Buscar

Parte 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO CONSTITUCIONAL
INICIAIS – PARTE I
Livro Eletrônico
2 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
Sumário
Iniciais – Parte I ............................................................................................................................... 3
1. Considerações Iniciais ................................................................................................................ 3
2. Endereçamento das Iniciais...................................................................................................... 4
3. Ação Comum/Ação Ordinária ................................................................................................... 5
3.1. Esqueleto da Ação Comum ..................................................................................................... 5
3.2. Peça Processual Passo a Passo ............................................................................................ 7
4. Ação Popular ...............................................................................................................................16
4.1. Especificidades da Ação Popular .........................................................................................16
4.2. Modelo ..................................................................................................................................... 18
4.3. Peça Processual Passo a Passo ..........................................................................................19
5. Ação Civil Pública ...................................................................................................................... 29
5.1. Peça Processual Passo a Passo ...........................................................................................31
6. Mandado de Segurança ........................................................................................................... 36
7. Súmulas .......................................................................................................................................38
8. Prazo de Impetração ................................................................................................................38
9. Pedidos Específicos .................................................................................................................. 39
9.1. Peça Processual Passo a Passo ..........................................................................................40
10. Mandado de Segurança Coletivo .........................................................................................48
10.1. Peça Processual Passo a Passo.........................................................................................49
11. Habeas Data .............................................................................................................................. 54
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
3 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
INICIAIS – PARTE I
1. Considerações iniCiais
Olá, caros alunos!
Na aula de hoje vamos estudar as iniciais cobradas pela Fundação Getúlio Vargas no exa-
me da ordem.
Inicialmente, vejam quais são as iniciais que podem ser cobradas na sua prova:
Ação Comum (Ação Ordinária)
Ação Popular
Ação Civil Pública
Mandado de Segurança/ Mandado de Segurança Coletivo
Habeas Data
Mandado de Injunção/ Mandado de Injunção Coletivo
Habeas Corpus
Parecer Jurídico
Reclamação Constitucional
Ação de Impugnação de mandato eletivo
Para que você faça uma peça processual tecnicamente adequada, tenha conhecimento do 
artigo 319 do CPC para a elaboração da sua petição inicial.
DA PETIÇÃO INICIAL
Art. 319. A petição inicial indicará:
I – o juízo a que é dirigida; (endereçamento)
II – os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de 
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço 
eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; (qualificação)
III – o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV – o pedido com as suas especificações;
V – o valor da causa;
VI – as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII – a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
4 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
Agora que você já sabe os passos iniciais, vamos aprender a fazer uma petição inicial do 
endereçamento ao fechamento? Preparados? Vamos lá.
Além do artigo 319 do CPC, é importante marcar o artigo 85 (condenação em honorários ad-
vocatícios), o artigo 104 (necessidade de advogado) e o artigo 320 (juntada dos documentos).
Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.
Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor.
Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar pre-
clusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente
2. endereçamento das iniCiais
Segue o passo a passo para fazer a maioria dos endereçamentos das petições iniciais. 
Em casos específicos, como as petições de mandado de segurança e habeas data, há possi-
bilidade de o endereçamento ser em um tribunal, mas não fique ansioso, estudaremos esses 
casos adiante.
Primeiramente, ao fazer um endereçamento de uma inicial, veja se o autor ou réu estão 
presentes no artigo 109, I, da Constituição Federal. Se a resposta for positiva o endereçamento 
será na Justiça Federal
Como ficará o endereçamento?
AO JUÍZO FEDERAL DE VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO...
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas 
na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de 
trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
Não sendo o caso de endereçamento para o Juízo Federal, encaminharemos nossa petição 
inicial para o Juízo Estadual, que por sua vez pode ser para Vara da Fazenda pública, quando 
tem como autor ou réu, alguma pessoa jurídica de direito público (estado, distrito federal, mu-
nicípio, autarquia estadual ou municipal, fundação pública estadual ou municipal), ou para a 
Vara Cível, que tem como autor ou réu pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, exemplo 
sociedades de economia mista.
Como ficará o endereçamento?
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
5 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
VARA DA FAZENDA PÚBLICA: AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA 
COMARCA... DO ESTADO...
VARA CÍVEL: AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA... DO ESTADO...
Resumo:
3. ação Comum/ação ordinária
A ação pelo rito comum é uma petição regida pelo Código de Processo Civil (arts. 319 e 
320). É utilizada quando não se trata de medida submetida a ritos próprios, comoexemplo, 
mandado de segurança, habeas datas, ação popular etc.
Além disso, a ação pelo rito comum pode ser chamada de ação ordinária ou ação comum 
(a banca aceita os dois casos), e ela pode ser indenizatória, de cobrança, obrigação de fazer, 
anulatória, bastando especificar a condição no “pedido” da ação. Logo, na qualificação inicial é 
suficiente escrever “Ação Comum” ou “Ação Ordinária.
Você perceberá, no decorrer do curso, que existem similaridades entre a ação comum e o 
mandado de segurança, mas em hipótese alguma confunda as duas petições iniciais. Veja o 
quadro a seguir:
Importante!
3.1. esqueleto da ação Comum
AÇÃO COMUM MANDADO DE SEGURANÇA
Possibilidade de produção de provas A Prova deve ser pré-constituída(não admite dilação probatória).
Não há prazos para propor a ação Prazo decadencial de 120 dias.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
6 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
AÇÃO COMUM MANDADO DE SEGURANÇA
Não há prerrogativa de foro Há prerrogativa de Foro
AO JUÍZO _______ DA VARA _____________ DA COMARCA..., ESTADO...
(10 linhas)
NOME, estado civil, profissão, CPF e RG, endereço eletrônico, domicílio e a residência, (só 
olhar o art.319 CPC) por seu advogado, procuração em anexo, com escritório, vem perante Vos-
sa Excelência, com fundamento no artigo 319 do CPC, propor AÇÃO COMUM contra __________ 
(ente), CNPJ, endereço eletrônico, com sede, pessoa jurídica de _______ (veja se é de direito 
público ou privado), pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir:
DOS FATOS
Faça um breve resumo, geralmente os fatos não serão pontuados.
DO DIREITO
Fundamentação de acordo com o que você vai estudar em direito material.
DA TUTELA DE URGÊNCIA
A probabilidade do direito está presente nos fatos e nos fundamentos jurídicos expostos 
acima, pois violou... (aqui você cita os artigos que foram violados, os princípios, resumindo o 
que você colocou no do direito, exemplo: art.37 da CF, art 21 da 8.666)
O perigo de dano está presente (demonstrar a urgência, exemplo: “pois a demora do proces-
so causará difícil reparação tendo em vista que João tem que fazer uma cirurgia de imediato”.
Requer o deferimento da tutela de urgência para (aqui você nunca colocará ANULAR, por 
quê? Pois é uma medida urgente, você deverá colocar SUSTAR/ SUSPENDER OU ASSEGU-
RAR...), até decisão final.
DOS PEDIDOS
Em face do exposto, requer a Vossa Excelência:
a) a designação de audiência de prévia de conciliação ou mediação de acordo com o 
art.319, VII, do CPC.
b) a citação do Réu, na pessoa do seu representante judicial, ou seja, o procurador-geral, 
para, querendo, contestar a ação, sob pena de aplicação dos efeitos da revelia;
c) a procedência dos pedidos PARA _____________________ (especificar o caso - se é anula-
ção/ condenação...);
d) a condenação do Réu no ônus da sucumbência, honorários advocatícios e custas 
processuais;
e) a produção de todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente a 
documental.
f) a juntada dos documentos em anexo, especialmente _______.
Dá à causa o valor...
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
7 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
Pede deferimento.
Local...,
Data...
Advogado...,
OAB...
3.2. Peça ProCessual Passo a Passo
Exame V - Mévio, brasileiro, solteiro, estudante universitário, domiciliado na capital do Es-
tado W, requereu o seu ingresso em programa de bolsas financiado pelo Governo Federal, es-
tando matriculado em Universidade particular. Após apresentar a documentação exigida, é 
surpreendido com a negativa do órgão federal competente, que aduz o não preenchimento de 
requisitos legais. Entre eles, está a exigência de pertencer a determinada etnia, uma vez que 
o programa é exclusivo de inclusão social para integrantes de grupo étnico descrito no edital, 
podendo, ao arbítrio da Administração, ocorrer integração de outras pessoas, caso ocorra sal-
do no orçamento do programa. Informa, ainda, que existe saldo financeiro e que, por isso, o 
seu requerimento ficará no aguardo do prazo estabelecido em regulamento. O referido prazo 
não consta na lei que instituiu o programa, e o referido ato normativo também não especificou 
a limitação do financiamento para grupos étnicos. Com base na negativa da Administração 
Federal, a matrícula na Universidade particular ficou suspensa, prejudicando a continuação do 
curso superior. O valor da mensalidade por ano corresponde a R$ 20.000,00, sendo o curso 
de quatro anos de duração. O estudante pretende produzir provas de toda a espécie, receoso 
de que somente a prova documental não seja suficiente para o deslinde da causa. Isso foi 
feito em atendimento à consulta respondida pelo seu advogado Tício, especialista em Direito 
Público, que indicou a possibilidade de prova pericial complexa, bem como depoimentos de 
pessoas para comprovar a sua necessidade financeira e outros depoimentos para indicar pos-
síveis beneficiários não incluídos no grupo étnico referido pela Administração. Aduz ainda que 
o pleito deve restringir-se no reconhecimento do seu direito constitucional e que eventuais per-
das e danos deveriam ser buscadas em outro momento. Há urgência, diante da proximidade 
do início do semestre letivo.
Na qualidade de advogado contratado por Mévio, elabore a peça cabível ao tema, obser-
vando: a) competência do juízo; b) legitimidade ativa e passiva; c) fundamentos de mérito 
constitucionais e legais vinculados; d) os requisitos formais da peça inaugural. (Valor: 5,0)
Espelho:
AO JUÍZO FEDERAL DA VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO W
(10 linhas)
MÉVIO, brasileiro, solteiro, estudante universitário, RG n., do CPF n., endereço eletrônico, 
residente e domiciliado..., por seu advogado, procuração em anexo, com escritório... endereço 
que indica para os fins do art. 77, V, do CPC, com fundamento no art. 319, do CPC, vem peran-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
8 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
te Vossa Excelência propor AÇÃO COMUM COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA contra a 
União, pessoa jurídica de direito público, CNPJ, com sede... e contra a Universidade Particular 
pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir:
DOS FATOS
(Breve resumo)
FUNDAMENTOS JURÍDICOS
A Constituição Federal dispõe que todos são iguais perante a lei, consoante o art. 5º, caput, 
da CRFB/88. Além disso, prevê no art.19 que é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal 
e aos Municípios criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
No caso em análise, o autor foi surpreendido com a negativa de seu ingresso em programa 
de bolsas financiado pelo Governo Federal, que aduz o não preenchimento de requisitos legais, 
entre eles está a exigência de pertencer a determinada etnia, uma vez que o programa é exclu-
sivo de inclusão social para integrantes de grupo étnico descrito no edital.
Ocorre que tal negativa ofende o princípio da isonomia, pois esse tipo de financiamento 
não pode beneficiar somente determinado grupo étnico, conforme exposto nos art.5, caput, e 
19 da CRFB/88.Além disso, o órgão federal informa, ainda, que existe saldo financeiro e que, por isso, o 
seu requerimento ficará no aguardo do prazo estabelecido em regulamento. O referido prazo 
não consta na lei que instituiu o programa, e o referido ato normativo também não especificou 
a limitação do financiamento para grupos étnicos, ofendendo o princípio da legalidade vez que 
há confronto entre o regulamento e o texto legal;
Assim, houve ofensa aos princípios constitucionais da Administração Pública, consoante 
o artigo 37, caput, da CF, pois o ato da Administração ser discricionário, mas não pode ser 
arbitrário.
DOS PEDIDOS
Em face do exposto, requer a V.Exa:
a) A designação de audiência prévia de conciliação ou mediação, de acordo com o art. 319, 
VII, do CPC.
b) A confirmação da tutela de urgência para que seja para que seja assegurada a imediata 
inclusão do autor no programa de bolsas, até a decisão final da presente ação.
c) A citação União e da Universidade particular para contestarem a ação.
d) A procedência do pedido para condenar os Réus a incluir o Autor, em definitivo, no pro-
grama de bolsas do Governo;
e) A condenação dos réus nos ônus da sucumbência, custas e honorários advocatícios.
f) A produção de todos os meios de prova em direito admitidas, especialmente a pericial e 
testemunhal
g) A juntada dos documentos em anexo.
Dá à causa o valor de 80.000,00 (oitenta mil reais).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
9 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
Pede deferimento.
Local... Data...
Advogado...
OAB...
Vamos treinar a ação comum?
EXAME IX - José, brasileiro, desempregado, domiciliado no Município “ABC”, capital do 
Estado “X”, chegou a um hospital municipal que não possui Centro de Tratamento Intensivo 
(CTI) – sentindo fortes dores de cabeça. José aguardou atendimento na fila da emergência 
pelo período de 12 (doze) horas, durante o qual foi tratado de forma áspera e vexatória pelos 
servidores do hospital, que, entre outros comportamentos aviltantes, debocharam do fato de 
José estar de pé há tanto tempo esperando atendimento. Após tamanha espera e sofrimento, 
o quadro de saúde de José agravou-se e ele entrou em estado de incapacidade absoluta, sem 
poder locomover-se e sem autodeterminação, momento no qual, enfim, um médico do hospital 
veio atendê-lo.
Adamastor, também desempregado, pai de José, revela que, segundo laudo do médico 
responsável, seu filho necessita urgentemente ser removido para um hospital que possua CTI, 
pois José corre risco de sofrer danos irreversíveis à sua saúde e, inclusive, o de morrer. Informa 
ainda que o médico mencionou a existência de hospitais municipais, estaduais e federais nas 
proximidades de onde José se encontra internado, todos possuidores de CTI.
Ocorre que José e Adamastor são economicamente hipossuficientes, de modo que não 
possuem condições financeiras de arcar com a remoção para outro hospital público, nem de 
custear a internação em hospital particular, sem prejuízo do sustento próprio ou da família.
Indignado com todo o ocorrido, e ansioso para preservar a saúde de seu filho, Adamastor o 
procura para, na qualidade de advogado, identificar e minutar a medida judicial adequada à tu-
tela dos direitos de José em face de todos os entes que possuem hospitais próximos ao local 
onde José se encontra e que seja levado em consideração o tratamento hostil por ele recebido 
no hospital municipal. (Valor: 5,0)
Resolução da Peça passo a passo:
AO JUÍZO FEDERAL DA VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO X
(10 linhas)
José, representado por Adamastor, nacionalidade, estado civil, desempregado, RG n., do 
CPF n., endereço eletrônico, residente e domiciliado..., por seu advogado, procuração em ane-
xo, com escritório... endereço que indica para os fins do art. 77, V, do CPC, com fundamento no 
art. 319, do CPC vem perante Vossa Excelência propor AÇÃO COMUM COM PEDIDO DE TUTELA 
DE URGÊNCIA contra o Município “ABC”, pessoa jurídica de direito público, CNPJ, com sede... 
contra o Estado X pessoa jurídica de direito público, CNPJ, com sede... e contra a União pessoa 
jurídica de direito público, CNPJ, com sede... pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir:
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
10 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
Inicialmente, requer a V.Exa, a concessão da gratuidade de justiça, tendo em vista que o 
autor está desempregado e sem condições de arcar com as custas processuais e demais des-
pesas processuais, sem prejuízo do sustento próprio e de sua família, de acordo com o art. 98 
do CPC e 5º LXXIV, da CRFB.
DOS FATOS
O autor chegou a um hospital municipal que não possui Centro de Tratamento Intensivo (CTI)
sentindo fortes dores de cabeça. José aguardou atendimento na fila da emergência pelo 
período de 12 (doze) horas, durante o qual foi tratado de forma áspera e vexatória pelos servi-
dores do hospital, que, entre outros comportamentos aviltantes, debocharam do fato de José 
estar de pé há tanto tempo esperando atendimento.
Após tamanha espera e sofrimento, o quadro de saúde de José agravou-se e ele entrou em 
estado de incapacidade absoluta, sem poder locomover-se e sem autodeterminação, momen-
to no qual, enfim, um médico do hospital veio atendê-lo.
Adamastor, também desempregado, pai de José, revela que, segundo laudo do médico 
responsável, seu filho necessita urgentemente ser removido para um hospital que possua CTI, 
pois José corre risco de sofrer danos irreversíveis à sua saúde e, inclusive, o de morrer, o que 
justifica o ajuizamento da presente ação.
DO DIREITO
A Constituição Federal dispõe que a saúde é um direito social, sendo um direito de todos e 
dever do Estado, conforme os artigos 6º e 196 da CRFB.
Além disso, é da competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
nicípios cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras 
de deficiência de acordo com o artigo 23, II da CRFB/88,
Assim, requer à remoção de José para hospital que possua CTI, além da correspondente 
internação e o fornecimento de tratamento adequado, em hospital municipal, estadual ou fe-
deral, tendo em vista a solidariedade dos entes federativos na prestação de serviços de saúde.
Como se não bastasse, José foi tratado de forma áspera e vexatória pelos servidores do 
hospital, que, entre outros comportamentos aviltantes, debocharam do fato do autor estar de 
pé há tanto tempo esperando atendimento. Há, portanto, responsabilidade objetiva do Municí-
pio, pautada na teoria do risco Administrativo, por estarem presentes os elementos de tal res-
ponsabilidade quais sejam: a demonstração da conduta ilícita, nexo causal e resultado danoso.
Portanto, o autor tem direito à reparação por danos morais em face do Município, de acor-
do com o artigo 37§6º da CRFB/88, que aduz: As pessoas jurídicas de direito público e as de 
direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, 
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável 
nos casos de dolo ou culpa.
DA TUTELA DE URGÊNCIA
A tutela de urgência na Ação Comum tem previsão no art.300 do CPC.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução,cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
11 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
A probabilidade do direito está presente nos argumentos fáticos e jurídicos acima expos-
tos, notadamente diante da violação do art.6º e 196 da CF/88
O perigo de dano, por sua vez, consiste no risco do autor de sofrer danos irreversíveis à sua 
saúde e, inclusive, o de morrer.
Assim, requer a V.Exa, o deferimento da tutela de urgência para que seja assegurado o 
autor a sua internação imediata ao CTI mais próximo, seja em hospital municipal, estadual ou 
federal, até a decisão final da presente ação.
DOS PEDIDOS
Em face do exposto, requer a V.Exa:
a) A designação de audiência prévia de conciliação ou mediação, de acordo com o art. 
319,VII do CPC.
b) A confirmação da tutela de urgência para que seja assegurado o autor a sua internação 
imediata ao CTI mais próximo, seja em hospital municipal, estadual ou federal.
c) A citação do da União, do Estado e do Município para contestarem a ação.
d) A procedência do pedido para condenar a União, o Estado e o Município a promoverem 
a internação do autor em CTI, fixando multa em caso de descumprimento da determinação 
de internação, além da condenação do Município ABC à reparação dos danos morais sofridos 
pelo autor;
e) A condenação dos réus no ônus da sucumbência, custas e honorários advocatícios
f) A produção de todos os meios de prova em direito admitidas.
g) A juntada dos documentos em anexo
Dá à causa o valor de...
Pede deferimento.
Local... Data...
Advogado...
OAB...
Espelho de correção:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
12 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
Vamos treinar outra ação comum?
Obs.: � No exame V, aceitaram tanto Ação Comum quanto Mandado de Segurança, veja:
EXAME V Mévio, brasileiro, solteiro, estudante universitário, domiciliado na capital do Es-
tado W, requereu o seu ingresso em programa de bolsas financiado pelo Governo Federal, es-
tando matriculado em Universidade particular. Após apresentar a documentação exigida, é 
surpreendido com a negativa do órgão federal competente, que aduz o não preenchimento de 
requisitos legais. Entre eles, está a exigência de pertencer a determinada etnia, uma vez que 
o programa é exclusivo de inclusão social para integrantes de grupo étnico descrito no edital, 
podendo, ao arbítrio da Administração, ocorrer integração de outras pessoas, caso ocorra sal-
do no orçamento do programa. Informa, ainda, que existe saldo financeiro e que, por isso, o 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
13 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
seu requerimento ficará no aguardo do prazo estabelecido em regulamento. O referido prazo 
não consta na lei que instituiu o programa, e o referido ato normativo também não especificou 
a limitação do financiamento para grupos étnicos. Com base na negativa da Administração 
Federal, a matrícula na Universidade particular ficou suspensa, prejudicando a continuação do 
curso superior. O valor da mensalidade por ano corresponde a R$ 20.000,00, sendo o curso 
de quatro anos de duração. O estudante pretende produzir provas de toda a espécie, receoso 
de que somente a prova documental não seja suficiente para o deslinde da causa. Isso foi 
feito em atendimento à consulta respondida pelo seu advogado Tício, especialista em Direito 
Público, que indicou a possibilidade de prova pericial complexa, bem como depoimentos de 
pessoas para comprovar a sua necessidade financeira e outros depoimentos para indicar pos-
síveis beneficiários não incluídos no grupo étnico referido pela Administração. Aduz ainda que 
o pleito deve restringir-se no reconhecimento do seu direito constitucional e que eventuais per-
das e danos deveriam ser buscadas em outro momento. Há urgência, diante da proximidade 
do início do semestre letivo.
Na qualidade de advogado contratado por Mévio, elabore a peça cabível ao tema, obser-
vando: a) competência do juízo; b) legitimidade ativa e passiva; c) fundamentos de mérito 
constitucionais e legais vinculados; d) os requisitos formais da peça inaugural. (Valor: 5,0)
Resolução da peça passo a passo:
AO JUIZ FEDERAL DA VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO W
(10 LINHAS)
MÉVIO, brasileiro, solteiro, estudante universitário, RG n., do CPF n., endereço eletrônico, 
residente e domiciliado..., por seu advogado, procuração em anexo, com escritório... endereço 
que indica para os fins do art. 77, V, do CPC, com fundamento no art. 319, do CPC, vem peran-
te Vossa Excelência propor AÇÃO COMUM COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA contra a 
União, pessoa jurídica de direito público, CNPJ, com sede... e contra a Universidade Particular 
pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir:
DOS FATOS
(Breve resumo)
DO DIREITO
A Constituição Federal dispõe que todos são iguais perante a lei, consoante o art 5º, caput, 
da CRFB/88. Além disso, prevê no art.19 que é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal 
e aos Municípios criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
No caso em análise, o autor foi surpreendido com a negativa de seu ingresso em programa 
de bolsas financiado pelo Governo Federal, que aduz o não preenchimento de requisitos legais, 
entre eles está a exigência de pertencer a determinada etnia, uma vez que o programa é exclu-
sivo de inclusão social para integrantes de grupo étnico descrito no edital.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
14 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
Ocorre que tal negativa ofende o princípio da isonomia, pois esse tipo de financiamento 
não pode beneficiar somente determinado grupo étnico, conforme exposto nos art.5, caput, e 
19 da CRFB/88.
Além disso, o órgão federal informa, ainda, que existe saldo financeiro e que, por isso, o 
seu requerimento ficará no aguardo do prazo estabelecido em regulamento. O referido prazo 
não consta na lei que instituiu o programa, e o referido ato normativo também não especificou 
a limitação do financiamento para grupos étnicos, ofendendo o princípio da legalidade vez que 
há confronto entre o regulamento e o texto legal;
Assim, houve ofensa aos princípios constitucionais da Administração Pública, consoante 
o artigo 37, caput, da CF, pois o ato da Administração ser discricionário, mas não pode ser 
arbitrário.
Por fim, houve ofensa ao direito constitucional à educação, que é considerado um direito 
social, conforme o art.6º da CRFB/88, e direito de todos e dever do Estado e da família, sendo 
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento 
da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho de 
acordo com ao art.205 da CF/88.
DA TUTELA DE URGÊNCIA
A tutela de urgência na Ação Comum tem previsão no art.300 do CPC.
A probabilidade do direito está presente nos argumentos fáticos e jurídicos acima expos-tos, notadamente diante da violação dos princípios e dos arts.5º,6º,19 e 205 da Constitui-
ção Federal.
O perigo de dano, por sua vez, consiste no risco do autor prejudicar a continuação do curso 
superior, diante da proximidade do início do semestre letivo.
Assim, requer a V.Exa, o deferimento da tutela de urgência para que seja assegurada a ime-
diata inclusão do autor no programa de bolsas, até a decisão final da presente ação.
DOS PEDIDOS
Em face do exposto, requer a V.Exa:
a) A designação de audiência prévia de conciliação ou mediação, de acordo com o art. 
319,VII do CPC.
b) A confirmação da tutela de urgência para que seja para que seja assegurada a imediata 
inclusão do autor no programa de bolsas, até a decisão final da presente ação.
c) A citação União e da Universidade particular para contestarem a ação.
d) A procedência do pedido para condenar os Réus a incluir o Autor, em definitivo, no pro-
grama de bolsas do Governo;
e) A condenação dos réus nos ônus da sucumbência, custas e honorários advocatícios.
f) A produção de todos os meios de prova em direito admitidas, especialmente a pericial e 
testemunhal
g) A juntada dos documentos em anexo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
15 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
Dá à causa o valor de 80.000,00 (oitenta mil reais).
Pede deferimento.
Local... Data...
Advogado...
OAB...
Espelho de correção:
Mapa mental resumindo a Ação Comum:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
16 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
4. ação PoPular
Depois de aprender a fazer uma ação comum, agora é a hora de você aprender a fazer o 
passo a passo da ação popular.
Prevista no Art. 5º, LXXIII da CRFB e regulamentada pela lei 4.717/65 a ação popular tem 
por objetivo evitar ou reparar atos lesivos ao patrimônio público, histórico, cultural, à moralida-
de, e ao meio ambiente.
Art. 5º LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesi-
vo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao 
meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento 
de custas judiciais e do ônus da sucumbência
Destaca-se que é uma ação em que o cidadão não formula o pedido em seu próprio favor, 
visto que a tutela de interesse é da coletividade, ou seja, busca-se a defesa do interesse público.
SOMENTE o cidadão (brasileiro nato ou naturalizado em gozo dos seus direitos político) tem 
legitimidade para a propositura de tal ação.
Dessa forma, não podem propor a ação popular: os estrangeiros, as pessoas jurídicas, os bra-
sileiros que estejam com seus direitos políticos suspensos ou perdidos, o Ministério Público.
Cuidado!
O Ministério Público, embora não possa propor uma ação popular, pode assumi-la se o autor 
desistir ou abandonar a causa.
Art. 9º da Lei 4.717/65 Se o autor desistir da ação ou der motiva à absolvição da instância, serão pu-
blicados editais nos prazos e condições previstos no art. 7º, inciso II, ficando assegurado a qualquer 
cidadão, bem como ao representante do Ministério Público, dentro do prazo de 90 (noventa) dias da 
última publicação feita, promover o prosseguimento da ação.
4.1. esPeCifiCidades da ação PoPular
1) Na qualificação mencione o título de eleitor
Art. 1º § 3º da Lei 4.717/65 A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com o título 
eleitoral, ou com documento que a ele corresponda.
2) Coloque no Polo passivo todas as pessoas que praticaram o ato lesivo, inclusive aquelas 
que se beneficiaram de tal ato. Além disso, mencione a pessoa jurídica que sofreu a lesão, para 
que, caso ela queira, possa atuar ao lado do autor.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
17 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
Art. 6º da Lei 4.717/65 A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades 
referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autoriza-
do, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportuni-
dade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo.
§ 3º A pessoas jurídica de direito público ou de direito privado, cujo ato seja objeto de impugnação, 
poderá abster-se de contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure 
útil ao interesse público, a juízo do respectivo representante legal ou dirigente
3) Mencione “no direito” as violações ao artigo 2º que foram identificadas.
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos 
casos de:
a) incompetência;
b) vício de forma;
c) ilegalidade do objeto;
d) inexistência dos motivos;
e) desvio de finalidade.
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas:
a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente 
que o praticou;
b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades 
indispensáveis à existência ou seriedade do ato;
c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento 
ou outro ato normativo;
d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se funda-
menta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido;
e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele 
previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.
4) Súmula do STF:
Súmula 365-STF: Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular
Súmula 101 – STF: O mandado de segurança não substitui a ação popular
5) Não há foro por prerrogativa, a ação popular será proposta no 1º grau, seguindo o mes-
mo endereçamento apresentado na ação comum.
6) Pedidos da ação popular você encontra a maioria na lei 4.717/65
Art. 7º A ação obedecerá ao procedimento ordinário, previsto no Código de Processo Civil, observa-
das as seguintes normas modificativas:
I – Ao despachar a inicial, o juiz ordenará:
a) além da citação dos réus, a intimação do representante do Ministério Público;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
18 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
Art. 11. A sentença que, julgando procedente a ação popular, decretar a invalidade do ato impugna-
do, condenará ao pagamento de perdas e danos os responsáveis pela sua prática e os beneficiários 
dele, ressalvada a ação regressiva contra os funcionários causadores de dano, quando incorrerem 
em culpa.
Art. 12. A sentença incluirá sempre, na condenação dos réus, o pagamento, ao autor, dascustas e 
demais despesas, judiciais e extrajudiciais, diretamente relacionadas com a ação e comprovadas, 
bem como o dos honorários de advogado.
4.2. modelo
AO JUÍZO ________________ DA VARA DA _________________
(10 linhas)
NOME, estado civil, profissão, domicílio e residência, CPF e RG, endereço eletrônico, título 
de eleitor (primeira especificidade da ação popular, promete que não se esquecerá do TÍTULO 
DE ELEITOR, por favor?), por seu advogado, procuração em anexo, escritório na, vem perante 
Vossa Excelência com fulcro no art. 5º, LXXIII, da CRFB c/c a Lei 4.717/65, propor AÇÃO PO-
PULAR, com pedido de liminar ( normalmente tem pedido de liminar), contra... (colocar no polo 
passivo todo mundo que estiver envolvido no caso, e qualificar um por um), ante os fatos e 
fundamentos jurídicos abaixo expostos:
DO CABIMENTO
É cabível a ação popular, pois visa a proteção do patrimônio público e da moralidade, na 
forma da Lei 4.717/65 e do art. 5º, LXXIII, da CRFB, vejamos:
Art. 5º... LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato 
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, 
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, 
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
DA LEGITIMIDADE ATIVA
Qualquer cidadão no pleno gozo de seus direitos políticos é parte legitima para propor 
Ação Popular, logo (nome do cidadão) satisfaz plenamente o requisito da cidadania nos ter-
mos do Art. 5º, inciso LXXIII, da CRFB/88 e Art. 1º da Lei Federal n. 4717/65.
DA LEGITIMIDADE PASSIVA
O... é legítimo, pois foi o responsável.... Além do mais, o ... também é legítimo pois são 
atribuídos os atos praticados por seus agentes na forma do Art. 6º da Lei Federal n. 4.717/65.
DOS FATOS
Resumir (faça isso no máximo em 6 linhas)
DO DIREITO
...
DO PEDIDO DE LIMINAR
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
19 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
A fumaça do bom direito está presente nos argumentos fáticos e jurídicos expostos acima 
__________ ( Coloque os arts que foram violados)
O perigo da demora por sua vez, consiste no risco de lesão, na medida em que __________
Assim, requer a concessão de liminar para (assegurar/sustar/suspender.)_____________ até 
decisão final.
DOS PEDIDOS DEFINITIVOS
Em face do exposto, requer a Vossa Excelência:
a) A citação dos Réus para contestarem a ação de acordo com o art 7º,I,a, da lei 4717/65
b) A intimação do Ministério Público;
c) A procedência dos pedidos, para declarar a invalidade (ou nulidade) do ato impugnado 
________________________________ (no caso concreto dizer qual foi o ato), condenando ao paga-
mento de perdas e danos os responsáveis pela sua prática e os beneficiários dele;
(percebeu que é só copiar o artigo 11? Então para quê decorar?)
e) A condenação dos réus, o pagamento, ao autor, das custas e demais despesas, judiciais 
e extrajudiciais, diretamente relacionadas com a ação e comprovadas, bem como o dos hono-
rários de advogado. (só copiar o art 12!!!!! Oba, que maravilha)
f) A confirmação da liminar, para.... (Aqui você pede para Assegurar/suspender/sustar, pois 
o pedido de anulação é no pedido “C”).
g) a produção de todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente a 
documental.
h) a juntada dos documentos em anexo, especialmente o título de eleitor.
Dá à causa o valor de...
Pede deferimento.
Local..., Data...
Advogado...
OAB...
4.3. Peça ProCessual Passo a Passo
EXAME XXXI Como parte das iniciativas de modernização que vêm sendo adotadas no 
plano urbanístico do Município Beta, bem sintetizadas no slogan “Beta rumo ao século XXII”, o 
prefeito municipal João determinou que sua assessoria realizasse estudos para a promoção 
de uma ampla reforma dos prédios em que estão instaladas as repartições públicas munici-
pais. Esses prédios, localizados na região central do Município, formam um belo e importante 
conjunto arquitetônico do século XVIII, tendo sua importância no processo evolutivo da huma-
nidade reconhecida por diversas organizações nacionais e internacionais, tanto que tombados.
A partir desses estudos, foi escolhido o projeto apresentado por um renomado arquiteto 
modernista, que substituiria as fachadas originais de todos os prédios, as quais passariam a 
ser compostas por estruturas mesclando vidro e alumínio. Concluída a licitação, o Município 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
20 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
Beta, representado pelo prefeito municipal, celebrou contrato administrativo com a sociedade 
empresária WW, que seria responsável pela realização das obras de reforma, o que foi divulga-
do em concorrida cerimônia.
No dia seguinte à referida divulgação, Joana, cidadã brasileira, atuante líder comunitária e 
com seus direitos políticos em dia, formulou requerimento administrativo solicitando a anula-
ção do contrato, o qual foi indeferido pelo prefeito municipal João, no mesmo dia em que apre-
sentado, sob o argumento de que a modernização dos prédios indicados fora expressamente 
prevista na Lei municipal n. XX/2019, que determinara o rompimento com uma tradição que, 
ao ver da maioria dos munícipes, era responsável pelo atraso civilizatório do Município Beta. 
Muito preocupada com o início das obras, já que a primeira fase consistiria na demolição par-
cial das fachadas, de modo que pudessem receber os novos revestimentos, Joana procurou 
você, como advogado(a), para que elabore a petição inicial da medida judicial cabível, com o 
objetivo de preservar o patrimônio histórico e cultural descrito acima, evitando-se lesão a este 
importante conjunto arquitetônico. (Valor: 5,00)
Espelho:
AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA..., ESTADO... (OBS: 
ACEITARAM TAMBÉM VARA CÍVEL).
(10 linhas)
JOANA, estado civil, profissão, domicílio e residência, CPF e RG, endereço eletrônico, título 
de eleitor, por seu advogado, procuração em anexo, escritório na, vem perante Vossa Excelên-
cia com fulcro no art. 5º, LXXIII, da CRFB c/c a Lei 4.717/65, propor AÇÃO POPULAR, com pe-
dido de liminar, contra JOÃO, prefeito do Município X, estabelecido na..., contra o Município X, 
pessoa jurídica de direito público interno, CNPJ, com sede na... e a Sociedade Empresária WW, 
pessoa jurídica de direito privado, CNPJ, com sede na... pelos fatos e fundamentos jurídicos 
abaixo expostos:
DO CABIMENTO
É cabível a ação popular, pois visa anular ato lesivo ao patrimônio histórico na forma da Lei 
4.717/65 e do art. 5º, LXXIII, da CRFB:
Art. 5º... LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato 
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, 
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, 
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.
DA LEGITIMIDADE
A legitimidade ativa de Joana decorre do fato de ser cidadã com direitos políticos vigentes 
conforme título de eleitor dispõe o Art. 5º, inciso LXXIII, da CRFB/88 e o Art. 1º, caput, da Lei 
n. 4.717/65.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-seaos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
21 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
A Legitimidade passiva do prefeito João, por ser o responsável pela celebração do contrato 
administrativo nos termos do Art. 6º, caput, da Lei n. 4.717/65.
A Legitimidade passiva da sociedade empresária WW, por ter celebrado o contrato admi-
nistrativo e ser beneficiada por ele, nos termos Art. 6º, caput, da Lei n. 4.717/1965.
A Legitimidade passiva do Município Beta, por se almejar a declaração de nulidade do con-
trato administrativo, nos termos do Art. 6º, § 3º, da Lei n. 4.717/1965
DOS FATOS
(Daquele jeito, só resumir o enunciado)
DO DIREITO
A Lei Municipal n. XX/2019 é materialmente inconstitucional, visto que a Constituição Fe-
deral dispõe que é da competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cul-
tural(...), de acordo com o art. 23,III,CRFB/88.
No mesmo sentido, o Art. 30,IX, da CRFB prevê que compete aos Municípios promover a 
proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora 
federal e estadual, assim, é dever do Município proteger os bens de valor.
Além disso, a lei Municipal n. XX/2019 afronta o dever do Município de impedir sua desca-
racterização, segundo o Art. 23, inciso IV, da CRFB, vejamos:
Art. 23 IV-impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de 
valor histórico, artístico ou cultural;
Como se não bastasse o conjunto urbano de valor histórico, alcançado pelo contrato admi-
nistrativo, integra o patrimônio cultural brasileiro, conforme o Art. 216, inciso V, da CRFB.
Vale registrar que a inconstitucionalidade da Lei Municipal n. XX/2019 deve ser reconheci-
da incidentalmente.
Em consequência, o contrato administrativo celebrado é nulo, em razão da inobservância 
das normas constitucionais vigentes, consistindo na ilegalidade do objeto. (Art. 2º, alínea c, e 
parágrafo único, alínea c, da Lei n. 4.717/65).
DO PEDIDO DE LIMINAR
A fumaça do bom direito está presente nos argumentos fáticos e jurídicos expostos acima, 
decorrendo da flagrante ofensa à ordem constitucional, o que acarreta a nulidade do ato.
O perigo da demora decorre da iminência de serem causados danos ao patrimônio-histórico.
Requer a concessão da liminar para impedir o início de execução do contrato administrati-
vo, com a demolição parcial das fachadas, segundo o Art. 5º, § 4º, da Lei n. 4.717/65.
DOS PEDIDOS DEFINITIVOS
Em face do exposto, requer a Vossa Excelência:
a) A citação dos Réus para contestarem a ação de acordo com o art 7º,I,a, da lei 4717/65
b) A intimação do Ministério Público;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
22 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
c) A confirmação da liminar para impedir o início de execução do contrato administrativo, 
com a demolição parcial das fachadas, segundo o Art. 5º, § 4º, da Lei n. 4.717/65
d) A procedência dos pedidos, para declarar nulidade do contrato administrativo, con-
denando ao pagamento de perdas e danos os responsáveis pela sua prática e os benefici-
ários dele;
e) A condenação dos réus, o pagamento, ao autor, das custas e demais despesas, judiciais 
e extrajudiciais, diretamente relacionadas com a ação e comprovadas, bem como o dos hono-
rários de advogado. (só copiar o art 12).
g) a produção de todos os meios de provas em direito admitidas.
f) a juntada dos documentos em anexo, especialmente o título de eleitor.
Dá à causa o valor de...
Pede deferimento.
Local..., Data...
Advogado... OAB...
Espelho de correção:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
23 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
24 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
Vamos treinar outra ação popular?
(XXVIII) A sociedade empresária K, concessionária do serviço de manutenção de uma es-
trada municipal, na qual deveria realizar investimentos sendo remunerada com o valor do pe-
dágio pago pelos usuários do serviço, decidiu ampliar suas instalações de apoio. Após amplos 
estudos, foi identificado o local que melhor atenderia às suas necessidades. Ato contínuo, os 
equipamentos foram alugados e foi providenciado o cerco do local com tapumes. De imediato, 
foi fixada a placa, assinada por engenheiro responsável, indicando a natureza da obra a ser 
realizada e a data do seu início, o que ocorreria trinta dias depois, prazo necessário para a con-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
25 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
clusão dos preparativos. João da Silva, usuário da rodovia e candidato ao cargo de deputado 
estadual no processo eleitoral que estava em curso, ficou surpreso com a iniciativa da socieda-
de empresária K, pois era público e notório que o local escolhido era uma área de preservação 
ambiental permanente do Município Alfa. Considerando esse dado, formulou requerimento, 
dirigido à concessionária, solicitando que a obra não fosse realizada. A sociedade empresária 
K indeferiu o requerimento, sob o argumento de que o local escolhido fora aprovado pelo Muni-
cípio, que concedeu a respectiva licença, assinada pelo prefeito Pedro dos Santos, permitindo 
o início das obras. O local, ademais, era o que traria maiores benefícios aos usuários. João 
da Silva, irresignado com esse estado de coisas, contratou seus serviços, como advogado(a). 
Ele afirmou que quer propor uma ação judicial para que seja declarada a nulidade da licença 
concedida e impedida a iminente realização das obras no local escolhido, que abriga diversas 
espécies raras da flora e da fauna silvestre. Levando em consideração as informações expos-
tas, elabore a medida judicial adequada, com todos os fundamentos jurídicos que confiram 
sustentação à pretensão. (Valor: 5,00)
Espelho:
AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DO MUNICÍPIO ALFA, 
ESTADO... (OBS: ACEITARAM TAMBÉM VARA CÍVEL).
(10 linhas)
JOÃO DA SILVA, estado civil, profissão, domicílio e residência, CPF e RG, endereço eletrôni-
co, título de eleitor, por seu advogado, procuração em anexo, escritório na, vem perante Vossa 
Excelência com fulcro no art. 5º, LXXIII, da CRFB c/c a Lei 4.717/65, propor AÇÃO POPULAR, 
com pedido de liminar, contra Pedro dos Santos, prefeito do Município Alfa, estabelecido na..., 
contra o Município Alfa, pessoa jurídica de direito público interno, CNPJ, com sede na... e a 
Sociedade Empresária, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ, com sede na... pelos fatos e 
fundamentosjurídicos abaixo expostos:
DO CABIMENTO
É cabível a ação popular, pois visa anular ato lesivo ao patrimônio público, da moralidade e 
do meio ambiente na forma da Lei 4.717/65 e do art. 5º, LXXIII, da CRFB:
Art. 5º...
LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao 
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de 
custas judiciais e do ônus da sucumbência;
DA LEGITIMIDADE
A legitimidade ativa de João da Silva decorre do fato de ser cidadão conforme dispõe o Art. 
5º, inciso LXXIII, da CRFB/88 e o Art. 1º, caput, da Lei n. 4.717/65, qualidade intrínseca à sua 
condição de candidato ao cargo de Deputado Estadual.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
26 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
A Legitimidade passiva do prefeito Pedro dos Santos decorre do fato de ter concedido a 
licença de construção nos termos da Lei n. 4.717/65, Art. 6º, caput.
A Legitimidade passiva do Município Beta por se almejar obstar os efeitos de uma licença 
que concedeu por intermédio do prefeito nos termos do Art. 6º, § 3º, da Lei n. 4.717/65,
Por fim, a legitimidade passiva da sociedade empresária K pelo fato de ser a beneficiária da 
licença concedida nos termos do Art. 6º, caput, da Lei n. 4.717/65.
DOS FATOS
(Daquele jeito, só resumir o enunciado)
DO DIREITO
A licença concedida pelo Prefeito Pedro dos Santos é lesiva ao meio ambiente, porque o 
local abriga uma área de preservação ambiental permanente do Município Alfa, sendo cabível 
a sua anulação conforme o Art. 5º., LXXIII, da CRFB/88 OU Lei n. 4.717/65, Art. 2º, parágrafo 
único, alínea c.
Além do mais, não merece ser acolhido o argumento de que o possível benefício dos usu-
ários justifica a lesão ao meio ambiente, pois os atos do poder concedente e do concessio-
nário devem ser praticados em harmonia com a sua proteção, nos termos do Art. 225, caput, 
da CRFB/88.
Mas não é só isso, a proteção ao meio ambiente deve ser observada no âmbito da ativida-
de econômica, conforme dispõe o Art. 170, inciso VI, da CRFB/88.
Ademais, a licença concedida afrontou a concepção mais ampla de legalidade, prevista no 
Art. 37, caput, da CRFB/88.
Por fim, a sociedade empresária K, enquanto concessionária do serviço público, não deve 
causar danos ao meio ambiente, ainda que amparada por um ato estatal que nitidamente 
o permita.
DO PEDIDO DE LIMINAR
A fumaça do bom direito está presente nos argumentos fáticos e jurídicos expostos acima, 
decorrendo da flagrante ilegalidade da licença de construção, violando o artigo 5º LXXIII, 225, 
170, VI, e 37 CAPUT da CF.
O perigo da demora decorre da iminência de serem causados danos irreversíveis ao meio 
ambiente, considerando as raras espécies da fauna e da flora silvestre existentes no local.
Requer a concessão da liminar, para impedir que a sociedade empresária K inicie as 
obras no local.
DOS PEDIDOS DEFINITIVOS
Em face do exposto, requer a Vossa Excelência:
a) A citação dos Réus para contestarem a ação de acordo com o art 7º,I,a, da lei 4717/65
b) A intimação do Ministério Público;
c) A confirmação da liminar, para impedir que a sociedade empresária K inicie as 
obras no local.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
27 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
d) A procedência dos pedidos, para declarar a nulidade da licença concedida pelo Muni-
cípio Alfa, assinada pelo Prefeito Pedro dos Santos e proibir a realização de obras na área de 
preservação ambiental permanente, condenando ao pagamento de perdas e danos os respon-
sáveis pela sua prática e os beneficiários dele;
e) A condenação dos réus, o pagamento, ao autor, das custas e demais despesas, judiciais 
e extrajudiciais, diretamente relacionadas com a ação e comprovadas, bem como o dos hono-
rários de advogado. (só copiar o art 12).
g) a produção de todos os meios de provas em direito admitidas.
f) a juntada dos documentos em anexo, especialmente o título de eleitor.
Dá à causa o valor de...
Pede deferimento.
Local..., Data...
Advogado..., OAB...
Espelho de correção:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
28 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
Segue um mapa mental resumindo a ação popular:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
29 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
5. ação Civil PúbliCa
Especificidades:
1) A Ação Civil Pública, quanto a tutela de interesses metaindividuais, é similar a ação po-
pular, veja no art.1º da lei 7.347/85.
Art. 1º - Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de respon-
sabilidade por danos morais e patrimoniais causados:
l - ao meio-ambiente;
ll - ao consumidor;
III – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
IV – a qualquer outro interesse difuso ou coletivo.
V – por infração da ordem econômica;
VI – à ordem urbanística.
VII – à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos.
VIII – ao patrimônio público e social.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
30 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
Entretanto, os legitimados da Ação Civil Pública (Art.5º da Lei 7.347/85) não podem ser 
confundidos com o da ação popular (somente cidadão). Essa é a principal diferença entre as 
mencionadas ações.
Art. 5º Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:
I – o Ministério Público;
II – a Defensoria Pública;
III – a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
IV – a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista;
V – a associação que, concomitantemente: (Incluído pela Lei n. 11.448, de 2007).
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; (Incluído pela Lei n. 11.448, 
de 2007).
b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao meio 
ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos raciais, 
étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico
O PULO DO GATO
Em prova, possivelmente você será advogado(a) de uma Associação. Logo, não se esqueça de 
mencionar que ela está constituída há pelo menos 1 ano e a sua finalidade institucional.
Esquematizando:AÇÃO POPULAR AÇÃO CIVIL PÚBLICA
CIDADÃO
I – o Ministério Público;
II – a Defensoria Pública;
III – a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios;
IV – a autarquia, empresa pública, fundação ou 
sociedade de economia mista;
V – a associação que, concomitantemente:
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos 
termos da lei civil;
b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a 
proteção ao patrimônio público e social, ao meio 
ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à 
livre concorrência, aos direitos de grupos raciais, 
étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, 
estético, histórico, turístico e paisagístico.
2) Não há foro por prerrogativa de função na Ação Civil Pública. Será proposta no foro do 
local onde ocorreu ou provavelmente ocorrerá o dano.
Obs.: � Segue o mesmo padrão de endereçamento da ação comum.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
31 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo 
terá competência funcional para processar e julgar a causa.
3) Os legitimados passivos são aqueles responsáveis pela lesão ou ameaça aos interesses 
metaindividuais, podendo ser o particular, agente ou ente público.
4) Os pedidos seguem o mesmo padrão das demais ações já estudadas, tendo como espe-
cificidades a condenação em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer; a 
intimação do Ministério Público; a possibilidade de concessão de liminar, e havendo condena-
ção em dinheiro a condenação do réu ao pagamento de indenização por danos morais difusos, 
a ser recolhido ao fundo a que se refere o art. 13 da Lei n. 7.347/85.
Art. 3º A ação civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de obrigação 
de fazer ou não fazer.
Art. 5º § 1º O Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará obrigatoriamente 
como fiscal da lei.
Art. 12. Poderá o juiz conceder mandado liminar, com ou sem justificação prévia, em decisão sujeita 
a agravo.
Art. 13. Havendo condenação em dinheiro, a indenização pelo dano causado reverterá a um fundo 
gerido por um Conselho Federal ou por Conselhos Estaduais de que participarão necessariamente 
o Ministério Público e representantes da comunidade, sendo seus recursos destinados à reconsti-
tuição dos bens lesados.
5.1. Peça ProCessual Passo a Passo
EXAME XXI: A Associação Alfa, constituída há 3 (três) anos, cujo objetivo é a defesa do 
patrimônio social e, particularmente, do direito à saúde de todos, mostrou-se inconformada 
com a negativa do Posto de Saúde Gama, gerido pelo Município Beta, de oferecer atendimento 
laboratorial adequado aos idosos que procuram esse serviço. O argumento das autoridades 
era o de que não havia profissionais capacitados e medicamentos disponíveis em quantitativo 
suficiente. Em razão desse estado de coisas e do elevado número de idosos correndo risco de 
morte, a Associação resolveu peticionar ao Secretário municipal de Saúde, requerendo provi-
dências imediatas para a regularização do serviço público de Saúde. O Secretário respondeu 
que a situação da Saúde é realmente precária e que a comunidade precisa ter paciência e 
esperar a disponibilização de repasse dos recursos públicos federais, já que a receita prevista 
no orçamento municipal não fora integralmente realizada. Reiterou, ao final e pelas razões já 
aventadas, a negativa de atendimento laboratorial aos idosos. Apesar disso, as obras públicas 
da área de lazer do bairro em que estava situado o Posto de Saúde Gama, nos quais eram 
utilizados exclusivamente recursos públicos municipais, continuaram a ser realizadas. Consi-
derando os dados acima, na condição de advogado(a) contratado(a) pela Associação Alfa, ela-
bore a medida judicial cabível para o enfrentamento do problema, inclusive com providências 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
32 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
imediatas, de modo que seja oferecido atendimento adequado a todos os idosos que venham 
a utilizar os serviços do Posto de Saúde. A demanda exigirá dilação probatória. (Valor: 5,00)
Espelho:
AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA BETA DO ESTADO...
(10 LINHAS)
ASSOCIAÇÃO ALFA, pessoa jurídica de direito privado, endereço eletrônico, CNPJ, com 
sede, vem, por seu advogado, procuração em anexo, com escritório, com endereço..., vem pe-
rante Vossa Excelência com fundamento nos termos do art. 129, §1º, da CRFB/88 e da Lei 
7.347/85, propor a presente AÇÃO CIVIL PÚBLICA com pedido de liminar, em face do Secretá-
rio Municipal de Saúde, estabelecido na... E Município Beta, pessoa jurídica de direito público 
interno, CNPJ, com sede na... Pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir:
DO CABIMENTO:
O cabimento exclusivo da ação civil pública decorre do fato de o objetivo da demanda ju-
dicial ser a defesa de todos os idosos que procuram o atendimento do Posto de Saúde Gama, 
nos termos das finalidades estatutárias da Associação defesa do patrimônio social e, particu-
larmente, do direito à saúde de todos, e não eventual defesa de direito ou interesse individual. 
Como se discute a qualidade do serviço público oferecido à população e esses idosos não po-
dem ser individualizados, trata-se de típico interesse difuso, enquadrando-se no Art. 1º, incisos 
IV OU VIII, da Lei n. 7.347/85.
DA LEGITIMIDADE
A legitimidade ativa da Associação Alfa decorre do fato de ter sido constituída há mais de 1 
(um) ano e destinar-se à defesa do patrimônio social e do direito à saúde de todos, atendendo 
ao disposto no Art. 5º, inciso V, alíneas ´a´ e ´b´, da Lei n. 7.347/85.
A legitimidade passiva do Município Beta é justificada por ser o responsável pela gestão do 
Posto de Saúde Gama.
DOS FATOS
...
DOS FUNDAMENTOS
O Município Beta não ofereceu atendimento laboratorial adequado aos idosos que procu-
ram esse serviço, acarretando o elevado número de idosos correndo risco de morte, sendo 
que tal omissão viola o princípio da dignidade da pessoa humana, previsto no artigo 1,III da 
CRFB/88., a vida, previsto no art.5º, e a saúde ( art.6 e 196 da CF)
A Constituição protege o idoso, conforme exposto no art.230 da CF, vejamos:
Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando 
sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito 
à vida.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
33 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
Ademais, os direitos estão sendo preteridos para a realização de obras públicas na área de 
lazer, o que é constitucionalmente inadequado em razão da maior importância dos referidos 
direitos. Afinal, sem vida e saúde, não há possibilidade de lazer. O Município tem o dever de 
assegurar o direito à saúde dos idosos e de cumprir a competência constitucional conferida 
para fins de prestação do serviço público de saúde (Art. 30, inciso VII, Art. 196 e Art. 230, todos 
da CRFB/88).
V – DA LIMINAR
A fumaçado bom direito está presente, pois houve violação ao artigo, 1º III, 5º,6º. 
196,230 da CRFB.
Por sua vez o perigo na demora está presente, pois eventual demora no processo causará 
lesão de difícil reparação uma vez que os idosos estão sujeitos a complicações de saúde e a 
risco de morte, caso não recebam o tratamento de saúde adequado.
Requer a concessão da liminar a fim de compelir o Município a regularizar o sistema de 
saúde e prestar o atendimento laboratorial adequado aos idosos na localidade abrangida pelo 
Posto de Saúde.
VI – PEDIDOS
Ante o exposto, requer a Vossa Excelência:
a) A confirmação da liminar para impor ao Município a prestação adequada do serviço pú-
blico de saúde pelo Posto Gama.
b) A citação dos réus na pessoa de seus representantes judiciais para que querendo con-
teste a ação sob pena de aplicação dos efeitos da revelia.
c) A procedência dos pedidos para impor definitivamente ao Município a prestação ade-
quada do serviço público de saúde pelo Post Gama.
d) A produção de todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente a 
documental.
e) A condenação dos réus em honorários advocatícios e custas processuais.
A juntada dos documentos em anexo.
Dá-se a causa o valor de....
Pede deferimento,
Local... Data...
Advogado...
OAB...
Espelho de correção:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
34 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
35 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
Segue um mapa mental sobre a Ação Civil Pública:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
36 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
6. mandado de segurança
O mandado de segurança é um remédio constitucional previsto na Constituição Federal 
e na Lei 12.016/09. Tem como objeto a tutela de direito individual (mandado de segurança 
individual) e a tutela de direito coletivo (mandado de segurança coletivo) frente a atos ilegais 
praticados por autoridades públicas ou agentes de pessoas jurídicas de direito privado no exer-
cício da função pública.
Violou direito líquido e certo? Caberá Mandado de Segurança.
ART. 5 LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não ampa-
rado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder 
for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
Art. 1º de Lei 12.016/09:
Art. 1º § 1º Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes ou órgãos de 
partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pes-
soas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que 
disser respeito a essas atribuições
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
37 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
Especificidades do Mandado de Segurança:
1) Principais palavras que aparecerão na peça processual, para que você identifique um 
mandado de segurança:
“Celeridade; Prova pré-constituída; não se admite a produção de provas”.
O PULO DO GATO
Se aparecer em prova que necessita de produção de provas, seja testemunhal, pericial... NÃO 
CABERÁ MANDADO DE SEGURANÇA.
2) Não cabe Mandado de Segurança:
De ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente 
de caução;
De decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo;
De decisão judicial transitada em julgado.
Transcorrido o prazo de 120 dias – Art. 23 Lei 12.016 e Súmula 632 STF.
Quando o interesse do cliente é o recebimento de parcelas retroativas, pois MS não substi-
tui ação de cobrança. (Súmula 269 e 271 STF)
Quando o ato impugnado tiver natureza normativa (Súmula 266 STF)
3) Endereçamento: Para definir o endereçamento você tem que encontrar no caso quem é 
a autoridade coatora que praticou o ato.
Autoridade coatora CF MS
Presidente da República
Mesa da CD
Mesa do SF
TCU
PGR
STF
Art. 102,I “d”
STF
AO MINISTRO PRESIDENTE 
DO SUPREMO TRIBUNAL 
FEDERAL
Ministro de Estado;
Comandantes da Marinha, 
Exército e Aeronáutica
Superior Tribunal de 
Justiça
Art. 105,I, “b”
STJ
AO MINISTRO PRESIDENTE 
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE 
JUSTIÇA
- TRF
- Juiz Federal Art. 108,I, “c”
TRF
AO DESEMBARGADOR 
PRESIDENTE DO EGRÉGIO 
TRIBUNAL REGIONAL 
FEDERAL DA _____ REGIÃO
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
38 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
Autoridade coatora CF MS
Definidos na C.E:
Governador
Prefeito de capital
Secretário de Estado
Art. 125§1º CF
TJ
AO DESEMBARGADOR 
PRESIDENTE DO TRIBUNAL 
DE JUSTIÇA DO ESTADO...
CASO A AUTORIDADE 
COATORA NÃO SEJA 
NENHUMA DAS 
ANTERIORES,
UTILIZE A REGRA DO 
ENDEREÇAMENTO DE 
1º GRAU QUE VOCÊ 
APRENDEU NA AÇÃO 
COMUM.
VARA FEDERAL
VARA DA FAZENDA PÚBLICA
VARA CÍVEL
7. súmulas
SÚMULA 266 Não cabe mandado de segurança contra lei em tese.
SÚMULA 267 Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou 
correição.
SÚMULA 268 Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em 
julgado.
SÚMULA 269 Mandado de segurança não é substitutivo de ação de cobrança.
SÚMULA 512: Não cabe condenação em honorários de advogado na ação de mandado 
de segurança
SÚMULA 629: A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe 
em favor dos associados independe da autorização destes.
SÚMULA 630: A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda 
quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria.
SÚMULA 632: É constitucional lei que fixa o prazo de decadência para a impetração de 
mandado de segurança.
8. Prazo de imPetração
Art. 23. O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) 
dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Elenice Maria - 06310343157, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.grancursosonline.com.br
39 de 59www.grancursosonline.com.br
Iniciais – Parte I
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ana Paula Blazute 
9. Pedidos esPeCífiCos
Art. 7º Ao despachar a inicial, o juiz ordenará:
I – que se notifique o coator do conteúdo

Continue navegando