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AO JUÍZO DA… VARA CÍVEL DA COMARCA… DO ESTADO…
João, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador do RG nº... e do CPF nº..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado..., nesta cidade, por seu advogado infra-assinado, conforme procuração anexa…, com escritório..., endereço que indica para os fins do art. 77, V, do CPC/15, com fundamento no art. 5º, LXIX da CRFB/88 e da Lei nº 12.016/09, vem impetrar
MANDADO DE SEGURANÇA
em face do Secretário Municipal de Educação do Município Alfa, com endereço…, e do Município Alfa, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir aduzidos.
I - DOS FATOS
João, cidadão politicamente atuante e plenamente consciente dos deveres a serem cumpridos pelos poderes constituídos em suas relações com a população, decidiu fiscalizar a forma de distribuição dos recursos aplicados na área de educação no Município Alfa, sede da Comarca X e vizinho àquele em que residia, considerando as dificuldades enfrentadas pelos moradores do local.
Para tanto, compareceu à respectiva Secretaria Municipal de Educação e requereu o fornecimento de informações detalhadas a respeito das despesas com educação no exercício anterior, a discriminação dos valores gastos com pessoal e custeio em geral e os montantes direcionados a cada unidade escolar, já que as contratações eram descentralizadas.
O requerimento formulado foi indeferido por escrito, pelo Secretário Municipal de Educação, sob o argumento de que João não residia no Município Alfa; os gastos com pessoal eram sigilosos, por dizerem respeito à intimidade dos servidores; as demais informações seriam disponibilizadas para o requerente e para o público em geral, via Internet, quando estivesse concluída a estruturação do “portal da transparência”, o que estava previsto para ocorrer em 2 (dois) anos. João não informou de que modo usaria as informações.
II - FUNDAMENTOS JURÍDICOS
O mandado de segurança é cabível ao caso em tela, pois visa para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público, nos termos do art. 5º, LXIX, da CRFB/88 e art. 1º da Lei Federal nº 12.016/09.
O foro competente para processar e julgar mandado de segurança é o da sede funcional da autoridade coatora, neste caso é o Juízo Cível da Comarca X ou ao Juízo de Fazenda Pública da Comarca X, já que os dados constantes do enunciado não permitem identificar a organização judiciária do local.
A legitimidade ativa de João decorre do fato de ter o direito de acesso à informação, sendo titular do direito que postula.
A legitimidade passiva do Secretário, por sua vez, é justificada pelo fato de ser o responsável pelo indeferimento do requerimento formulado.
Quanto ao mérito, é assegurado a todos o acesso à informação, nos termos do Art. 5º, inciso XIV, da CRFB/88 e o direito de receber dos órgãos públicos as informações de interesse coletivo ou geral, conforme dispõe o Art. 5º, inciso XXXIII, da CRFB/88.
Os usuários, ademais, têm assegurado o seu acesso ao teor dos atos de governo, nos termos do Art. 37, § 3º, inciso II, da CRFB/88, informação que deve ser fornecida no prazo estabelecido pelo Art. 11 da Lei nº 12.527/11, independentemente de qualquer esclarecimento a respeito dos motivos determinantes da solicitação, nos termos do Art. 10, § 3º, da Lei nº 12.527/11.
As informações relativas aos gastos com pessoal não dizem respeito à intimidade dos servidores, pois refletem a maneira de gasto do dinheiro público, apresentando indiscutível interesse público.
O fato de João não residir no Município é irrelevante, pois os entes federados não podem criar distinções entre brasileiros, nos termos do Art. 19, inciso III, da CRFB/88.
Essa base normativa justifica a escolha do Mandado de Segurança previsto no Art. 5º, inciso LXIX, da CRFB/88 e no Art. 1º, caput, da Lei nº 12.016/09. Pois, há direito líquido e certo lastreado em prova pré-constituída, o que decorre do indeferimento, por escrito, do requerimento formulado por João
III - DA TUTELA DE URGÊNCIA
A tutela de urgência prevista no art. 7º, III, da Lei 12.016/09 está presente, pois, além do fundamento relevante do direito de João, há o risco de ineficácia da medida final se a liminar não for deferida, tendo em vista a urgência da situação, já que as informações servirão para que a população interessada avalie o desempenho do prefeito municipal, candidato à reeleição.
IV - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer-se:
a) a concessão da cautelar para determinar que a autoridade coatora forneça
os dados solicitados por João, nos termos do art. 7º, III, da Lei nº 12.016/09;
b) ao final, a procedência do pedido, com confirmação da concessão da ordem,
atribuindo-se caráter definitivo à tutela liminar;
c) a notificação do Secretário Municipal de Educação do Município Alfa para que sejam prestadas as informações que entender pertinentes do caso, nos termos do art. 7º, I, da Lei nº 12.016/09;
d) a ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, nos termos do art. 7º, II, da Lei nº 12.016/09;
e) a condenação do Impetrado em custas processuais, nos termos do art. 82, § 2º, do CPC/15;
f) a intimação do Representante do Ministério Público, nos termos do art. 12 da Lei nº 12.016/09;
g) a juntada dos documentos anexos, nos termos do art. 6º da Lei nº 12.016/09;
V - DO VALOR DA CAUSA
Valor da causa de acordo com o art. 292 do CPC/15.
Nestes Termos,
Pede deferimento.
Local... e data...
Advogado...
OAB nº ...

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