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Prova de Endodontia I com respostas

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ENDODONTIA – REC – 2016
Cirurgia de acesso
Procedimento que deve ser feito para termos acesso ao canal radicular.
Preparo ≠ Cirurgia de acesso.
A forma da câmara pulpar determina a forma da cirurgia de acesso.
O que é? É o prolongamento da câmara pulpar para a face oposta (externa) do dente. Nos dentes anteriores é a face palatina/lingual e nos posteriores é a face oclusal.
O que é a câmara pulpar? É a porção de tecido pulpar que fica localizada na porção coronária do dente, a porção localizada na raiz recebe o nome de canal radicular.
OBs.: • Para melhor compreensão, a cavidade endodôntica pode ser preparada em duas fases: preparo coronário → compreende a cirurgia de acesso à câmara pulpar e o preparo radicular → acesso ao canal radicular e sua instrumentação;
• O acesso pode ser obtido com instrumentos de alta rotação ou baixa rotação, dependendo da situação; A broca ideal para a cirurgia de acesso é a broca esférica (o número da broca é escolhido de acordo com o tamanho do dente); 
• Normalmente, o dente submetido ao tratamento endodôntico está com um processo patológico e, portanto, causando certo grau de desconforto; O uso de brocas acionadas por um motor de baixa rotação pode provocar vibrações que consistem em mais uma agressão aos ligamentos sensíveis
• A medida que o corte progride em direção à câmara pulpar, é preciso ter em mente o eixo longitudinal da raiz; Ao ser atingida a câmara pulpar, usualmente, tem-se a sensação de queda no vazio; 
• O operador deve raciocinar que as câmaras pulpares calcificadas não provocam a sensação de queda no vazio, portanto, é de extrema importância analisar correta e detalhadamente a radiografia de estudo/diagnóstico;
• Uma vez atingida a câmara coronária, o passo seguinte consiste na remoção de todo o teto da mesma;
• A remoção do teto da câmara pulpar deve ser realizada com movimentos de varredura (de dentro para fora); Sua remoção deve ser realizada com brocas esféricas (2, 3 ou 4 dependendo do volume da câmara pulpar), e pode ser realizada com brocas acionadas por motor de baixa rotação ou alta rotação;
• O resultado deve ser uma câmara pulpar totalmente visível, com os pequenos orifícios dos canais bem nítidos;
• A forma de conveniência deve ser lembrada ao atuarmos nos incisivos inferiores, que podem apresentar dois canais e, um deles está situado na porção lingual;
• Nos molares superiores, a forma de conveniência deve ser executada, pois esses dentes podem apresentar dois canais na raiz mesio-vestibular. Assim, a forma clássica triangular deve dar lugar a uma forma modificada; 
• Os pré-molares, tanto superiores como inferiores, também podem apresentar canais extras, e, nesses casos, também se lança mão da forma de conveniência; 
• Caninos inferiores com dois canais ou com duas raízes devem apresentar uma cirurgia de acesso com forma de conveniência aumentada no sentido vestíbulo-lingual, uma vez que o canal lingual está bem abaixo do cíngulo deste dente.
Radiografia de diagnóstico/estudo/inicial:
· É essencial para um tratamento endodôntico ideal;
· Importante para o estudo do dente que vai ser tratado;
· Informações sugestivas;
· Bidimensional: sobreposição de estruturas;
· O principal fator a ser verificado nesta radiografia o volume da câmara pulpar, que pode ser:
◦ Atrésico → cirurgia de acesso pequena;
◦ Grande → cirurgia de acesso grande.
O canal radicular não é cônico (como uma casquinha de sorvete), ele é desuniforme, não tem alisamento das paredes e nem forma geométrica definida. Seu diâmetro varia ao longo eixo do dente.
Procedimentos operatórios:
1. Ponto de eleição
2. Direção de trepanação
3. Remoção do teto da câmara pulpar 
4. Forma de contorno/conveniência
5. Preparo cervical → desgaste compensatório
6. Limpeza e antissepsia da cavidade
1. Ponto de eleição
É o ponto onde a broca deve ser inserida para começar a cirurgia de acesso. Para encontrar este ponto devemos dividir a face palatina em 9 quadrantes iguais (jogo da velha) e eleger o quadrante central na porção mais próxima do cíngulo.
1. Direção de trepanação
Perpendicular ao longo eixo do dente tocando o ponto de eleição → Por quê? Para que seja atingida a porção mais volumosa da câmara pulpar.
Seleção da broca para início do acesso: esférica, em alta rotação, com tamanho compatível a dimensão da coroa dental.
Por quê deve ser utilizada broca esférica? Permite desgaste do esmalte e dentina sem tocar nas paredes da cirurgia de acesso, permitindo sensação de queda no vazio.
Caso a broca toque na parede oposta a cirurgia de acesso, pode gerar depressão que facilita a deposição de matéria orgânica e inorgânica, levando ao processo de putrefação e posterior escurecimento da coroa.
1. Remoção do teto da câmara pulpar 
Movimentos de varredura com a broca esférica no sentido incisal. A broca estava perpendicular e termina quase paralela a incisal (quase porque se terminar paralela, significa que a incisal foi removida).
Para verificar se todo o teto foi removido, utilizar sonda exploradora nº5. Passar a ponta quadrangular pela parede vestibular da cirurgia de acesso, se a sonda deslizar livremente significa que o teto foi removido por completo, se não deslizar livremente significa que o teto não foi removido por completo.
1. Forma de contorno e conveniência → acabamento final
Utilizar broca endo z em alta rotação para fazer o alisamento, divergência das paredes e arredondamento dos ângulos.
1. Preparo cervical → desgaste compensatório
Remoção do ombro cervical (ocorre principalmente em dentes anteriores superiores) com La Axxess (35.06 e 45.06) e CP Drill (equivalente a La Axxess 20.06) em baixa rotação.
Sentido vai e vem forçando contra parede palatina, penetrando somente terço cervical.
Anatomia dentes anteriores superiores:
1. Incisivo central superior 
· Normalmente apresenta raiz única com canal amplo e reto;
· Canais múltiplos são raros;
· Comprimento médio do dente: 22 mm → comprimento médio do dente é a distância entre o forame até a borda incisal;
· Forma da cirurgia de acesso: triangular com base voltada para incisal;
· Curvatura do ápice para vestibular → não é detectado na radiografia.
2. Incisivo lateral superior
· Normalmente apresenta raiz única com canal amplo;
· Curvatura do ápice distopalatina;
· Canais múltiplos são raros;
· Comprimento médio: 22 mm;
· Localizado na área de risco embriológico apresentando diferentes anomalias anatômicas;
· Forma da cirurgia de acesso: triangular com base voltada para incisal.
3. Canino superior
· É o maior dente permanente;
· Normalmente apresenta raiz única com um canal;
· Comprimento médio: 25 mm;
· Forma da cirurgia de acesso: ponta de lança.
Instrumentos Manuais
• Padronizados: INGLE e LEVINE (1958);
• Componentes: cabo, intermediário, parte ativa e guia de penetração;
• Limas Manuais → feitas em aço inoxidável, por torção, não apresentam memória elástica, são estandardizados e apresentam taper constante;
• Instrumentos Rotatórios → feitas em liga de Ni-Ti, por micro-usinagem, apresentam memória elástica, não são estandardizadas e apresentam taper variável.
a) Cabo → Contém informações que ajudam na identificação do instrumento:
• a cor identifica qual é a lima dentro de sua série (ex: 30 azul é a 4ª lima da primeira série);
• o número nos fornece o valor do D₀ (diâmetro da guia de penetração) quando multiplicado por 10 (ex: 30 x 10 = 300µm = valor do D₀ do instrumento);
• a figura geométrica é a representação gráfica da secção transversal do instrumento.
b) Intermediário → Conferem comprimento ao instrumento; Seu tamanho é variável e, devido a isso, encontram-se instrumentos com valor total de comprimento de 21 mm, 25 mm, 28 mm e 31 mm uma vez que o tamanho dos dentes possui uma ampla faixa de variação.
c) Parte Ativa / Guia de Penetração → possui tamanhão fixo de 16 mm; Cada milímetro de sua extensão apresenta um diâmetro específico e quando se caminha pelo instrumento em direção ao cabo existe um aumento regular no valor do diâmetro (conicidade / taper) que, por padrão, é .02 (isso significa que a cadamilímetro percorrido na haste em direção ao cabo temos um aumento de 20µm).
d) Taper: é o aumento da conicidade/diâmetro a cada milímetro percorrido na haste do instrumento.
Taper .02 → a cada um milímetro percorrido na haste do instrumento o diâmetro é aumentado em 20 µm.
Todo e qualquer instrumento manual tem taper .02.
	D16= D0 + 320 µm
Alargador 
Forma da parte ativa 	→ espirais de passo longo
Secção transversal 	→ triangular
Ângulo de corte	 → 25°
Cinemática 		→ rotação
Poder de corte 		→ médio
Lima Tipo K (Kerr) 
Forma da parte ativa 	→ espirais de passo curto 
Secção transversal 	→ quadrangular
Ângulo de corte	 → 45°
Cinemática 		→ qualquer uma
Poder de corte		→ baixo
Lima Hedströen 
Forma da parte ativa 	→ cones sobrepostos 
Secção transversal 	→ circular ou em vírgula
Ângulo de corte	 → 60°
Cinemática 		→ limagem
Poder de corte 		→ alto 
Lima Flexo-File 
Forma da parte ativa 	→ espirais de passo curto 
Secção transversal 	→ triangular
Ângulo de corte	 → 45°
Cinemática 		→ limagem
Poder de corte 		→ médio
Observações:
• A lima Flexo-File em teoria poderia ser utilizada com qualquer cinemática, mas por ser um instrumento muito usado em canais curvos, sua cinemática é exclusivamente de limagem, visto que movimentos de rotação podem levar a fratura do instrumento e ao insucesso da terapia endodontica;
• Poder de corte apresenta relação inversamente proporcional ao ângulo interno da secção transversal → Quanto menor o ângulo interno da figura geométrica maior é o poder de corte do instrumento
Poder de Corte
Hedströen > Alargador = Flexo-File > Tipo K
• A cinemática do instrumento esta relacionada com o ângulo de corte presente na parte ativa → Quando o instrumento apresentar ângulo de corte inferior a 30° a cinemática será de rotação, ângulo de corte superior a 60° a cinemática será de limagem e valores intermediários podem usar ambas cinemáticas ou ainda a junção das duas.
Alargamento			Alargamento e limagem			Limagem
Limagem → inserir a lima – ¼ a ½ volta – tração da lima
Rotação → inserir a lima – pressão lateral contra as paredes do canal – tração da lima
União das técnicas → inserir a lima – ¼ a ½ volta – pressão lateral contra as paredes do canal – tração da lima 
A fratura do instrumento pode ocorrer nas seguintes situações:
- Utilização de cinemática errada;
- Canais curvos só podem ser tratados com lima de aço inox se o movimento for limagem, independente do ângulo de corte.
Série de Instrumentos Série Golden Mediums 
Roxa		- 12	
Branca		- 17
Amarela	- 22
Vermelha	- 27
Azul		- 32
Verde		- 37
	 1ª Série 2ª Série 3ª Série 
Branca		-	15	 45	 90
Amarela	-	20	 50	 100
Vermelha	-	25	 55	 110
Azul		-	30	 60	 120
Verde		-	35	 70	 130
Preta		-	40	 80	 140
Série Especial 
Rosa	-	06
Cinza	-	08
Roxa	-	10
Outros Instrumentos Manuais
Extirpa Polpa
- Instrumentos frágeis – utilizados em canais amplos e retos;
- Removem o conteúdo pulpar;
- Em sua haste existem pequenas farpas. 
Espaçador Digital
- Feitos em aço inoxidável ou em Ni-Ti;
-Utilizados para promover espaço para inserção de cones auxiliares durante a obturação (na técnica clássica).
Incisivos e Caninos Superiores
 • Ponto de eleição → Para sua definição utilizamos do artifício de dividir a face palatina do dente em 9 quadrantes, e no quadrante central, na região mais próxina ao cíngulo, é onde devemos começar nossa cirurgia de acesso.
• Direção de trepanação → Perpendicular ao longo eixo do dente.
• Forma da cavidade → Para incisivos a forma padrão é um triangulo de base voltada para a incisal e para caninos a forma é ovalada ou em forma de ponta de lança (sendo que o maior eixo da cavidade é no sentido cervico-incisal).
Pré-Molares e Molares
• Ponto de eleição → Pré-Molares – centro do sulco principal; Molares – centro da fossa principal mesial. 
• Direção de trepanação → Paralelo ao longo eixo do dente, e no caso dos molares, a broca tem inclinação para a palatina (buscando a entrada do canal palatino).
• Forma da cavidade → Pré-Molares – eliptica com maior eixo no sentido vestibulo-palatino; Molares – triangular com base para a mesial.
2° Molar Superior
- 4 cúspides e 3 raízes (mesio-vestibular, disto-vestibular e palatina);
- 55% apresentam raízes bem diferenciadas;
- 50% apresentam 4 canais (sendo que a raíz mesio-vestibular apresenta, na maioria dos casos, dois canais estreitos e pouco acessíveis.
1° Molar Superior
- 4 cúspides e 3 raízes (mesio-vestibular, disto-vestibular e palatina);
- 95% apresentam raízes bem diferenciadas;
- 70% apresentam 4 canais (sendo que a raíz mesio-vestibular apresenta, na maioria dos casos, dois canais estreitos e pouco acessíveis.
Cirurgia de acesso de pré-molares e molares superiores
O achatamento da raiz leva ao aparecimento de mais de um canal. 
Algumas estruturas nunca devem ser tocadas com broca em dentes birradiculares: assoalho da câmara pulpar ou furca.
O que deve ser visto na radiografia? Onde se localiza a furca e se canal termina em forme único ou separado (todos os canais devem ser tratados).
Radiografia:
O primeiro problema é separar as imagens radiográficas → ápice e cúspide palatina de ápice e cúspide vestibular. Para que isto não ocorra deve ser utilizada a técnica de Clark, a ortoradial causa sobreposição de estruturas. 
 
 Figura 2 – Clark
 
 Figura 1 - Ortoradial
 
Canal vestibular foge do raio!
Pré-molar superior:
Passos:
1. Ponto de eleição: centro exato do sulco principal.
2. Direção de trepanação: paralelo ao longo eixo do dente no centro do sulco principal.
Penetrar 1 mm (cabeça da broca e mais um pouco), chegando nesse ponto desgastar da palatina para a vestibular com movimentos pendulares no sentido vestíbulo palatino até restar aproximadamente 1 mm da cúspide.
3. Remoção do teto da câmara pulpar: após exposição dos cornos pulpares é feita a união dos mesmos, ainda com broca esférica, removendo assim o teto da câmara pulpar.
Sempre encontrar os dois cornos pulpares e depois unir os dois. Nunca tentar encontrar os canais com a broca, sempre deixar o canal encontrar você.
4. Dar acabamento e divergência das paredes com endo Z, de forma a promover leve divergência para a oclusal.
5. Desgaste compensatório com La Axxes, Cp Drill ou rotatórios (25/12, 25/10 e 25/08).
Forma da cirurgia de acesso: elíptica no sentido vestíbulo palatino.
PMS com 3 raízes: CA em forma de letra T.
Ao término da CA as limas devem entrar no canal sem sofrer nenhum tipo de interferência na câmara pulpar e no terço cervical do canal.
Molares superiores:
Apresenta 3 raízes: disto vestibular, mésio vestibular (apresenta achatamento que leva ao aparecimento de mais de um canal) e palatina.
Canal palatino → abaixo da sua cúspide.
Canal mésio vestibular → 1º: abaixo da sua cúspide
 → 2º: ?
Canal disto vestibular: ?
Ponte de esmalte é o limite, nunca devemos ir além dela.
Passos:
1. Ponto de eleição: centro exato da fossa principal mesial.
2. Direção de trepanação: inclinada em direção ao canal palatino, entrar até sentir sensação de queda no vazio.
3. Remoção do teto em direção a ponta da cúspide mésio vestibular e posteriormente em direção a cúspide disto vestibular.
4. Acabamento e divergência das paredes.
Divergência mésio vestibular → proporciona melhor visibilidade para o CD.
5. Desgaste compensatório → reparo da embocadura com limas rotatórias 25/12, 25/10 e 25/08.
Forma da cirurgia de acesso: triangular com base para a mesial.
Free Tip Preparation → técnica para canais curvos
Limas de taper .02 e .04 devem ser utilizadas para todo o CT, enquanto as limas de taper maior são utilizadas para o preparo cervicalde canais curvos e atrésicos. As últimas não devem adentrar mais que o terço médio e cervical do canal radicular.
Por que não é possível utilizar limas de taper maior que .04 para todo o CT? Porque tem discrepância de diâmetro, que pode levar a perfuração lateral do canal radicular.
O que define se vou utilizar rotatórios ou La Axxess e cp drill para preparo cervical? O diâmetro e volume do canal radicular.
25/12, 25/10 e 25/08 ou 25/08, 25/10 e 25/12 → deve ser seguida a ordem do maior para o menor ou do menor para o maior.
Sem preparo cervical → ao percorrer o canal radicular existem regiões que tem menor diâmetro que o forame apical, o que leva ao travamento e seleção errados do instrumento. Por este motivo deve ser feito o preparo cervical corretamente e checar com sonda endodôntica. 
Técnica: 
Ex. Considerando que o instrumento que confirmou o CT seja menor que 20 (primeiro rotatório que temos), o canal deve ser dilatado com limas manuais até chegar ao 20 para começar a instrumentação rotatória. 
#10, #15, 20/02, 20/04, 25/06, 25/02, 25/04, 25/06, 30/02, 30/04, 25/06, 35/02
	Instrumento inicial
	Manuais → removem porção de dentina muito pequena, por isso devem ser desconsiderados.
25/06 → deve entrar somente na porção reta do canal, por isso não precisa ser calibrada com CT.
Qual a influência do taper no preparo cervical? Aumento da divergência das paredes, promovendo aumento da conicidade do canal radicular.
O último instrumento deve percorrer todo o comprimento de trabalho, por tanto não pode ser a 25/06 já que esta percorre somente a porção reta do canal radicular.
A partir da lima 30/04 ocorre diminuição significativa da flexibilidade da lima, o que leva a possibilidade de fratura da lima. Por este motivo não utilizamos instrumentos de número maior que 30 no taper .04.
Cirurgia de acesso dos dentes anteriores inferiores
A maior parte dos fracassos do tratamento endodôntico resulta do preparo incorreto da cavidade de acesso aos canais radiculares.
Incisivos inferiores:
A principal diferença entre os dentes superiores e inferiores é a dimensão entre as paredes vestibular e lingual, essa dimensão é tão menor que pode ser que não seja sentida a sensação de queda no vazio, por este motivo é necessário que exista noção do desgaste para que o profissional não perfure a parede vestibular durante a cirurgia de acesso. 
O incisivo central inferior apresenta uma só raiz, mas quanto ao número de canais a situação é diferente. O achatamento no sentido mésio distal da raiz pode ser tão pronunciado que o canal pode ficar bifurcado parcial ou totalmente. Ocorrendo essa bifurcação quase sempre na parte mais larga, o canal se divide em um ramo vestibular e outro lingual, que normalmente se unem novamente, formando um único forame.
Existe três dificuldades em tratamento endodôntico de incisivos inferiores 
· Variação anatômica → podem apresentar três canais ou mais, até que se prove clinicamente esta possibilidade;
· Posição no arco;
· Dimensão diminuída.
Além disso podem ter comprimento maior que os superiores, e quanto maior o comprimento maior a dificuldade de obturação.
O retratamento endodôntico é extremamente complicado quando comparado ao tratamento.
Achatamento da raiz → quanto maior o achatamento da raiz, maior a chance do canal se dividir no sentido vestíbulo lingual. Se não houver divisão, será um único canal em forma de oito.
É indicada a utilização da técnica de clark para tirar a radiografia, assim pode ser verificada a presença de dois canais. 
O abaulamento da raiz leva ao aparecimento radiográfico de uma linha paralela ao canal radicular, porém todo canal radicular sai da câmara pulpar e esta linha paralela não parte da câmara, então não pode ser considerado um canal radicular → olhar a radiografia de diagnostico com cuidado.
Canino inferior:
O abaulamento da raiz leva ao aparecimento radiográfico de uma linha paralela ao canal radicular, porém todo canal radicular sai da câmara pulpar e esta linha paralela não parte da câmara, então não pode ser considerado um canal radicular → olhar a radiografia de diagnostico com cuidado.
Passos cirurgia de acesso dos dentes anteriores:
1. Ponto de eleição
Dividir a face lingual em 9 quadrantes iguais (jogo da velha) e eleger o quadrante central na porção mais próxima do cíngulo.
2. Direção de trepanação: perpendicular ao longo eixo do dente.
3. Remoção do teto da câmara pulpar
Remover o teto com movimentos de varredura.
Se houver remoção da incisal pode ocorrer a fratura do dente ou escurecimento da coroa.
4. Forma de contorno e conveniência
Alisamento e divergência das paredes, arredondamento dos ângulos com endo Z.
5. Preparo cervical
Remoção do ombro cervical com cp drill e la axxess.
Forma da cirurgia de acesso dos incisivos inferiores: triangular com base para a incisal.
Forma da cirurgia de acesso dos caninos inferiores: ovalada.
Cirurgia de acesso dos pré-molares e molares inferiores
Área polar de Shoveldon → somente para dentes achatados.
Área polar de Shoveldon é a área de maior concentração bacteriana, por este motivo o preparo cervical deve ser feito forçando as paredes vestibular e lingual para se certificar de que essa área não está mais contaminada. Utilizar cp drill e la axxes, porque limas não podem ser forçadas e só instrumentam em abaixo do terço cervical.
Pré-molar inferior:
Dente uniradicular que apresenta raiz achatada no sentido mésio distal. Este achatamento leva o dente a apresentar um canal ovalado no sentido vestíbulo lingual ou ao aparecimento de dois canais, um vestibular e um lingual. As raízes podem apresentar-se totalmente ou parcialmente separadas ou fusionadas.
As raízes fusionadas apresentam um sulco central que pode ser confundido com canal radicular, pois radiograficamente se apresenta como uma linha radiolúcida ao longo da raiz. 
Uma análise mais acurada da radiografia mostra a presença de dois canais e abertura da sua separação. A altura e localização da separação dos canais é vista no exame da radiografia inicial. O canal lingual está situado abaixo de um ombro lingual, que deve ser removido para facilitar a localização e o acesso das limas endodônticas.
Quando a raiz é única e o dente apresenta dois canais, eles terminam em um mesmo forame. Nestes casos tomar cuidado durante a instrumentação do canal lingual, curvatura acentuada da junção dos canais, que pode levar a fratura do instrumento.
Cirurgia de acesso:
1. Ponto de eleição
Centro do dente sobre sulco principal em cima da ponte de esmalte.
2. Direção de trepanação
Paralela ao longo eixo do dente até que se sinta a queda no vazio.
3. Remoção do teto da câmara pulpar com movimentos de varredura da vestibular para lingual.
4. Forma de contorno e conveniência 
Acabamento e divergência das paredes, arredondamento dos ângulos com endo z.
5. Desgaste compensatório
Se o dente tiver dois canais, o lingual está situado abaixo de um ombro que deve ser removido. A remoção desse ombro é feita com la axxess.
Forma da cirurgia de acesso: circular.
Molares inferiores:
Apresentam duas raízes. A mesial apresenta forma triangular e grande achatamento no sentido mésio lingual, na maioria das vezes tem dois canais, o mésio lingual e mésio vestibular. Já a raiz distal é cônica com canal amplo, apresenta ligeiro achatamento no sentido mésio distal. Na maioria das vezes apresenta um canal, mas pode apresentar dois
Normalmente a raiz mesial tem curvatura voltada para a distal que sempre é detectada no exame radiográfico. A forma triangular da raiz faz com que os canais apresentem uma curvatura voltada para o centro do dente, curvatura essa que não é vista na radiografia.
Localização dos canais:
· Canais mesiais: estão localizados abaixo das suas respectivas cúspides (mésio vestibular e mésio lingual);
· Canal distal: localizado abaixo da linha que une as duas cúspides distais com o sulco principal.
Passos da cirurgia de acesso:
1. Ponto de eleição: centro exato do sulco principal.
2. Direção de trepanação: paralela ao longo eixo do dente,ligeiramente inclinada para a embocadura do canal distal. Por quê? Por causa da relação do teto com o assoalho da câmara pulpar. Por ser o maior canal é a área mais ampla da câmara pulpar, desta forma ocorre a sensação de queda do vazio e a perfuração da furca fica mais difícil de ocorrer.
3. Remoção do teto da câmara pulpar: entrar com broca até sensação de queda no vazio e remover o teto em direção mesial.
4. Forma de contorno e conveniência
Alisamento e divergência das paredes, arredondamento dos ângulos internos com endo z.
5. Preparo da embocadura do canal com la axxess e rotatórios. 
Forma da cirurgia de acesso: trapezoidal com base maior voltada para mesial.
Molar inferior com três raízes:
Raiz adicional localiza-se na porção disto lingual do dente.
Ocorre com mais frequência em pessoas descendentes da raça mongólica, asiáticos e chineses.
Rotatórios:
Perfil da aresta lateral:
Quanto menor o ângulo interno da aresta lateral maior o poder de corte do instrumento.
 
 Filete Guia radial
· Sistema k3: Esses instrumentos são fabricados por usinagem de um fio metálico de Ni-Ti, sendo constituído de alargadores apicais e cervicais. São projetados para ser acionados com giro contínuo à direita. Eles apresentam número e taper no cabo.
· Sistema Profile: Fabricados por usinagem a partir de um fio de Ni-Ti, sendo constituído de alargadores apicais e cervicais. São acionados com giro contínuo à direita.
· Sistema Hero: Instrumentos de Ni-Ti fabricados por usinagem, sendo compostos de alargadores apicais e de um alargador cervical. São utilizados com rotação contínua à direita.
· Sistema Race: São constituídos de 2 tipos: RaCe e Pré- Race. São acionados com movimentos rotatórios contínuos ou alternados. Possuem forma da seção reta transversal de sua haste de corte helicoidal.
· Sistema Mtwo
· Sistema Protaper
· Sistema Reciproc
· Sistema WaveOne
· Sistema SAF
· Sistema TF Adaptive
Vantagens da da instrumentação rotatória
· Menor numero de acidentes durante o preparo biomecânico
· Menor formação de degraus
· Menor índice de perfuração
· Menor formaçãp de ZIPS (rasgo na raiz por instrumentação excessiva)
Odontometria
A cirurgia de acesso visa a introdução da ponta reta do explorador de forma que este fique paralelo ao longo eixo do dente. Se este entrar reto é porque o ombro foi removido, se não entrar reto utilizar LA Axxess maiores.
Utilizar lima tipo K para odontometria. 
1. Primeira radiografia (diagnóstico/inicial/estudo)
2. Utilizar régua calibradora pata medir do ápice do forame até borda incisal na radiografia → comprimento aparente de estudo (CAE)
Ex.: CAE = 24 mm
 CAE – 4 mm = comprimento de trabalho provisório (CTP)
4 mm → margem de segurança para que instrumento não ultrapasse forame e atinja tecidos periapicais
24-4 = 20 mm (CTP)
3. Colocar instrumento na régua calibradora e posicionar no CTP, marcar com cursor de silicone (stop).
4. Posicionar instrumento com cursor no dente e eleger ponto de referência, que normalmente é a borda incisal. O ponto de referência deve ser o mesmo durante toda a Odontometria.
5. Segunda radiografia 
	CRD = CRI x CAD
 CAI
CRD → comprimento real do dente
CRI → comprimento real do instrumento
CAD → comprimento aparente do dente
CAI → comprimento aparente do instrumento
Ex.: CRD = 22,35 mm → quando der número quebrado aproximar para número inteiro ou para metade (0,5), sempre o mais próximo.
	No laboratório ficou padronizado 0,5 mm.
22,35 → 22,5 mm = CRD
CT = CRD – 1 a 0,5 mm
Comprimento de trabalho (CT) = 22 mm
6. Marcar com régua calibradora o CT e posicionar cursor. Colocar no dente com cursor utilizando o mesmo ponto de referência que a radiografia anterior.
Se na segunda radiografia o instrumento ficar aquém 0,5 mm significa que não foi dada margem de segurança.
Se na terceira radiografia (radiografia de confirmação) estiver mais que 0,5 mm significa que mediu errado ou fez conta errada → tirar nova radiografia e a terceira passa a ser a segunda.
O endodontista deve trabalhar somente no canal dentinário e nunca chegar ao canal cementário.
A partir do CTP utilizar limas do menor para maior calibre, que estejam calibradas com o valor de CTP ou CT de acordo com a fase de Odontometria, e experimentar no dente até que alguma trave. Isso significa que é o diâmetro correto para aquele comprimento → o instrumento que confirma o CT é sempre menor que aquele que confirma o CTP.
O instrumento que confirma o CT nos dá três informações:
· Comprimento de trabalho;
· Diâmetro anatômico;
· Instrumento inicial da instrumentação biomecânica.
O que é o diâmetro anatômico? É o diâmetro original do canal radicular no comprimento de trabalho após preparo cervical. Por quê após o preparo? Porque se não for depois o instrumento trava na cervical. 
Preparo químico cirúrgico dos canais radiculares → instrumentação de canais retos
O preparo cervical é a fase fundamental para remover interferências que impedem a introdução do instrumento.
Objetivos:
1. Limpeza: remoção de remanescentes orgânicos (polpa) e inorgânicos (dentina) do canal radicular.
2. Sanificação (desinfecção): diminuição (não extinção) do contingente bacteriano do canal radicular.
3. Forma: deixar canal radicular apto para inserção do instrumento.
Preparo químico mecânico com hipoclorito de sódio (FORP – 1%)
· Dissolução de tecidos orgânicos;
· Efeito antimicrobiano;
· Clareação e desodorização;
· Transformação de aminas em cloraminas.
Limas → preparo mecânico.
Hipoclorito → preparo químico.
As bactérias presentes na polpa podem penetrar nos canalículos dentinários. Quanto mais elas se afastam do canal radicular, menos substrato elas recebem e menor é a chance de sobrevivência. Elas conseguem sobreviver por cerca de 150 a 200 µm (camada de pré-dentina). Quando ocorre a remoção da pré-dentina contaminada, o processo de sanificação é mais eficiente.
Passos:
1. Irrigação e exploração inicial: sempre que formos inserir um instrumento no canal radicular deve ser feita a irrigação abundante.
2. Cirurgia de acesso
3. Odontometria
4. Sequência da instrumentação: irrigação, aspiração, inundação, instrumentação.
Ex: Instrumento manual nº35 → cursor deve parar no ponto de referência e lima travar no CT. Se lima travar antes de chegar no CT, instrumentar com o rotatório nº35. Se lima chegar no CT, passar para o próximo instrumento.
 
Rotatório nº35 → deve travar no CT.
Rotatório nº40 → instrumento inicial.
	200 µm (camada de pré-dentina)
Para canal contaminado: inicial + 4
Para canal não contaminado: inicial + 3
Rotatório nº45
Rotatório nº50
Rotatório nº55
Rotatório nº60
5. Batente apical: é importante para obturação. É igual ao D0 do último instrumento. 
Quantos instrumentos usar acima do inicial?
Para dentes necrosados, com contaminação: Instrumento inicial + 4 instrumentos
Para dentes vivos, sem contaminação: Instrumento inicial + 3 instrumentos
REGRAS
1- Nunca exceder 5seg no interior do canal
2- Nunca forçar o instrumento
3- Movimentos de bicada´
4- Entrar e sair do canal com instrumento acionado
5- Descartar imediatamente instrumental submetido a grande estresse
6- Na dificuldade de avançar com o instrumento avançar com seu anterior
7- Irrigar abundantemente
Técnica de obturação
Objetivo: selar toda a extensão da cavidade endodôntica, desde a sua abertura coronária até o termino apical.
Tem 3 finalidades:
1. Evitar espaços vazios: são propícios a proliferação bacteriana;
2. Finalidade antimicrobiana: reduzir contingente bacteriano (ação antimicrobiana);
3. Finalidade biológica: não agredir os tecidos periapicais, bem como, favorecer sua reparação.
É realizada com três materiais: cones principais de guta-percha, cones acessórios de guta-percha e cimento obturador.
Passos:
1. Irrigação do canal radicular
2. Selecionar cone de guta-percha principal de número correspondente ao diâmetro do batente apical (ultima lima que percorreu o CT).
3. O cone deverá passar por três testesque devem seguir esta ordem:
a. Visual: medir a guta-percha na régua calibradora com auxílio de uma pinça clínica (como se fosse um cursor de silicone).
Inserir no canal e este deve chegar ao CT e parar no ponto de referência.
E se o cone não chegar ao CT? Voltar para o último instrumento que percorreu o CT e provar o cone novamente.
E se o cone ultrapassar o CT? Ocorre sobreinstrumentação que provoca reação inflamatória que pode levar a pericementite. Além disso não será formado batente apical. O que fazer? Primeiro confirmar o CT e depois passar ao menos 2 instrumentos depois do último. 
b. Tátil: o cone deve oferecer resistência ao ser removido do canal radicular → travamento do cone principal.
E se não travar no CT? Inicialmente, selecionar um cone principal imediatamente maior.
E se não travar no CT? Inicialmente, selecionar um cone principal imediatamente maior.
E se não travar novamente no CT? Selecionar um cone principal imediatamente maior ao anterior.
E se não travar no CT? Inicialmente, selecionar um cone principal imediatamente maior.
Não chegou no CT! Volta no cone anterior e cortar, de 0,5mm a 0,5mm, a ponta do cone principal com bisturi até obter o travamento.
c. Radiográfico: o cone deve estar no CT.
4. Após a seleção do cone: manter os cones principal e acessórios imersos em solução antisséptica (hipoclorito de sódio ou álcool iodado). Deve ser seco com gaze estéril antes de ser utilizado.
5. Antes da obturação: tirar o excesso de hipoclorito do canal com a cânula de aspiração (maior calibre e depois, pequeno calibre).
Durante seleção do cone o canal deve estar inundado.
6. Inundar canal radicular com EDTA e deixar por 5 minutos para remover smear layer.
7. Após deixar o EDTA por 5 minutos, aspirar o canal com cânula de aspiração de maior calibre seguida da de pequeno calibre. Secar o canal radicular com cones de papel absorvente de diâmetro compatível ao diâmetro do batente apical.
8. Seleção da técnica de obturação
a. Clássica: para forames considerados fechados (DA menor ou igual a 250 µm) → cimento obturador deve ser levado ao canal radicular com lima tipo K ou alargador de tamanho imediatamente menor que o batente apical. Depois levar cone principal e acessórios com cimento obturador.
b. Biológica: para forames considerados abertos (DA maior que 250 µm) → levar cones principal e acessório com cimento obturador.
9. Manipulação do cimento → formação de fio de 2 cm ou massa que demore de 10 a 12 segundos para cair da espátula. PONTO DE “FIO DE BALA”
10. Após inserção do cine principal, preencher canal radicular com acessórios, também com cimento obturador. Inserir cones até que perceba que o cone acessório ocupa só terço cervical.
11. Tirar radiografia para verificar qualidade da obturação
Se a restauração estiver insatisfatória (porosa) na porção cervical, no máximo terço médio, utilizar espaçador digital para condensação lateral.
Obturação satisfatória: sem porosidade nos três terços do canal.
Cortar excesso com hollenback abaixo do nível da cora clínica.
Condensação vertical com condensadores de paiva.
12. Limpeza da câmara pulpar com esponja e álcool.
13. Colocar camada de guta-percha e cobrir com oxido de zinco e eugenol.
14. Radiografia final (sem isolamento absoluto).
Penetração desinfetante
 A penetração desinfetante é o processo de desinfecção do sistema de canais radiculares em dentes com diagnóstico de necrose pulpar, com ou sem lesão apical. Tem como objetivos manter a vitalidade dos tecidos periapicais, visando garantir a sua regeneração, além de neutralizar conteúdo tóxico e diminuir o contingente bacteriano do canal radicular e da dentina circundante. 
Vale ressaltar que a penetração desinfetante deve ser realizada no sentido coroa-ápice de forma gradual e criteriosa, afim de evitar a extrusão do conteúdo tóxico-bacteriano para a região periapical, o que pode levar ao desenvolvimento de "Flare-up". Este fenômeno consiste na agudização de um processo crônico, causado após o início do tratamento endodôntico e pode ocorrer pela simples mudança de pressão durante a abertura da câmara pulpar.
 Protocolo Clínico 
1ª Etapa - Radiografia de diagnóstico e cirurgia de acesso 
Inicialmente, deve-se realizar uma radiografia inicial ou de diagnóstico. Em seguida, deve ser realizado à correta cirurgia de acesso, seguindo todos os princípios de ponto de eleição, direção de trepanação, remoção do teto, forma de contorno e conveniência estabelecidos para cada grupo dental. 
Deve-se ressaltar, que a partir da queda no vazio, o processo de irrigação – aspiração – inundação com hipoclorito de sódio a 1% deve ser realizado de forma abundante, iniciando o processo de penetração desinfetante, reduzindo o número de microrganismos presentes na câmara pulpar. Em seguida, deve ser realizado o isolamento absoluto e antissepsia do campo operatório.
2ª Etapa - Remoção do ombro nos dentes anteriores ou interferências cervicais nos dentes posteriores e determinação do comprimento de trabalho provisório (CTP) 
Após checar a necessidade de complementação da cirurgia de acesso, deve ser realizado a localização das entradas dos canais radiculares com explorador reto seguido de irrigação - aspiração - inundação abundante com hipoclorito de sódio a 1%. Em seguida, os canais radiculares devem ser explorados com lima manual tipo K #10. 
Após esse processo, nos dentes anteriores deve ser realizado a remoção do ombro palatino/lingual com as brocas LA Axxess 20.06 (ou CP-Drill), 35.06 e 45.06 em baixa rotação, levando em consideração o volume do canal radicular, com irrigação - aspiração - inundação abundante com hipoclorito de sódio a 1%, a cada troca de instrumento. 
Já nos dentes posteriores, deve-se realizar a remoção das interferências cervicais com a sequência de instrumentos rotatórios 25.12, 25.10 e 25.08, com irrigação - aspiração - inundação abundante com hipoclorito de sódio a 1%, a cada troca de instrumento.
Após a remoção do ombro nos dentes anteriores e das interferências cervicais nos dentes posteriores, deve-se determinar o comprimento de trabalho provisório (CTP), medindo na radiografia de diagnóstico, o comprimento aparente de estudo (CAE) e, a partir deste valor, subtrai-se 4 mm (margem de segurança). 
Para canais amplos, o valor do CTP deve ser transferido para uma lima manual tipo K, compatível com o diâmetro do canal radicular. Esta lima deve ser utilizada com movimentos de penetração de milímetro em milímetro até chegar no CTP. A irrigação – aspiração – inundação abundante com hipoclorito de sódio a 1% deve ser realizada a cada milímetro percorrido. 
Em canais atrésicos, o valor do CTP deve ser transferido para uma lima manual tipo K #08 ou #10. Esta lima deve ser utilizada com movimentos de penetração de milímetro em milímetro até que o instrumento chegue no CTP. Deve ser realizada a irrigação – aspiração – inundação abundante com hipoclorito de sódio a 1% a cada milímetro percorrido.
3ª Etapa - Determinação do comprimento de trabalho (CT) e diâmetro anatômico clínico (DA) 
Com a lima adaptada ao CTP realiza-se nova radiografia (radiografia de odontometria). De posse desta radiografia, mede-se o comprimento aparente do dente (CAD) e o comprimento aparente do instrumento (CAI). Em seguida, calcula-se o CRD por meio da fórmula: CRD = CRI x CAD/CAI. Lembre-se que o CRI equivale ao comprimento real do instrumento adaptado no CTP. Para obtenção do comprimento de trabalho (CT), subtrai-se de 0,5 a 1 mm do CRD. Esta etapa também pode ser realizada com localizadores apicais eletrônicos. Vale ressaltar, que nos casos de determinação do CT com localizadores apicais eletrônicos, a radiografia de confirmação do CTP não é necessária, devendo ser realizada a radiografia de confirmação do CT quando o localizador indicar de 0,5 a 1 mm do ápice. 
Em seguida, continua-se o processo de penetração desinfetante de milímetro em milímetro até atingir o CT, com irrigação – aspiração – inundação abundante com hipoclorito de sódio a 1%, a cada milímetro percorrido. Em seguida, nova radiografia deveser realizada para confirmação da odontometria e do CT. Após confirmado o CT, deve-se verificar se a lima está bem adaptada (travada) na região apical, com o stop no ponto de referência, determinando o instrumento apical inicial que corresponde ao diâmetro anatômico clínico. Vale ressaltar que o DA clínico é o diâmetro do canal radicular no CT, após o preparo cervical. 
Segundo Pécora et al. (2004) a realização do preparo cervical influencia diretamente na determinação do diâmetro anatômico clínico uma vez que a embocadura do canal radicular representa a área de maior interferência por apresentar maior deposição de dentina, tornando-a mais estreita. Assim, a eliminação dessas interferências nessa região permite o acesso mais retilíneo do instrumento até o terço apical, determinando com maior fidelidade o diâmetro anatômico clínico e o instrumento apical inicial. 
Após a determinação do diâmetro anatômico clínico, realiza-se o planejamento do protocolo de instrumentação dos canais radiculares, que deve levar em consideração a remoção de 150 a 200 micrometros de dentina contaminada, bem como a escolha do sistema e técnica de instrumentação a ser utilizado. 
Após a instrumentação, deve-se realizar a medicação intracanal com pasta de hidróxido de cálcio com propilenoglicol ou soro fisiológico. Em seguida, remove-se o isolamento e verifica a oclusão.
Pulpectomia
Pulpectomia é a extirpação da polpa coronária e radicular, sã ou doente, porém viva. Por quê? Quadro de pulpite (inflamação da polpa) ou polpa saudável, mas existe indicação protética.
Não esquecer irrigação, aspiração e inundação em todo o processo. Irrigação começa na cirurgia de acesso em casos de polpa viva (isolamento antes do CA para não contaminar o canal), nos casos de polpa necrosada a CA (até chegar em preparo cervical) pode ser feita antes do isolamento, porque canal já está contaminado. Só utilizar irrigação com hipoclorito de sódio depois de isolado.
Para canais amplos e retos:
1. Realizar preparo cervical com la axxess (20.06, 35.06 e 45.06).
1. Estabelecer CTP.
1. Passar o CTP para um instrumento fino com a régua calibradora.
1. Promover deslocamento do tecido pulpar passando instrumento em todas as paredes do canal radicular, tomando cuidado para que haja descolamento do tecido pulpar dos canalículos dentinários corretamente, para quando utilizar o extirpa polpa este tecido seja removido sem dilaceração.
1. Selecionar o extirpa polpa.
Se selecionarmos um extirpa polpa muito fino ele não vai “segurar” a polpa para que esta seja removida do canal. Se utilizarmos um muito grosso ele toca a dentina, se prendendo e fraturando (por isso não é utilizado em canais curvos e atrésicos).
O ideal é selecionar um extirpa polpa com tamanho compatível ao diâmetro do canal sem que este toque a dentina (para não se prender).
Calibrar o instrumento no CTP e colocar no canal radicular, girar no sentido horário ou anti-horário, dando mais ou menos 2 voltas.
1. Selecionar instrumento adaptado ao CTP.
1. Realizar odontometria eletrônica.
1. Confirmar o CT radiograficamente.
Para canais atrésicos e curvos:
1. Curetagem da polpa coronária com colher de dentina para que seja visualizada entrada dos canais.
1. Preparo cervical com rotatórios (25.12, 25.10 e 25.08).
1. Selecionar um instrumento no CTP.
1. Realizar odontometria eletrônica.
1. Confirmar o CT radiograficamente.
1. Iniciar técnica de instrumentação.
1. A polpa é removida por fragmentação.
Observações importantes:
· O plano de tratamento (pulpectomia) nos casos de polpa viva pode ser realizado em uma única sessão.
· No caso da necessidade do curativo de demora deve-se utilizar o Hidróxido de Cálcio ou Otosporin
Materiais Obturadores do Canais Radiculares
Classificação dos materiais obturadores:
1. Material em estado sólido: aqueles que são levados ao canal radicular em estado sólido.
Cones de guta-percha;
Cones de poliéster.
1. Materiais em estado plástico: 
Cimentos: 
· À base de óxido de zinco e eugenol;
· À base de resinas plásticas;
· À base de hidróxido de cálcio;
· À base de ionômero de vidro;
· À base de silicone.
Pastas:
· Antissépticas;
· Alcalinas.
1. Material em estado sólido
1. Cones de guta-percha
Podem ser principais ou acessórios. Os cones principais são tem taper 02, 04 e 06. Os cones acessórios são mais afilados, com maior conicidade e tamanho variado.
Vantagens: adaptam-se facilmente as irregularidades do canal radicular; bem tolerados pelos tecidos periapicais; radiopacos; facilmente plastificados por calor ou solvente; possuem estabilidade dimensional nas condições de uso; não alteram cor do dente; fácil de ser removido do canal radicular.
Desvantagens: pequena resistência mecânica, dificultando o uso em canais curvos; não possui adesividade, por este motivo devem ser acompanhados de pasta ou cimento; podem ser deslocados pela pressão, provocando sobreobturação durante compactação.
1. Cones de resina
Cones principais e acessórios, à base de um polímero sintético, denominado resilon. 
É indicado para ser utilizado junto com cimentos resinosos.
São mais difíceis de serem retirados do canal radicular, pois não são solúveis em solvente.
1. Materiais em estado plástico- cimentos: em sua grande maioria são constituídos por um pó e um liquido e diferem basicamente das pastas por apresentarem reação de presa ou endurecimento, sendo preparados no momento do uso.
Requisitos de um cimento endodôntico ideal: ser de fácil inserção e remoção; ser plástico no momento da inserção, tornando-se sólido posteriormente; proporcionar bom tempo de trabalho; permitir selamento mais hermético possível; apresentar estabilidade dimensional nas condições de uso; não ser permeável; possuir bom escoamento e aderência; não ser solúvel; ser biocompatível; ser radiopaco; não manchar as estruturas dentais; ser passível de esterilização; ter atividade antimicrobiana.
1. Cimentos à base de oxido de zinco e eugenol – Cimento de Grossman
Características: boa capacidade seladora; baixa permeabilidade; estabilidade dimensional; adesividade adequada; baixa solubilidade; baixa desintegração.
Espatulação: massa que demore 12s para cair da espátula, consistência de fio de bala.
1. Cimentos à base de resinas plásticas
AH26 (com pó de parata): bom tempo de trabalho (24 a 48h); boa estabilidade dimensional; grande força adesiva; radiopacidade; boa solubilidade; boa capacidade seladora; alto escoamento.
AH26 Silver Free e Sealer 26 – Sem pó de prata e oxido de titânio.
AH Plus (resina tipo epóxi-amina): boa capacidade seladora; excelente comportamento histológico; atividade antimicrobiana; excelente escoamento; boa capacidade adesiva.
1. Cimentos à base de hidróxido de cálcio: tem boas propriedades biológicas e péssimas físico-mecânicas.
Apexit, Sealapex.
1. Materiais em estado plástico – Pastas: ao contrário dos cimentos as pastas não tomam presa ou endurecem, permanecendo em estado plástico no interior do canal radicular. Eventualmente elas podem ressecar e solidificar até que entrem em contato com o veículo novamente, retornando ao estado plástico. As pastas são utilizadas como medicamentos ou veículos para medicamentos no interior do canal radicular e tem seu uso indicado para ação especifica.
1. Pastas antissépticas: são pastas cuja ação é baseada no poder antisséptico dos seus componentes, principalmente do iodofórmio, cujo poder bactericida é resultado do iodo nascente liberado quando em contato com tecidos vivos, limitando a ação das bactérias. 
1. Pastas alcalinas: são pastas constituídas essencialmente por hidróxido de cálcio, podendo conter outros agregados. Estas pastas podem utilizar como veículo Polietileno Glicol, Propileno Glicol, Metilcelulose ou água destilada. 
As propriedades do hidróxido de cálcio derivam de sua dissociação iônica em íons cálcio e íons hidroxila, sendo que a ação destes íons sobre os tecidos e as bactérias explicam as propriedades biológicas e antimicrobiana desta substância. 
A liberação dos íons hidroxila eleva o pH para 10, o que acelera o metabolismo enzimático destasbactérias, dando a estas pastas seu poder bactericida.
Os íons hidroxila podem hidrolisar o LPS presente na parede celular das bactérias, degradando o lipídio A e neutralizando seu efeito residual após lise celular.
O lipopolissacarídeo é uma endotoxina encontrada nas bactérias gram negativas liberadas após a lise da membrana celular.
Além de hidrolisar o LPS, o hidróxido de cálcio inbe as enzimas da membrana citoplasmática das bactérias gram negativas e gram prositivas. 
Hidróxido de cálcio + propileno glicol: misturar lentamente o hidróxido de cálcio ao propileno glicol, manipulando vigorosamente até atingir consistência cremosa e homogênea.
Hidróxido de cálcio + solução de carboximetil celulose 2%: a carboximetil celulose promove uma maior aderência da pasta ao instrumento, garantindo um maior carregamento ao interior do canal.
OBS: quanto maior a quantidade de guta e menor de cimento, desde que ele preencha seus requisitos, mais fácil é a solubilidade e retratamento.
Soluções Irrigantes
Objetivos:
· Facilitar a instrumentação
· Limpeza de matéria orgânica e inorgânica do sistema de canais radiculares
· Diminuir contingente bacteriano
· Não agredir os tecidos periapicais
“As substâncias químicas auxiliares são empregadas no interior do canal radicular com a finalidade de promover a dissolução de tecidos orgânicos vivos ou necrosados, a eliminação ou máxima redução de microrganismos, a lubrificação, a quelação de íons cálcio e a suspensão de detritos provenientes da instrumentação”. (Lopes, Siqueira Jr, 2004)
	Requisitos:
· Baixa tensão superficial
· Pouca viscosidade
· Solvência de tecido
· Ação antimicrobiana
· Atividade quelante
· Ação lubrificante
· Suspensão de detritos
Tensão Superficial
Quanto menos a tensão superficial de uma substância, maior será a capacidade de umectação e penetração.
Agua (20ºC) = 72,75d/cm
Hipoclorito de sódio (24ºC) = 76 d/cm
Hipoclorito de sódio (37ºC) = 70,30 d/cm
Alcool etílico 96% = 23,06 d/cm
Viscosidade
Quanto maior a viscosidade, mais difícil o escoamento. Assim como a tensão superficial, a viscosidade diminui com o aumento da temperatura.
Atividade de solvência de tecido
O sistema de canais radiculares, mecanicamente inacessível, necessita da capacidade de dissolução tecidual da solução química auxiliar.
Todo tecido pulpar, mesmo vivo e não infectado, deve ser eliminado durante a biomecânica, para não servir de substrato potencial a uma proliferação microbiana.
Atividade antimicrobiana
Microorganismos e seus produtos são os principais responsáveis pela iniciação e perpetuação das patologias pulpoperirradiculares.
Atividade Quelante
Os quelantes usados em Endodotia são substancias orgânicas que removem ions cálcio da dentina, fixando-os quimicamente. A microdureza dentinária é inversamente proporcional ao tempo de ação do agente quelante.
Atividade lubrificante
As soluções químicas auxiliares, por meio da umectação, conservam as paredes dentinarias hidratadas e atuam como lubrificantes, reduzindo a forçao de atrito.
Suspensão de detritos
	As substâncias auxiliares têm como função manter os detritos orgânicos e inorgânicos, em suspensão facilitando sua remoção, por meio da aspiração.
A renovação da solução deve ser realizada não somente a cada troca de instrumento, mas após um pequeno número de movimentos, facilitando a ação do instrumento e evitando a extrusão de materiais além do forame
Soluções irrigantes usadas na biomecânica
Hipoclorito de sódio
Líquido de Dakin: NaOCl a 0,5% + Ácido Bórico
Líquido de Dausfrene: NaOCl a 0,5% + Bicarbonato de Sódio
Solução de Milton: NaOCl a 1% + Cloreto de Sódio
Licor de Labarraque: NaOCl a 2,5%
Soda Clorada: NaOCl a 4 - 6%
Água sanitária: NaOCl a 2 - 2,5%
Hipoclorito de sódio 1%: 
· Armazenar durante 4 meses
· Vidro âmbar
· Abrigo da luz e do calor
· pH 11 a 12: mais estável, liberação de cloro mais lenta
· Reduzindo pH: solução fica muito instável e a perda de cloro é mais rápida (Shelf life diminui)
PÉCORA et al. (1986)
Estudaram o Shelf Life da solução da Dakin armazenada em vidro âmbar sob diversas condições de luz e temperatura.
Após 4 meses:
a) Exposta ao sol – perda de 80% do teor do cloro
b) Temperatura ambiente (sombra) – perda de 60% do teor de cloro
c) Baixa temperatura (9°C) sem luz – perda de 20% do teor do cloro
PÉCORA et al. (1987)
Solução de hipoclorito de sódio abaixo de 0,3% não tem ação sobre Candida albicans ou Streptococcus fecalis.
A 0,5% é efetivo contra esses microrganismos em 15’’.
Quando não encontramos hipoclorito de sódio a 1% em dental ou farmácia para aquisição??
5 partes do produto para duas partes de agua filtrada.
Hipoclorito de sódio – Propriedades
· Atividade antimicrobiana
· Solvente de tecido orgânico
· Desodorizante
· Clareadora
· Lubrificante
· Detergente (saponificação)
Clorexidina
· Gluconato de Clorexidina 0,12 a 2% é preconizado para uso clínico.
· Apresenta relativa ausência de toxicidade.
· Não possui ação solvente e clareadora.
· Possui menor ação antimicrobiana que o hipoclorito.
· Pode ser usada como solução irrigante em pacientes alérgicos ao hipoclorito.
Solução Quelante
EDTA - Ácido Etilenodiamino Tetracético Sal Dissódico
· Quela íons cálcio da dentina.
· pH próximo do neutro (7,3).
· Diminui a microdureza da dentina.
· Aumenta a permeabilidade dentinária.
· Possui ação auto-limitante.
· Associações: EDTAC e EDTA-T.
Peróxido
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO (Água Oxigenada 3%)
Pode ser decomposto em água e gás oxigênio -> NaOCl + H2O2 NaCl + H2O + O2
Quanto mais concentrado:
Mais irritante, promove maior desnaturação protéica da dentina e maior a diminuição da microdureza dentinária.
Indicações:
Anti-séptico para anaeróbios e Clareamento dental.
Tensoativos
SÃO SEMELHANTES AO SABÃO BAIXAM A TENSÃO SUPERFICIAL DOS LÍQUIDOS.
· A gordura fixa a sujeira na superfície de tecidos ou objetos.
· O sabão reduz a tensão superficial entre a água e a gordura, molhando e destacando a camada gordurosa, emulsionando-a.
· Em soluções aquosas ácidas ou rica em sais (água dura), o sabão talha formando grumos gordurosos insolúveis em água.
Associações e misturas
· QUELANTE + DETERGENTE
EDTAC		EDTA-T
· ASSOCIAÇÕES + HIPOCLORITO
Endo PTC + Liquido de Dain
Endo PTC: Peroxido de ureia (ação anti-septica), Tween 80 (tensoativo), Carbowaax (consistência de creme)
· PERÓXIDO + HIPOCLORITO
Soda clorada + Peróxido de hidrôgênio 10V (Reação de Grossman)
· DETERGENTE + MEDICAÇÃO
Tergentol + Furacin
Tergentol + Hidróxido de cálcio
· DETERGENTE + HIPOCLORITO
Tergentol + Hipoclorito de sódio 4 a 6%
Outras Substâncias 
· Água destilada e deionizada: Veículo mais barato da Odontologia
· Soro fisiológico: Cuidado, ele pode tornar-se séptico facilmente
· Água de hidróxido de cálcio a 0,14% (água de cal): Potente hemostático
· Ácido cítrico (Ác. 2-hidróxi propano tricarboxílico): Utilizado nas concentrações de 1 a 50%, Menos eficiente que o EDTA na remoção da “smear layer”
Momento da Irrigação
· Antes da instrumentação: Para neutralizar os produtos tóxicos e possibilitar a penetração asséptica do instrumento endodôntico.
· Durante a instrumentação: Para lubrificação das paredes do canal e remover restos de tecido pulpar, dentina excisada e microrganismo.
· Depois da instrumentação: Para remoção de raspas de dentina.
“O jato da solução irrigadora no interior do canal alcança, em média, 2 a 3 mm além da ponta da agulha” (Lopes, Siqueira Jr, 2004)
“A remoção de restos pulpares e microrganismos tem maior relação com o volume da solução irrigante empregado do que a composição química da solução” (BAKER et al. (1975)).
Irrigação e Aspiração
Medicação Intracanal
Objetivos:
1. Biopulpectomia (polpa viva)
Impedir a contaminação do canal radicular por microrganismos da saliva;
Controlar o processo inflamatório do coto pulpar (remanescente de tecido pulpar contaminado entre CT e forame).
1. Penetração desinfetante (polpa morta)
Impedir a prolifração de microrganismos do sistema de canais radiculares que sobreviveram ao preparo químico-mecânico.
Medicamentos utilizados: 
1. Hidróxido de cálcio1. Paramonoclorofenol canforado (PMCC)
1. Otosporin
Hidróxido de cálcio
· pH alcalino (bactérias vivem em pH ácido);
· Ação bactericida;
· Ação hemostática;
· Induz formação de tecido mineralizado;
· Age como barreira física;
· Dilui-se nos tecidos periapicais;
· Pouco solúvel em água;
· Não é visível radiograficamente.
Hidróxido de cálcio + veículo. Este veículo pode ser aquoso (agua destilada, soro fisiológico, solução anestésica, metilcelulose) ou viscoso (propileno glicol, glicerina, propietileno glicol). A diferença entre eles é que o primeiro tem dissociação iônica extremamente rápida, maior difusão iônica e rápida diluição, enquanto o segundo tem dissociação iônica mais lenta (responsável por ação prolongada).
Paramonoclorofenol canforado (PMCC)
· Ação bactericida;
· Baixa tensão superficial;
· Elevada penetrabilidade;
· Age a distância (por volatização);
· Agente citotóxico (tóxico para tecidos periapicais, levando a pericementite).
Otosporin
· Utilizado exclusivamente em polpa viva;
· Componentes: Sulfato de polimixina B (antibiótico), Sulfato de Neomicina (antifúngico) e Hidrocortisona (antiinflamatório).
Biopulpectomia
Canal instrumentado: hidróxido de cálcio
Canal não instrumentado: Otosporin
Penetração desinfetante
Canal instrumentado: hidróxido de cálcio
Canal não instrumentado: PMCC
Curativo com PMCC
1. Secagem do canal radicular
Inicialmente com a cânula de aspiração, complementado com cones de papel absorvente.
1. Bolinha de algodão com PMCC
Colocar uma bolinha de algodão com PMCC (tirar o excesso do medicamento).
1. Camada de guta-percha
Camada de aproximadamente 1mm (selamento duplo).
1. Selador provisório
Completar a cavidade com material restaurador provisório.
1. Remover isolamento
Tirar isolamento absoluto e verificar oclusão.
Curativo com hidróxido de cálcio (Ca(OH)2)
1. Secagem do canal radicular
Inicialmente com a cânula de aspiração, complementado com cones de papel absorvente.
1. Formas de levar a pasta: alargador, lentulo e cones de papel.
1. Colocar a pasta no canal
Levar (aos poucos) a pasta de hidróxido de cálcio em todos os canais radiculares.
1. Camada de guta-percha
Colocar a guta percha diretamente sobre a medicação.
1. Selador provisório
Completar a cavidade com material restaurador provisório.
1. Remover isolamento
Tirar isolamento absoluto e verificar oclusão.
Curativo com Otosporin
1. Secagem do canal radicular
Inicialmente com a cânula de aspiração, complementado com cones de papel absorvente.
1. Irrigar os canais com otosporin.
1. Bolinha de algodão estéril
Colocar uma bolinha de algodão com Otosporin.
1. Camada de guta-percha
Camada de aproximadamente 1mm (selamento duplo).
1. Selador provisório
Completar a cavidade com material restaurador provisório.
1. Remover isolamento
Tirar isolamento absoluto e verificar oclusão.
Remoção do curativo
Sem isolamento: remover o material selador provisório, com motor de alta rotação, até chegar na guta percha.
Com isolamento: remover guta-percha, bolinha de algodão, irrigar canal radicular.
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