do 14 trocam de lugar, formando um 
cromossomo com os braços longos e um 
cromossomo pequeno com os braços curtos, que é 
eventualmente perdido nas divisões celulares. 
*Os indivíduos com a síndrome apresentam 
características faciais típicas, com pescoço curto e 
largo, nariz pequeno e achatado. Deficiência 
intelectual, defeitos cardíacos, língua protraída, mãos 
curtas e largas, baixa estatura e menor expectativa 
de vida. A incidência é de 1 em 800 nascidos vivos. 
Síndrome de Edwards (trissomia do 18): 
*Cariótipo típico: 47, XY, +18 ou 47, XX, +18. 
*Tem incidência de 1 em 8.000 nascidos vivos 
aproximadamente. Os indivíduos afetados têm baixa 
sobrevida, com óbito em 90% dos casos antes do 
primeiro ano de vida. Apresentam hipertonicidade 
(músculos rígidos), crânio alongado, micrognatia 
(mandíbula recuada), pés virados para fora, 
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deficiência mental e malformação congênita de vários 
órgãos. 
Síndrome de Patau (trissomia do 13): 
*Cariótipo típico: 47, XY, +13 ou 47, XX, + 13. 
*Tem incidência de 1 em 15.000 nascidos vivos. Os 
indivíduos afetados têm deficiência intelectual, 
surdez, fenda labiopalatina, problemas cardíacos 
graves, problemas graves faciais (face deformada, 
sem olhos) e polidactilia. Apresenta baixa 
sobrevivência, com morte de metade das crianças do 
primeiro mês de vida. 
Aneuploidias dos cromossomos sexuais 
*Ocorrem no par sexual (23) e tendem a ser menos 
severas, podendo estar presente em todas as células 
ou em forma de mosaico. 
Síndrome de Klinefelter 
*Cariótipo típico: 47, XXY. 
*Os indivíduos afetados apresentam três 
cromossomos sexuais, sendo dois X e um Y, 
apresentando fenótipo masculino, mas com a 
possibilidade de apresentar algumas características 
sexuais secundárias femininas. Geralmente são 
estéreis, podem ter deficiência intelectual leve e têm 
o fenótipo masculino com características sexuais 
femininas, como ginecomastia, silhueta afeminada, 
braços e pernas longas, ausência de pelos pubianos, 
órgãos sexuais em tamanho reduzido. 
Síndrome de Turner (monossomia do X): 
*Cariótipo típico: 45, X. 
*É uma monossomia, ou seja, há a ausência de um 
cromossomo em um indivíduo diploide, que nesse 
caso é a presença apenas de um único cromossomo 
X e cromossomos autossomos diploides. Dessa 
forma, o fenótipo é feminino, já que há ausência do 
cromossomo Y, porém com ovários rudimentares e 
muitas vezes estéreis. 
*O fenótipo é feminino, com baixa estatura, membros 
curtos, pescoço alado, ausência de menstruação, 
mamas separadas e geralmente não há alteração 
intelectual. 
Alterações estruturais 
*São resultantes de alterações estruturais dos 
cromossomos devido à quebra cromossômica 
seguida de reconstituição em uma combinação 
anormal. Podem ser rearranjos balanceados ou não 
balanceados. 
Rearranjos balanceados 
*A informação genética é normal, porém o DNA é 
dividido e localizado incorretamente e pode ter risco 
para a geração seguinte. 
Inversão: 
*O rearranjo cromossômico ocorre pela quebra do 
cromossomo em dois pontos com reorganização em 
posição invertida, ou seja, o segmento gira cerca de 
180º e se fixa novamente ao restante do 
cromossomo. 
 
*Existem dois tipos de inversões, as que incluem o 
centrômero, chamadas de pericêntricas, e as que 
não o incluem, chamadas de paracêntricas. Por 
causa disso, uma inversão pericêntrica consegue 
alterar o comprimento dos dois braços do 
cromossomo, enquanto a paracêntrica não 
consegue. 
 
*As inversões não provocam perda ou ganho de 
material genético, apenas alteram a sequência de 
DNA. Essa alteração pode causar graves efeitos no 
fenótipo, visto que a ruptura e realocação do 
fragmento do cromossomo para um novo local pode 
destruir a função do gene 
Translocação: 
*Ocorre quando há a transferência de segmentos de 
um cromossomo para outro, geralmente não 
homólogos, promovendo a transferência de genes de 
um cromossomo para outro. 
 
• Translocações recíprocas: ocorre quando 
há a troca de segmentos entre cromossomos 
não homólogos sem a perda de material 
genético. Ex: leucemia mieloide crônica: 
ocorre uma translocação entre o gene ABL no 
cromossomo 9 e o gene BCR no cromossomo 
22. 
 
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*A translocação recíproca promove o 
pareamento cruciforme entre os 
dois cromossomos translocados e 
seus homólogos sem translocação. 
Devido a essa conformação de 
pareamento, cromossomos 
translocados são mais propensos a 
produzir gametas aneuploides a depender de 
como ocorra a disjunção. 
• Translocações Robertsonianas: ocorre 
quando dois cromossomos acrocêntricos não 
homólogos sofrem quebras nos centrômeros 
e se unem. Como o cromossomo menor 
geralmente é perdido por não ter massa 
suficiente para se separar corretamente 
durante a mitose e meiose, é formado um 
cariótipo com 45 cromossomos. 
 
Inserção: 
*Ocorre a inserção de sequências de um 
cromossomo para outro. 
 
Rearranjos não balanceados 
*Ocorre a perda ou ganho de informação genética. 
Geralmente, surgem pelo crossing over desigual. 
Deleção: 
*Ocorre pela quebra e perda subsequente de um 
segmento cromossômico, sendo o seu efeito 
relacionado com a quantidade de material perdido. A 
deleção pode ser intersticial ou terminal. 
• Síndrome de cri-du-chat: 
*Cariótipo típico: 46, XX, del (5p) ou 46, XY, 
del (5p). 
*É causada pela deleção no braço curto do 
cromossomo 5. Tem incidência de 1 para 
50.000 nascidos vivos e os acometidos 
apresentam mal formações oculares, 
hipertelorismo ocular, olhos amendoados, 
deficiência intelectual, grave 
comprometimento mental e físico e choro 
semelhante a miado de gato durante a 
infância. 
 
Duplicação: 
*É a mutação em que parte do cromossomo é 
duplicado. Pode ser uma duplicação em tandem (a 
região duplicada está logo ao lado do segmento 
original), deslocada (quandoa região duplicada está 
distante do segmento original) ou reversa (quando a 
duplicação está com a orientação invertida). 
 
Cromossomo em anel (r): 
*Ocorre quando há deleções 
terminais no cromossomo, 
provocando a fusão das 
extremidades dos braços e perda 
de fragmentos. 
Isocromossomo (i): 
*Ocorre quando a separação das cromátides irmãs é 
transversal no lugar de ser longitudinal, gerando 
cromossomos com cópias de um mesmo braço.
 
 
 
Referências: 
• Fundamentos de genética / D. Peter Snustad, 
Michael J. Simmons; revisão técnica Cláudia 
Vitória de Moura Gallo. – 7. ed. – Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2017. 
• Genética: um enfoque conceitual / Benjamin A. 
Pierce; tradução Beatriz Araujo do Rosário. - 5. 
ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
1. ( ) A síntese de DNA pela DNA polimerase ocorre no sentido 3’-5’.
2. ( ) A DNA polimerase faz síntese de novo.
3. ( ) O DNA apresenta os nucleotídeos A, G, C, T, U.
4. ( ) Os nucleotídeos são as unidades básicas do DNA e são ligados uns aos
outros por ligações fosfodiéster.
5. ( ) Antes da tradução, o pré-mRNA passa pelo processo de adição de cauda
poli(A) na extremidade 3’ e adição do cap 7-metilguanosina na extremidade 5’.
6. ( ) No splicing, ocorre a retirada de éxons e a união de íntrons.
7. ( ) RNA é uma molécula dupla fita formada por uma desoxirribose, grupo
fosfato e bases nitrogenadas que são interligados por ligações fosfodiéster e
pontes de hidrogênio.
8. ( ) O códon é uma trinca de nucleotídeos que determina um aminoácido da
proteína.
9. ( ) Se ocorrer uma mutação na região promotora de um gene, a transcrição é
bloqueada, o que, como consequência, bloqueia a tradução do gene.
10. ( ) A síndrome de Down é caudada exclusivamente por trissomia
cromossômica.
11. ( ) A DNA polimerase realiza processos de reparo no DNA.
12. ( ) As ilhas CpG amplificam o processo de replicação do DNA.
13. ( ) As mudanças tautoméricas podem provocar a inserção de base
nitrogenada errada devido às oscilações químicas dos átomos de hidrogênio.
14. ( ) Na transversão ocorre a modificação de um nucleotídeo para outro do
mesmo grupo.
15. ( ) A mutação nonsense impede a leitura do DNA pela formação de um códon
de parada.
16. ( ) O maior nível de compactação do DNA é no cromossomo interfásico.
17. ( ) Os pontos de verificação do ciclo celular são: G1/S, S/G2, G2/M.
18. ( ) No paquíteno é possível visualizar os quiasmas, evidencias da realização do
crossing over.
19. ( ) Ao final da meiose 1 as células são necessariamente idênticas.
20. ( ) Para ocorrer a separação das cromátides-irmãs é preciso que a coesina seja
degradada.
21. ( ) O crossing over cria novas combinações de alelos entre os cromossomos
homólogos.
22. ( ) As síndromes de Klinefelter e de Patau são aneuploidias, pois ocorre a
alteração de todo o seu genoma.
23. ( ) A não disjunção cromossômica na meiose 2 promove alteração de todos os
gametas.
Revisão prova 1
24. ( ) As aneuploidias são provenientes da não disjunção meiótica.
25. ( ) A mutação missense provoca alteração de um aminoácido na proteína pela
alteração de um nucleotídeo.
26. ( ) As translocações Robertsonianas são um tipo de rearranjos balanceados.
27. ( ) As translocações recíprocas ocorrem com perda de material genético.
28. ( ) O cariótipo 47, XX, +13 representa uma trissomia.
29. ( ) Considerando o cromossomo ABC•DEFG, em que • representa o centrômero,
a mutação ABABC•DEFG é uma duplicação em tandem.
30. ( ) A monossomia é um tipo de aneuploidia em que ocorre a perda de um
cromossomo.
1.F 
2.F
3.F
4.V
5.V
6.F
7.F
8.V
9.V
10.F
11.V
12.F
13.V
14.F
15.V
16.F
17.F
18.F
19.F
20.V
21.V
22.F
23.F
24.V
25.V
26.V
27.F
28.V
29.V
30.V
Gabarito
Padrão de herança monogênica 
Genética Humana – UFPE 
 
 
Larissa Albuquerque  Aula 7 
*A herança monogênica é controlada e transmitida 
para a prole por apenas um único gene. Pode seguir 
o padrão autossômico (ocorre nos cromossomos 
autossômicos e pode ser dominante ou recessivo) ou 
o ligado ao sexo (ocorre nos cromossomos sexuais e 
pode ser ligado ao X – dominante ou recessivo – ou 
ligado ao Y – holândrico). 
Heredograma 
*A avaliação do padrão de hereditariedade de uma 
característica é avaliada por meio de heredogramas, 
que são diagramas que indicam as relações entre os 
membros de uma família. 
*Permite a identificação do tipo de herança estudada, 
ajuda no diagnóstico, permite a coleta de dados de 
várias gerações e indivíduos e a obtenção da história 
familiar em relação da característica estudada. 
 
Herança autossômica dominante 
*O alelo dominante tem uma característica que se 
sobressai em relação ao alelo recessivo, por isso, um 
alelo já é suficiente para promover a doença e cada 
indivíduo afetado apresenta pelo menos 1 alelo 
afetado, ou seja, AA ou Aa são afetados. 
*Homens e mulheres são igualmente afetados, pois é 
uma herança autossômica. 
*Indivíduos afetados têm pelo menos 1 dos pais 
afetados, pois o traço dominante foi herdado de pelo 
menos um dos genitores. 
*Apresenta afetados em todas as gerações (não há 
salto de gerações). 
*Genitores afetados podem ter filhos não afetados. 
Isso pode ocorrer nos casos em que ambos os 
genitores são heterozigotos (Aa) ou em que um seja 
heterozigoto e o outro esteja em homozigose 
recessiva (aa). 
*Raramente ocorre aparecimento de filhos afetados 
de genitores não afetados. 
 
*Exemplos: 
• Acondroplasia: é um tipo de nanismo com 
incidência de 1/10.000 nascimentos que pode 
surgir por uma mutação na família e acomete 
o gene do fator de crescimento fibroblástico 3 
(FGFR3). Quando ocorre em homozigose 
causa a morte. 
• Doença de Huntington: causa neuro-
degeneração progressiva por alteração no 
gene da huntingnina e se manifesta após os 
40 anos de idade, podendo ocorrer a 
transmissão para a prole. Quando se tem caso 
na família, é importante fazer o teste genético. 
Tem incidência de 1/20.000 nascimentos. 
Herança autossômica recessiva 
*O alelo recessivo provoca a doença quando em 
homozigose (aa) e ocorre com a mesma frequência 
em ambos os sexos. 
*Os heterozigotos têm fenótipo normal, porém 
portadores da herança, o que pode gerar o salto de 
gerações, o que significa que genitores não afetados 
podem ter filhos afetados. 
Antecipação: a doença se manifesta cada vez 
mais cedo quando transmitida dentro da mesma 
família. 
Adaptabilidade: é a capacidade de um portador 
de mutação sobreviver até a idade reprodutiva. 
--Adaptabilidade zero: não é herdada. 
--Adaptabilidade normal: a mutação é herdada. 
 
Monitoria de Genética Humana Larissa Albuquerque  Aula 7 
*Toda a prole é afetada quando ambos os genitores 
são afetados. 
 
*Exemplos: 
• Fibrose cística: doença pulmonar crônica e 
insuficiência pancreática, é comum ocorrer 
morte antes dos 2 anos. Tem incidência de 
1:3.000 nascidos vivos e é diagnosticada na 
triagem neonatal. 
• Fenilcetonúria: o indivíduo não consegue 
processar a fenilalanina, ocorrendo lesão do 
sistema nervoso central (retardo mental 
severo). 
Herança dominante ligada ao X 
*Afeta ambos os sexos, mas é mais frequente em 
mulheres, já que possuem dois cromossomos X. 
Quando ocorre em homens, geralmente é letal. 
*Pai afetado: todas as filhas são afetadas e nenhum 
filho é afetado (pois herdam o X da mãe). 
*Mãe afetada heterozigota: 50% de chance da prole 
ser afetada. 
*Mãe afetada homozigota: toda a prole é afetada. 
*Não ocorre salto em gerações. 
*O padrão de herança entre mulheres é semelhante 
ao autossômico: é transmitido para ambos os sexos. 
 
*Exemplos: 
• Síndrome de Rett: é letal em meninos e 
causa deficiência intelectual em meninas. 
Ocorre por mutação no gene MECP2 e se 
manifesta a partir de 2 anos com regressão 
das habilidades adquiridas. Tem incidência de 
1:10.000. 
Herança recessiva ligada ao X 
*Afeta mais homens que mulheres, pois para a mulher 
ser afetada os dois cromossomos X precisam ser 
alterados,enquanto no homem precisaria apenas de 
um alelo afetado para manifestar a herança. Dessa 
forma, mulheres raramente são afetadas. 
*Homens afetados sempre transmitem o alelo para as 
filhas (portadoras). O traço não é transmitido de pai 
para filho, já que nesse caso o filho herda o Y do pai. 
*Pode haver salto de gerações. 
 
*Consanguinidade: é o acasalamento entre 
duas pessoas da mesma família. Isso aumenta 
significativamente a probabilidade dos genitores 
herdarem um alelo mutante de um ancestral 
comum. Exemplo: xeroderma pigmentoso (20% 
dos casos são devido a casamentos de primos 
de 1º grau). 
Isolados genéticos/endogamia: ocorrem por 
barreiras geográficas, religiosas ou de língua 
nativa, fazendo com que a frequência de alguns 
genes recessivos raros seja diferente da 
população geral. Exemplo: a doença de Tay 
Sachs nos Judeus Ashkenazi (EUA) é 100 vezes 
mais alta nos judeus do que na população geral.
 
Monitoria de Genética Humana Larissa Albuquerque  Aula 7 
*Exemplos: 
• Distrofias musculares: doenças 
degenerativas de Duchenne e de Becker. 
• Daltonismo: ocorre por distúrbio envolvendo 
um dos principais tipos de células da retina, os 
cones, afetando de 4% a 5% dos homens. 
• Hemofilia A: causa sangramentos 
espontâneos ou devido a traumas e ocorre 
pela atividade deficiente do fator VIII de 
coagulação sanguínea. 
Herança holândrica 
*É ligado ao Y e ocorre apenas em homens, com 
transmissão de 100% para filhos homens. 
*Nenhuma mulher filha de homem afetado é afetada 
pela condição, já que não há transmissão de 
cromossomo Y para mulheres. 
 
Fatores que afetam os padrões de heredograma 
*Idade de início da doença. 
*Heterogeneidade alélica: mutações diferentes em 
um mesmo lócus podem resultar em doenças 
clinicamente diferentes. 
*Heterogeneidade de lócus: mutações em loci 
diferentes que resultam na mesma doença. 
*Imprinting genômico: ocorre quando a expressão 
do fenótipo da doença depende se o alelo mutante foi 
herdado do pai ou da mãe. 
*Codominância: o heterozigoto manifesta um quadro 
intermediário em relação aos homozigotos e é um 
padrão atípico de herança. 
Variabilidade das manifestações fenotípicas 
*Penetrância: ocorre quando o genótipo não é 
expresso em todos os indivíduos que o possuem. Ex: 
calvície em homens e mulheres. 
*Expressividade: ocorre quando o genótipo 
apresenta fenótipo com diferentes gradações. Ex: 
polidactilia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
• Genética: um enfoque conceitual / Benjamin A. 
Pierce; tradução Beatriz Araujo do Rosário. - 5. 
ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
Padrões de herança multifatorial 
Genética Humana – UFPE 
Larissa Albuquerque  Aula 8 
*Também conhecida como herança complexa ou 
quantitativa, é a herança que depende da interação 
do genótipo (vários genes, então é poligênica) com o 
ambiente para gerar o fenótipo. Por isso, não é 
possível identificar o genótipo do indivíduo pelo 
fenótipo devido à influência do ambiente. 
*São doenças comuns na população e que não 
seguem o padrão de herança mendeliana. 
*Ex: altura, cor da pele, alcoolismo. 
Característica 
*Qualitativa: é caracterizada pela presença ou 
ausência da doença, sendo determinada por um ou 
poucos genes e baixa influência do ambiente. É 
característica de heranças mendelianas. 
*Quantitativa: possui caracteres com quantidade 
mensurável e contínua, podendo assumir qualquer 
valor entre dois extremos, como ocorre com o peso, 
colesterol, pressão sanguínea, etc. Se esses fatores 
estiverem fora do intervalo normal, podem provocar 
alguma doença. 
Curva de distribuição normal 
*É a distribuição da população de determinada 
característica em forma de curva de sino. 
*1 lócus com 2 alelos co-dominantes: 
Aa x Aa -> ¼ AA, ½ Aa, ¼ aa -> forma 3 fenótipos. 
*Variação normal: são as características quantitativas 
presentes em 95% da população. 
Característica de limiar 
*A característica está presente ou ausente e mesmo 
tendo apenas dois fenótipos, continua sendo 
multifatorial porque é determinada por fatores 
genéticos (não modificáveis) e ambientais 
(modificáveis). 
*Quando o indivíduo acumula fatores de risco 
(susceptibilidade) suficientes para ultrapassar o 
limiar, ele será afetado. 
 
*Agregação familiar: é a forma em que os alelos 
estão compartilhados entre os familiares. Quanto 
maior for o parentesco entre indivíduos, maior será a 
média de genes compartilhados entre eles. Pais e 
filhos compartilham mais genes entre si do que 
primos. Isso faz com que a incidência de uma doença 
diminua quanto menor for o grau de parentesco. 
 
*Gráfico do modelo de propensão-limiar: quanto 
maior o parentesco, mais desviado para a direita será 
o gráfico. 
 
*Risco relativo: é o risco de determinada pessoa de 
uma família ter certa doença em relação à 
prevalência da doença na população geral. 
Herdabilidade 
*A herdabilidade, representada por h, é a 
porcentagem da variação fenotípica que é devida aos 
genes, ou seja, o grau no qual a variação de uma 
característica é determinada pela genética. 
*Ela é expressa em valores de 0 a 1, sendo 0 quando 
a variação fenotípica é causada por influência 
ambiental e 1 quando resultante completamente de 
ação gênica. 
*Não existe herdabilidade universal para uma 
característica, já que ela é determinada para uma 
população específica em um ambiente específico. 
Discordância e concordância
*Estudos com gêmeos monozigotos permitiram 
determinar a influência do ambiente no 
desenvolvimento de doenças. 
*Quando há 100% de concordância entre os genes 
estudados, significa que a característica não sofre 
influência ambiental. 
*Se a concordância for menor que 100%, haverá 
influência ambiental. 
*Quando os dois indivíduos da mesma família têm a 
mesma doença são chamados de concordantes para 
essa doença e quando apenas um a tem e o outro 
não, são chamados de discordantes. 
7 
 
Monitoria de Genética Humana Larissa Albuquerque  Aula 8 
Risco de recorrência 
*É o risco de a doença ocorrer novamente em uma 
família que já tem um afetado e é influenciado por: 
• Sexo do probando: 
Ex: lúpus – 9 mulheres afetadas para cada homem 
afetado. 
• Número de afetados na família: 
Ex: defeitos de tubo neural (anencefalia e espinha 
bífida): com a presença de um irmão afetado, o risco 
é de 5% de outro afetado surgir, já se houver 
dois irmãos afetados, o risco é de 12%. 
• Gravidade do defeito: quanto maior for a 
gravidade, maior o número de genes para aquela 
característica e maior a chance de se desenvolver 
na família. Pode ser aumentado pela influência do 
fator ambiental e limiar para o sexo. 
Ex: fissura de lábio unilateral – 2,5%; fissura bilateral 
com fissura de palato – 5,6% 
• Número de afetados/frequência populacional. 
Estudos de genes de susceptibilidade para doenças complexas 
*Estudos de associação genética: determinam se um 
alelo em um lócus ocorre mais frequentemente em 
pessoas com a doença do que na população geral. 
*SNPs (polimorfismo de nucleotídeo único): é a 
substituição de um nucleotídeo por outro diferente 
que pode provocar uma proteína com alteração na 
sua configuração, tendo como consequência o 
aumento de susceptibilidade para determinada 
doença. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
• Genética: um enfoque conceitual / Benjamin A. 
Pierce; tradução Beatriz Araujo do Rosário. - 5. 
ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
• Genética Médica / Thompson & Thompson – 7ª 
ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 
Genes de susceptibilidade irão determinar uma 
maior chance de o indivíduo adquirir determinado 
fenótipo. Na herançamultifatorial, mudanças 
ambientais influenciarão na produção de vários 
fenótipos. 
Bases genéticas do câncer 
Genética Humana – UFPE 
 
Larissa Albuquerque  Aula 9 
Características gerais 
*O câncer é uma doença genética, 
independentemente do tipo, que surge por meio de 
mutações de genes importantes. Isso causa erros 
nos processos biológicos e a desregulação celular. 
*As células cancerígenas têm um comportamento 
competitivo e desordenado. Elas podem crescer em 
massa e em quantidade sem controle, gerando um 
tumor ou neoplasia. 
*Geralmente, o câncer é derivado de células que têm 
capacidade de replicação, em especial as células 
lábeis, mas também pode se desenvolver em 
populações celulares que não costumam se dividir, 
como as células nervosas. 
Complexo ciclina/CDK 
*O ciclo celular tem papel importante na 
carcinogênese, pois, caso não tenha uma resposta 
adequada aos sinais químicos de controle, a célula 
pode se tornar cancerosa. 
*O ciclo celular é regulado por pontos de verificação 
e o seu avanço depende do complexo formado entre 
as ciclinas e CDKs (quinases dependentes de 
ciclinas), regulando a atividade de outras proteínas. 
*As CDKs realizam atividade catalítica do mecanismo 
do ciclo celular, regulando outras proteínas pela 
transferência de grupos fosfatos (fosforilação) 
quando estão na presença de ciclinas, as quais 
permitem a formação do complexo ciclina/CDK. 
*Quando as ciclinas não estão presentes, o complexo 
não é formado e as CDKs permanecem inativas. 
*Para o funcionamento adequado do ciclo celular, é 
preciso que haja a formação e degradação alternada 
de complexos ciclina/CDK. 
*Nas células tumorais, ocorrem defeitos genéticos 
nos pontos de checagem devido ao descontrole das 
ciclinas e CDKs, por aumento ou diminuição do 
complexo. 
*Um dos principais 
pontos de 
verificação do ciclo 
celular é o START, 
que ocorre no 
meio de G1 e 
verifica a 
viabilidade para 
passar à fase S. 
Ele é regulado por 
ciclinas D e CDK4. 
 
Câncer e morte celular programada (apoptose) 
*As células tumorais evoluem devido a um acúmulo 
de células indesejadas pela não ocorrência da 
apoptose, fenômeno importante para impedir o 
comprometimento da formação e função dos órgãos. 
*A apoptose é também uma forma de prevenção ao 
câncer, pois se uma célula anormal de replicação for 
destruída, ela não se multiplicará para originar um 
tumor. 
*Como as células cancerosas não sofrem apoptose, 
elas continuam crescendo e se dividindo 
desordenadamente enquanto tenha nutrientes para 
mantê-la, de forma independente à quantidade de 
telômero e telomerase. 
Evidências genéticas 
*O câncer é herdado clonalmente já que as células 
descendentes apresentam as mesmas 
características que as originais. 
*Certos vírus podem induzir alguns tipos de câncer. 
*Pode ser induzido por agentes que causam mutação 
de genes em que os produtos proteicos participem do 
controle do ciclo celular, como a radiação UV, raios x, 
cigarros e HPV. 
*Alguns cânceres ocorrem em famílias, como o 
retinoblastoma. 
*Alguns cânceres em células sanguíneas são 
associados a aberrações cromossômicas. 
Classificação 
*Proto-oncogenes: são um grupo de genes que 
seus produtos atuam na regulação de vias 
relacionadas à divisão celular e quando sofrem 
mutação se tornam oncogenes, promovendo 
ativamente a divisão celular e indução de tumores. 
*Supressor tumoral: são genes relacionados com a 
parada da divisão celular que, ao sofrerem mutação, 
não reprimem mais a divisão celular. 
Genes supressores tumorais 
*Hipótese de Knudson: o câncer só se desenvolve se 
houver uma segunda mutação nas células somáticas 
e se essa mutação desativar a função do gene 
supressor tumoral. Assim, o desenvolvimento do 
câncer precisará de duas mutações com perda de 
função (dois “eventos” inativadores), um em cada 
cópia do gene supressor tumoral, observado no 
retinoblastoma, que pode ser hereditário ou 
esporádico. 
Monitoria de Genética Humana Larissa Albuquerque  Aula 9 
*pRB: atua no controle do ciclo celular e tem a função 
de ativar a parada do ciclo celular ou a apoptose. 
*p53: pode parar o ciclo celular e ativar a via de morte 
como resposta ao estresse celular. Em situações de 
normalidade o seu nível é baixo, mas caso haja dano 
ao DNA, o nível de p53 aumenta e é convertida na 
sua forma estável e ativa, promovendo a interrupção 
do ciclo celular. O p53 pode mediar dois tipos de 
resposta: 
• p21: está associada ao p53 e é um inibidor do 
complexo ciclina/CDK, parando o ciclo celular 
para permitir o seu reparo e manter a 
integridade genética. 
• BAX: gene ativado pela p53 que aciona o ciclo 
da apoptose, permitindo a destruição da 
célula. 
Características das vias cancerígenas 
1. As células cancerosas adquirem autossuficiência 
em processos sinalizadores que estimulam a 
divisão e o crescimento, como a resposta a 
fatores de crescimento produzidos por elas 
mesmas. 
2. As células cancerosas são insensíveis a sinais 
inibidores de crescimento, pois há supremacia de 
sinais estimulantes em relação aos inibidores de 
crescimento. 
3. As células cancerosas podem escapar da morte 
celular programada, por exemplo, quando há 
disfunção de p53, com o bloqueio da via de 
autodestruição. Ocorre, então, a tendência de 
produção de descendentes cada vez mais 
anormais, progredindo para um estado 
canceroso. 
 
4. As células cancerosas têm potencial de 
replicação ilimitado pelo aumento da atividade da 
enzima telomerase que acrescenta sequências 
de DNA às extremidades dos cromossomos. 
5. As células cancerosas desenvolvem mecanismos 
de autonutrição pela angiogênese, nutrindo e 
permitindo a expansão do tumor. 
6. As células cancerígenas adquirem a capacidade 
de invadir e colonizar outros tecidos (metástase). 
 
 
 
 
 
Referências: 
• Fundamentos de genética / D. Peter Snustad, 
Michael J. Simmons; revisão técnica Cláudia 
Vitória de Moura Gallo. – 7. ed. – Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2017. 
 
Benigno: as células permanecem localizadas. 
Maligno: as células invadem outros tecidos. 
Metástase: as células se deslocam para outros 
locais do corpo, formando tumores secundários. 
 
Imunologia 
Genética Humana – UFPE 
 
 
Larissa Albuquerque  Aula 10 
Sistema imune 
*É o sistema de proteção contra doenças, em 
especial as infecciosas, reconhecendo o que é 
próprio e não próprio do corpo. 
*Responde aos antígenos, moléculas que causam 
reações imunológicas, e o organismo tem alta 
capacidade de reconhecer diversos antígenos. É 
essencial essa identificação para diferenciar 
autoantígenos de antígenos estranhos e evitar 
doenças autoimunes. 
*Sua principal função é manter a homeostase do 
organismo. 
*É organizada em resposta imune inata (inespecífica) 
e adaptativa (específica), que agem em conjunto. 
Resposta imune inata 
*É a primeira linha defesa do organismo, reage de 
forma rápida, imediata e inespecífica a exposições 
repetidas, provoca a inflamação de tecidos infectados 
e recruta fagócitos. 
*É constituída por: barreiras físicas e químicas, 
células fagocíticas (neutrófilos e macrófagos), células 
dendríticas (direciona células T para recrutar mais 
células T, células B para ativar a resposta), células 
natural killer, células linfoides, sistema complemento 
e alguns mediadores de inflamação. 
Resposta imune adaptativa 
*É estimulada pela exposição a agentes infecciosos, 
aumentando sua eficácia a cada exposição. 
*É específica, especializada e adquire memória. 
*É constituída por: linfócitos B (que formam 
anticorpos), linfócitos T, apresentadores de antígenos 
e células efetoras. 
*É classificada em humoral e celular. 
Imunidade adaptativa humoral 
*É mediada por anticorpos produzidos pelos linfócitos 
B que podem ativar mecanismos efetores para 
combater os microrganismos. 
*É a principal defesa contra microrganismosextracelulares e suas toxinas. 
Imunidade adaptativa celular 
*É mediada por linfócitos T. 
*Tem como principal função destruir microrganismos 
que residem nos fagócitos, matar células infectadas 
e recrutar leucócitos que combatem microrganismos 
extracelulares. 
*Quando exposto a um antígeno estranho, ocorre a 
imunidade ativa, por meio de infecção ou vacina, 
ocorrendo resposta imunológica e gerando memória. 
*Também pode ocorrer a imunidade passiva, em 
que o indivíduo se torna imune sem ter sido exposto 
ao antígeno ou ter resposta imunológica e se dá pelo 
uso de soro com anticorpos de indivíduos imunes. 
*Linfócito T CD4 (auxiliar): Secreta citocinas que 
estimulam a proliferação e diferenciação das próprias 
células T e ativam linfócitos B, macrófagos e outros 
leucócitos. 
*Linfócito T CD8 (citotóxico): matam as células 
infectadas por vírus e outros microrganismos 
intracelulares que produzem antígenos estranhos. 
Obs: nem todos linfócitos T atacam células com 
antígenos estranhos, atuando na regulação das 
respostas imunológicas. 
Seleção clonal 
*O sistema imune reconhece diversos antígenos 
estranhos e cada linfócito maduro é programado para 
atacar apenas um antígeno específico. 
*A seleção clonal ocorre pela proliferação de um 
linfócito específico para um antígeno, de forma rápida 
e produzindo uma grande população de células 
idênticas (clones) específicas para esse antígeno, 
formando a resposta primária. 
*Alguns linfócitos se diferenciam em plasmócitos 
secretores de anticorpos específicos para o antígeno 
e essas células de memória continuam na circulação. 
*Caso o mesmo antígeno reapareça, ele ativará as 
células de memória e gerará rapidamente a 
resposta imunológica secundária. 
 
Geração da diversidade de anticorpos 
• Linha germinativa: cada anticorpo é codificado 
por um gene herdado, não sendo modificado 
durante o desenvolvimento somático, precisando 
haver um grande número de genes codificadores 
de anticorpos. 
• Teoria somática: existe apenas um pequeno 
número de genes codificadores de anticorpos, 
 
Monitoria de Genética Humana Larissa Albuquerque  Aula 10 
com bastante diversidade das células somáticas 
devido a mutações/recombinações. Esses genes 
se rearranjam aleatoriamente para formar 
diversos anticorpos e não são passados para a 
prole. É a teoria mais aceita atualmente. 
Estrutura dos anticorpos 
*Também conhecidos como imunoglobulinas (Ig), 
cada molécula é formada por 4 cadeias de 
polipeptídios, duas leves e duas pesadas idênticas, 
obtendo o formato de Y. 
*As cadeias leves e pesadas têm uma região variável 
em uma extremidade e uma constante na outra. 
*As regiões variáveis especificam o tipo de antígeno 
que o anticorpo pode se ligar. 
 
*As cadeias leves são codificadas por genes em 
diferentes cromossomos e cada gene possui 3 tipos 
de segmentos: V (variável; 30 a 35 segmentos 
diferentes), J (união; 5 segmentos diferentes) e C 
(constante; 1 segmento). 
Fatores que aumentam a diversidade de anticorpos 
*Cada cadeia leve pode se combinar com qualquer 
cadeia pesada recombinada. 
*A recombinação dos segmentos de genes é 
imprecisa, havendo diversidade juncional, devido a 
perdas ou ganhos durante o processo. 
*Alta taxa de mutação nos genes dos anticorpos, 
chamada a hipermutação somática. 
Genes do complexo principal de histocompatibilidade (MHC) 
*O MHC são receptores de superfície celular que 
permite que os linfócitos T reconheçam o antígeno. 
*É um lócus genético altamente polimórfico com 
genes localizados no cromossomo 6. 
*O MHC mais estudado em humanos é o HLA 
(antígeno de histocompatibilidade). 
*MHC1 e MHC2 apresentam antígenos diferentes. 
• MHC1: está ligado à resposta celular e apresenta 
peptídeos antigênicos aos linfócitos T CD 8 
(citotóxicos) e é o principal determinador do que é 
próprio do corpo. 
• MHC2: está ligado à resposta humoral e 
apresenta peptídeos antigênicos aos linfócitos T 
CD 4 (auxiliares). 
 
Principais caraterísticas do lócus mhC 
*Possui alelos codominantes 
*Polimórfico: um grande número de alelos estão 
presentes em cada gene. 
*Multigênico. 
*É importante no processo de transplante de órgãos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
• PIERCE, B.A. Genética: um enfoque 
conceitual. 5ª ed. Editora Guanabara. 
• ABBAS, A.K.; PILLAI, S.; LICHTMAN, 
A.H. Imunologia Celular e Molecular. 8ª ed. 
Editora Elsevier Ltda. 
Genética de populações 
Genética Humana – UFPE 
Monitoria de Genética Humana 
*Estuda a composição genética de grupos de 
indivíduos e como a sua composição genética é 
alterada ao decorrer do tempo. Assim, estuda a 
variação dos alelos dentro e entre grupos, bem como 
as forças evolutivas que levaram a isso. 
*População mendeliana: indivíduos endogâmicos 
(consanguíneos), sexualmente reprodutivos com 
genes em comum (pool genético). 
*Frequência genotípica: é a quantidade de 
indivíduos de um determinado genótipo dividido pelo 
total de indivíduos da amostra. A soma de todas as 
frequências genotípicas é sempre igual a 1. 
 
*Frequência alélica: é a quantidade de um 
determinado alelo na amostra dividido pelo dobro do 
número total de indivíduos da amostra., pois cada 
indivíduo diploide tem dois alelos em um lócus. A 
soma das frequências alélicas é sempre igual a 1. 
 
 
*É possível obter a frequência alélica por meio da 
frequência genotípica: 
 
 
Lei de Hardy-Weinberg 
*É um modelo matemático que avalia o efeito da 
reprodução sobre as frequências genotípicas e 
alélicas de uma população. 
*Se a população for grande, com cruzamento 
aleatório, sem mutação, migração ou seleção natural, 
prevê-se que: as frequências alélicas da população 
não mudam e que elas se estabilizam na proporção 
de p2 (frequência de AA), 2pq (frequência de Aa) e q2 
(frequência de aa). 
*Quando os genótipos estão na proporção esperada 
de p2, 2pq e q2, diz-se que a população está em 
equilíbrio de Hardy-Weinberg. 
*As leis de Hardy-Weinberg se aplicam a apenas um 
lócus, então a população pode estar em equilíbrio de 
Hardy-Weinberg para um lócus e não para outros. 
Implicações da lei de Hardy-Weinberg 
*A população não está em evolução. 
*As frequências genotípicas são determinadas pelas 
frequências alélicas. 
Fatores evolutivos 
*São os fatores que têm capacidade de alterar as 
frequências gênicas e os fatores que aumentam a 
homozigose, são eles: mutação, fluxo gênico, deriva 
genética e seleção natural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIA: 
• PIERCE, B.A. Genética: um enfoque 
conceitual. 5ª ed. Editora Guanabara. 
As frequências observadas são praticamente iguais 
as frequências esperadas pela lei. 
 Revisão: prova 2
1. ( ) O princípio da reação de PCR é a amplificação de um fragmento escolhido
aleatoriamente. 
2. ( ) A DNA polimerase utilizada na PCR é a Taq polimerase, isolada de bactérias
resistentes ao calor. 
3. ( ) Na PCR em tempo real, os resultados são observados pela eletroforese em
gel de agarose. 
4. ( ) Quando uma população tem um lócus em equilíbrio de Hardy-Weinberg,
todos os seus loci não estão em processo de evolução. 
5. ( ) Em uma população pequena e com ocorrência de mutações os genótipos
estão na proporção de p2 , 2pq e q2 . 
6. ( ) A frequência alélica é calculada pelo número de cópias do alelo dividido pelo
número de cópias de todos os alelos para determinado lócus. 
7. ( ) Para uma população estar em equilíbrio de Hardy-Weinberg ela não pode ser
afetada por fatores evolutivos. 
8. ( ) Quanto menor for a variação dos genes do lócus MHC para compatibilidade
de transplante de órgãos entre doador e receptor, maior é a chance de sucesso
do procedimento. 
9. ( ) O lócus genético MHC possui alelos codominante, é altamente polimórfico e
multigênico. 
10.( ) A grande diversidade de anticorpos é explicada pela linha germinativa. 
11.( ) O linfócito maduro tem capacidade de atacar

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