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Serviço Social Integrado

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UNIDADE 1 
Serviço Social Integrado1 
Apresentação 
 Esta disciplina tem por objetivo abordar questões 
econômicas e políticas que afetam a vida em sociedade. 
Percorrendo o capitalismo e suas consequências 
históricas para a formação do Serviço Social. Podemos 
observar por meio de uma análise que situações de 
pobreza fazem parte também das questões relacionais 
que levam em conta a singularidade dos sujeitos, o 
fortalecimento de suas organizações coletivas e 
comunitárias e suas expressões cotidianas. 
→ Exemplo: a ausência de oportunidades e escolhas 
que vem ocasionar a violação de direitos. 
 Alguns estudos apontam que o capitalismo surgiu 
na Europa, como fenômeno tipicamente inglês, dadas as 
condições favoráveis da Inglaterra de mão de obra 
abundante, esgotamento das atividades agrárias, 
disponibilidade e qualidade de recursos minerais no 
período e posição privilegiada de afastamento da região 
inglesa das regiões de conflitos (HOBSBAWM, 2003). Ao 
analisar criticamente o Serviço Social no enfrentamento 
das diversas expressões da Questão Social na sociedade 
brasileira, convém considerar aspectos multidimensionais 
e históricos desse fenômeno no mundo, incluindo noções 
de pobreza e suas facetas no processo de expansão 
capitalista. Esse cenário transformador já vinha ocorrendo 
no final de Idade Média, mas a partir do desenvolvimento 
inglês e de sua força comercial nas rotas marítimas, o 
movimento econômico e social ampliou-se pela 
Alemanha, França e Holanda, expandindo-se em seguida 
para os Estados Unidos (HOBSBAWM, 2003). A 
globalização apresenta um caráter multidimensional, 
composto por variáveis sociais que influem na 
estruturação social, na divisão do trabalho, na gestão dos 
direitos, na regulação da distribuição de bens e valores 
sociais, na universalização das oportunidades e riscos e 
nas transformações culturais, com maior disseminação de 
conhecimentos, constituição de valores, normas, entre 
outros a adoção do modelo neoliberal de paralisar o setor 
industrial e estimular o setor primário de exportações de 
produtos agrícolas e minerais, com destaque para o papel 
da China nesse cenário, conduz a retomada do 
crescimento e a criação de políticas sociais mais 
abrangentes. Surge, assim, um novo dinamismo para a 
acumulação de capital no Leste Asiático, enquanto o 
restante dos países com menor desenvolvimento passou 
por fases mais lentas de crescimento e maiores crises 
sociais. Essa reestruturação elevou a níveis inimagináveis 
as taxas de desemprego, diante de novas formas de 
organização do processo de produção por sua vez, a 
classe trabalhadora vivenciou consequências profundas 
na cultura, na consciência de classe e nas formas de 
organização com o enfraquecimento dos sindicatos, que 
passaram a contribuir para a mudança da correlação de 
forças a favor da grande burguesia. 
Capitalismo 
 O modo de produção capitalista gera 
desigualdades entre as classes sociais que se aprofundam 
ainda mais à medida que ocorrem processos acentuados 
de acumulação do capital e desequilíbrio na distribuição 
de renda, com redução do acesso a outros processos 
políticos de participação na vida das sociedades. Pode-se 
claramente visualizar que esse processo de 
desenvolvimento gerou profundas transformações 
sociais, culturais e econômicas, evidenciando a 
configuração da relação capital x trabalho e uma 
consequente divisão de classes sociais entre capitalistas 
(burgueses) e trabalhadores assalariados (proletários). A 
internacionalização do capital, a globalização e a 
revolução tecnológica possibilitaram relações entre 
países, culturas e a transformação de novas formas de 
organização social e econômica os desafios e as 
complexidades para conceituar a pobreza, os processos 
que geram as desigualdades sociais, ao se levar em conta 
que não existe um enfoque absoluto, vários são os 
pontos que nos levam a estabelecer níveis de pobreza, 
como aspectos nutricionais, econômicos, habitação etc., 
capazes de assegurar uma vida humana com qualidade. 
Globalização1 
 Os trabalhadores do capital e do Estado histórico 
conjunturalmente buscam estratégias para 
enfrentamento da Questão Social, e é na organicidade 
desse enfrentamento, como uma divisão social e técnica 
do trabalho, que surge o Serviço Social. O capitalismo 
promove modificações estruturais ao criar a figura do 
trabalhador coletivo, que limita a individualidade de cada 
trabalhador e institui o processo cooperativo e a 
capacidade genérica dos modos de produção. Encerra-
se aí uma contradição central do trabalho no capitalismo, 
quando se destaca a possibilidade do trabalho coletivo, 
que liberta o homem para produzir condições materiais 
de vida em larga escala, sem depender somente da 
natureza. A construção do projeto profissional “resulta 
tanto da socialização da política conquistada pelas classes 
trabalhadoras quanto dos avanços de ordem teórico-
metodológica, ética e política acumulados no universo do 
Serviço Social a partir dos anos de 1980” (IAMAMOTO, 
2007, p. 8). Esse processo chamado globalização 
econômica acentuou mais fortemente mecanismos 
ideológico políticos e econômicos inovadores, adotados 
pelo capital para aumentar sua produção e manter o 
controle sobre a organização dos trabalhadores a 
terceirização, a flexibilização, a informalidade, a busca por 
mão de obra barata, o controle de qualidade constitui-se 
em novas estratégias para aumentar o lucro e 
simultaneamente contribuíram para o aumento da 
precarização, da exploração do trabalho e do trabalhador 
brasileiro a produção mundial nessa escala é fragmentada 
e acentua a competição entre as grandes empresas e 
os líderes desse mercado globalizado, exigindo maiores 
investimentos, com o objetivo de manter ou adquirir 
lideranças tecnológicas e restringir as lideranças nos 
processos decisórios da produção mundial a revolução 
capitalista consiste num processo de transformação 
histórica, porque as ações sociais deixaram de ser 
conduzidas pela tradição e pela religião para serem 
conduzidas pelo Estado e pela principal instituição 
econômica por este regulada – o mercado. No pós-
guerra, surgem novos interesses e expectativas criados 
entre os profissionais da classe média, e a classe operária 
já compreendia que o Estado podia desenvolver ações a 
seu favor a nação é a sociedade que compartilha um 
destino comum e procura reunir condições para 
organizar e manter um Estado, tendo como principais 
objetivos a segurança ou autonomia nacional e o 
desenvolvimento econômico. As políticas sociais são 
criadas para solucionar problemas gerados pelas 
desigualdades, mas a ideia é que se a fórmula usada para 
distribuição original de renda favorece mais a uns que 
outros, logicamente, as políticas sociais, ao serem 
planejadas e executadas, devem também alcançar mais 
àqueles que têm menos acesso a essa renda 
originalmente distribuída. 
Trabalho e Necessidade Humana 
 Essa forma de transformação econômica separa 
os trabalhadores dos seus meios de produção e da 
origem, inicialmente, à burguesia e à classe operária, e 
mais adiante à classe profissional o trabalho é uma 
atividade que emprega o uso da razão para 
determinados fins, tais como a produção de uso e 
transformação da natureza para suprir as necessidades 
humanas. O capitalismo encerra ainda um elemento 
negativo, porque a própria materialidade do regime 
capitalista, que potencializa essa coletivização dos 
produtos do trabalho do homem, tem por objetivo a 
acumulação de capitais e a reprodução do sistema que 
a possibilita. E com o processo de cooperação instituído, 
a motivação e a conexão dos trabalhos na produção de 
mercadorias são externas, é de domínio do capital e 
inacessível aos trabalhadores, os quais ainda fornecem 
gratuitamente a força coletiva gerada no processo de 
produção, pois o pagamento é dado apenas aos 
trabalhadores isolados. 
Estado – Estado Nação 
 A autonomia nacionalpassava a depender de 
como os projetos de desenvolvimento das nações se 
apropriavam de modo dependente desse capital 
estrangeiro. No Brasil, esse era o caso de Getúlio Vargas, 
que esperava industrializar o Brasil e garantir sua 
soberania, com papel de destaque na América Latina, 
contando para isso com apoio político, financeiro e 
tecnológico norte-americano. Os trabalhadores do capital 
e do Estado histórico e conjunturalmente buscam 
estratégias para enfrentamento da Questão Social, e é 
na organicidade desse enfrentamento, como uma divisão 
social e técnica do trabalho, que surge o Serviço Social. 
No caso do Brasil, a Revolução de 1930 deslocou a 
burguesia cafeeira, rompeu com o bloco hegemônico e 
conferiu ao Estado maior autonomia para responder 
rapidamente à crise e para conduzir um projeto calcado 
na industrialização e no mercado interno, que 
amadureceu paulatinamente e ganhou contornos mais 
nítidos no Estado Novo. 
Estado Nação 
 A legislação trabalhista, visando à implantação e 
planejamento econômico entre 1939 e 1943, por meio do 
Plano de Obras Públicas e do Reaparelhamento da Defesa 
Nacional e do Plano de Obras e Equipamentos, centrados 
na expansão da infraestrutura e na indústria de base, que 
buscava a racionalização do serviço público, referido na 
Constituição de 1937 e nas medidas protecionistas. 
Desigualdade Social 
 Nas décadas de 1960 e de 1970, observa-se 
crescente contestação social, caracterizada pelo avanço 
das forças de esquerda e dos movimentos sociais, que 
pareciam estar sendo tomados pelo nacionalismo, pelo 
fundamentalismo e pela esquerda, motivando a formação 
de uma cultura anticapitalista, surgiu também nessa época 
os movimentos em defesa de várias causas, como o 
feminista, o negro, o ambientalista e o ecológico, em 
contraponto a outros movimentos burocratizados 
tradicionais de esquerda as transformações somente 
permitem análises ao se decifrar estruturas institucionais, 
atores, determinadas estratégias locais e termos para 
tomada de decisões políticas. O curso de 
internacionalização do capital e a mundialização da 
produção motivaram governos locais a adotarem 
estratégias para maior participação de atores na vida 
urbana, com projetos de gestão e desenvolvimento de 
renda, com caráter de fortalecimento da economia 
regional por meio de incentivos fiscais e outros subsídios 
que marcaram a década de 1980. 
Desigualdade Sociais na Realidade Brasileira 
 A pobreza no Brasil não está vinculada à falta de 
recursos, mas ao processo ineficaz de distribuição e 
acesso, inclusive a bens e serviços públicos enquanto 
responsabilidade do Estado, que não são elaborados 
enquanto políticas públicas, implementadas para produzir 
mudanças estruturais (JACCOUD, 2009). As reflexões 
sobre as desigualdades sociais, a pobreza e a Questão 
Social se justificam porque nos conduzem à definição do 
papel das políticas sociais que, neste contexto, além de 
ampliar a cobertura e a qualidade das políticas 
estruturantes, deverão desenvolver estratégias de 
redistribuição de riqueza as conquistas sociais e políticas 
brasileiras resultaram nas atuais relações sociais e de 
trabalho, no trato com o que é coletivo, na capacidade 
de mobilização e luta da população, na incorporação, ao 
menos legislativa, das causas apresentadas nas lutas pela 
eliminação das diferenças sociais, na possível cultura 
política e nas recentes vivências cotidianas. 
Neoliberalismo 
 A produção mundial nessa escala é fragmentada 
e acentua a competição entre as grandes empresas e 
os líderes desse mercado globalizado, exigindo maiores 
investimentos, com o objetivo de manter ou adquirir 
lideranças tecnológicas e restringir as lideranças nos 
processos decisórios da produção mundial. 
Ações Sociais e Capitalismo 
 A revolução capitalista consiste em um processo 
de transformação histórica, pois as ações sociais 
deixaram de ser conduzidas pela tradição e pela religião 
para serem conduzidas pelo Estado e pela principal 
instituição econômica por este regulada – o mercado, a 
natureza desse modo de desenvolvimento capitalista 
produzem um crescente interesse em novos mercados 
e em novas formas de acumulação do capital, 
independentemente das dimensões territoriais e políticas 
que o adotam. Na lógica do capitalismo globalizado, a 
empresa, para ser competitiva, deve efetivar o que o 
autor chama de “gestão em fluxo tenso”, gerir 
capacidade de produção de acordo com a demanda e 
contratar no mesmo movimento, o que gera a 
flexibilização da contratação e do uso da força de 
trabalho a lógica marcada pelas ações do Estado ao 
assumir a criação de políticas sociais com o objetivo de 
equilibrar a distribuição de renda no sistema capitalista e 
torna essas ações reforçadoras do processo de exclusão, 
pois transformam direitos em benefícios, atrelados a uma 
cultura de favor, obediente, conformista, que submete ao 
apadrinhamento ou tutela, com uma postura de gratidão 
pelo merecimento em momentos em que a necessidade 
de sobrevivência humana se revela. 
Estado e Democracia 
 No caso brasileiro, existe uma cultura de 
constrangimento e humilhação em relação aos 
segmentos que se encontram na linha de exclusão. Esse 
segmento evita por todos os meios valer-se do direito 
de participar do equilíbrio na balança da distribuição de 
renda porque crê que assumir a defesa desse direito 
significa identificar-se como não participante efetivo do 
processo econômico do país e que, de certa forma, 
constitui um peso para a sociedade significa que lutar para 
ter acesso a direito ao trabalho, à renda e aos recursos 
fundamentais para a sobrevivência equivale a fazer parte 
do segmento mais vulnerável da sociedade e se 
identificar na lógica de que é excluído da sociedade, 
porque somente aos excluídos se aplicam às iniciativas 
de complementação de renda e prestação de serviços 
sociais. As estratégias de desenvolvimento econômico e 
social adotadas pelas nações não reconhecem que alguns 
segmentos sociais não foram considerados na lógica de 
acesso igualitário e, consequentemente, excluem-no da 
participação nas fatias de distribuição de renda a que 
teriam direito naturalmente o fenômeno da globalização 
cria uma situação de risco para os trabalhadores, por 
exemplo, quando perdem o emprego, outras 
consequências se desencadeiam, como a perda de 
algumas proteções válidas somente para quem faz parte 
do trabalho ativo e é socialmente reconhecido. 
Políticas Sociais 
 Nessa perspectiva, as políticas sociais são criadas 
para solucionar problemas gerados pelas desigualdades, 
mas a ideia é que se a fórmula usada para distribuição 
original de renda favorece mais a uns que outros, 
logicamente as políticas sociais ao serem planejadas e 
executadas devem também alcançar mais àqueles que 
têm menos acesso a essa renda originalmente distribuída 
na estruturação social, na divisão do trabalho, na gestão 
dos direitos, na regulação da distribuição de bens e 
valores sociais, na universalização das oportunidades e 
riscos e nas transformações culturais, com maior 
disseminação de conhecimentos, constituição de valores, 
normas, entre outros. Segundo o Relatório do Banco 
Mundial do ano 2000, a pobreza se caracteriza por 
ausência de recursos e renda para assegurar a cobertura 
de necessidades essenciais, incluindo educação e saúde, 
também pela falta de legitimidade e participação política 
nas instituições estatais e nos processos sociais 
organizados e pela exposição das pessoas a riscos, sem 
potenciais para o enfrentamento, provocando violações 
de direitos e vulnerabilidades. [...] pobreza é em qualquer 
lugar do mundo entendida como privação ou ausência 
das necessidades básicas, podendo mudar a intensidade 
da privação como ausência total de recursos que 
impeçam o ser inclusive de se alimentar: condição 
primeira para sua sobrevivência. O que denotaria um 
estado de indigência. De outras formas se daria naprivação de condições materiais e acesso mínimo às 
políticas de saúde, educação, saneamento, habitação etc. 
[...] Sposati (1997, p. 11). Há dúvidas se no Brasil se 
desenvolveu historicamente um sistema de proteção 
social e, ao mesmo tempo, concebe-se que a 
institucionalização da assistência social enquanto política 
pública é resultado de muitas lutas dos movimentos 
populares, organização de trabalhadores, debates de 
intelectuais e profissionais, envolvendo diversos atores, 
entre eles profissionais de Serviço Social, esse marco 
jurídico incorpora a defesa de relações de igualdade, 
respeito e cidadania, enquanto eixos norteadores das 
políticas públicas a serem instaladas, garante o 
compromisso institucional com a Declaração Universal 
dos Direitos Humanos (arts. 22 a 28), proclamada pela 
resolução 217 da Assembleia Geral das Nações Unidas em 
1948, e inova ao definir que as ações sociais serão 
direcionadas. A redução das desigualdades econômicas, 
sociais e culturais existentes no país e que as políticas 
serão formuladas com intensa participação da sociedade 
no processo constituinte e na construção de um novo 
modelo de proteção social. 
Assistência Social1 
 No contexto da esfera pública da assistência 
social, dá-se maior destaque ao controle social como a 
representação legítima e efetiva dos interesses e das 
necessidades de um coletivo, para concretizar direitos e 
inibir ações individuais, interesses particulares que 
expressem clientelismo e favoritismos de qualquer 
espécie a proposta de controle social é no sentido de 
tornar legítimas as ações de uma dada sociedade perante 
o Estado, e deve ser exercida continuamente. 
Sociedade Civil 
 Nesse caso, deverão ser compartilhadas e 
interessar a uma comunidade pretensamente capaz de 
arcar com seu próprio movimento de gestão dos 
desafios locais, para mobilizar recursos mínimos do 
Estado e convocar a sociedade civil para assumir essa 
responsabilidade e, na maioria dos casos, chamar a 
iniciativa privada para financiar os projetos. 
UNIDADE 11
Serviço Social Integrado2 
 Vamos nesta unidade falar sobre a pobreza e as 
funções de ter e ser o que diferencia a questão da 
sobrevivência, assim como a questão social e a 
mobilização social como fator determinante para a 
mudança das prioridades do Estado e a diminuição da 
desigualdade social. 
→ Abordaremos o Serviço Social e a questão social e 
seu papel mediador. 
 A preservação da vida e sua promoção ou 
privação pode conduzir até mesmo à morte. Exemplifica 
com estados de subnutrição que causam mortes 
prematuras, analfabetismo, que no mundo 
contemporâneo desencadeia uma série de privações e 
outras incapacidades a pobreza também podem ser 
caracterizada por ausência de renda ou pela evidência de 
que as pessoas se encontram em patamares inferiores 
aos parâmetros que asseguram a vida e também pela 
ausência do acesso justo, resultante do trabalho e da 
efetiva participação social. A adoção do modelo neoliberal 
de paralisar o setor industrial e estimular o setor primário 
de exportações de produtos agrícolas e minerais, com 
destaque para o papel da China nesse cenário, conduz a 
retomada do crescimento e a criação de políticas sociais 
mais abrangentes. Surge, assim, um novo dinamismo para 
a acumulação de capital no Leste Asiático, enquanto o 
restante dos países com menor desenvolvimento passou 
por fases mais lentas de crescimento e maiores crises 
sociais. As formas de opressão são tão intensas e 
alienantes que, uma vez tolhidos e excluídos do sistema, 
o isolamento e a degradação vão conduzindo as pessoas 
apartadas do trabalho a outras formas de apartação. 
→ Exemplos: a moradia, a convivência social e, mais 
grave, da identidade social e cidadã a que todos 
fazem jus. 
 Ao ver o homem como ser social e 
compreender sua realidade sócio-histórica, cria-se uma 
visão ética da dinâmica social, em que a moral refletida 
em seus fundamentos permite vislumbrar aspectos que 
motivaram as pessoas a se renderem de modo 
conformista a certas opressões e, com isso, o 
profissional do Serviço Social pode contribuir para a 
ocorrência de novos posicionamentos, talvez mais 
conscientes, dos indivíduos na efetivação das suas 
escolhas. 
Capacidade Humana 
 Genéticas, sociais, culturais, econômicas, de 
gênero, fatores climáticos e ecológicos essas capacidades 
são também afetadas pelo processo de acumulação 
capitalista, pelas más condições da vida urbana, que 
incluem a insegurança e a violência em alguns bairros 
pobres e muito populosos e outras variações sobre as 
quais uma pessoa pode não ter controle ou apenas 
controle limitado. É evidente que não ter capacidades ou 
ser limitado no uso dessas causas, reduz o potencial de 
participação das pessoas na lógica de pertencimento 
familiar e comunitário e no acesso a bens e serviços, 
recursos fundamentais para a existência humana. 
Potencialização e Renda 
 A renda é um dos meios de potencializar as 
capacidades humanas e, quanto maiores forem essas 
capacidades, maior será o potencial produtivo de uma 
pessoa, consequentemente maior a chance de obter 
uma renda mais elevada, evidenciando que essa relação 
é muito importante contudo, não é somente a renda que 
proporciona o aumento das capacidades, outros 
elementos são igualmente significativos, como a 
educação, a saúde, o ambiente saudável, entre outros. 
Os fatores que levam as pessoas às situações de 
pobreza também significam defender direitos e 
aprofundar conhecimentos sobre bloqueios e imposições 
da estrutura socioeconômica, particularmente os que 
possam impedir o direito das pessoas de participar das 
decisões que afetam suas vidas cotidianas. 
Direitos Sociais 
 É necessário entender os direitos, nessa 
perspectiva do debate contemporâneo, sobre os 
impactos das transformações econômicas no movimento 
de globalização e na reestruturação produtiva nas 
cidades como esses direitos expressam a nova ordem 
socioespacial, na qual a cidade revela uma estrutura social 
dividida entre classes e interesses, entre cidadãos e não 
cidadãos, o espaço é fragmentado por uma sociedade 
dominada pelas elites destacam-se, nessas formas 
organizadas, atores sociais representados em fóruns e 
redes nacionais, bem como suas respostas frente aos 
desafios urbanos. Estruturam-se por esse caminho 
estratégias de intervenção voltadas para a redução das 
desigualdades sociais e dos níveis de segregação e 
exclusão social que marcam a sociedade brasileira, na 
perspectiva da construção de um novo modelo de 
cidade mais justa e democrática (DAGNINO, 2002). 
Políticas Públicas 
 Esse processo de organização reivindicativa de 
direitos não está livre de tensões e embates no Brasil, 
essas lutas, desde a década de 1980, são visíveis na esfera 
da defesa do acesso às políticas públicas, que embora 
tenham papel importante para assegurar condições de 
bem-estar, no entanto, estão longe de facilitar a 
ampliação dos espaços onde o público se sobrepõe às 
apropriações privadas o que se observa, por exemplo, é 
que serviços de educação e saúde são cada vez mais 
privatizados. Em seu papel de vinculação ao capitalismo 
monopolista, o Estado transforma processos de 
desigualdades estruturais, com efeitos macros, coletivos 
e que expressam a questão social, em problemas 
individuais, fragmentados, isolados e de acesso 
parcializado, meritório, atribuídos às relações. 
Mundialização do Capital 
 A mundialização do capital, também chamada de 
globalização, instituiu a financeirização do capitalismo, 
facilitando a entrada dos sistemas monetários e 
financeiros de cada capitalismo nacional, que veem 
acentuadas suas dívidas externas, contraídas ainda no 
período chamado de grande liquidez (1970); ressalta-se 
que os países endividados foram deslocados para a 
periferia do sistema de financeirização do capital, incluindo 
o Brasil e a América Latina. No Brasil, o neoliberalismo 
estimulou consideravelmenteos domínios dos capitalistas, 
também sob a égide da financeirização da economia, que 
predetermina a acumulação possível e que lugar o 
Estado irá ocupar no sistema econômico e promoveu 
intensas privatizações que retiraram do Estado a 
capacidade de fazer política de produção. 
Globalização2 
 No caso brasileiro, o neoliberalismo, a 
privatização que ocorre do patrimônio público o destrói 
sobre o domínio das classes dominadas, significando para 
elas “a destruição de sua política, o roubo da fala, sua 
exclusão do discurso reivindicativo e, no limite, sua 
destruição como classe; seu retrocesso ao estado de 
mercadoria, que é o objetivo neoliberal” (OLIVEIRA, 2006, 
p. 146). A globalização e o desenvolvimento tecnológico 
e informacional promoveram profundas mudanças nos 
processos de trabalho, no sistema de produção e nos 
mercados e impulsionaram a intensificação da 
competição intercapitalista, gerando a flexibilização e a 
corresponsabilização produtiva, que culminou na 
terceirização ou subcontratação de trabalho temporário, 
parcial e nas diferentes formas de precarização do 
trabalho, para destacar apenas alguns dos elementos 
presentes nesse processo. 
Direitos Humanos e a Luta de Classe 
 Os direitos humanos são fruto das lutas e das 
conquistas alcançadas em momentos revolucionários de 
mobilização da população mundial, na busca de garantir 
justiça e direitos fundamentais para a preservação da vida 
humana diante de exposições a situações de violência e 
contrárias à segurança existencial. Na história destacam-
se: as Declarações de Direitos das Revoluções Inglesa 
(1640 e 1688), da Independência Norte-Americana (1783), 
Francesa (1789), Russa (1917) e a Declaração dos Direitos 
Humanos de (1948). No entanto, os direitos humanos 
resultam da luta de classes, por meio de mobilização dos 
trabalhadores e sujeitos políticos para combater situações 
de opressão, exploração e desigualdades nela, 
consagram-se os direitos sociais, econômicos, civis, 
políticos defendidos no movimento operário dos séculos 
XIX e XX. A Constituição brasileira contempla de forma 
articulada os direitos humanos e os direitos do cidadão, 
de tal forma que lutar pela cidadania democrática e 
enfrentar a questão social no Brasil praticamente se 
confunde com a luta pelos direitos humanos, porque se 
entende que ambos resultam de uma longa história de 
lutas sociais e de reconhecimento ético e político, das 
capacidades humanas, independentemente de quaisquer 
distinções. 
Mobilização e Poder Local 
 Em reflexões sobre o poder local, Dowbor (1994) 
esclarece que as pessoas são condicionadas a entender 
as formas de organização cotidiana das sociedades como 
sendo “naturalmente” responsabilidade de uma esfera 
superior, hoje na cena contemporânea tão virtualizada 
quanto o capital financeirizado. Trata-se de uma gestão 
governamental distante, inacessível e que desconhece as 
realidades específicas, porque se direciona 
exclusivamente ao interesse do capital globalizado em 
contradição aos processos desencadeados pelo 
capitalismo nas últimas décadas, surgiu uma nova 
tendência de as pessoas se organizarem para tomar em 
mãos, senão os destinos da nação, pelo menos, o destino 
do espaço que as cerca, seguindo experiências similares 
ocorridas também nos países do Leste Europeu, onde a 
simples privatização está demonstrando seus limites a 
questão de dinamismo do espaço local tem-se observado 
que as decisões são tomadas longe do cidadão e 
correspondem muito pouco às suas necessidades. Essa 
dramática centralização do poder político e econômico 
que caracteriza a forma de organização da sociedade 
brasileira leva, em última instância, a uma apartação 
profunda entre as necessidades humanas e o conteúdo 
das decisões sobre o desenvolvimento econômico e 
social a formação de um determinado grupo que articula 
relações de poder pode fazer com que essas relações 
se tornem diferentes de outras desempenhadas em 
determinados momentos históricos. As pessoas 
procuram se fortalecer ao criarem um campo de 
atuação diferenciado de outros campos que comportam 
poder e estimulam comportamentos sociais que 
produzem efeitos no ordenamento do território. 
Relações Sociais 
 No entanto, as relações sociais estabelecidas são 
mais complexas, porque se constituem de pessoas que 
compartilham o mesmo território, os mesmos desafios e 
desigualdades e, uma vez obtendo resultados em 
empreitada coletiva, são fortalecidas em sua identidade 
coletiva e na experimentação de ser esse um caminho 
a ser preservado essa visão está evoluindo gradualmente 
para a compreensão de que as comunidades estão 
simplesmente aprendendo a participar da organização do 
seu espaço de vida e de que o processo está mudando 
profundamente a forma como nos organizamos como 
sociedade. A municipalização apresenta-se nesse 
contexto de poder local como a esfera a ser mais 
fortalecida, para se caracterizar como um agente de 
justiça social, procurando desenvolver as principais ações 
redistributivas com fomento para soluções vitalícias locais 
e movimentos políticos e enfrentando interesses 
dominantes organizados e complexidades políticas que 
inviabilizam os projetos. Essa esfera permite uma 
democratização das decisões, na medida em que o 
cidadão pode intervir com muito mais clareza e facilidade 
em assuntos da sua própria vizinhança e dos quais tem 
conhecimento direto, sem a mediação de grandes 
estruturas políticas. 
Responsabilidade Social 
 Ao Estado brasileiro, segundo sua Carta Magna, 
competem responsabilidades de inclusão social, 
promoção dos direitos sociais, estabelecimento de 
formas de seguridade social baseadas nos princípios da 
universalidade e na implementação de políticas públicas 
adequadas e articuladas aos interesses da população. Na 
contramão desses objetivos, o Estado capitalista, incluindo 
o brasileiro, fundamenta suas iniciativas no interesse do 
capital, mantendo a classe trabalhadora com um padrão 
de vida mínimo, suficiente para manter a lógica da 
reprodução que vai mantê-la submissa aos interesses do 
capital o poder público estatal alimenta as condições de 
apartação e relativiza as ações públicas aos interesses 
privados e à lógica de direitos apenas para quem está 
inscrito no sistema e aceita alienadamente a 
subordinação. 
Controle Social e Ações 
 O controle social constitui uma estratégia para 
que a população participe desse processo de 
responsabilidade do Estado, em todas as dimensões, na 
lógica do desenvolvimento local, que singulariza as 
necessidades regionais e assegura a descentralização e 
mediação dos interesses expressos nessa esfera 
decisória cabe ao Estado instrumentalizar e articular as 
políticas públicas e não se tornar proprietário delas. O 
sujeito social tem que ter consciência de suas 
capacidades humanas para definir e compreender as 
causas das desigualdades e das injustiças sociais, e que 
tem direito a empreender formas coletivas de 
participação e pertencimento local para usufruir 
compartilhadamente de tudo que a sociedade produz, 
inclusive dos ganhos de capital e das contrapartidas 
globais dessa forma, o controle social possibilita dar 
visibilidade às iniciativas do Estado na criação e na 
implementação das políticas públicas e na execução das 
ações da assistência social, tais como: investimento em 
recursos públicos, programas, distribuição e redistribuição 
de renda, serviços em defesa de direitos, entre outros, 
pois não tem a divulgação necessária para o 
conhecimento da população. 
Conselhos & População 
 A politicidade que envolve o controle social passa 
pela participação da população em conselhos, 
congressos, fóruns, conferências, seminários, entre 
outros, fazendo desenvolver as garantias dos direitos 
constitucionais espera-se que as pessoas participem e se 
representem nesses espaços de debates e decisões 
locais e que os coletivos informais e formais contemplem 
de algumaforma os mais diversos interesses da 
comunidade e se crie oportunidade para debates em que 
se fomentem negociações para que o consenso seja 
estabelecido de modo equânime, garantindo, assim, a 
força da organização local outra perspectiva interessante 
dos conselhos é a natureza consultiva que impõem ao 
Estado, o qual, ao decidir sobre o direcionamento das 
políticas públicas, deverá consultar o conselho 
correspondente ao setor/segmento em questão. Com 
isso, o Estado ficará subordinado aos interesses 
determinados por esse coletivo sobre qual forma deverá 
atender às reais necessidades do setor/segmento a que 
se destinam as políticas públicas. 
Estado e Democracia 
 No Brasil, as conquistas de direitos não atingem 
as expectativas, no sentido de assegurar as expansões 
civis e sociais, devido às burocracias e às hierarquias do 
Estado e sua forte tendência neoliberal globalizada e 
fundada na acumulação capitalista as políticas públicas 
desenvolvidas com influências da participação popular 
possibilitam maior êxito no exercício da cidadania e no 
respeito à igualdade como dever ético-político do Estado, 
eliminando, ao menos em parte, os efeitos devastadores 
das políticas neoliberais. 
Questão Social & Problema Social 
 A questão social não é sinônimo de “problema 
social”, situação social problema – termo adotado nas 
origens conservadoras de Serviço Social ou da pobreza 
remetida ao indivíduo isolado ou a certos grupos sociais, 
responsabilizados ou culpabilizados pelo conjunto de 
carências e privações por ela produzidas. A “questão 
social” é entendida como: “[...] conjunto das desigualdades 
sociais engendradas na sociedade capitalista madura, 
impensáveis sem a intermediação do Estado. Tem sua 
gênese no caráter coletivo da produção contraposto à 
apropriação privada da própria atividade humana – o 
trabalho –, das condições necessárias à sua realização, 
assim como de seus frutos. É indissociável da emergência 
do ‘trabalhador livre’, que depende da venda de sua força 
de trabalho como meio de satisfação de suas 
necessidades vitais. A questão social expressa, portanto, 
disparidades econômicas, políticas e culturais das classes 
sociais, mediatizadas por relações de gênero, 
características étnico-raciais e formações regionais, 
colocando em causa as relações entre amplos 
segmentos da sociedade cível e o poder estatal” 
(IAMAMOTO, 2001, p. 62). 
Serviço Social na Realidade Brasileira 
 A realidade brasileira é o conjunto de demandas 
sociais e é por demais heterogênea e pode definir o 
modo de realizar uma prática profissional consequente. 
Focando-se nas práticas do Serviço Social, nota-se desde 
suas origens um atrelamento ao pensamento 
conservador e tradicional da Igreja e do Estado sobre as 
formas assistencialistas para atendimento das demandas 
sociais da classe trabalhadora. No processo de 
consolidação profissional, a identidade reflete a divisão 
social e técnica do sistema capitalista, em ações 
nitidamente em defesa dos valores da ideologia 
dominante e com empenho para cooptar os 
trabalhadores e a família para adesão inquestionável ao 
sistema. 
Conhecimento Profissional 
 O conhecimento profissional, fruto do acúmulo 
de análises críticas sobre as realidades sociais e o 
cotidiano dos sujeitos sociais, também influi na formulação 
de estratégias técnicas e políticas no campo da 
comunicação social – no uso da linguagem escrita e oral 
e no desencadeamento de ações coletivas que resultem 
em propostas profissionais que ultrapassem as 
conformações profissionais a produção de conhecimento 
possibilitará ao assistente social planejar ações inovadoras, 
capazes de propiciar uma aproximação da lógica 
formulada por políticas públicas das necessidades sociais 
e dos processos para o desenvolvimento humano numa 
realidade específica, configurada como espaço 
ocupacional. A crítica por meio da produção de 
conhecimentos sobre a realidade pode contribuir para 
que o profissional de Serviço Social desenvolva um 
processo cultural eivado “cheio” de premissas 
democráticas e pulsantes em suas relações profissionais, 
no enfrentamento das desigualdades sociais em 
cumplicidade com os sujeitos sociais. 
Mediação Profissional 
 A mediação possibilita ao profissional de Serviço 
Social analisar a prática alienada, reprodutora do sistema 
ao qual se vincula e criticamente estabelece uma leitura 
conjuntural da realidade, compreender as particularidades 
do exercício profissional e as singularidades do cotidiano 
e estabelecer as estratégias de mediação da correlação 
de forças socioinstitucionais. 
Serviço Social e Perspectiva Profissional 
 O conhecimento na perspectiva do acúmulo 
crítico sobre a realidade ampliada qualifica o assistente 
social para assumir trabalhos formulados com base na 
educação, na mobilização e na organização popular; 
organicamente integrada aos movimentos societários, 
políticos e sociais, na direção de plataformas substanciais 
para o enfrentamento das desigualdades sociais e 
produtoras de lógicas de desenvolvimento social. 
Proteção Social 
 É necessário considerar que as conquistas legais 
significam apenas um passo em direção a sua efetivação. 
Isso exige dos que não acreditam no fim da história a 
capacidade de desvendar o momento presente e “ousar 
remar contra a corrente”, sem perder de vista a natureza 
estrutural das situações de pobreza e indigência da 
maioria da população brasileira. 
Assistência Social 
 A transversalidade da assistência social em 
relação às demais políticas sociais a coloca também, num 
recorte horizontal, como responsável pela atenção às 
necessidades de reprodução social dos excluídos nas 
áreas que têm programas com função assistencial e que 
criam serviços para os cidadãos com necessidades 
específicas, numa perspectiva de equidade social nesse 
sentido, é evidente que a assistência social, como política 
de seguridade social e de provisão de recursos para 
atender às necessidades básicas, constitui-se como 
política estratégica no enfrentamento da exclusão social. 
A assistência social sempre se apresentou aos 
segmentos progressistas da sociedade como uma 
prática, e não como uma política. Era vista até como 
necessária, mas vazia de “consequências 
transformadoras”. Sua operação era revestida de um 
sentido de provisoriedade, mantendo-se isolada e desarticulada de outras práticas sociais é essencial tornar claro que a 
prestação de serviços assistenciais não é o elemento revelador da prática assistencialista a assistência social mantém uma 
relação orgânica com as demais políticas sociais e públicas. Trata-se de um mecanismo de distribuição de todas as políticas 
e, mais do que isso, é um mecanismo de democratização das políticas socia.

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