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SISTEMA LÍMBICO E EMOÇÕES

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Leonardo Souza – Medicina UNIFAP 
SISTEMA LÍMBICO E EMOÇÕES 
OBJETIVOS 
• ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LÍMBICO 
o RELAÇÕES COM AS EMOÇÕES E COM OS DEMAIS ÓRGÃOS SENSORIAIS 
• SOMATIZAÇÕES 
PRIMEIRAS TEORIAS DA EMOÇÃO 
DARWIN E FREUD 
Século XIX 
O papel do encéfalo nas emoções 
Pessoas de diferentes culturas experimentam as mesmas emoções → “componente inato” 
TEORIA DE JAMES-LANGE 
1884 
A emoção é o resultado de alterações fisiológicas 
• Ex: acordar de frente para uma aranha → sistema visual envia informações de imagem ao encéfalo 
→ envio de comandos ao SNA e visceral → respostas de luta e fuga → emoções surgem a partir das 
alterações corporais 
• Ex: pessoa com raiva → mandamos ela se acalmar no sentido de controlar a respiração, abaixar a FC 
e tomar um banho → raiva passa 
TEORIA DE CANNON-BARD 
Contestou James-Lange em 1927 
Experimentamos emoções mesmo sem sentir mudanças fisiológicas 
• Experimento em pessoas com transecção de medula espinhal → não elimina as emoções 
• Mudanças fisiológicas observadas por Lange não são restritas ao medo 
Proposição de sua teoria: 
• A atividade emocional está ligada ao tálamo → sinais vindos do tálamo produzem emoções que 
dependem do padrão de ativação dos receptores sensoriais do tálamo 
O SISTEMA LÍMBICO 
O sistema responsável pela experiência das emoções 
 
Leonardo Souza – Medicina UNIFAP 
 
 
LOBO LÍMBICO DE BROCA 
Áreas corticais que formam um anel (borda = limbus) ao redor do tronco encefálico 
Segundo Broca, é constituído por: 
• Giro cingulado ao redor do corpo caloso 
• Córtex na superfície medial do lobo temporal 
Leonardo Souza – Medicina UNIFAP 
• Hipocampo 
Broca não relacionou essas estruturas à emoção originalmente → estudiosos posteriores que começaram a 
relacioná-las 
 
CIRCUITO DE PAPEZ 
 
Grupo de estruturas que ligam o córtex ao hipotálamo → cada estrutura está conectada à outro por meio de 
um tracto axonal 
• Hipotálamo: governa a expressão comportamental da emoção 
• Neocórtex e hipotálamo: um influencia o outro 
o Córtex cingulado afeta o hipotálamo por meio do hipocampo e do fórnice (grande feixe de 
axônios que deixam o hipocampo) 
o Hipotálamo afeta o córtex cingulado por meio do tálamo anterior 
O hipocampo é afetado pelo vírus da raiva → uma das razões pelas quais Papez imaginou que essa estrutura 
estaria envolvida na emoção 
• Hoje não se considera o hipocampo mais tão importante para a expressão da emoção 
DIFICULDADES COM O CONCEITO DE UM ÚNICO SISTEMA PARA AS EMOÇÕES 
Não há uma forte razão que nos faça pensar que existe apenas um único sistema responsável pelas emoções 
• Não há uma relação “uma estrutura uma função” 
TEORIAS DA EMOÇÃO E REPRESENTAÇÕES 
Leonardo Souza – Medicina UNIFAP 
As teorias e descrições do sistema límbico foram baseadas em exemplos de lesões e doenças encefálicas 
em que se observava que uma estrutura X foi lesada e causou alteração na experiência Y → a combinação 
desses pensamentos leva à inferência de uma função emocional para a estrutura X 
TEORIAS DA EMOÇÃO BÁSICA 
Certas emoções são experiências indivisíveis e únicas, inatas e universais entre culturas → consideradas 
emoções básicas → raiva, desgosto, medo, felicidade, tristeza e surpresa 
Essas emoções podem ter circuitos análogos às representações sensoriais 
• Experimentos em que se empregou técnicas de imagem encefálica com apresentação de figuras que 
evocavam certas emoções → pontos quentes (áreas onde determinada emoção revelou atividade 
encefálica) 
o Algumas regiões demonstraram atividade maior para uma emoção 
o Outras emoções demonstraram atividade em várias áreas 
o Amígdala: sua atividade está mais associada ao medo 
o Córtex pré-frontal medial: sua atividade está mais relacionada à tristeza 
 
É intuitivo e conveniente pensar que cada emoção básica é experimentada por meio de atividade encefálica 
em uma área ou rede de áreas especializadas do encéfalo → alternativa para esse pensamento: teorias 
dimensionais da emoção 
TEORIAS DIMENSIONAIS DA EMOÇÃO 
 
Leonardo Souza – Medicina UNIFAP 
As emoções básicas podem ser “desmembradas” em elementos fundamentais menores que são 
combinados em formas e em quantidades diferentes para assim construir a emoção 
Variação das teorias dimensionais da emoção: Teorias psicológico-construcionistas da emoção 
• Também consideram a emoção como constituída de pequenos blocos construtivos 
• Diferença: as dimensões não possuem peso afetivo → o estado emocional é construído de processos 
fisiológicos que por si só não se referem apenas às emoções 
o Componentes fisiológicos não emocionais que constroem a emoção: linguagem, atenção, 
sensações internas do corpo e externas do ambiente → a emoção resulta da combinação 
desses fatores 
O QUE É A EMOÇÃO? 
Atualmente há uma grande diversidade de perspectivas acerca da natureza das emoções 
Não se sabe, por exemplo, se cada emoção é representada por atividade em uma área especializada do 
encéfalo, por uma rede de áreas ou por uma rede difusa de neurônios 
O MEDO E A AMÍGDALA 
Tem sido sugerido que a amígdala desempenha um papel especial no medo 
• Outras estruturas do encéfalo também parecem estar envolvidas no medo, assim como a amígdala 
também está ativa em outros estados emocionais 
SÍNDROME DE KLUVER-BUCY 
Remoção bilateral dos lobos temporais (lobotomia temporal) em macacos rhesus → efeitos dramáticos sobre 
as tendências agressivas dos animais e suas respostas a situações capazes de produzir medo → as 
anomalias comportamentais envolvidas nessa situação foram conjuntamente chamadas de síndrome de 
Kluver-Bucy 
• Diminuição do medo e da agressividade em comparação a macacos selvagens normais 
• Parece que tanto a experiência quanto a expressão normais de medo e agressividade estão 
intensamente diminuídas pela lobotomia temporal 
• Os mesmos sintomas foram relatados em humanos com lesões no lobo temporal e, mais 
especificamente, na amígdala 
ANATOMIA DA AMÍGDALA 
Situa-se no polo do lobo temporal, logo abaixo do córtex na porção medial 
É um complexo de núcleos que são comumente divididos em 3 grupos: 
• Núcleos basolaterais 
• Núcleos corticomediais 
• Núcleo central 
O neocórtex em todos os lobos do cérebro e os giros hipocampal e cingulado emitem aferências à amígdala, 
sobretudo aos núcleos basolaterais 
• Interconexões dentro da amígdala permitem a integração da informação proveniente de diferentes 
modalidades sensoriais 
2 vias principais conectam a amígdala ao hipotálamo 
• Via amigdalofungal ventral 
• Estria terminal 
Leonardo Souza – Medicina UNIFAP 
 
ESTIMULAÇÕES E LESÕES NA AMÍGDALA 
Lesões na amígdala atenuam emoções de modo semelhante à síndrome de Kluver-Bucy → reduz 
profundamente o medo e a agressividade 
É consenso que essas lesões prejudicam o reconhecimento da expressão emocional, porém os estudiosos 
discordam sobre quais emoções são afetadas 
• Duas lesões raramente são iguais e em geral incluem lesões a outras estruturas além da amígdala 
Estudo em cima da paciente S.M 
• Era improvável que ela descrevesse uma expressão zangada ou amedrontada ao observar imagens 
com essas expressões 
• Essa incapacidade parecia resultar do fato de que ela não olhava para os olhos das pessoas nas 
fotografias, somente para a boca 
o Quando ela era orientada a olhar para os olhos ela identificava corretamente o medo 
• Possível explicação para isso: a informação visual é levada para a amígdala → a amígdala instrui o 
sistema visual a mover os olhos para examinar os sinais de entradas visuais para determinar a 
expressão emocional de uma face 
o Sem a amígdala, essa interação não ocorre → os movimentos oculares anormais da paciente 
S.M não lhe permitiam reconhecer o medo 
Estimulações elétricas na amígdala demonstraram que, dependendo do sítio de estimulação, os efeitos 
mudam, podendo levar o paciente a umestado de vigilância ou atenção aumentada 
• Amígdala sempre está em destaque em estudos sobre ansiedade 
CIRCUITO NEURAL PARA O MEDO APRENDIDO 
Leonardo Souza – Medicina UNIFAP 
 
Por meio de socializações ou experiências dolorosas, todos aprendemos a evitar certos comportamentos por 
medo de sermos feridos → memórias associadas ao medo podem ser rapidamente formadas e duradouras 
• Não se acredita que a amígdala é um sítio de armazenamento primário de memória, mas alterações 
sinápticas na amígdala parecem estar envolvidas na formação de memórias para eventos emocionais 
Circuito proposto para explicar o medo aprendido: 
• Informação sensorial é enviada à região basolateral da amígdala → células enviam axônios ao núcleo 
central → eferentes do núcleo central projetam-se ao hipotálamo → evocação de reações 
comportamentais via sistema motor somático 
RAIVA E AGRESSIVIDADE 
Em seres humanos, podem estar facilmente separadas, mas ao estudar em animais, não é possível perguntar 
a ele como ele se sente, então mede-se a raiva por meio de seus comportamentos agressivos 
A AMÍGDALA E A AGRESSIVIDADE 
Distinguir agressividade predatória de agressividade afetiva: 
• Agressividade predatória: envolve o ataque contra um membro de uma espécie diferente com o 
propósito de obter alimento. Não está associada a altos níveis de ativação do SNS 
• Agressividade afetiva: parece almejar fins demonstrativos e não de matar para se alimentar. Envolve 
altos níveis de ativação do SNS 
Diversas evidências indicam que a amígdala está envolvida no comportamento agressivo 
• Experimento na colônia de 8 macacos rhesus em que se lesionou bilateralmente a amígdala do chefe 
e ele caiu de posição na hierarquia 
Psicocirurgia: cirurgias encefálicas utilizadas com o objetivo de tratamento de pacientes psiquiátricos 
• Era muito comum no começo do século XX, porém hoje é utilizada como último recurso por ser um 
procedimento extremamente drástico 
• Amígdalectomia ou lesões na amígdala eram provocadas em pacientes violentos na esperança de 
que essas lesões reduzissem a agressividade (efeito de “doma” desses pacientes) 
Leonardo Souza – Medicina UNIFAP 
COMPONENTES NEURAIS DA RAIVA E DA AGRESSIVIDADE ALÉM DA AMÍGDALA 
HIPOTÁLAMO 
 
Raiva simulada: respostas violentas produzidas por atos inocentes 
• Observada em casos de destruição do hipotálamo anterior juntamente com córtex → se a lesão for 
aumentada e incluir o hipotálamo posterior essa raiva não ocorre 
o Hipotálamo posterior pode ser particularmente importante para a expressão da raiva e da 
agressividade, sendo inibido pelo telencéfalo 
▪ Porém a área lesionada foi muito grande e ampla 
A agressividade afetiva foi observada após estimulação de sítios específicos do hipotálamo medial 
A agressividade predatória foi observada após estimulação de partes do hipotálamo lateral 
MESENCÉFALO 
2 vias principais pelas quais o hipotálamo envia sinais envolvendo funções neurovegetativas para o tronco 
encefálico 
• Feixe prosencefálico medial: axônios do hipotálamo lateral fazem parte dessa via e se projetam para 
a área tegmentar ventral do mesencéfalo → estímulos sobre essa área do mesencéfalo podem 
provocar comportamentos característicos da agressividade predatória 
o se esse feixe for seccionado, a estimulação hipotalâmica não evocará agressividade 
• Fascículo longitudinal dorsal: via pela qual o hipotálamo medial projeta axônios para a substância 
cinzenta periaquedutal (SCPA) do mesencéfalo → estimulação elétrica da SCPA pode produzir 
agressividade afetiva 
o Lesões nessa via podem cessar esse comportamento 
 
Leonardo Souza – Medicina UNIFAP 
REGULAÇÃO SEROTONINÉRGICA DA RAIVA E DA AGRESSIVIDADE 
Neurônios serotoninérgicos localizados nos núcleos da rafe do tronco encefálico ascendem no feixe 
prosencefálico medial → projetam-se ao hipotálamo e várias estruturas límbicas envolvidas com a emoção 
Hipótese da deficiência serotoninérgica: a agressividade é inversamente relacionada à atividade 
serotoninérgica 
 
 
 REFERÊNCIAS: Bear, Connors, Paradiso - Neurociências 4ª Ed. 2017; Krebs – Neurociência ilustrada 2013

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