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UNIDADE I Ementa Descrição e caracterização dos principais fenômenos e processos de desenvolvimento humano: do período pré-natal até a morte em diferentes contextos socioculturais. Conteúdo programático1 → Primeira etapa da vida: • Concepção, gestação e parto; • Período de 0 a 2 anos (1a infância); • Período de 2 a 6 anos (2a infância); • Período de 7 a 11 anos (3a infância). • Puberdade e adolescência de 12 a 18 anos. → Segunda etapa da vida: • Adulto jovem de 18/20 a 40 anos; • Adulto médio de 40 a 65 anos; • Envelhecimento e morte. Início do ciclo vital: concepção ou fecundação 14º dia do ciclo menstrual • Zigoto: óvulo fecundado pelo espermatozoide. Célula a partir da qual se desenvolverá o ser humano, o zigoto irá descer e alojar-se nas paredes do útero. • Sintomas: cansaço, falta da menstruação, náuseas, vômitos. Concepção ou fecundação Gêmeos fraternos → Gêmeos fraternos (dizigóticos): Mais de um óvulo é produzido e cada um deles é fecundado por um espermatozoide. Gêmeos idênticos → Gêmeos idênticos (monozigóticos): Um único óvulo fertilizado divide-se, sendo que cada metade desenvolve um indivíduo separado. Gestação Período gestacional é dividido em três subperíodos: 1. Período germinal ou fase zigótica: Implantação do zigoto nas paredes do útero (12/13 dias após fecundação). 2. Período embrionário: Formação da placenta, do cordão umbilical e dos principais órgãos/período críticos. 3. Período fetal: 8a semana até 38ª a 40ª semana. Problemas na gestação Fatores teratogênicos (externos): • Doenças na mãe: Rubéola, sífilis, sarampo, hepatite, catapora, tifo, herpes genital, AIDS. • Ingestão de drogas: Álcool, cigarro, drogas pesadas. • Outros fatores: Dieta pobre, idade da mãe, radiações, fator RH, estado emocional. • Fatores ou erros genéticos (internos): Anomalias genéticas (fenilcetonúria). Doença metabólica: o leite possui um aminoácido (fenilalanina) prejudicial aos portadores da doença (deficiência mental) – exame do pezinho. Anomalias cromossômicas (Síndrome de Down), trissomia do cromossomo 21. Parto ou nascimento Momento em que o feto é retirado ou sai do útero materno. Tipos de parto: • Normal; • Fórceps; • Induzido; • Cócoras; • Leboyer; • Cesariana. Parto normal Parto de cócoras e fórceps Parto cesariana Cesárea (Cesarean Section). Problemas no parto • Anoxia. • Parto prematuro. • Baixo peso. • Fator RH. • Depressão pós-parto. • Eclampsia ou eclampse. Score de avaliação do bebê no nascimento → Virginia Apgar (1909-1974) Primeira médica a criar um método padronizado de avaliação do recém-nascido. → Score Apgar (1953) Cinco critérios: ritmo cardíaco, ritmo respiratório, tônus muscular, reação à estimulação dos pés, cor (nota 0 a 10). Período de 0 a 2 anos: primeira infância Desenvolvimento físico, motor, cognitivo, afetivo, linguagem, social. Desenvolvimento físico e motor: 0 a 2 anos Desenvolvimento físico: • Habilidades locomotoras: andar, correr, saltar, pular; • Habilidades não locomotoras: empurrar, puxar, inclinar; • Habilidades manipulativas: agarrar, arremessar, pegar, chutar. Desenvolvimento motor: 0 a 2 anos • 1º mês: segura um objeto se colocado em sua mão. • 2 a 3 meses: começa a bater em objetos ao seu alcance. • 4 a 6 meses: rola em superfícies/alcança e segura os objetos. • 7 a 9 meses: senta sem ajuda/engatinha/ transfere objetos de uma mão à outra. • 10 a 12 meses: fica em pé segurando sem apoio/anda sem ajuda/agacha e inclinase/segura a colher/o copo. • 13 a 18 meses: caminha para trás e lado/ corre/rola uma bola/empilha blocos/ coloca objetos em recipientes. Desenvolvimento físico e motor: fatores de interferência – 0 a 2 anos • Hereditariedade; • Nutrição e saúde; • Equilíbrios hormonais; • Estados emocionais. Desenvolvimento cognitivo: 0 a 2 anos Jean Piaget (1896-1980) Período sensório-motor: Inteligência sensório-motora. Período sensório-motor: 0 a 2 anos • 1º subestádio (0 a 1 mês): Reflexos inatos (sugar/olhar). • 2º subestádio (1 a 4 meses): Reações circulares primárias. • 3º subestádio (4 a 8 meses): Reações circulares secundárias. • 4º subestádio (8 a 12 meses): Noção de objeto permanente. • 5º subestádio (12 a 18 meses): Reação circular terciária. • 6º subestádio (18 a 24 meses): Período de transição. Desenvolvimento da linguagem: 0 a 2 anos Marcos do desenvolvimento: • 2 a 3 meses: arrulhar e rir. • 6 a 10 meses: balbuciar. • 9 a 10 meses: imitação e utilização de gestos e sons. • 10 a 14 meses: pronunciar as primeiras palavras. • 16 a 24 meses: vocabulário de 50 a 400 palavras. • 18 a 24 meses: pronunciar sua primeira frase. • 24 meses: estabelecer diálogos. Desenvolvimento afetivo: 0 a 2 anos → Construção da noção do Eu: Eu corporal; Eu psíquico. Construção do sentimento de confiança básica: certeza de que suas necessidades serão atendidas. Não construção: desorganização interna. → Sigmund Freud (1856-1939). Fase oral: A libido (energia) está concentrada na boca. Passiva (sugar)/ativa (morder). Desenvolvimento social: 0 a 2 anos Etapas do desenvolvimento social: • 0 mês: sorriso social. • 2/3 meses: primeiros sinais de apego. • 6 meses: apego definitivo. • 8 meses: medo de estranhos/ansiedade/ separação. • 12 meses: brincadeiras de esconde-esconde/ fingir dormir/dar adeus/bater palminhas. • 16/18 meses: brinca com outras crianças. • 24 meses: ingresso no ambiente social (escola). Período de 2 a 6 anos: segunda infância Desenvolvimento físico, motor, cognitivo, linguagem e afetivo-social. Desenvolvimento físico e motor: 2 a 6 anos • Habilidades locomotoras: andar com equilíbrio, correr, saltar, pular, andar de bicicleta, subir nos móveis e descer deles, pular corda. • Habilidades não locomotoras: empurrar, puxar, inclinar. • Habilidades manipulativas: agarrar, arremessar, pegar, chutar, usar lápis, tesoura, realizar colagens, movimento de pinça. Desenvolvimento cognitivo: 2 a 6 anos Jean Piaget Período pré-operatório • Inteligência simbólica ou representativa. Características: • Jogo simbólico; • Pensamento egocêntrico; • Pensamento animista (animismo); • Linguagem socializada; • Monólogos coletivos. Desenvolvimento afetivo: 2 a 6 anos Henri Wallon (1879-1962). • Estágio do personalismo; • (3 a 6 anos). Características: • Uso da 3ª pessoa (“ela não quer”); • Uso da 1ª pessoa (“eu não quero”); • Oposição/negativismo (não); • Imitação; • Sedução (idade da graça); • Sentimento de posse/disputa objetos; • Ciúme. Sigmund Freud Fase anal: • A libido está organizada nos esfíncteres; • Importância na retirada das fraldas. Fase fálica: • Interesse pelos órgãos genitais; • Manipulação; • Tipificação sexual (diferenças entre meninos e meninas). Desenvolvimento social: 2 a 6 anos Jean Piaget: período de heteronomia. O sujeito é heterônomo: governado pelo outro. Julgamento da regra: • Quantidade de erro cometido e não a intencionalidade. Grupo social: • Meninas e meninos; • Jogo simbólico (faz de conta); • Amigos imaginários (4/5 anos). Período de 7 a 11 anos: terceira infância Meninice intermediária. Desenvolvimento físico e motor: 7 a 11 anos Não ocorrem mudanças notáveis. Início da puberdade: • Menina: 9 anos. • Menino: 10 anos. Desenvolvimento cognitivo: 7 a 11 anos Jean Piaget. Período operatório concreto: • Pensamento indutivo (P→G) • Pensamento lógico. • Capaz de estabelecer relações entre fatos a partir da experiência. Categorias cognitivas: reversibilidade, inclusão de classes etc. Desenvolvimento afetivo: 7 a 11 anos Construção de um conceito sobre si mesmo (autoconceito) que depende do que os outros dizem a seu respeito. Aceitação e rejeiçãosocial dependem da forma como se comporta, idade escolar. Escola: elemento fundamental no processo de construção da personalidade. A interação social escolar é mais complexa que a familiar: competição/ crítica/brincadeiras cedem lugar às tarefas escolares. Sigmund Freud → Período de latência: A libido está projetada para fora do corpo: no desenvolvimento intelectual e social da criança. Desenvolvimento social: 7 a 11 anos Relacionamento com os pais: • Fonte de segurança e apoio. • Exercem forte influência. • Referência para o diálogo com o mundo. • Maior autonomia em relação às regras. • Redução das exigências disciplinares. • Incentivo das tarefas regulares/domésticas. Relacionamento com os colegas: Jogos grupais com os companheiros (andar de bicicleta, jogar bola, pular corda, brincar de boneca), os grupos são homogêneos (clube do Bolinha e da Luluzinha) necessidade da construção das amizades duradouras (melhor amigo) redução da agressão física pela verbal. Comportamentos indesejáveis: 7 a 11 anos Para ser aceita ou se defender da rejeição, a criança pode desenvolver atitudes: • Agressividade (física ou verbal): diante do fracasso há a agressão. • Retraimento: para evitar ameaças. • Regressão: fugir da situação ansiógena, buscando outra (passado) que foi gratificante. UNIDADE II Conteúdo programático2 Final da 1ª etapa da vida. • O desenvolvimento na adolescência. (12 a 18 anos). 2. Etapa da vida: • O desenvolvimento do adulto jovem. (18/20 a 40 anos); • O desenvolvimento na meia-idade. (40 a 65 anos); • Envelhecimento e morte. Puberdade e adolescência Idade 12 a 18 anos. Fases da puberdade / Adolescência Para Griffa e Moreno (2001), há três fases na adolescência: • Adolescência inicial (11 a 13 anos); • Adolescência propriamente dita ou média (12-13 a 16 anos); • Adolescência final ou alta adolescência (16 a 18 anos). Desenvolvimento físico e motor 12 aos 18 anos Considerado o momento crucial do desenvolvimento do indivíduo. Marca a aquisição da imagem corporal definitiva e estruturação final da personalidade, puberdade e adolescência. Puberdade ou processo puberal 12 a 18 anos → Início: Aparecimento dos pêlos em função da ação hormonal (desenvolvimento das gônadas - testículos e ovários). Puberdade Do latim pubertate. Dois tipos de mudanças biológicas e físicas: Estirão do crescimento - peso, altura, gordura, músculos. Maturação sexual e desenvolvimento das características sexuais secundárias - como pelos faciais e corporais e o crescimento dos seios nas meninas. Um indício de amadurecimento sexual na puberdade para os meninos é a produção de espermatozoides vivos – espermarca - e para as meninas é a menarca, que ocorre por volta dos 12 aos 15 anos. 12 a 15 anos - menarca e espermarca. Adolescência Do latim adolescere. Diz respeito às transformações psicossociais que acompanham o processo biológico. As transformações físicas e a importância da aceitação por parte dos outros fazem com que o adolescente se preocupe demasiadamente com a sua imagem corporal. Signo do espelho. → Signo do espelho: • Perda do corpo infantil; • Aquisição corpo adulto; • Independência simbiótica dos pais; • Construção de escalas de valores; • Identificação no grupo de iguais; • Conflitos com a geração precedente na busca de separação/individuação. Final da puberdade e adolescência • O final da puberdade se caracteriza pelo amadurecimento gonodal e o fim do crescimento esquelético que ocorre em torno dos 18 anos. • O final da adolescência não é tão claramente demarcado, porque está interrelacionado com fatores socioculturais. Final da adolescência Por volta dos 25 anos. Por quê? Estabelecimento de uma identidade sexual e possibilidade de estabelecer relações afetivas estáveis. Capacidade de assumir compromissos profissionais e manter-se (independência econômica). Aquisição de um sistema de valores pessoais. Relação de reciprocidade com a geração precedente (sobretudo com os pais). Desenvolvimento cognitivo 12 a 18 anos → Jean Piaget - Período Operatório Formal. Capacidade de realizar operações mentais que seguem os princípios da lógica formal libertação do pensamento. Pensamento Operatório Formal Raciocínio Hipotético-Dedutivo capacidade de formar esquemas conceituais abstratos (amor, fantasia, justiça) compreensão das doutrinas filosóficas e teorias científicas. Portanto, é a capacidade de deduzir as conclusões de puras hipóteses e não somente por meio de uma observação real. Desenvolvimento afetivo 12 a 18 anos Período de Conflitos Internos e busca de Equilíbrio Emocional - em função do crescimento físico rápido e maturidade sexual. O adolescente busca aceitação da aparência física, das habilidades acadêmicas, esportivas, sociais e do amor (idade do espelho) o adolescente seguro relaciona-se bem com o grupo e envolve-se afetivamente. O adolescente insatisfeito fica na defensiva, irritado, depressivo, amargurado e usa a solidão como forma de fuga pelo medo de não ser aceito. Sigmund Freud - Fase Genital. Período de pleno desenvolvimento com adaptações biológicas e psicológicas realizadas. O sujeito desenvolveu-se intelectual e socialmente, é capaz de amar, estabelecer vínculos significativos e duradouros capacidade orgástica plena. Desenvolvimento social 12 a 18 anos Relação com os pais continua sendo importante. Mas é vivido de maneira ambivalente: Questionamento das regras, notas, vestimenta, trabalhos domésticos. X Busca de diálogo, apoio, conselhos, carinho. Grupo de amigos: Importante na transição da família para vida independente. Características do processo psicossocial da adolescência Redefinição da imagem corporal – perda do corpo infantil e da consequente aquisição do corpo adulto culminação do processo de separação/individuação dos pais da infância elaboração de lutos referentes à perda da condição infantil. Estabelecimento de uma escala de valores ou código de ética próprio busca de pautas de identificação no grupo de iguais. Estabelecimento de um padrão de luta/fuga no relacionamento com a geração precedente aceitação dos ritos de iniciação como condição de ingresso ao status adulto. Assunção de funções ou papéis sexuais auto-outorgados, ou seja, consoantes a inclinações pessoais (homossexuais) independentemente das expectativas familiares e eventualmente até mesmo das imposições biológicas do gênero a que pertence. Segunda etapa da vida ou vida adulta Vida adulta: • Adulto jovem (18/20 a 40 anos); • Adulto na meia-idade (40 a 65 anos); • Envelhecimento; • Morte. As idades em cada período As idades sempre são parâmetros aproximados e condizentes com o momento sócio-histórico de determinada sociedade. Em nossa sociedade o período da adolescência está cada vez mais ampliado. Adulto jovem (18/20 a 40 anos): • Juventude – 18/20 a 25 anos; • Adulto jovem – 25 a 40 anos; Adulto na meia-idade (40 a 65 anos): • Vida adulta média – 40 a 50 anos; • Vida adulta tardia – 50 a 65 anos. Juventude 18 a 25 anos Também chamada de: • Segunda adolescência; • Adolescência superior; • Período de amadurecimento adolescente; • Período de transição até o sujeito chegar à autonomia e responsabilidade plena; • Estruturas intelectuais, morais e físicas atingem o auge; • Diminuem as mudanças fisiológicas; • Ingresso na vida social plena; • Há estabilização afetiva; • Início na vida matrimonial (escolha de um parceiro, namoro, noivado); • Início do trabalho e dos estudos superiores (escolha e definição de um trabalho); • Há o autossustento social, psicológico e econômico. Período da conquista da intimidade = solidariedade entre amigos, união sexual, intimidade do casal o fracasso pode levar ao isolamento. A ausência da construção deum projeto de vida - na escolha de parceiro ou trabalho - pode levar a dependência familiar e favorecer as flutuações afetivas, falta de experiências vitais e as idealizações a busca de uma autonomia leva a conflitos entre gerações. Juventude Desenvolvimento físico 18 a 25 anos Época da plenitude do desenvolvimento físico a mulher atinge altura máxima aos 18 anos e o homem aos 21 anos o jovem apresenta força, energia e resistência. São menos frequentes as doenças, mas há maior índice de morte por: • Acidentes de carro (alta velocidade); • Atos de violência (brigas); • Consumo de drogas; • Suicídio; • Bulimia/anorexia. É a etapa em que se pode desenvolver a genitalidade – Intimidade: • Mutualidade do orgasmo; • Com um companheiro(a) amado(a); • Do outro sexo; • Para partilhar confiança mútua. Para partilhar os ciclos de trabalho, procriação e lazer para garantir à descendência todas as etapas de um desenvolvimento satisfatório. Portanto, a relação de intimidade marca o fim da adolescência e início da vida adulta. Níveis de relação interpessoal 18 a 25 anos 1. Nível: O encontro com o outro é mediatizado por uma Tarefa comum (jogo, trabalho). 2. Nível: A relação deixa de ser mediatizada pela tarefa e passa a ser regulada por um Sistema de Normas - desempenho de papéis para ser aceito no grupo. 3. Nível: Conhecimento mútuo em profundidade - com criatividade e com menor preocupação consigo mesmo e sim com o outro. Intimidade. Vida adulta jovem 25 a 40 anos Caracteriza-se pela continuidade da fase anterior, começou a ser estudada recentemente. Por quê? Há mais pessoas adultas e idosas do que crianças - apresentando exigências tanto para a ciência como para a indústria. Estágios dessa etapa da vida. 1. Saída do lar (18 a 25 anos): • Passagem da vida pré-adulta para adulta; • Maior independência psicológica e econômica dos pais; • Contato com instituições dando-lhe status (universidade, exército, empresa, estágio). 2. Ingresso no mundo adulto (25 a 40 anos): • Está mais no mundo adulto do que no lar; • Adquire autonomia / independência; • Constrói uma estrutura de vida estável. 3. Transição para a quarta década (25 a 40 anos): • Período de reafirmação de compromissos com maior gama de possibilidades. Adulto jovem 18/20 a 40 anos Período que é determinado por um conjunto de escolhas pessoais - acabar os estudos, casar, ter filhos, trabalhar, ter autonomia... Quando as expectativas do sujeito não são satisfeitas pode: • Gerar sofrimento psicológico; • Efeito negativo de se estar fora do momento certo; • Casar tarde, ter filhos tarde, não entrar na faculdade, não conseguir um emprego, engravidar antes de casar. Adulta na Meia Idade 40 a 65 anos Também chamada de: • Amadurecimento; • Idade madura; • Idade adulta propriamente dita; • Idade da plenitude. Momento de avaliar as decisões tomadas na vida e de verificar se as decisões foram certas. • Vida adulta média – 40 a 50 anos; • Vida adulta tardia – 50 a 65 anos. Vida adulta média 40 a 50 anos → Amadurecimento: É atingido quando a pessoa cuida de coisas e de outras pessoas. Quando aceita seus limites. → Amadurecer: É progredir paulatinamente em direção a uma meta. → Maturidade: Maturus vem de mane → de manhã cedo, aquele que se levanta cedo para fazer algo / aquele que está preparado para tudo. → Amadurecimento envolve: Harmonia das funções que supõe o autogoverno; Visão global objetiva do mundo; Aceitação das limitações; Aceitação de responsabilidades; Autoconfiança e seriedade. → Capacidade generativa: Preocupação em orientar as novas gerações; Inclui produtividade e criatividade; Precisa se sentir útil e valorizado por aqueles que orienta. Vida adulta tardia 50 a 65 anos → Período de paradoxos: Satisfação conjugal e profissional X declínio físico. Papéis profissionais e familiares se afrouxam X aquisição de novos papéis. Exercem influência sobre o casamento dos filhos X nenhuma influência sobre o tempo certo dos netos ou incapacitação dos pais. Aspectos que contribuem para a sensação de envelhecimento: • Modificações físicas - menor resistência, lentidão física, cansaço geral, perda da elasticidade, perda do vigor e tônus. • Modificações corporais - rugas, cabelo branco, queda de cabelo, usar óculos • Socialmente é tratado como mais velho. Elaboração do luto pela juventude perdida e pelos objetivos não alcançados. A idade avançada dos pais (ou morte) - próxima geração a envelhecer e morrer. • Crise da meia-idade: Negação (roupas jovens, plásticas, atitudes hostis para os jovens); Depressão; Menopausa (45 a 53 anos); Andropausa (50 anos - climatério masculino); Sexualidade sublimada: arte, ciência, cuidado com o outro. → Síndrome do ninho vazio: Filhos crescidos, casados, independentes, deixam os pais com menos obrigações e mais sozinhos o casal vê-se novamente sozinho e com necessidade de fixar novas metas. Tornam-se avós e precisam cuidar de seus pais envelhecidos. Portanto, A vida saudável na meia-idade (40 a 65 anos) depende de alguns fatores: 1. Saúde. 2. Momento certo para os acontecimentos familiares e profissionais. 3. A não existência de crises ou a plena elaboração dos mesmos (divórcio, perda de emprego, perda de filho). Boa saúde e ajustamento emocional: • Não consumo de drogas na fase adulto-jovem; • Medicamentos que alteram o humor; • Características de personalidade; • Família afetiva, boa autoestima na adolescência. UNIDADE III Conteúdo programático3 1ª Etapa da vida: • Concepção, gestação e parto. • Período de 0 a 2 anos (1 a infância). • Período de 2 a 6 anos (2 a infância). • Período de 7 a 11 anos (3 a infância). • Puberdade e adolescência. 2ª Etapa da vida: • O desenvolvimento do adulto jovem (18/20 a 40 anos). • O desenvolvimento na meia-idade (40 a 65 anos). • Envelhecimento e morte. Adulto na meia-idade: 40 a 65 anos Período também chamado de: • Amadurecimento; • Idade madura; • Idade adulta propriamente dita; • Idade da plenitude. Momento de avaliar as decisões tomadas na vida e de verificar se as decisões foram certas. Desenvolvimento na meia-idade Vida adulta média: 40 a 50 anos. Vida adulta tardia: 50 a 65 anos. Vida adulta média: 40 a 50 anos Amadurecimento: É atingido quando a pessoa cuida de coisas e outras pessoas. Amadurecimento envolve: • Harmonia das funções que supõe o autogoverno; • Visão global objetiva do mundo; • Aceitação das limitações; • Aceitação de responsabilidades; • Autoconfiança e serenidade. Capacidade generativa: Reocupação em orientar as novas gerações. Inclui produtividade e criatividade. Precisa se sentir útil e valorizado por aqueles que orienta. Vida adulta tardia: 50 a 65 anos Período de paradoxos: Satisfação conjugal e profissional X declínio físico. Papéis profissionais e familiares se afrouxam X aquisição de novos papéis. Exercem influência sobre o casamento dos filhos X nenhuma influência sobre o tempo certo dos netos ou incapacitação dos pais. Aspectos que contribuem para a sensação de envelhecimento: • Modificações físicas: menor resistência, lentidão física, cansaço geral, perda da elasticidade, perda do vigor e do tônus. • Modificações corporais: rugas, cabelo branco, queda de cabelo, usar óculos. • Socialmente é tratado como mais velho. Elaboração do luto pela juventude perdida e pelos objetivos não alcançados. A idade avançada dos pais (ou morte): próxima geração a envelhecer e morrer. Crise da meia-idade • Negação; • Depressão. Síndrome do ninho vazio: filhos crescidos, casados, independentes, deixam os pais com menos obrigações e mais sozinhos. O casal vê-se novamente sozinho e com necessidade de fixar novas metas. Tornam-se avós e precisam cuidar de seus pais envelhecidos.Vida saudável na meia-idade: 40 a 65 anos Saúde nas outras etapas do ciclo vital momento certo para os acontecimentos familiares e profissionais. Elaboração das crises (divórcio, perda de emprego, perda de filho) não consumo de drogas na fase adulto-jovem. Medicamentos que alteram o humor características de personalidade, família afetiva, boa autoestima na adolescência. Velhice: 65 anos em diante Atualmente, há mais pesquisas sobre o processo de envelhecimento e medidas preventivas levando a um aumento na expectativa de vida e, consequentemente, ao alargamento dessa fase no ciclo vital. Essa é uma parcela da população que pode consumir gerando lucro (empréstimos, passeios, viagens, plano de saúde). Etapas da velhice • Idosos jovens (65 a 74 anos): ativos, cheios de vida e vigorosos. • Idosos velhos (75 a 84 anos): maior tendência à fraqueza e às enfermidades; pode ter dificuldade para desempenhar atividades da vida diária. • Idosos mais velhos (85 anos ou mais): as mesmas características anteriores de maneira mais acentuada. Classificação da velhice pela idade funcional • Envelhecimento primário: processo gradual e inevitável de deteriorização corporal que começa cedo na vida e continua ao longo dos anos. • Envelhecimento secundário: é constituído pela consequência de doença, abuso e ausência de uso de medidas preventivas; alimentando-se bem e mantendo-se fisicamente em forma, é possível evitar os efeitos secundários do envelhecimento. Atitude social em relação à velhice Há preconceitos em relação ao envelhecimento negação da velhice como tal, valorizando-se a pessoa que consegue disfarçá-la física (“velhos bem conservados”) ou psicologicamente (“velhos de espírito jovem”). Não há a valorização da velhice, há uma norma social que impõe uma imagem de idoso “disfarçado de jovem”, física, moral e psicologicamente. O estudo sobre o envelhecimento É preciso cuidar das representações que os próprios idosos nutrem sobre a velhice. Desenvolvimento físico na velhice A maioria das pessoas na velhice é razoavelmente saudável, principalmente, se tem um estilo de vida que incorpore exercícios e boa nutrição. Entretanto, é comum apresentarem problemas crônicos, tais como: artrite, hipertensão, problemas cardíacos. A grande maioria também tem boa saúde mental. A depressão e muitos problemas, inclusive alguns tipos de demência, podem ser revertidos com tratamento adequado outras doenças, como mal de Alzheimer, mal de Parkinson ou derrames múltiplos, são irreversíveis. Modificações físicas e corporais Idoso encurva-se. Ligamentos e articulações enrijecem. Ossos frágeis. Perda de elasticidade, mobilidade. Atividade metabólica e respiratória. Irrigação sanguínea (afetando cérebro). Visão, audição, paladar, olfato. Velhice: fatores que influenciam negativamente • Privação de atividade ocupacional; • Tempo livre não organizado para recreação e lazer; • Condição econômica precária; • Doenças físicas e enfraquecimento corporal; • Lentidão das funções psíquicas; • Diminuição ou exclusão das atividades prazerosas; • Medo da aproximação do final da vida; • Internações geriátricas (exclusão e morte social). Velhice: aspectos emocionais Dependência afetiva e emocional da família. Morte ou fim do ciclo vital Interrupção da vida que pode ocorrer em qualquer momento do ciclo vital. O que é a morte? Segundo Kovács (2002), a morte em uma perspectiva biológica é o fim da existência e não da matéria e, do ponto de vista da medicina, é a interrupção completa e definitiva das funções vitais. Algumas pessoas já viveram situações muito próximas da morte e relataram questões como: sensação de paz, experiência extracorpórea, encontros com seres-iluminados. Muitas pessoas buscam na experiência religiosa uma forma de obter um conforto maior para lidar com a morte, vista como finitude. A morte para a criança Para a criança, definir a morte é algo complexo, somente por volta de 5 a 7 anos a criança entende que a morte é irreversível, que uma pessoa, animal ou flor não voltarão a viver; percebem também que ela é universal. Mais tarde, passa-se a conviver com a ideia de que a morte só ocorre com o outro: seus animais, parentes e amigos morrem e na televisão, a violência, o sangue e a morte são evidenciados. Outro fator presente na infância é o sentimento de culpa pela morte do outro, ao vincular seus desejos à morte de fato. A morte para o adolescente Muitos adolescentes têm a mesma ideia fantasiosa sobre a morte: tentam o suicídio acreditando poder morrer só um pouco no plano emocional racional sentem-se fortes e distantes da morte: a morte dos amigos em acidentes, o uso indevido de drogas, entre outros, representa o fracasso, a fraqueza e a imperícia. No entanto, se nessa fase a morte parece estar tão distante, eles a desafiam constantemente. A morte para o adulto e o idoso Na fase adulta, alguns motivos de morte são os ataques cardíacos fulminantes e, na fase seguinte, no balanço de ganhos e perdas, emerge a possibilidade de “minha morte”, que nesse momento pode engendrar a ressignificação da vida. Na terceira idade, com as perdas corporais, financeiras, separações etc., há que se fazer uma escolha: a ênfase será na vida ou na morte? Representações da morte • Morte domada; • Morte de si mesmo; • Vida no cadáver ou vida na morte; • Morte do outro; • Morte invertida. A morte domada, em que há o lamento da vida, a busca do perdão dos companheiros e a absolvição sacramental. A morte de si mesmo representada pelo medo com o que vem após a morte: inferno, castigo eterno, entre outros. A vida no cadáver ou vida na morte emerge com o avanço da medicina, em que questões sobre os segredos da vida e da morte do cadáver são estudados. A morte do outro representa a possibilidade de evasão, liberação, fuga para o além, mas também a ruptura insuportável e a separação. A morte invertida é a morte como fato que não deve ser percebido, como algo vergonhoso que representa o fracasso. Como as pessoas de diversas idades enfrentam sua própria morte? • Negação; • Raiva; • Barganhar por mais tempo; • Depressão; • Aceitação. A morte em vida • Separações; • Doenças. O que é luto? O luto é entendido como um processo que congrega uma série de reações diante de uma perda e que pode contemplar quatro fases. 1. Fase de torpor ou aturdimento (choque). 2. Fase de saudade e busca da figura perdida. 3. Fase de desorganização e desespero. 4. Fase de alguma organização. Trabalho de luto • Choque e descrença; • Preocupação com a memória da pessoa falecida; • Resolução. O tempo de luto é variável e, em alguns casos, pode durar anos; em outros, nunca termina. Um luto torna-se patológico quando há dificuldade de expressar abertamente todos os sentimentos envolvidos na situação de perda e quando a pessoa manifesta as características do enlutamento de forma prolongada e severa. Durante o período de elaboração do luto podem ocorrer distúrbios alimentares ou de sono. Um número grande de enlutados apresenta quadros somáticos e doenças graves depois do luto. Aspectos que interferem no processo de elaboração do luto • Identidade e papel da pessoa morta; • Idade e sexo do enlutado; • Causas e circunstâncias da perda; • Circunstâncias sociais e psicológicas que afetam o enlutado, na época e após a perda; • A personalidade do enlutado. O que é luto antecipatório? Denomina-se luto antecipatório quando o processo de luto ocorre com a pessoa ainda viva, mas que por uma doença grave ou incapacitação parou de exercer papéis ou funções. Essas perdas já têm que ser elaboradas com a pessoa ainda viva. Nesses casos, é comum a morte ser vista como um alívio, mas também pode incitar sentimento de culpa. Problemas noluto infantil A criança sofre as influências do processo de luto dos adultos e também do nível de informação que ela recebe. Informações sonegadas e confusas, (morar no céu ou que a fada veio buscar) atrapalham o processo de luto. Respostas que escamoteiam o caráter de permanência da morte, como dizer que a pessoa foi viajar, acaba por não permitir que a elaboração da perda ocorra, porque a criança vai esperar a volta do morto. Os pais escondem os seus sentimentos para não entristecer a criança. Etapas do luto infantil A criança passa pelas mesmas fases do luto que o adulto, conforme elucidado anteriormente: • Fase de torpor ou aturdimento; • Fase de saudade e busca da figura perdida; • Fase de desorganização e desespero; • Fase de alguma organização. Como ajudar a criança? Explicar que a morte é definitiva e a criança não causou a morte por maus pensamentos ou mau comportamento ter certeza que continuará a receber cuidado de adultos e carinho fazer o mínimo de mudanças no ambiente e na rotina da criança. Responder suas perguntas de maneira simples e honesta, encorajando-a a falar da pessoa que morreu. Usar livros de histórias ou filmes infantis que abordem o tema.
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