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Filosofia.1

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Unidade de Aprendizagem 1:
Bases da Filosofia Ocidental e
Oriental.
RECOMENDAÇÕES DE ESTUDO
O presente estudo tem como princípio fazer com que o aluno compreenda
e identifique ideias filosóficas, relacionando-as em seus respectivos contextos
históricos, geográficos e culturais (EM13CHS101).
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O texto apresentado auxilia o estudante a construir repertório cultural, a
fim de auxiliar na formação de argumentos, sínteses e hipóteses com base nas
teorias filosóficas ocidentais e orientais (EM13CHS103).
Este material traz também uma provocação reflexiva, para que, ao
entender o conceito básico de ética, o estudante possa observar as aplicações
desta concepção na sociedade (EM13CHS501).
Nesta aula você desenvolverá as seguintes competências:
● Conceito básico de Filosofia
● Principais conceitos da Filosofia ocidental
● Diferenças entre o pensamento ocidental e oriental
● Relação da construção da Filosofia na elaboração de preceitos
religiosos e espirituais no Oriente.
● Princípio básico de ética e sua diferença de moralidade
Esta unidade possui videoaulas, não deixe de assisti-las.
Ao final do conteúdo, você deverá realizar as atividades dispostas para melhor
assimilação dos conteúdos abordados.
Bons estudos!
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1. O que é Filosofia?
A filosofia, palavra de origem grega que significa “amor ao
conhecimento”, é a observação dos fenômenos sob a junção de conceitos:
racionais, abstratos e metódicos da realidade como um todo, ou de dimensões
da existência e da vivência do ser humano.
Os estudos filosóficos são o alicerce da história intelectual de muitos
grupos sociais.
Filosofia Ocidental
A Filosofia Ocidental não pode ser medida apenas com uma única
definição, e isso ocorre porque a busca os métodos e interesses por essa
busca conceitual divergem, sendo observadas, principalmente, as seguintes
investigações:
● Entender o universo como um todo
● Compreender as obrigações morais e responsabilidades sociais
● Analisar as relações sacras
● Estudos sobre as origens e funções das ideias humanas
● Investigar conceitos como: verdade, justiça e beleza
● Promover a racionalidade
Sendo assim, é difícil encontrar definições universais e realidades
absolutas, contudo, uma das tentativas nesse sentido é tratar a Filosofia como
um campo que observa as variadas experiências humanas, considerando as
razões, métodos e sistemas que a humanidade utiliza para atingir essas ações.
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O que traz complexidade ao consenso
entre os pensadores da Filosofia é que eles são
oriundos de diferentes campos, com interesses
e preocupações distintas.
No campo religioso, encontramos alguns
pensadores como São Tomás de Aquino (1224 –
1275, um frade italiano), Søren Kierkegaard
(1813-1855, um estudioso dinamarquês sobre
divindades) e George Berkeley (1685-1753,
ministro da Igreja Anglicana) que utilizavam a
Filosofia para estruturar aspectos religiosos.
No campo do pensamento lógico, observemos a linha de raciocínio dos
matemáticos: Pitágoras (580 – 500 a.C), Descartes (1872 – 1970) e Bertrand
Russell (1972 - 1970) que associaram Filosofia aos conceitos numéricos e de
dedução.
Dentro do universo sociopolítico, filósofos como Platão (428 – 348 a.C).
Hobbes (1588 – 1679) e John Stuart Mill (1806 – 1873) realizaram abordagens
sobre o comportamento da sociedade bem como sua estrutura política.
Foram as motivações divergentes que criaram duas categorias
importantes no pensamento filosófico: a análise e a síntese.
● Análise:
Conceito que trata a Filosofia do ponto de vista da linguagem, ou seja,
as questões filosóficas são analisadas pela língua e suas problemáticas são
resolvidas com base na argumentação.
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George Edward Moore (1873 – 1958)
foi um importante pensador das teorias
analíticas. Em seu livro “Principia Ethica”
(1903) o conceito de bondade, por
exemplo, é tratado a partir da seguinte
ideia: “O que é bom?” e, as respostas, são
divididas em buscas diretas, concluindo
que a bondade é indefinível e seu
pertencimento deve ser de origem
simples.
Tratar argumentos a partir de uma
análise significa o desmonte de suas
ideias, com o intuito de buscar a clareza
dos elementos constituintes do texto.
● Síntese:
Conceito que trabalha a ideia de organizar
diferentes linhas de pensamento e fundi-las,
organizando o texto em um elemento coerente e
único.
No texto “República” (380 a. C), Platão trata a
ideia de bondade diferente do que vimos em Moore.
Em um discurso lento, mas, progressivo, a definição
de justiça (e bondade) é aquela que está aliada na
harmonia do todo e não para defender interesses
individuais.
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Sendo assim, a síntese busca distintos elementos, a fim de compor um
“todo” através de uma resposta concisa.
Observe como é possível analisar um único conceito, o de bondade
atrelada à justiça, sobre diferentes pontos de vista, como a análise de Moore e
a síntese de Platão.
Outra abordagem filosófica bastante difundida é o Positivismo lógico,
que busca observar a Filosofia do ponto de vista científico e, descarta os
argumentos filosóficos que não possam ser verificados sob o olhar da ciência,
tratando como especulativa a fala que não for científica.
No entanto, é importante frisar que Filosofia não é ciência.
De acordo com o Positivismo lógico, os atuais tratados da ciência se
confrontam com os tratados antigos e, o que não for considerado verdade
absoluta é descartado.
Em contrapartida, existem vertentes da Filosofia em que, mesmo as
teorias que são consideradas “falsas”, são “guardadas” porque em algum
momento podem ser úteis. As ideias filosóficas formam um banco de ideias
sugestivas e, a todo momento, em qualquer época, podem ser utilizadas para
diferentes fins.
2. Filosofia Oriental
O conceito de Filosofia Oriental é extremamente amplo, isso acontece
porque além de muito popular ele também se mistura com práticas espirituais
e religiosas.
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A principal diferença da Filosofia Ocidental para a Oriental é a ideia
sobre a relação mente/corpo. Enquanto o ocidente observa o ser humano
enquanto um ser pensante com sentimentos, separando o raciocínio das
emoções; o oriente olha para o indivíduo como um todo, sempre relacionando
que as ações físicas humanas estão diretamente ligadas às suas
emoções/alma/espírito. No oriente não há dicotomia entre mente/corpo.
Filosofia Indiana
A filosofia indiana tem como base os ensinamentos do sul da Ásia, que,
fundidos entre si, se uniram desde escolas ortodoxas, como o Brahmanismo,
às escolas de pensamento mais contemporâneas, como o Jainismo.
Posteriormente essas correntesfilosóficas chegaram à Indonésia e ao
Camboja e, essas reformulações são a base do Hinduísmo.
O Hinduísmo é o modo de vida predominante no Sul da Ásia, e é
composto por um conjunto de leis e direcionamentos sobre o modo cotidiano
da vida, inspirados nos preceitos de “carma” e “dharma”, que trabalham
ideias desde “causa e consequência” ao respeito aos ensinamentos dos
antigos mestres, respeitando os movimentos da natureza e aceitação da
realidade com busca na evolução espiritual.
Os filósofos indianos desenvolveram um sistema de raciocínio
epistemológico chamado Pramana, investigaram a lógica, a ontologia e a
metafísica, bem como sistemas de valor.
Na filosofia política e social, a Arthashastra, escrita por Kautilya e
publicado no século III a.C, traz preceitos de sistemas de governo, tribunais,
orientações para o comércio, agricultura, extrativismo vegetal e mineral,
dentre outras instruções.
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Desenvolvimentos posteriores trazem a importante influência do
conceito de Tantra no pensamento hindu. O Tantra seria um conjunto de
práticas esotéricas que, quando executadas, geram benefícios para quem
realiza ou está ao redor do executante.
Filosofia Budista
Os princípios da filosofia budista iniciam-se com base nos ensinamentos
de Sidarta Gautama, o Buda, um filósofo, professor e líder espiritual, de
origem aristocrática, que viveu na Índia antiga no período de c. 5a a 40 a.C.
O pensamento budista, que é transregional e transcultural, se espalhou
inicialmente na Índia e posteriormente por toda Ásia através da rota da seda.
A principal preocupação do Budismo está na observação da natureza
das coisas e quais são as raízes do sofrimento, da felicidade e plenitude, além
de se preocuparem com a epistemologia e o uso da razão, organizados em
quatro grandes preceitos:
● Dukkha: que são as observações sobre o sofrimento.
● Samudaya: que observa as origens.
● Nirodha: que observa o cessar das ações.
● Magga: é o estudo do caminho.
As tradições budistas continuaram a se desenvolver, organizando-se em
locais como: Tibete e a China. Após novas ascensões e reformulações, surgem
o modernismo budista e o budismo humanista que, com a influência ocidental,
criaram maior observação sobre as práticas humanas.
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Filosofia Chinesa
A organização de ideias filosóficas na China
Antiga começou com a Dinastia Zhou (1.046 a.C. e
256 a.C.) e, posteriormente, foram desenvolvidas
as “Cem Escolas do Pensamento” no período do
século VI a 221 a.C. Esta época foi marcada por
um grande desenvolvimento intelectual e cultural
acerca do pensamento filosófico, especialmente
pela ascensão das seguintes escolas filosóficas
chinesas: Confucionismo, Legalismo e Taoísmo.
O Confucionismo é um sistema filosófico
chinês que é conhecido como a doutrina dos
estudiosos e possui orientações sobre as práticas
morais, religiosas e ritualísticas. Esta tradição
surgiu a partir dos ensinamentos de Confúcio que, ao agregar as teorias de
seus antepassados às suas reflexões, divulgava a importância da harmonia
social, familiar e com as leis celestiais.
O Legalismo traz para a tradição filosófica chinesa preceitos sobre
legislação, prática política e gestão da burocracia, concentrando-se no
pragmatismo governamental através do poder estatal, com o objetivo de
alcançar a ordem, a estabilidade e a segurança.
O Taoísmo é um preceito utilizado em várias filosofias e sistemas
religiosos que valoriza mais as ações vinculadas à naturalidade, simplicidade
e espontaneidade do que os rituais em si.
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3. Ética
A ética é um conceito que consiste em analisar o valor de nossas ações,
conforme o padrão da sociedade em que essas ações foram praticadas,
julgando se as atitudes tomadas se enquadram nas ideias de “certo” ou
“errado”.
Ainda que a ética seja essencialmente um ramo da Filosofia, seus
conceitos são aplicados em diversos campos do conhecimento, como a
Biologia, Política, Economia, Medicina, dentre outras.
A ética surgiu como um princípio da habilidade humana de refletir sobre
suas atitudes, quais eram os efeitos das práticas efetuadas e, assim,
desenvolvendo códigos morais.
É importante ressaltar que os códigos morais são temporais, ou seja,
eles mudam de acordo com as necessidades da sociedade, porém, a busca
pelo que é correto, ou não, é indiferente ao tempo. Sendo assim, a moralidade
se modifica, mas, a ética existe de modo atemporal, sempre com a intenção
de agir conforme os padrões morais do grupo social no qual se instaura.
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Unidade de Aprendizagem 2:
Filosofia Árabe.
RECOMENDAÇÕES DE ESTUDO
Esperamos que nesse estudo o (a) discente compreenda a base das
principais ideias filosóficas (EM13CHS101) e assim possa ampliar seu repertório
cultural.
A ampliação do repertório cultural é importante para que o estudante crie,
de modo mais orgânico, argumentos que possam auxiliá-lo na construção de
críticas e apontamentos dicotômicos
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Também é importante que o aluno conheça a formação de pensamento
fora do universo ocidental (EM13CHS104), pois assim poderá compreender
melhor as dinâmicas de sociedades além da realidade brasileira
Nesta aula você desenvolverá as seguintes competências:
● Trajetória dos principais filósofos
● Princípios da filosofia árabe
● Conceitos básicos da Estética, Metafísica e Epistemologia.
Após a leitura do conteúdo, realize atentamente as atividades dispostas.
Esta unidade será ministrada em uma aula remota em dia e horário agendados
previamente.
Bons estudos!
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1. Filósofos ocidentais.
No universo ocidental, importantes pensadores se destacaram e
auxiliaram na formação do pensamento e da cultura no Ocidente. Dentre
estes, destacamos alguns bastante significativos graças ao poder de suas
obras:
Platão
Platão (423 a.C) foi um filósofo, matemático e fundador da escola de
Atenas, considerada a primeira escola de ensino superior do mundo ocidental.
Junto com seu mentor, Sócrates e seu principal discípulo, Aristóteles,
estabeleceram os principais conceitos científicos e filosóficos do Ocidente.
De origem aristocrática ateniense, Platão iniciou seus estudos com o
filósofo Sócrates, com quem esteve por oito anos, contudo, após a morte de
seu mestre, continuou parte de seus estudos com Euclides, mas, acabou por
retirar-se de Atenas, visitando a região mediterrânea e entrando em contato
com outros pensadores, como os seguidores de Pitágoras, por exemplo.
Na década de 380 a.C retornou para Atenas e lá acabou fundando sua
própria academia, em que prioriza os estudos filosóficos e investigações
científicas.
As doutrinas centraisde Platão tratam de assuntos essencialmente
racionais, sendo a ética, a mais famosa delas.
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Através do empirismo, Platão acreditava que a Filosofia deveria ter o
papel de auxiliar a vida das pessoas e, na abordagem metafísica, estabeleceu
as diferenças entre “corpo” e “alma”.
Para Platão, a alma era o abarcamento dos desejos da matéria e do
corpo, mas, na busca pela felicidade, a sabedoria da alma deve se sobrepor
aos controles das mais intensas paixões humanas. Com essa concepção era
possível observar as limitações materiais e mentais, incentivando então as
aspirações de ideais mais elevados.
Influenciado pelo pensamento Pitagórico, Platão também coloca que a
vida em que vivemos se trata de escolhas realizadas na vida atual e em
encarnações anteriores, expressando assim parte de suas visões sobre
espiritualidade.
Já sobre política, Platão criou a ideia de “Rei Filósofo” que deveria ser
um amante da sabedoria, desenvolvendo assim a capacidade de governar seu
povo com os princípios da justiça, o que causa diretamente uma reflexão
sobre a democracia enquanto a “sabedoria das
multidões”. Nesse pensamento sobre um “Rei
Filósofo”, Platão compara o personagem a um
médico ou a um capitão de navio, que sabe mais
do que o paciente/tripulação realmente precisa.
Contudo, para proteger-se contra “Reis Filósofos”
que se tornam tiranos, os mesmos devem estar
sujeitos a estados de direito que limitam as ações
desse tipo de governante.
Platão não escreveu tratados e palestras,
escrevia de forma indireta, estimulando o leitor a
realizar os próprios questionamentos,
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incentivando muito mais o papel da observação do que da pregação.
Sobre a morte de Platão não se sabe muita coisa, faleceu
provavelmente com idade entre 81 e 84 anos.
Aristóteles
Nascido em 384 a.C., na cidade grega de Estagira, Aristóteles era filho
de um importante médico que atendia o rei da Macedônia.
Após a morte dos pais, aos dezessete anos, Aristóteles se mudou para
Atenas a fim de estudar na academia de Platão, onde esteve por vinte anos e
acabou por se tornar professor de retórica.
Foi reconhecido por seu mestre como um dos alunos mais notáveis,
porém, após a morte do professor, Aristóteles decidiu deixar Atenas por
discordar da nova gestão da academia, que estava sob o comando de
Espeusipo, sobrinho de Platão.
Acompanhado de alguns alunos, Aristóteles muda-se para Assos, uma
cidade na costa Oeste da Ásia, onde se casa com a sobrinha do rei Hermias e
funda sua própria academia. No entanto, após a tomada da cidade pelos
persas, Aristóteles teve que fugir para Macedônia e lá foi tutor de Alexandre, o
Grande.
Em seu período em Assos e na Macedônia realizou grandes pesquisas na
área de biologia e auxiliou na campanha contra o Império Persa.
Quando Alexandre assume o poder, Aristóteles volta para Atenas e lá
fundou sua escola, o Liceu (ou escola peripatética), em um jardim dedicado à
Apolo. O Liceu rivalizou com a academia platônica e foi reconhecido por sua
biblioteca e seu zoológico. Aristóteles lecionou nesta escola por doze anos e
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em suas disciplinas defendia a pesquisa empírica antes da realização de
conclusões.
Com a morte de Alexandre, Aristóteles
mudou-se para Chalcis e faleceu aos 62
anos.
O Liceu ficou com a chefia a cargo de
Theophrastus (grande amigo de Aristóteles),
enquanto Nicômaco (filho de Aristóteles)
organizou junto com outros alunos as
palestras. O Liceu permaneceu como escola
por mais de 800 anos.
Filosofia Árabe
A filosofia árabe está relacionada ao pensamento filosófico do mundo
árabe e que abrange: Pérsia, Oriente Médio, Norte da África e parte da região
Ibérica.
O primeiro pensador árabe difusamente
conhecido é Al-Kindi (801 - 873 d.C.), um filósofo,
matemático e cientista que viveu em Kufa e Bagdá.
Além de ter traduzido textos de filósofos gregos para o
árabe, ele também escreveu diversos tratados sobre
metafísica, ética, matemática e farmacologia. No
entanto, sua maior contribuição foi de textos com
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temas vinculados à teologia, como a natureza de Deus, as estruturas da alma
e o conhecimento dos profetas.
Outro polímata deste período foi Al-Farabi (872 - 950 d.C.), que
trabalhou com os tratados lógicos de Aristóteles de política platônica. Al-
Farabi argumentou sobre a existência de Deus e sua obra é voltada para o
Sufismo (vertente islâmica que visa desenvolver uma relação íntima com Deus
através de práticas espirituais) e a síntese da Filosofia, sendo precursor dos
pensamentos de Avicena.
O pensador persa Avicena (século
XI) uniu o aristotelismo (que defende que
o conhecimento deve ser adquirido pelo
contato do ser humano diretamente com
o mundo), o pensamento platônico (que
dá grande importância ao campo da
sensibilidade e das ideias) e a teologia
islâmica. As fontes de estudo de Avicena o
auxiliaram a criar sua linha de
pensamento que trata da existência de
Deus como causa de todas as coisas e
também da natureza dos fenômenos e
objetos.
Já o filósofo árabe Averróis (século XIII), que viveu entre o Sul da
Espanha e o Marrocos, também vinculou as ideias de Aristóteles à fé islâmica,
mas, com um foco mais existencial e racional.
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3. Conceitos Básicos
Estética
A ideia da observação da estética enquanto disciplina somente vai se
cristalizar com os filósofos alemães do século XVIII, no entanto, existem
evidências de que os filósofos gregos já teorizavam sobre a natureza e suas
propriedades estéticas.
O conceito de estética é algo subjetivo, no entanto, de um modo geral
entende-se que é o campo da Filosofia que estuda a beleza.
A estética está diretamente ligada à Filosofia da Arte, uma vez que esta
se preocupa com os parâmetros avaliativos e de interpretação das obras de
arte.
Além das questões avaliativas, a estética analisa a natureza do belo, as
relações que os seres humanos desenvolvem sobre “preferências”, além das
experiências de contemplação e degustação.
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Metafísica
A metafísica é um conceito filosófico de extrema abrangência e isso
acontece porque pensadores, da Grécia Antiga até a Idade Média, analisam
este conceito como “a primeira causa de todas as coisas” ou “a natureza
imutável das coisas”.
A palavra “metafísica” pode ser entendida como algo que vai além do
universo material e transcende as preocupações mundanas e, a história de
aplicação dessa palavra surge da tradução dos livros de Aristóteles “Ta meta
ta physika", que significa “além dos físicos”, indicando, na verdade que seus
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alunos deveriam estudar este conteúdo somente depois de terem analisado os
textos sobre a natureza e os ambientes “físicos” desse mundo.
E, entre a interpretação não somente da palavra, mas, também do
conceito, estão os filósofos que alegam que as coisas mudam (como Heráclito)
e outros de que algumas coisas não mudam (como Parmênides). O que há em
comum entre esses pensadores? Questionamentos sobre imortalidade,
racionalidade, imaterialidade, teologia, dentre outros campos que vão além
do olhar óbvio do universo.
Epistemologia
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A epistemologia é o estudo filosófico da natureza que analisa e observa
os limites do conhecimento humano. Com o nome derivado do grego
“epistēmē”, que significa “conhecimento” e, “logia” está relacionado a estudo,
sendo assim, a palavra pode ser compreendida como “estudo do
conhecimento”.
O princípio fundamental do trabalho de um epistemólogo é analisar de
modo criterioso as relações hipotéticas, os frutos, e os métodos de uma
investigação científica, bem como buscar a lógica e a finalidade dos estudos
observados.
Dos princípios básicos da Filosofia, a epistemologia possui uma
profunda relação com a metafísica, pois juntas, indagam a quantidade e
profundidade das potências do conhecimento humano. Unidas, formam
questionamentos como: “O quanto sabemos?”, “Até onde o que sabemos é real
ou verídico?” e “Existe um mundo além do que conhecemos?”. E, o que torna
mais rico essas indagações é, exatamente, a diversidade humana.
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Unidade de Aprendizagem 3:
Principais Filósofos
Ocidentais.
RECOMENDAÇÕES DE ESTUDO
No presente estudo o (a) aluno (a) terá a oportunidade de conhecer
importantes pensadores da Filosofia, bem como suas teorias e conceitos básicos,
formando assim a capacidade de identificar estas teorias em diferentes
manifestações da sociedade (EM 13 CHS 101).
Ao conhecer os princípios do pensamento africano, o estudante poderá
refletir sobre a formação cultural deste rico continente, reconhecendo assim,
seus principais valores e práticas. (EM 13 CHS 104).
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Nesta aula você desenvolverá as seguintes competências:
● Os princípios filosóficos de Tomás de Aquino, Kant e Nietzsche.
● A construção do pensamento africano, especialmente o conceito
de Ubuntu.
● Os princípios básicos da relação entre a Lógica (enquanto
campo de conhecimento) e a Filosofia.
Essa será uma aula presencial, fique atento às colocações e debates
propostos por seu (sua) professor (a).
Bons estudos!
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1. Principais Filósofos
Ocidentais:
São Tomás de Aquino
Tomás de Aquino nasceu em 1225, próximo a Aquino, no reino da Sicília
(Itália), numa família de oito irmãos, com os pais sendo condes, embora
considerados de baixa nobreza.
Iniciou seus estudos aos cinco anos de idade na abadia de Montecassino,
por onde esteve por treze anos, no entanto, após esse período, os problemas
políticos locais o forçaram a mudar-se para Nápoles, onde concluiu sua
educação básica em um mosteiro beneditino. Foi nessa abadia que teve seu
contato com os estudos aristotélicos.
Em 1239 inicia seus estudos na Universidade de Nápoles e, em 1244
une-se à ordem dos monges dominicanos. A família, que era contra os
princípios dominicanos, sequestra Tomás e o mantém em cativeiro por um
ano, mas Tomás mantém seus ideais e, ao ser liberto, volta para a ordem a
qual havia se filiado.
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Estudou também na França e na Alemanha, onde fora ordenado no ano
de 1250. Após esse episódio, torna-se professor na universidade de Paris,
dedica seus estudos à Teologia e prova ser um acadêmico de grande
notoriedade.
Tornou-se um exímio pregador, além de seu tempo na era medieval, seu
discurso buscava a intersecção e também a complementação na relação da fé
com a razão. Para ele, a crença e a racionalidade poderiam funcionar juntas,
com a razão derrubando aspectos cegos contidos na fé e, com a fé
impulsionando para que a razão se estabeleça. Essas discussões permeiam o
debate sobre a existência divina.
São Tomás de Aquino abordou em seus textos questões da
intelectualidade medieval,
autoridades estatais, igreja e
população comum, assim
identificando três tipos de leis: a
natural, a positiva e a eterna. A lei
natural leva o homem a agir
conforme seus objetivos, devendo
orientá-lo entre o correto e o
equivocado, a lei positiva tem duas
vertentes – positiva divina, que guia
o homem para que seja bom e a
positiva humana/estatal, que deve
corrigir as falhas do indivíduo, por
fim, a lei eterna permite ao homem trabalhar sua espiritualidade, colocando-o
abarcado na proteção divina.
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No ano de 1274, durante uma viagem para Lyon, adoeceu e acabou
falecendo em um mosteiro de Fossanova, na Itália.
São Tomás ficou conhecido como “Doutor Universal” e “Doutor Angélico”.
Immanuel Kant
Nascido em Königsberg, Alemanha, no ano de 1724, Kant foi um pensador
cujo trabalho esteve voltado com foco em epistemologia, ética e estética
durante o Iluminismo.
Kant era filho numa família de nove irmãos em que o pai, um fabricante
de arreios, era seguidor do Pietismo, uma vertente da igreja Luterana. Devido
à proximidade com a religião, um pastor que acompanhava a rotina da
família, observou em Kant uma mentalidade mais disposta à aprendizagem
que os jovens locais, sendo assim, o recomendou a aprofundar seus estudos.
Em 1740 Kant ingressou na Universidade de Konigsberg para estudar
Teologia, mas sentiu-se atraído também pelos
estudos de Matemática e Física. Porém, em 1746,
seu pai faleceu e ele é obrigado a deixar a
universidade, desse modo, para garantir o
sustento de sua família, trabalha como tutor
para famílias ricas ligadas à sua universidade.
Nesta época publicou diversos artigos que
abordavam questões científicas ligadas ao
empirismo.
No ano de 1755 ele retorna para concluir
seus estudos na universidade e concluiu seu
doutorado em Filosofia e, assim, segue sua
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carreira como professor universitário lecionando sobre metafísica e lógica.
Em 1781 Kant publica “A Crítica da Razão Pura”, uma grande obra e,
provavelmente, uma das mais significativas sobre o pensamento ocidental. A
obra visa destrinchar a relação entre pensamento/compreensão e
razão/experiência,no intuito de explicar como o ser humano busca
compreender o funcionamento do mundo tendo em vista suas experiências.
Em seus estudos sobre ética e moral, trouxe o conceito de Imperativo
Categórico, em que coloca a moralidade no campo da racionalidade, ou seja,
o que é certo, é certo e, não haveria um “meio termo”.
Kant continuou a estender sua obra “Crítica da Razão” em novos ensaios,
atrelando a “Crítica da Razão Prática” e “Crítica da Razão do Julgamento”.
Kant escreveu sobre Filosofia até um pouco antes de morrer. Faleceu aos 80
anos com uma doença que afetava sua memória, suspeita-se de Alzheimer.
Friedrich Nietzsche
Nietzsche, o pensador alemão conhecido por abordar o dualismo do
“bem/mal”, nasceu em 1844, filho de um pastor luterano, que faleceu quando
o filósofo tinha apenas quatros anos e, então, ele e a irmã, foram criados por
sua mãe, Franziska.
Nietzsche iniciou seus estudos na escola em Naumburg e, a seguir,
realizou os estudos clássicos na renomada escola de Schulpforta. Em 1864
ingressou na Universidade de Bonn e, após dois semestres, decide estudar
Filologia na Universidade de Leipzig, sendo muito influenciado pelo grande
estudioso de discurso Arthur Schopenhauer e, também pela amizade que
desenvolve com o compositor erudito Richard Wagner.
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Em 1869, Nietzsche se torna docente de Filologia na Universidade da
Basiléia e, a partir desse período, publica seu livro “O Nascimento da
Tragédia” (1872) e “Humano, Demasiado Humano” (1878).
Logo após começar a se distanciar de seus estudos dos textos de
Schopenhauer, ele sofre um ataque nervoso e abandona sua cadeira de
professor da Universidade da Basiléia, no ano de 1879. Assim, passa a viver
em reclusão, período extremamente produtivo e, em que realiza uma de duas
mais famosas obras “Assim Falou Zaratustra”, um compêndio de quatro
volumes publicado entre 1883 e 1885. Outros trabalhos de grande repercussão
de Nietzsche foram: “A Genealogia da Moral” (1887) e o “Crepúsculo dos
ídolos” (1889).
Durante a década de 1880 o foco central do
trabalho de Nietzsche foi indagar acerca do
Cristianismo, da auto-perfeição e
questionamentos sobre as possibilidades das
potencialidades humanas.
Em 1889 Nietzsche sofreu um colapso,
sendo a última década de sua vida marcada por
distúrbios mentais. Após um tempo em um asilo
para portadores de sofrimentos mentais,
Nietzsche faleceu em Weimar em 1900, aos
cuidados da família.
Filosofia Africana
Há um grande impasse em relação ao termo “Filosofia Africana” e isso
acontece porque existem dois grandes olhares para essa denominação. O
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primeiro deles coloca que a Filosofia Africana é aquela que aborda a Filosofia
de acordo com as práticas culturais da África e, já a segunda, observa que
Filosofia Africana é aquela que é realizada por pensadores africanos.
Ao redor dessas colocações encontra-se a etnofilosofia que mescla os
dois pontos, colocando que a Filosofia Africana é aquela que consiste em um
conjunto de valores, crenças e hipóteses compartilhadas dentro da cultura
africana, por pensadores africanos. Outro aspecto extremamente importante
a ser feito é a divisão geográfica africana, que é feita por Norte da África e
África subsaariana, cada uma com mais ou menos influências de povos árabes
ou europeus.
Dentro da Filosofia Africana Moderna há o grande desafio em definir os
parâmetros etno-filosóficos que identificam e diferenciam as tradições
filosóficas da África para a de outros grupos no mundo. No entanto, é
importante ressaltar que, como os grupos culturais analisados não são
estáticos, as “tradições” se modificam ao longo do tempo, o que torna essa
análise ainda mais complexa.
Um dos conceitos mais difundidos dentro da Filosofia Africana, e que há
um grande consenso entre os pensadores, é a ideia de “Ubuntu”. A palavra,
de origem na língua Zulu, falada por povos da África subsaariana não possui
uma tradução literal, mas, aproxima-se da ideia de coletividade, em que não
anula a individualidade, mas, coloca o quanto a mesma deve respeitar o
grupo em que vive. Em uma declaração sobre a definição de Ubuntu, Nelson
Mandela relata:
“O meu progresso pessoal está a serviço do progresso da minha
comunidade?”
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A Filosofia Africana tem uma enriquecida e variada história, que vai
desde a Filosofia antiga no Egito a tradições filosóficas regionais, tais como a
África ocidental, central e sudeste africano.
Já no início de século XX os movimentos coloniais tiveram um profundo
impacto no desenvolvimento da Filosofia política na África, irradiando esse
pensamento anticolonialista tanto para o continente, como para toda a
diáspora africana (é o termo que se refere às relações de cultura e sociedade
para os lugares fora do continente africano, especialmente àqueles em que
houve a migração e sequestro de africanos para fins escravocratas - ou seja, a
cultura africana fora da África).
A seguir, observemos notáveis pensadores africanos:
2. Santo Agostinho
Santo Agostinho (354 – 430) foi um importante teólogo de Cristianismo
que nasceu e faleceu na Argélia. Agostinho, que se converteu ao Cristianismo
em 386, enfatizava questões vinculadas ao pecado original e a santíssima
trindade.
Na casa de Agostinho, a mãe o influenciava ao Cristianismo, mas, ainda
na juventude, ele se tornou adepto da seita de Mani e, juntamente com seus
amigos, buscava uma vida de prazer e rebeldia, ainda assim, interessava-se
por textos em latim e os textos de Cícero.
Em 384 torna-se professor de retórica da corte de Milão e, nessa função,
faz grande amizade com o Bispo Ambroise, que lhe apresenta o Cristianismo
de modo aprofundado. Em 386, realiza sua conversão ao Cristianismo, sendo
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batizado no ano seguinte pelo grande amigo Ambroise, juntamente com seu
filho, Adeodato (fruto de uma relação não oficial da juventude de Agostinho).
No ano seguinte decidem voltar para a África, mas a mãe de Santo
Agostinho faleceu antes da partida e, pouco tempo depois, após chegarem de
viagem, o filho Adeodato também faleceu. Assim Agostinho vende todos os
seus bens, distribui sua riqueza aos pobres e transforma sua casa em um
monastério.
Em 391 passa a ser bispo em Hipona, sendo conhecido por suas grandes
pregações e escrevendo grandes textos como “Confissões” (397 – 398) e
“Cidade de Deus” (410). Mesmo sendo um grande defensor da igreja Católica,
entendia que muitas vezes a igreja entra em conflito com os verdadeiros
ideais de bondade, justiça e caridade, afinal é uma instituição que pode ser
influenciada por sentimentos puramente humanos, os bons e os maus.
O fim de sua vida foi de simplicidade e devoção e, já muito doente, viu a
região da África Romana ser invadida por
vândalos e, é neste período que é relatado seu
primeiro milagre, o de curar um doente enquanto
a cidade estava cercada. Os vândalos, que
inicialmente desistiram do cerco, depois voltaram
e incendiaram toda a cidade. Apenas a catedral e
a biblioteca de Santo Agostinho foram
preservadas.
Agostinho faleceu em 430, por doença, com a
cidadetomada para os vândalos, deixou um
grande legado filosófico, dentre eles, estudos de
práticas educacionais, nas quais o docente deve
ser incentivado a pensar por conta própria e a serem indivíduos críticos.
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Frantz Fanon
Nascido em uma colônia francesa da Martinica em 1925, Frantz Fanon foi
um notório pensador sobre política que escreveu sobre o anticolonialismo e o
racismo.
Após frequentar o ensino básico na Martinica, Fanon serviu o exército
francês e, após esse período, estudou psiquiatria na Universidade de Lyon.
Durante o período de 1953-1956, cuidou de soldados argelinos e
franceses, na Argélia, enquanto este país ainda pertencia ao governo francês.
Assim, no exercício da profissão neste período, observou os efeitos da
violência colonial na mente humana.
Fanon viveu o racismo e o colonialismo, assim, passou a questionar como
um homem negro poderia buscar sua respectiva identidade numa cultura
colonial branca? Passou então a estudar a dinâmica racista e seus efeitos
sobre as pessoas.
Começou a trabalhar no movimento de libertação argelina e, em 1960,
passou a ser embaixador do governo provisório da Argélia em Gana. No
entanto, no mesmo ano, foi diagnosticado com
leucemia e faleceu em 1961.
A obra de Frantz Fanon vai de textos
escritos para o jornal revolucionário argelino a
livros como “Pele Negra, Máscaras Brancas
“(1952) e “Condenados da Terra” (1961). Além de
escritos multidisciplinares englobando
consciência racial, psicanálise, fenomenologia e
existencialismo.
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Seus textos defendem que apenas revoluções intensas podem libertar o
indivíduo das amarras psicológicas e físicas do racismo, e para livrar-se do
colonialismo, é necessária uma catarse coletiva populacional que rejeitasse a
cultura europeia, fazendo então surgir um novo homem.
3. Lógica
Inicialmente o conceito de lógica se deve a ideia do estudo do raciocínio
e, este pode se desenvolver de inúmeras formas. Platão e os sofistas (grupos
de pensadores da Grécia Antiga) já abordavam questões sobre o uso do
raciocínio, no entanto, Aristóteles foi o primeiro pensador a organizar de modo
mais amplo e direto os estudos sobre o assunto.
O princípio da lógica na Filosofia é o de validação dos discursos, mas
como ter um discurso logicamente válido? O discurso deve ser coerente,
correto, coeso e ter sua formalidade reconhecida, sem falácias em sua
composição.
O pensamento lógico é imprescindível em diversas áreas, da retórica e
análise de dados aos princípios da computação, afinal, computadores e
inteligência artificial se utilizam da lógica matemática, e esta, deve construir
seus resultados em cima de padrões racionais em suas operações.
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Outros materiais