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Rochas Carbonáticas Características Gerais 1) rochas carbonáticas equivalem a aprox. 20% das rochas sedimentares; 2) metade das reservas de petróleo do mundo (40 a 50%) estão em rochas calcárias; 3) são as encaixantes de um dos maiores depósitos de sulfeto de zinco e chumbo do mundo (Vale do Mississipi); 4) apresentam uma série de aplicações industriais e químicas que vão desde a obtenção de fertilizantes, sais e ácidos até a manufatura do cimento; 5) nas geociências, são a principal fonte para o estudo da evolução da vida. Composição de Rochas Sedimentares Carbonato de calcio (CaCO3 ) ❖ Os principais minerais carbonáticos: Calcita (CaCO3 ) Dolomita (CaMg(CO3 )2) Aragonita (CaCO3 ) ❖ Outros: Siderita (Fe(CO3), Magnesita (MgCO3) e Ankerita (Ca(Mg, Fe)(CO3)2); ❖ Também podem apresentar: Argilominerais, quartzo, minerais fosfáticos e sulfetos PECULIARIDADES DOS CARBONATOS • Ocorrem: zonas tropical e subtropical (30°N e 30°S do equador); • Zona de produção biogênica carbonática: →águas rasas (<10m), →zona fótica, taxas de salinidade normais (forte controle ambiental); • abundância de organismos com esqueletos carbonáticos em todos os mares e oceanos; •Lagos podem eventualmente formar importantes depósitos destes esqueletos; •Registro sedimentar: mais comuns em baixas latitudes; 1) Biologia do organismo 2) Clima 3) Oceanografia 4) Penetração da luz 5) Temperatura da água 6) Circulação da água 7) Oxigenação 8) Salinidade 9) Tectônica FATORES CONTROLADORES DA PRECIPITAÇÃO DE CaCO3 Rochas e sedimentos carbonáticos ❖ Formação de sedimentos e rochas carbonáticos ocorre por meio de dois processos principais: • Biomineralização de CaCO3 por organismos • organismos que secretam seus esqueletos para formar depositos carbonáticos necessitam viver próximo a luz do sol. • Precipitação química direta; Sed. Ortoquímico • Inorgânico: carbonato de cálcio dissolve/reprecipita sob alta pressão. e.g., mais alta pressão, a maior profundidade Praia composta por conchas Calcita microcristalina Calcita espática Grãos aloquímicos CONSTITUINTES BÁSICOS dos CARBONATOS CONSTITUINTES Calcita espátic a Calcita microcristali na Grãos aloquímico s Grãos aloquímicos micriticos, clastos de lama, fragmentos de bioclastos ou algas vermelhas GRÃOS ALOQUÍMICOS 0,2 a 1,0 mm >2,0 mm = Pisóides 0,03 a 0,20 mm Rochas e sedimentos carbonáticos • Precipitação química produz grãos carbonáticos não- esquelético de vários tamanhos (e.g., oóides, pisóides, micrito) 0,2mm e 1,0mm CALCITA MICROCRISTALINA Constitui-se de cristais com até 4 mm. Origem: 1.Desintegração de organismos: algas verdes; 2.Precipitação química inorgânica; 3.Precipitada por algas e bactérias Neumann & Land (1975) Cristais de calcita microcristalina, microsparito (neomorfismo) com nanofósseis Fotomicroscopia MEV CALCITA ESPÁTICA Consiste de cristais com mais de 10 mm, formando diversos tipos de texturas. A transparência é uma característica para distinguir-se da calcita microcristalina. Ocorre principalmente como cimento, preenchendo tanto o espaço poroso entre quanto dentro de grãos. Franjas e mosaicos são as texturas mais comuns. são os componentes carbonáticos formados por precipitação química dentro da própria bacia de sedimentação: 1. Biválvios; 2. Gastrópodos; 3. Cefalópodos; 4. Braquiópodos; 5. Estromatoporóides; 6. Esponjas; 7. Briozoários; 8. Foramníferos; 9. Equinodermas; 10. Algas; 11. Trilobitas; 12. Ostracodes; 13. Radiolários. GRÃOS ALOQUÍMICOS Oóides e pisóides; Oncóides; Pelóides, agregados de grãos, intraclastos e grãos terrígenos; Bioclastos (fósseis); Classificação de Rochas Carbonáticas Classificação de Rochas Carbonáticas • As principais classificações de rochas carbonáticas considera 3 componentes • Grãos (bioclastos, ooides, peloides, etc.) • Matriz ou Lama carbonática • Poros ou cimento espático interpartícula FOLK, 1974 CLASSIFICAÇÃO DOS CARBONATOS Folk (1974) Vantagens – Terminologia descritiva (objetiva) e quantificável – Os termos transmite considerável informação genética – Multiplas opções de termos – Usado amplamente, principalmente por acadêmicos Desvantagens – Não descreve a variedade de fábricas de carbonatos recifais – Não é amplamente usado na industria – Pode ser muito difícil distinguir matriz micrítica verdadeira de crescimentos microbiais ou precipitados inorgânicos Dunham, 1962 Proporção relativa de cimento espático, micrito e grãos aloquímicos Leva em conta o que sustenta o arcabouço EMBRY & KLOVAN (1971) Modificaram a classificação de Dunham para incluir organismos estromatolíticos e coralinos e carbonatos com mais de 2mm de tamanho. CLASSIFICAÇÃO DOS CARBONATOS Dunham/Embry & Klovan Vantagens – Terminologia descritiva (objetiva) e parcialmente quantificável – Os termos refletem a energia do ambiente – Relativamente fácil de usar em campo ou em testemunhos, pois não necessita de microscópio – Nomes podem ser usados em sedimentos recentes sem cimento – Usado amplamente, principalmente pela industria do petróleo Desvantagens – Geralmente não é detalhada – Dificuldade de definir o que sustenta o arcabouço da rocha – Oferece pouca flexibilidade na classificação de rochas alteradas diageneticamente. – Menos utilizada no meio acadêmico Classificação Genética de Wright (1992) Modificado de Dunham (1962) CLASSIFICAÇÃO DOS CARBONATOS Wright (1992) Vantagens – Todas as vantagens das classificações de Dunham e Embry & Klovan – Adiciona um equilíbrio na terminaologia entre feições primárias e secundárias – Avanço no conhecimento de processos diagenéticos e microbiais Desvantagens – As mesma das classificações de Dunham e Embry & Klovan – Reconhecimento complexo da origem da matriz micrítica (deposicional ou diagenética) – Relativamente novo e ainda não amplamente utilizado OÓIDES E PISÓIDES São grãos envelopados esféricos a elipsoidais com núcleo circundado por córtex, cuja a parte mais exterior é laminada ligeiramente concêntrica. Eventulamente, também apresenta estrutura radial (Oóides < 2mm, enquanto pisóides > 2mm). NX, aumento de 50x Oóides recentes Bahamas Adams & McKenzie 1998 Praias Oolíticas LITOCLASTOS Fragmentos de rochas carbonáticas - Extraclastos – derivados de fora da bacia - Intraclastos – derivados de dentro da bacia PELOIDES OU PELLETS Grãos carbonáticos microcristalinos sem estrutura interna Tamanho: 0.03- 0.1mm Pellets fecais Textura Grumosa Micritização PELOIDES OU PELLETS Bivalves Composição das conchas – Aragonita e calcita Formas – Desarticulados: Alongadas, retangular e curvados Estruturas Internas – Diversas camadas de microestruturas (folhas paralelas de aragonita ou prismas microcristalinos) Gastrópodes Composição das conchas – Aragonita Formas – Semelhantes a foraminíferos, porém maiores Estruturas Internas – Raramente preservada Braquiópodes Composição das conchas – Calcita-Mg (low-Mg) Formas – Desarticulados: Alongadas, retangular e curvados Estruturas Internas – Camada externa de fibras de calcita orientadas paralelas a concha e interna com fibras obliquas – Estruturas Punctae (tubos perpendiculares a concha) Equinodermas Equinóides e Crinóides Composição das conchas – Calcita-Mg (high-Mg) Formas – Largos e simples cristais de calcita com extinção uniforme, crescimento sintaxial Estruturas Internas – Estruturas porosa preenchida por micrito ou esparito Espinho de Equinodermata Foraminíferos Composição das conchas – calcita-Mg (low e high-Mg) Aragonita,ou misturada Formas – Formas circulares a subcirculares com câmaras Estruturas Internas – Paredes da testa são microgranulares e raramente fiborsa Algas Principal contribuinte para a formação de calcários Algas vermelhas– Estrutura celular preservada – Calcita high-Mg – Incrustadores (maciços ou arredondados) e ramificados Algas Cianobactérias (algas azul-verde) – Atividade microbial (formação de esteiras algais) – Atividade de escavações (envelope micrítico) – Trapeamento de partículas sedimentares durante o desenvolvimento dos filamentos (Estromatólitos) – Crescimento da esteira microbial seguido de sedimentação Outros Fósseis Esponjas – Espículas (sílica ou calcita) Artrópodes – Ostracodes – Trilobitas Calcisferas – Objetos esféricos (até 0,5mm) – Calcita com paredes de micrito – Algas ou foraminíferos? Trilobita Matriz micrítica “verdadeira” Estrutura Geopetal – 3,1mm CARACTERÍSTICAS TEXTURAIS E FÁBRICA 1º geração e 2º geração de cimento Neomorfismo ou recristalização de micrito Microspar Micrito Pseudospar Matriz Cimento Mudstones Wackestones Packstones Grainstones Boundstones PRINCIPAIS GRUPOS DE CALCÁRIOS • Calcários aloquímicos espáticos (grainstones) • Calcários aloquímicos microcristalinos (packstones, wackestones) • Calcários microcristalinos (mudstones) • Biolititos (boudstones) Calcários aloquímicos espáticos (grainstones) • Ambiente deposicional de correntes fortes e ação intensa de ondas. • Poros intersticiais preenchidos por cimento • Intraesparitos, ooesparitos e bioesparitos • Estratificações cruzadas • Praias, baixios, canais de maré, etc. Calcários aloquímicos microcristalinos (packstones, wackestones) • Proporção considerável de aloquímicos. • Correntes insuficientes para evitar a sedimentação da lama microcristalina. • Calcita espática ausente ou em pequenas proporções. • O limite entre calcários aloquímicos microcristalinos e calcários microcristalinos é de 10% de componentes aloquímicos. Calcários microcristalinos (mudstones) • Compostos quase inteiramente de lama microcristalina sem ou com poucos aloquímicos. • Ausência de correntes fortes. • Ambientes relativamente calmos. • Lagunas protegidas, plataformas de águas rasas, águas moderadamente profundas ou ambientes onde corais e algas capturam a lama microcristalina. • Dismicrito (Poros preenchidos por calcita) Biolititos (boundstones) • Estruturas orgânicas in situ (recifes) • Corais, algas, briozoários, etc. • Águas rasas, límpidas e quente, na zona fótica. • Geralmente cristalizados (alto teor de aragonita) • Zonas de alta energia Modelamento Faciológico de Irwin Folk: Dunham: Ambiente deposicional Zona de Irwin Folk: Dunham: Ambiente deposicional Zona de Irwin Folk: Dunham: Ambiente deposicional Zona de Irwin Folk: Dunham: Ambiente deposicional Zona de Irwin Folk: Dunham: Ambiente deposicional Zona de Irwin Folk: Dunham: Ambiente deposicional Zona de Irwin Folk: Dunham: Embry and Klovan Ambiente deposicional Zona de Irwin Folk: Dunham: Wright: Ambiente deposicional Zona de Irwin Folk: Embry and Klovan: Dunham: Wright: Ambiente deposicional Zona de Irwin Folk: Embry and Klovan: Dunham: Wright: Ambiente deposicional Zona de Irwin The end..
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