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Aspectos Psicológicos e Sociais da Saúde 1ª Etapa Desenvolvimento Humano e Processo de Adoecimento OS PRIMEIROS 18 MESES DE VIDA Desenvolvimento: Criança nasce sem condição para se proteger, necessitando de um ambiente protetor para satisfazer suas necessidades e, ao longo do tempo, passa a ter certa independência. Desenvolvimento da confiança básica: visualizar o mundo como um lugar seguro e confiável. Exploração sensório-motora. Implicações do adoecimento: Alimentação. Dificuldades de interação social. Pouca habilidade motora. Limitação da exploração que pode implicar em déficits intelectuais. AO ANDAR Desenvolvimento: Sai do senso de confiança para o senso de autonomia e autocontrole. Aumento das habilidades motoras permitem maior independência. Genitores devem permitir à criança fazer as escolhas das suas atividades. Desenvolvimento de capacidades intelectuais das crianças: possui representações mentais. Objetos e pessoas existem mesmo quando não estão por perto. Aumentam as imaginações e pensamentos mágicos (não compreendem a causa). Egocêntricos e onipotentes: podem fazer acontecer tudo. Implicações do adoecimento: Dificuldades dos genitores de deixarem a criança terem qualquer responsabilidade. Deixam de encorajar a independência, alimentação e hábitos de higiene. Tratamentos complicados (fisioterapia). Dificuldades do desenvolvimento cognitivo. Criança que ficou sem poder se movimentar por muito tempo, deve ter dificuldades em empilhar, reunir e classificar objetos. Crianças cronicamente doentes: muita dependência, dificuldade de separação, imagem débil de si mesma, requer maior tranquilização por parte dos adultos. Sua dependência pode retardar o aparecimento de habilidades verbais e cognitivas. PRÉ-ESCOLARES Desenvolvimento: Aos 4 anos, o mundo social passa a ser cada vez mais ativo. Aquisição de um sentimento de iniciativa é uma das características desta fase. As crianças conquistam aprovações, alegram-se com o sucesso e evidência de sua força. Assumem responsabilidades a si e aos outros. Sucesso: aquisição dos objetivos planejados, e a aprovação social dos mesmos. Isso resulta crianças com senso de propósitos, competência e autoconfiança. Repetida critica ou desaprovação deixa as crianças com experiências de fracasso, culpa e resignação. Período pré-operacional, para Piaget, caracterizado por frequência de pensamentos. Pensamentos ilógicos e suas opiniões podem exercer a influência sobre sua compreensão dos fenômenos do mundo. Raciocinam sobre o mundo e possuem lógica mais correlacional do que causal. Muitas vezes confundem causa e efeito. Podem dar respostas corretas ao problema, mas não entendem os fenômenos. Implicações do adoecimento: Compreensão bastante concreta, específica e superficial sobre o adoecimento. Acreditam que adoeceram em função de alguma ação concreta que tiveram e julgam que vão deixar de adoecer se seguirem as regras rígidas associadas a enfermidades, como comer bem, vestir roupa aquecida. Julgam que um evento pode resultar em outro evento específico. CRIANÇA ESCOLAR Desenvolvimento: Ficam maior parte do tempo fora de casa e da família. Adquirem independência em relação aos genitores. Identificam-se com os colegas e sentem necessidade de aprovação dos mesmos. Fase marcada pela aquisição de senso de atividade versus inferioridade. “Sou aquilo que aprendo e aquilo que posso fazer”. Satisfação de demandas internas e externas são essenciais para o sucesso nas escolhas, sobretudo, o senso de adequação e competências. Possuem capacidades cognitivas mais sofisticadas. Consideram a ordem das coisas, e pensam de forma concreta, sobretudo sobre coisas que tiveram experiências. Implicações do adoecimento: Cuidados com alimentação. Acesso a educação dentro do ambiente hospitalar. Processos inclusivos de educação (crianças com incapacidades sensoriais e físicas). Importância da escola para a criança. Começam a perceber a enfermidade como um conjunto de sintomas múltiplos e não associam com outros sintomas. Conservam uma ação passiva. “Nunca chegar perto de pessoas doentes, para não adoecer”. Mistérios da enfermidade persistem e produzem desconforto e senso de incapacidade nas crianças. Nesta idade, as crianças merecem respostas sobre sua enfermidade, responsabilizando-se pelo seu tratamento, lidando com as situações sobre a doença. ADOLESCÊNCIA Desenvolvimento: Fase de aquisição da identidade pessoal. Operações formais: pensamento menos concreto e início da formação de hipóteses, abstração. Períodos de novas sensações e respostas orgânicas, aparecimento do desejo sexual. Tornam-se introspectivos e confusos. Implicações do adoecimento: Enfermidades físicas associam-se às difíceis confusões da fase. Aumento da sensibilidade da aparência, pois ser diferentes significa ser imperfeito. Importância do apoio e aprovação dos companheiros. Tornam-se rebeldes, sobretudo em relação às regras e ao tratamento. Supervalorizam as limitações e ao mesmo tempo, negam suas limitações, provocando tristezas por não atingir os objetivos. Compreendem o funcionamento orgânico. Compreendem a função das bactérias e germes no processo de adoecimento. Portadores de enfermidades crônicas são mais avançadas nesta compreensão.