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ASI- 4 SEMESTRE 1 - [247400] Em meados da década de 1980, mesmo com uma forte influência de referenciais teóricos pautados na psicolinguística e linguística, emerge uma nova abordagem acerca da alfabetização. Essa nova concepção parte de uma perspectiva histórica e sociológica e ressalta a dimensão multidisciplinar da alfabetização. Segundo Mortatti (2004, p. 78) [...] essa abordagem contribuiu significativamente para ampliar as reflexões sobre os limites e as novas possibilidades de compreensão do fenômeno e dos problemas a ele relacionados. Ressaltamos o conceito de letramento, que se designa como: I - Um conjunto de práticas sociais que usam a escrita, enquanto sistema simbólico e enquanto tecnologia, em contextos específicos, para objetivos específicos (KLEIMAN, 1995, p. 19). II - Um fenômeno plural, multifacetado, cuja compreensão implica os usos e funções das demandas de leitura e escrita, não apenas para o sujeito que sabe ler e escrever, mas também para quem utiliza o código a partir de alguma mediação social. III – A aquisição de códigos alfabéticos e numéricos, a fim de desenvolver na criança uma competência individual necessária para o sucesso escolar, sem considerar a dimensão social e contextual desse aprendizado. IV - As funções a leitura e a escrita assumem em decorrência das novas exigências impostas pela cultura letrada, a partir das novas relações estabelecidas com as práticas de leitura e escrita na sociedade. V - O processo inicial de aquisição do código alfabético, priorizando o desenvolvimento dos aspectos notacionais da língua, havendo um processo linear de apropriação do código escrito. É correto afirmar que: a) As alternativas I, II e IV estão corretas. 2 - [246258] (ENADE – 2019) Disponível em: <https://publications.iadb.org/en/publication/16231/guia-operacional-de- acessibilidade-para-projetos-em-desenvolvimento-urbano-com>. Acesso em: 11 set.2019 (adaptado) O princípio da acessibilidade dispõe que na construção de espaços, na formatação de produtos e no planejamento de serviços deve-se considerar que as pessoas com deficiência (PCD) são usuárias legítimas, dignas e independentes. Nenhum serviço pode ser concedido, permitido, autorizado ou delegado sem acessibilidade plena, para não obstaculizar o exercício pleno dos direitos pelas pessoas com deficiência. A acessibilidade é um direito de todos os cidadãos e, por isso, não se limita a propiciar a inclusão de pessoas com deficiência, mas também de pessoas com mobilidade reduzida, idosos, gestantes e em situação vulnerável. OLIVEIRA, S. M. de. Cidade e acessibilidade: inclusão social das pessoas com deficiências. In: VIII Simpósio Iberoamericano em comércio internacional, desenvolvimento e integração regional, 2017 (adaptado). Considerando a imagem e as informações apresentadas, avalie as afirmações a seguir. I - Projetar e adaptar as vias públicas facilita a circulação das pessoas com dificuldade de locomoção e usuários de cadeiras de rodas, sendo uma medida adequada de acessibilidade. II - Padronizar as calçadas com implantação universal de rampas, faixas de circulação livres de barreiras, guias e pisos antiderrapantes atende ao princípio da acessibilidade. III - Garantir a ajuda de terceiros a pessoas com deficiências, nos edifícios públicos e em espaços abertos públicos, é uma previsão legal convergente ao princípio da acessibilidade. IV - Implantar sinalização sonora nos semáforos e informações em Braille nas sinalizações dos espaços urbanos para pessoas com deficiência visual são providências de acessibilidade adequadas. É correto o que se afirma em: d) I, II e IV, apenas. 3 - [246843] (ENADE- 2017) A professora de uma escola pública tem sua prática pedagógica fundamentada na teoria de Jean Piaget. Essa professora irá desenvolver com uma turma do 5º ano do Ensino Fundamental uma aula de Ciências sobre o tema força e movimento, utilizando a abordagem construtivista. Nesse contexto, qual deverá ser a proposta de trabalho elaborada pela professora? d) Partir do saber do cotidiano do estudante sobre a relação entre força e movimento para provocar o surgimento de hipóteses, criar conflitos cognitivos para desenvolvimento do conceito desejado. 4 - [247636] Analise a charge e o fragmento de texto a seguir: "[...] a complexidade da problemática ambiental implica uma revolução do pensamento, uma mudança de mentalidade, uma transformação do conhecimento e das práticas educativas, para se construir um novo saber, uma nova racionalidade que orientem a construção de um mundo de sustentabilidade, de equidade, de democracia [...]. Aprender a aprender a complexidade ambiental implica uma nova compreensão do mundo que problematiza os conhecimentos e saberes arraigados em cosmologias, mitologias, ideologias, teorias e saberes práticos que se encontram nos alicerces da civilização moderna, no sangue de cada cultura, no rosto de cada pessoa" (LEFF, 2001, p. 196). A partir da charge e do fragmento de texto acima, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. A sociedade contemporânea encontra-se diante de um grande desafio, a construção de uma sociedade mais sustentável. Cabe à educação escolar fomentar uma percepção mais crítica da realidade, incentivar a produção de novos conhecimentos e desenvolver o senso de responsabilidade de cada indivíduo com o meio ambiente. Agindo dessa forma, ela estará exercendo sua função na formação de uma verdadeira consciência socioambiental. PORQUE II. Diante da emergência das questões socioambientais, compete à sociedade agir com uma postura diferenciada, a fim de tentar reparar os danos causados pela humanidade ao longo de sua história, pois a crise ambiental que estamos vivenciando exige a determinação de uma nova ética de comportamento humano, na qual o interesse coletivo se sobressaia às motivações individuais. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. 5 - [247635] Acerca do trabalho pedagógico com a diversidade étnico-racial e cultural nas aulas de História e Geografia nas series/anos iniciais do ensino fundamental, analise os fragmentos a seguir: "As forças hegemônicas são capazes de colonizar, mesmo que parcialmente, o senso comum (motivo importante para explicar o porquê de sua hegemonia), e convencer as pessoas a pensar usando os conceitos culturais dominantes como se fossem o modo “natural e lógico” de pensar. Uma vez constituído nessa nova base, medidas políticas e institucionais devem ser buscados para consolidar materialmente o que simbolicamente já está assegurado" (GANDIN; HYPOLITO, 2003, p. 72). "No Brasil, um país caracterizado pela autonomia dos entes federados, acentuada diversidade cultural e profundas desigualdades sociais, os sistemas e redes de ensino devem construir currículos, e as escolas precisam elaborar propostas pedagógicas que considerem as necessidades, as possibilidades e os interesses dos estudantes, assim como suas identidades linguísticas, étnicas e culturais" (BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018, p. 15). Considerando esses fragmentos de texto, assinale a alternativa que apresenta a capacidade a ser desenvolvida em sala de aula em uma perspectiva de trabalho interdisciplinar e multicultural: c) perceber a diversidade étnico-racial e cultural como um direito dos indivíduos e dos grupos que a compõem, como um elemento importante na construção da democracia 6 - [247403] Leia a situação didática apresentada abaixo depois assinale a alternativa que melhor caracteriza tal prática pedagógica: As carteiras estavam enfileiradas. Nas paredes havia as famílias silábicas (apresentadas em sua ordem alfabética) acompanhadas dos desenhos correspondentesà sílaba apresentada, tal como com o “ba” o “b” era o formato de uma barriga, “u” estava acoplado ao formato de uma unha, etc. Nas prateleiras, algumas cartilhas Caminho suave e Sodré e alguns livros de história. Tudo bem arrumado e limpo. Na primeira hora as crianças dedicavam-se a cópia do cabeçalho que estava na lousa: nome da escola, data, nome do aluno e como estava o tempo. Enquanto aguardava as crianças que ainda não tinham terminado, a professora cantava com os demais. Passado algum tempo a professora propôs que fizessem a leitura silenciosa da lição do “da, de, di, do, du” da cartilha. Depois disso começou a passar na lousa alguns exercícios de sistematização para que as crianças treinem a coordenação motora da família silábica do “dado”, depois disso outros exercícios de “siga o modelo”. Às 10h Beatriz recomendou que formassem a fila para receberem a merenda. Voltaram para classe e a professora passou uma cópia bem longa da qual os alunos ficaram mais ou menos por uma hora para copiar o texto da lousa. Depois disso, fizeram a leitura deste texto em voz alta todos juntos e a professora pediram para que os alunos ilustrassem este texto. Por volta das 11h Beatriz entregou a cada aluno um exercício com contas de adição e subtração para serem resolvidas. Cada aluno armava a conta e procurava resolvê-las. Quando tinham dúvida chamavam a professora, que atendia prontamente. Por volta das 11h10min. Beatriz começou a chamar alguns alunos, um a um, para resolver contas na lousa. As outras crianças continuavam na carteira, um pouco dispersas, mas a classe permanecia em silêncio. Quando terminou a correção das contas, Beatriz foi tomar a leitura da classe enquanto os demais alunos faziam “exercícios de prontidão”. Foi para frente da sala e começou sua leitura. A exigência pela disciplina, pelo controle e silêncio da sala eram constantes. Os alunos eram ameaçados a irem para a diretoria a todo minuto; ela aterrorizava as crianças e estas temiam a professora. Na leitura a maioria das crianças não apresentava fluência na leitura e, por isso, não tiveram boas notas. As outras crianças, sentadas em suas carteiras, estavam interessadas no início, mas logo foram se dispersando, pois um aluno que lia ia devagar, ainda sem fluência. Depois que leu cinco páginas Beatriz chamou outra aluna para continuar e assim foi sucessivamente. Essa atividade durou até às 11h45min. Terminada, propôs que copiassem a lição de casa: procurar e pintar num quadro, com letras embaralhadas, as letras da palavra em destaque – Escola. As crianças terminaram de copiar da lousa e guardaram seu material, esperando pelo sinal de saída. Algumas crianças demoraram um pouco além do horário de saída. Leia as alternativas abaixo e observe aquelas que caracterizam a proposta pedagógica que sustentam a prática docente da professora Beatriz: I - Na proposta pedagógica de Emília Ferreiro que, pois nesta concepção, a criança é concebida enquanto sujeito que pensa acerca do funcionamento da escrita. Baseada nos pressupostos teóricos da psicologia genética de Jean Piaget, esta concepção não se constituiu em um novo método de alfabetização. Tomando como parâmetro a compreensão do processo de aquisição da língua escrita e falada pela criança, a alfabetização passa a ser vista a partir do princípio de “como se aprende”, deslocando a atenção para a compreensão do processo de construção do conhecimento realizado pelo aluno. II - Na proposta tradicional, por meio da utilização do método silábico, pois nesta concepção, a criança, inicialmente, parte do pressuposto de que este não possui maturidade para aprender ler e escrever, sendo, portanto, submetido a exercícios de prontidão. Fundamenta o modelo tradicional de alfabetização, concebendo-o enquanto processo de codificação e decodificação da língua escrita, pautada, na memorização inicial de sílabas simples (BA, BE, BI, BO, BU) seguidas das sílabas complexas para a formação de palavras. III - Na proposta pedagógica histórico cultural, pois nesta concepção, a aprendizagem é resultante das interações sociais, uma vez que estas desempenham papéis determinantes na constituição dos sujeitos, principalmente no que se refere ao desenvolvimento das funções psíquicas do homem, tais como as representações do real, a produção do pensamento e a utilização da linguagem como instrumento do pensamento e como meio de comunicação (REGO, 1995). Está fundamentada nos pressupostos teóricos do materialismo histórico- dialético. IV – Nesta proposta a alfabetização parte de uma concepção “tradicional” de alfabetização, traduzida nos métodos analíticos ou sintéticos. Além disso, parte no trabalho com os métodos e o uso de cartilhas, valorizava nesse processo a decodificação das palavras, desvinculando-as em seu significado para a criança. V - Na proposta em que a aprendizagem ocorre a partir da interação da criança com a língua escrita e o sucesso da alfabetização decorre do diagnóstico das hipóteses de escrita que a criança se encontra para propor atividades que sejam adequadas a essas hipóteses. Neste enfoque, Ferreiro e Teberosky (1999) apresentam uma revolução conceitual ao explicarem a forma como a criança aprende a ler e escrever, ao definirem as fases sucessivas pelas quais a criança passa durante o processo de aquisição da língua escrita. Das alternativas acima quais delas se referem as características da prática pedagógica que sustentam a prática docente da professora Beatriz: e) Apenas II e IV.