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Relatório de Estágio Supervisionado I

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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
POLO: ÁGUAS BELAS
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
APRESENTAÇÃO DE UM PROJETO LETRAMENTO LITERÁRIO ATRAVÉS DOS CORDÉIS: UM CAMINHO POSSÍVEL NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS.
SHIRLEY FERREIRA MEDEIROS.
ÁGUAS BELAS- PE
2022
SUMÁRIO
Justificativa	3
Objetivo Geral	4
Objetivos Específicos	4
Fundamentação Teórica	5
Metodologia	9
Recursos Didáticos	10
Cronograma	11
Avaliação	12
Referências	13
JUSTIFICATIVA
 O presente projeto tem como por finalidade levar a leitura através de cordéis e destacar a importância da literatura aos estudantes de algumas escolas públicas do Agreste Meridional, propondo diversas maneiras de ler palavras, textos, ler e compreender o que está ao seu redor e sua realidade, estimulando-os ao desenvolvimento das habilidades, assim destacando a importância da leitura, escrita e oralidade.
Através da poesia popular brasileira, o aluno poderá desenvolver suas habilidades envolvendo o gênero criado no estado do Nordeste, sua cultura, a qual o cordel relata o cotidiano das pessoas nordestinas. É importante apresentar para aos jovens e adultos as riquezas que esta cultura tem deixado em nossa história, além de ser uma ótima oportunidade de trabalhar as características, a história, as brincadeiras, lendas e várias outras, gerando a criatividade com aprendizado.
Portanto, esse projeto tem por finalidade corroborar com a melhoria da aprendizagem do público alvo, bem como “sanar” dificuldades de leitura e de escrita dos educandos, proporcionando uma aprendizagem eficiente, tendo por base, o gênero cordel como catalizador da ação educativa.
OBJETIVO GERAL
O presente projeto tem como objetivo geral, reconhecer a importância da literatura de cordel enquanto patrimônio histórico e cultural do povo pernambucano, nordestino e brasileiro, assim como incentivar a produção e a criatividade, desenvolvendo no aluno o prazer do hábito pela leitura. Levar o educando do EJA a compreender a leitura e a escrita que são fontes inesgotáveis de conhecimentos. 
Objetivos específicos 
· Conscientizar a necessidade de trabalhar a leitura e a escrita em sala de aula, com gênero de linguagem fácil e popular, tendo a realidade de cada aluno;
· Proporcionar momento de diálogo, reflexões e socializações entre grupos;
· Valorizar, preservar e difundir a cultura nordestina;
· Resgatar músicas populares e outras manifestações culturais;
· Desenvolver atividade lúdica para melhor compreensão dos estudantes;
· Acompanhar o processo de aprendizagem, o desempenho dos alunos e possíveis dificuldades caso aconteça;
· Desenvolver habilidade linguística: falar, ler e escrever;
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A literatura de cordel tem sua origem com o romanceiro no Renascimento, o nome cordel está associado a forma de comercialização desses folhetos, que eram vendidos pendurados em cordões em Portugal.
Essa manifestação artística foi introduzida por eles no Brasil no fim do século XVIII, o cordel chegou primeiramente no estado da Bahia em Salvador antiga capital brasileira. Ao chegar os cordéis caíram no gosto popular, adquirindo características intrínsecas no nordeste brasileiro, onde encontrou um local propicio nos estados de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e o estado do Ceará. Onde os poetas vendiam seus trabalhos nas feiras das cidades, muitos dos autores recitavam seus versos acompanhados muitas vezes por instrumentos, com intuito de atrair o público. 
Os cordéis podem ser considerados como patrimônio histórico da cultura nordestina, pois suas histórias foram de gerações em gerações. A literatura de cordel é considerada um gênero literário geralmente feito em versos, esse tipo de manifestação tem como principais características a oralidade e a presença de elementos da cultura brasileira, oposta da à literatura tradicional( impressa nos livros), a literatura de cordel é uma tradição literária regional, são confeccionado em pequenos livros com capas em xilogravuras, com linguagem simples, os cordéis se espalharam pelo Brasil por meios de repentistas, violeiros que contavam suas histórias, contada e escrita em rimas. Assim o cordel é uma forma de resistência para o folclore da região, onde trata dos costumes locais, fortalecendo as identidades regionais.
Nessa perspectiva os cordéis são produções que descrevem a vida, fazem denuncia de cunho social, versam sobre a seca e a dura vida do povo nordestino.
 A Lei de Diretrizes e Bases Nacional 9394/96 (LDB) (BRASIL, 1996), Art. 37, a EJA é uma modalidade “destinada aqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria”. Vale ressaltar o que diz no Art.22 da LBD, já que aponta que o ensino da EJA tem como finalidade o desenvolvimento da autonomia dos educandos, a sua preparação para o mundo do trabalho e o prosseguimento nos estudos, assim como o compromisso com a formação humana.
Com o aumento da industrialização e a crescente urbanização, foi preciso pensar em uma educação que atendesse a população, entretanto, essa educação era voltada para a alta burguesia, onde a grande parte da população continuava analfabeta e marginalizada.
Somente tempos depois, a EJA alcança o maior prestígio no país. Nesse mesmo ano, foi implementado um plano de educação, uma década depois, o ensino de jovens e adultos foi oficialmente criado, que tinha o intuito de alfabetizar as pessoas para o direito de votar, já que os analfabetos da época eram proibidos de exercer a cidadania através do voto.
Silva (2020, p.15) enfatiza que os preconceitos pelos os analfabetos foram gerados historicamente e que, a alfabetização nunca foi prioridade do Brasil, considerando que se constituiu em tempos determinados. Assim, fica evidente que a história do analfabeto é repleta de lacunas, mudanças inesperadas, grandes progressos, retrocessos e muitas lutas. É preciso reafirmar que a educação de jovens e adultos não é apenas um processo inicial da alfabetização, pois a EJA não é um problema educacional, mas político- social. 
Com alto índice de analfabetismo no país, o governo se ver em uma situação onde é preciso fazer algumas coisas, mas com intuito de melhoria da mão de obra e com consequência no aumento da economia.
Dessa maneira, Silva (2020) completa que o analfabetismo era uma vergonha nacional, os intelectuais discutiam a possibilidade de resolver esse problema. 
A educação de jovens e adultos envolve um público que na maioria das vezes são desmotivados, e muitos deles não conseguem enfrentar os problemas do seu cotidiano, tudo se torna mais difícil, mas cabe ao professor e a escola incentivá-los para que não desistam, pois o ensino do EJA é uma modalidade, cujo objetivo é o de garantir o ensino de qualidade a todos que não puderam concluir na idade certa.
É nesse sentido que Gadotti (2009, p.17) defende que a educação é um elemento indispensável para o indivíduo, isso quando diz que a educação é necessária para a sobrevivência do ser humano. Para que ele não precise inventar tudo de novo, necessita apropriar da cultura, do que a humanidade já produzia. Se isso era importante no passado, hoje ainda, mas decisivo, numa sociedade baseada no conhecimento.
Nessa perspectiva, é preciso oferecer uma educação conforme a realidade do aluno, tendo por base a sua preparação para o exercício da cidadania e para o mercado de trabalho. Contudo, emerge a necessidade de uma educação inovadora, incentivadora e conscientizadora, para que o aluno seja capaz de fazer uma leitura do ambiente que o cerca. É preciso uma educação libertadora, comprometida com a realidade social, econômica e cultural dos mais pobres. 
Freire defende uma educação que ao compreendê-la, o indivíduo irá dominá-la, sendo capaz de fazer cultura, relacionar, responder os desafios diante da sociedade e as culturas (FREIRE, 1967).
O aluno do EJA traz consigo sua cultura, saberes que construíram ao longo da sua história de vida sem escolarização. Nessa perspectiva, o educador tem um papel importante, visto que o discente busca uma educação de qualidade,justa e igualitária no processo de ensino, seja qual for sua modalidade, onde o professor deve promover a curiosidade, relacionar a realidade crítica e que ele possa ocupar um lugar na sociedade. O professor é o mediador dessa aprendizagem, e o aluno é o sujeito de sua própria história e que a alfabetização é apenas um processo para compreender o uso da palavra.
No entanto, cabe à escola receber e acolher esses alunos, promover seu direito, e garantir a permanência no ensino básico e aprendizagens necessárias para sua formação. Assim, Libâneo (2003) caracteriza a escola como um local de educação formal, informal, isto é, um ambiente capaz de promover um ensino de qualidade. 
Vale pontuar que é preciso que o educador se aprofunde no conhecimento com os jovens, adultos e idosos, mas para que essa qualificação aconteça é preciso uma capacitação continuada dos docentes que atuam no ensino do EJA.
Por fim, é necessário um trabalho nesse sentido para o aluno da EJA se integre ao letramento e alfabetização adequada e de qualidade, que essa educação possa ser antes de tudo, (mais) inclusiva em todos os sentidos, social linguístico, econômico, construtivo e cidadão, que o aluno da EJA tenha não só portas abertas para seu crescimento, mas que tenha oportunidades de mostrar que são capazes.
METODOLOGIA
Primeiramente, será realizada uma sondagem inicial sobre o tema foco, com o objetivo de diagnosticar quais os conhecimentos prévios dos alunos em relação à leitura e à compreensão dos textos de cordéis. Na sequência, os textos envolvendo o gênero em voga serão trabalhados com ludicidade, de modo criar momentos prazerosos para essa aprendizagem aconteça. Nesse sentido, adotar-se-á os seguintes aspectos:
· Apresentação de vídeos envolvendo o tema;
· Pesquisas em grupo sobre desenhos de xilogravura;
· Convite a um cordelista da cidade (Nivaldo Cordelista);
· Leitura e interpretação de cordéis;
· Produção de cordéis, através da oralidade e frases rimadas;
· Trabalho em grupo: criação de desenhos sobre cordel;
· Atividades individuais (produção e apresentação de cordéis).
RECURSOS DIDÁTICOS 
· Data-show;
· TV;
· Notebook;
· Filme;
· Livros de cordel;
· Caderno;
· Lápis de cor;
· Cola;
· Tinta guache;
· Cartaz com imagens ou textos;
· Tesoura;
· Pincel;
· Lousa.
CRONOGRAMA
 As aulas do projeto serão desenvolvidas no primeiro semestre de 2022, de modo a considerar a necessidade de cada turma ou aluno e as demandas das escolas campo de atuação.
AVALIAÇÃO 
 A avaliação será contínua, onde os alunos serão avaliados a partir dos seguintes critérios: 
· Compreensão das características e a origem do Cordel;
· Pesquisa sobre o texto e vídeos sobre o gênero cordel;
· Produção de um pequeno texto literário através da escrita e oralidade;
· Participação e organização.
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Poder Executivo, Brasília, DF, 21 dez.1996. 
FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra,1967.
GADOTTI, M. Educação de adultos como direito humano. São Paulo: Paulo Freire, 2009.
LIBÂNEO, J. C. Educação escolar: políticas, estruturas e organização. São Paulo: Cortez, 2003.
SILVA, J.L. Alfabetização de jovens e adultos: representações sociais de professores da EJA. Dissertação. Especialização em Educação. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal – RN.2020. 127f.

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