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Relatório Final ECS III

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC 
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT 
LICENCIATURA EM QUÍMICA 
 
 
 
 
 
 
MATHEUS CEZAR FAGUNDES 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO III 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOINVILLE 
2022
| 2 
 
MATHEUS CEZAR FAGUNDES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO III 
 
 
 
 
 
 
 
Este relatório apresenta as vivências 
proporcionadas durante o estágio 
curricular supervisionado III e 
discute-se sobre o ensino de química 
no âmbito da educação básica, a 
partir da análise documental e 
observacional, do planejamento e 
produção de materiais docentes, bem 
como da reflexão sobre as atividades 
realizadas. 
Professor de ECS3004: Fabíola 
Corrêa Viel 
Orientador: Professora Fabíola 
Corrêa Viel 
 
 
 
JOINVILLE 
 
 
| 3 
 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 5 
1.1. OBJETIVOS ....................................................................................... 8 
2. REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO ....................................... 9 
2.2 ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E ASPECTOS CURRICULARES DA 
DISCIPLINA DE QUÍMICA ............................................................................ 10 
2.2.1 Projeto político pedagógico da escola (PPP) .................................... 10 
2.2.2 Programa da disciplina de Química .................................................. 11 
2.3 DIMENSÃO DA SALA DE AULA NO ÂMBITO DA DISCIPLINA DE 
QUÍMICA ....................................................................................................... 13 
2.3.1 Descrição das aulas observadas ...................................................... 13 
2.3.2 Descrição das aulas observadas – DOCENTE 1”............................. 13 
2.4 PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA E 
OFICINA TEMÁTICA OU MATERIAIS DE AUXÍLIO DOCENTE .................. 22 
2.4.1 Sequência didática realizada no estágio e videoaulas – “Isomeria e 
equilíbrio químico” ..................................................................................... 22 
2.4.2 Oficina Temática – “Química e cotidiano” ......................................... 27 
3. DISCUSSÃO DO ESTÁGIO ...................................................................... 31 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 37 
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 38 
Apêndice A – planejamento da(s) sequência(s) didática(s) ............................. 39 
Apêndice B – planejamento da oficina temática materiais do auxílio docente 59 
Apêndice C – slides das aulas de equilíbrio químico ....................................... 68 
Apêndice D – slides das aulas de isomeria ...................................................... 78 
Anexo A – plano de estágio.............................................................................. 90 
Anexo B – termo de compromissodo estágio ................................................... 94 
Anexo C – avaliação do estagiário pela escola .............................................. 100 
Anexo D – diario de estágio ........................................................................... 101 
| 4 
 
 
RESUMO 
 
O presente relatório tem como objetivo principal relatar todas as experiências 
vividas pelo estagiário do curso de licenciatura em química da universidade 
estadual de Santa Catarina. O estágio ocorreu de forma não-presencial, e a 
unidade escolar escolhida foi a E.E.B. Olavo Bilac, Localizada em Piraberaba, 
em Joinville. Durante o período de estágio, a professora supervisora Fernanda 
Raulino cedeu duas turmas da unidade escolar para a realização do período de 
observação e de regência. A regência foi aplicada em formato de videoaulas 
para turmas do 2º ano e 3º ano, com enfoque nos conteúdos de equilíbrio 
químico e isomeria. Foram desenvolvidas sequencias didáticas com os planos 
de aula sobre esses conteúdos, junto a uma oficina temática que aborda o tema 
“química e cotidiano”, que não foi aplicada, mas desenvolvida e apresentada 
para a turma de ECS III. Este relatório irá detalhar as experiências do acadêmico 
com o desenvolvimento dos materiais didáticos, oficina didática e as demais 
atividades previstas no plano de ensino da disciplina. O objetivo principal é 
relatar as observações das aulas feitas pelo aluno, tanto quanto descrever os 
resultados obtidos através da aplicação das sequências didáticas elaboradas 
para a etapa da regência. Neste contexto de pandemia, as diferenças do estágio 
remoto para o presencial fizeram com que a experiência do estagiário se 
tornasse mais fria, ocasionado pela falta de contato direto com os discentes 
durante o período de regência, uma vez que precisamos partir do ponto de vista 
que a realidade e o ensino dos alunos são ainda mais diferentes no contexto 
remoto do que eram no presencial. 
 
Palavras-chave: “Estágio Curricular Supervisionado”; “Química”; Docência”, 
“Regência” 
 
 
 
 
 
| 5 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A vida em contexto acadêmico é um momento único para que o aluno 
enfrente desafios que possam o preparar para atuar como um futuro profissional, 
realizando trocas de conhecimentos e adquirindo experiências em campo que o 
tornarão capacitado para atuar em sua futura profissão, seja no ramo da 
licenciatura ou em quais áreas de química seguir, devido as habilidades 
desenvolvidas no período do estágio. 
O Estágio Supervisionado é uma das exigências da Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional (LDB) nº 9394/96 nos cursos de formação de docentes. 
O estágio não se configura apenas como uma mera obrigação formal que o 
discente deve participar, serve também para construção da identidade 
profissional do acadêmico que pode a vir se tornar um futuro docente. O estágio 
curricular tem o objetivo oportunizar ao aluno a observação, o desenvolvimento, 
o planejamento, a execução e a avaliação de diferentes atividades pedagógicas, 
isso faz com que o estagiário tenha uma aproximação da teoria acadêmica com 
a prática docente em sala de aula, aplicando o que foi lhe oferecido durante todo 
o período acadêmico. 
Durante o estágio, entende-se a importância não apenas das aulas ou do 
planejamento didático, mas também de sua aplicabilidade. É fundamental o 
estagiário aprender a estruturar um planejamento docente previamente para a 
aplicação de uma sequência didática com objetivos, materiais e métodos, 
recursos didáticos, assim como trabalhar novas metodologias que se adaptem 
ao ambiente escolar em que está inserido, para que a experiencia do estágio 
seja desafiadora e vantajosa. Oliveira (2011) traz o plano de aula como um 
instrumento didático-pedagógico é necessário à execução da atividade docente 
no cotidiano escolar colocando-o como elemento básico. 
[...] o ato de planejar exige aspectos básicos a serem considerados. 
Um primeiro aspecto é o conhecimento da realidade daquilo que se 
deseja planejar, quais as principais necessidades que precisam ser 
trabalhadas; para que o planejador as evidencie faz-se necessário fazer 
primeiro um trabalho de sondagem da realidade daquilo que ele pretende 
planejar, para assim, traçar finalidades, metas ou objetivos daquilo que 
está mais urgente de se trabalhar. (OLIVEIRA, 2007) 
 
| 6 
 
Ao mesmo tempo, estimular a criatividade para desenvolver novas formas de 
transmitir o conhecimento aos alunos, tudo isso para elevar a experiencia de 
lecionar. O estagiário deve ter autonomia para adaptar o que foi planejado com 
o professor supervisor conforme a necessidade da turma, do contexto e de 
situações atípicas, como a pandemia do novo coronavírus em que vivemos no 
ano de 2021.As disciplinas de educação nos cursos de licenciaturas discutem como 
elaborar recursos didáticos e metodologias inovadoras para serem aplicadas nas 
instituições de ensino quando os discentes atuarem como futuros docentes. As 
realidades de muitas instituições não permitem a aplicação dessas metodologias 
ou recursos didáticos, algumas por falta de infraestrutura, materiais ou outras 
peculiaridades de cada uma. O estágio propositalmente prepara o aluno para 
enfrentar esses desafios discutidos em teoria durante as disciplinas, sendo que 
cada projeto de estágio do aluno deve ser trabalhado de acordo com as 
particularidades do meio em que ele está inserido. Portanto, alguns autores 
afirmam que o estágio supervisionado é de extrema importância, pois, coloca o 
acadêmico a realidade vivida pelos professores. 
A regência trata-se de um momento engrandecedor para o 
estagiário no trabalho pedagógico da escola, pois oportuniza o 
acadêmico a analisar a sua didática na Educação Infantil, Ensino 
Fundamental e Médio (Oliveira, 2010). 
 
Segundo Souza (2018), pensar e refletir sobre a prática docente são 
consequências e necessidades diretas de experiências como o estágio 
supervisionado. É a partir dessas reflexões que o acadêmico da licenciatura tem 
condições de desenvolver uma postura atenta, sendo capaz de analisar e 
problematizar o contexto em que atua a fim de incentivar e criar mudanças na 
sala de aula. O estágio permite ao acadêmico a interação dentro da escola pela 
visão do profissional da docência, sendo que o aluno participou ativamente do 
núcleo escolar durante toda a sua formação inicial, mas sempre no papel de 
discente. 
Pensar e refletir sobre a prática docente são consequências e 
necessidades diretas de experiências como o estágio supervisionado. A partir 
disso, o estagiário atual no papel de professor, assumindo suas 
responsabilidades e encarando os desafios propostos de atuar nessa área. É a 
partir dessas reflexões que o acadêmico da licenciatura tem condições de 
| 7 
 
desenvolver uma postura reflexiva, sendo capaz de analisar e problematizar o 
contexto em que atua a fim de propor intervenções na sala de aula. (SOUZA; 
FERREIRA, 2018) 
Além de trabalhar o planejamento docente, o estágio deve ser de extrema 
importância para que o ensino de ciência seja desenvolvido, especificamente o 
ensino de química e sua relevância para o desenvolvimento do estagiário e dos 
alunos. O ensino de química deve possibilitar aos alunos a compreensão das 
transformações químicas que ocorrem no mundo físico de forma abrangente e 
integrada, para que os estes possam julgar, com fundamentos, as informações 
adquiridas na mídia, na escola e no seu cotidiano. A partir disso, o aluno pode 
tomar suas decisões e dessa forma, interagirá com o mundo enquanto indivíduo 
e cidadão (PCN's. MEC/SEMTEC, 1999). 
Ao trabalhar química na prática docente, o estagiário deve entender que 
esse conteúdo vem a ter uma relevância sociocultural a partir do momento em 
que a química é utilizada como um instrumento para desenvolver um senso 
crítico a partir de evidências cientificas nos alunos. Isto é, o ensino de química 
deve ser trabalhado muito além de meros conceitos científicos, e sim, de forma 
onde o conteúdo venha a ser aplicável e relevante no cotidiano dos alunos, 
construindo cidadãos com capacidade de analisar conceitos científicos em 
situações reais quando necessário. Chassot (2000) cita que ensinar ciência é 
procurar que nossos alunos e alunas se transformem, como o ensino que 
fazemos, em homens e mulheres mais críticos. Nesta perspectiva, as 
contextualizações dos conteúdos são de extrema importância, como fator 
motivacional e para a construção do conhecimento de uma forma holística 
Para Krasilchik (2005) o estágio de regência é aquele em que o estagiário 
tem a responsabilidade da condução da aula. A regência então se torna a parte 
mais desafiadora da disciplina de estágio, onde a aplicação de todo o 
conhecimento desenvolvido durante o período de graduação é realizada. A 
regência mostra ao estagiário os resultados das metodologias aplicadas pelos 
mesmos, possibilita uma revisão sobre a forma em que elas foram trabalhadas 
em aula e uma autoavaliação por parte do estagiário. Há a necessidade de 
explorar e estudar os meios de transmitir os conceitos para assim melhorar as 
aulas, principalmente quando se trata de química que traz conteúdos muitos 
abstratos. 
| 8 
 
Este relatório irá tratar sobre toda a observação, descrição e análise das 
atividades propostas no plano de ensino da disciplina de Estágio Curricular 
Supervisionado III do curso de Licenciatura em Química da Universidade do 
Estado de Santa Catarina (UDESC). As aulas serão descritas e analisadas 
conforme a adaptação feita para a disciplina devido a atual situação em que 
vivemos, a pandemia do novo coronavírus. O estágio foi realizado em parceria 
com a instituição de ensino básico Olavo Bilac, onde foram cedidas 2 turmas de 
ensino médio para o estagiário poder realizar as observações necessárias e 
aplicar a sequência didática desenvolvida durante o período de regência. 
 
1.1. OBJETIVOS 
 
1.1.1 Objetivos gerais 
 
O presente relatório tem como principal objetivo o de refletir sobre as 
atividades realizadas e os resultados oriundos das mesmas durante a realização 
do estágio supervisionado III. 
 
Discutir sobre a vivência da realidade escolar no âmbito do professor de 
Química, visando o desenvolvimento de conhecimentos e habilidades 
fundamentais a carreira docente. 
 
 
 
1.1.2 Objetivos específicos 
 
observação e análise documental das condições de ensino para a 
disciplina de química; planejamento e execução de atividades docentes, tais 
como sequência didática e outras intervenções 
 
Descrição e análise do período de estágio, contemplando todas as etapas, 
desde aulas, período de observação e regência. 
| 9 
 
2. REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO 
 
2.1 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA 
 
 
O presente relatório faz reflexão ao estágio realizado durante o período 
de 27/09/2021 a 23/12/2021, tendo como unidade concedente a Escola de 
Educação Básica Olavo Bilac, localizada no bairro de Piraberaba, em Joinville 
(SC). A instituição oferece aulas para 361 estudantes de ensino fundamental II, 
e no ensino médio para 440 estudantes. A instituição de ensino é administrada 
pela diretora Viviane Lenschow Nehls e pelos assessores de direção Marlus 
Cecatti e Josiane Aparecida Jacinto Joaquim. 
O estágio foi supervisionado na escola pela professora Fernanda Raulino, 
egressa do curso de licenciatura em Química da Universidade do estado de 
Santa Catarina (UDESC). Fernanda atua como professora de ensino médio, 
lecionando química para os segundos e terceiros anos da instituição no período 
noturno. 
 A supervisora cedeu duas turmas para a realização da regência, uma 
turma de 3º ano e uma de 2º ano, ambos com aulas nas quarta-feiras no período 
noturno. As atividades que seriam realizadas com ambas as turmas eram 
síncronas e assíncronas, totalizando o total de 6 aulas síncronas, 3 aulas para 
cada turma, e 6 aulas assíncronas, também 3 aulas pra cada turma. 
Devido a pandemia do novo coronavírus, todas as atividades síncronas 
foram realizadas através da plataforma Google Meet, e as atividades 
assíncronas foram feitas através de materiais desenvolvidos pelo estagiário e 
disponibilizados para os alunos com intermédio da professora supervisora. 
 
 
 
 
 
 
 
| 10 
 
2.2 ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E ASPECTOS CURRICULARES DA 
DISCIPLINA DE QUÍMICA 
 
2.2.1 Projeto político pedagógico da escola (PPP) 
 
O Projeto Político Pedagógico (PPP) da E.E.B. Olavo Bilac está 
estruturado na forma em que orienta o leitor a conhecer os principais aspectos 
da unidade escolar e a forma que são realizadas suas ações. O texto descreve 
as principais características da instituição, como a metodologiade trabalho 
adotada, os objetivos educacionais e suas finalidades, os conteúdos a serem 
ministrados e as atribuições estipuladas para toda a comunidade que participa 
direta ou indiretamente do processo de ensino e aprendizagem. (Projeto 
Pedagógico. E.E.B. Olavo Bilac. Joinville, 2020) 
O PPP relata inicialmente uma breve apresentação da instituição, 
detalhando resumidamente o corpo administrativo da escola e a caracterização 
socioeconômica da região em que se encontra a escola. 
 A concepção filosófica de educação da escola baseia-se no relatório da 
Comissão Internacional sobre a Educação para o século XXI (UNESCO), no 
sentido de que a educação surge como um instrumento indispensável à 
humanidade na sua construção histórica dos ideais de paz, liberdade e justiça 
social, uma vez considerando os inúmeros desafios do futuro. Uma das funções 
sociais da escola segundo o PPP é a preparação do estudante para o convívio 
em sociedade, para viver em um mundo composto pelas diferenças e que as 
perceba a partir de uma noção valorativa, não hierarquizada, entendendo a 
igualdade nas diferenças. Pode ser destacada uma característica da instituição 
onde ela relaciona a escola com a comunidade, visando que a escola também é 
lugar de problematização da realidade, buscando sempre ações que contribuam 
para a transformação da sociedade. 
 De acordo com o PPP, as normas e atribuições que são dirigidas aos 
docentes são focadas nas realizações de atividades da escola, como selecionar 
novos livros para a biblioteca, desenvolverem novas metodologias que possam 
se aplicar com intuito de obter melhores resultados dos alunos, promover 
avaliações condizentes com o conteúdo lecionado, participar do conselho de 
| 11 
 
classe e reuniões pedagógicas e elaborar o calendário escolar. Todos os direitos 
dos docentes segundos as leis são explicitadas no texto. 
 Em relação aos discentes, é evidenciado que suas responsabilidades 
estão relacionadas ao bom comportamento dentro da instituição, como tratar 
com respeito os membros da escola, zelar pela conservação do patrimônio da 
escola, conservar os materiais didáticos, manter uma boa relação com os outros 
alunos, professores e servidores. Em relação aos seus direitos, a escola enfatiza 
a valorização do aluno, como a oportunidade de participação ativa e o espaço 
para manifestar suas ideias, trazer sugestões para melhorias e receber o 
atendimento da equipe escolar. 
 A avaliação escolar deve compreender todo o processo 
educacional, não se restringindo somente a julgar os sucessos e fracassos dos 
alunos. Deve-se considerar as oportunidades oferecidas e se essas estão 
adequadas aos conhecimentos prévios dos estudantes. (Projeto Pedagógico. 
E.E.B. Olavo Bilac. Joinville, 2020). O sistema que a escola adotou é trimestral, 
avaliando a média dos trimestres que terá que ser maior que seis (6) para que o 
aluno passe de nível escolar. As atividades avaliativas propostas pelo PPP da 
instituição são: provas, testes, trabalhos individuais e coletivos, pesquisas, 
seminários, apresentações, debates, registros em cadernos, relatos escritos e 
orais, e produções textuais. Após a avaliação, podem ser atribuídas notas de 1 
a 10. A recuperação paralela deve ser oferecida aos alunos que não atingem a 
média trimestral. A partir da recuperação paralela, deve ser possível oferecer 
novas oportunidades de aprendizagem ao aluno. 
 
2.2.2 Programa da disciplina de Química 
 
Os planos de ensino da disciplina de Química disponibilizados pela 
professora supervisora são organizados em: objetivos do conhecimento da 
disciplina, conteúdos programáticos e habilidades. Essas informações vão de 
encontro ao objetivo geral da instituição que incentiva o exercício da democracia 
e da cidadania a partir da aprendizagem, formando alunos críticos e 
participativos. Uma parte do programa da disciplina de Química é apresentado 
no quadro 1, é organizado por trimestres. 
 
| 12 
 
 
 
Quadro 1: Conteúdo de química do 2º trimestre para o 3º ano da EEB Olavo Bilac 
 
Fonte: Elaborado pela unidade escolar (2019) 
 
Como estratégia didática a professora planejou utilizar de diversas 
metodologias de ensino como, aulas expositivas, elaboração de videoaulas 
quando necessárias, utilização de vídeos em formato documentário sobre os 
conteúdos propostos, elaboração de seminários, leituras dirigidas, utilização de 
recursos fornecidos pela biblioteca, entre outras. 
Em relação aos instrumentos de avaliação previstos para o 2º trimestre 
são destacados pela professora a realização de uma prova escrita, exercícios 
resolvidos durante a aula, trabalhos escolares, análise da aplicação de 
conceitos, pesquisa dos alunos para coleta de dados, elaboração de relatórios 
das atividades práticas ao longo de cada trimestre, bem como o processo de 
participação do aluno em sala de aula como, assiduidade, questionamento e 
comprometimento. Os mesmos critérios são utilizados para realizar a 
recuperação dos conceitos. 
 
 
| 13 
 
2.3 DIMENSÃO DA SALA DE AULA NO ÂMBITO DA DISCIPLINA DE QUÍMICA 
 
2.3.1 Descrição das aulas observadas 
 
O período de observação de aula é fundamental para o desenvolvimento 
de uma boa relação e o entendimento do funcionamento das turmas para o 
estagiário. Através da observação o estagiário pode analisar aspectos das 
turmas e prever como será a interação aluno-professor durante seu período de 
regência. A observação permite que o estagiário conheça um pouco sobre como 
é a participação dos alunos durante a aula, bem como analisar a metodologia 
empregada pelo professor supervisor. Além da observação das metodologias 
aplicadas pelo professor supervisor, a observação serve de base para o 
estagiário pode criar ideias para desenvolver uma sequência didática que se 
encaixa nas condições dos alunos. 
Durante o período de observação das aulas dos 3º anos e 2º anos da 
unidade escolar E.E.B. Olavo Bilac, os alunos não compareceram as aulas que 
estavam reservadas para o estagiário realizar a observação de forma síncrona. 
As aulas estavam agendadas nas quartas-feiras, sendo as aulas do 3º ano 10 
das 18h30 ás 19h10, e as aulas do 2º ano 8 das 19h50 ás 20h30. A chamada foi 
aberta via google Meet, porém, apenas o estagiário e a professora supervisora 
se deram por presentes em todas as aulas. 
A falta de alunos para a realização das aulas ministradas pela professora 
supervisora impossibilitou a observação das aulas por parte do estagiário. Como 
alternativa para a observação das aulas e reposição de carga horaria, a 
professora orientadora forneceu algumas videoaulas através da plataforma 
moodle para a realização da observação das aulas por parte do estagiário. 
 
 
2.3.2 Descrição das aulas observadas – DOCENTE 1” 
 
AULA 1: As aulas do docente 1 são ministradas pela professora Dalva 
Lúcia de Faria. A aula se inicia com a professora explicando os temas que serão 
abordados na aula, como a conclusão do estudo dos algarismos significativos e 
| 14 
 
falar um pouco sobre reações químicas. A professora diz que na aula passada 
houve alunos que foram tirar dúvidas com ela sobre o tema, e assim, ela 
consegue perceber onde a explicação não ficou tão clara para os alunos. 
 
 - “Eu dependo das dúvidas de vocês para dar uma boa aula. Porque pra mim, 
está claro o que eu falei, com as dúvidas, eu consigo entrar na cabeça de vocês 
e entender as dúvidas de vocês.” 
 
A professora fala um pouco sobre as imprecisões das medidas 
experimentais. Ela usa como exemplo a multiplicação de um volume por dois, 
dizendo que o volume é puro e não é uma medida. Após, a professora pergunta 
aos alunos se alguém lembra de um número puro que é importante na química. 
Alguém responde “mol” e a professora explica um pouco sobre a constante de 
Avogadro. A professora deixa explícito que a constante de Avogadro não é um 
número puro, mas sim uma constante experimental.A professora diz que dará 
outra chance para os alunos responderem, mas ela acaba explicando sobre a 
pergunta antes que alguém o faça. Ela fala sobre a escala de massas atômicas, 
especificamente da unidade de massa atômica do isótopo 12 do carbono. Ela 
destaca que esse é um número puro porque ele não resulta de uma medida 
direta. 
Ela pergunta se os 10 dedos das mãos são uma medida experimental, e 
responde que não. Após, ela escreve no quadro sobre números puros dizendo 
que eles têm um número infinito de algarismos significativos. Após, ela ressalta 
que precisão e exatidão são medidas diferentes, explicando a diferenças das 
duas. A professora fala do exemplo da balança e diz que caso a balança tenha 
algum defeito na pesagem ela será inexata e muito provavelmente imprecisa. 
Em seguida, ela diz que não consegue pensar num exemplo de uma balança 
que é exata e não é precisa. Ela destaca a importância da repetitividade dos 
resultados. 
A professora escreve no quadro que as somas e subtrações a resposta 
deve ter o mesmo número de casa decimais do que o termo de menor número 
de casas decimais. Após, ela escreve no quadro que nas multiplicações e 
divisões que resposta deve conter o mesmo número de algarismos significativos 
do que o termo com menor número de algarismos significativos. A explicação 
| 15 
 
disso segundo ela é porque é preservado o erro relativo dos algarismos, 
destacando que o número de algarismos significativos é dado pelo número de 
casas decimais. E utilizado o exemplo da água, que em determinada temperatura 
tem o pH 7, ela destaca que o 7 não tem nenhum algarismo significativo, mas 
sim só uma ideia da magnitude. Ela escreve no quadro que a concentração de 
H+ é 1,10-7mol/L, explicando o porquê de ser mol/L e não molar, mostrando que 
essa unidade gera 1 algarismo significado na resposta quando é falado de pH. 
 
Após, a professora apaga o quadro e pergunta 
 
- “O que falta?”. 
 
Logo em seguida, ela mesma responde: 
 
- Falta a questão do arredondamento. 
 
A professora escreve no quadro que no arredondamento existem duas 
coisas: primeiro, só usar o primeiro algarismo não significativo. Em seguida ela 
escreve no quadro que se for maior que 5 o arredondamento é para cima e se 
for menor que 5 o arredondamento é para baixo. Se o último algarismo for par, 
ele permanece como está, e se for ímpar se arredonda para cima. 
A professora pede para os alunos imaginarem eles realizando uma 
medida de volume com uma vidraria não muito precisa. Logo em seguida, ela 
pergunta aos alunos se alguém pode dizer uma vidraria que seja volumétrica, 
que de volume com bastante exatidão. Alguém ao fundo responde “pipeta”. A 
professora diz que a pipeta pode ser volumétrica ou graduada e explica a 
diferença das duas. Ela pergunta mais algum exemplo aos alunos e alguém 
responde “balão volumétrico”. A professora diz que nem todo balão é volumétrico 
e fala um pouco sobre os balões que existem nos laboratórios. Ela pergunta 
afirmando que existe mais uma e alguém responde “bureta”. Ela fala sobre a 
bureta, falando que ela possui uma torneirinha e diz que os destros usam de um 
jeito e os canhotos usam de outro. 
Em seguida, a professora fala que há muitos anos, em sua graduação, 
havia uma piada em que os químicos gostavam de fazer sobre os farmacêuticos. 
| 16 
 
Ela conta que para os farmacêuticos realizarem uma titulação é preciso de duas 
pessoas, uma para abrir e fechar a torneirinha e outra para agitar a vidraria. Ela 
diz que não admite isso em um laboratório de química geral. Ela fala sobre a 
altura das meninas e sua dificuldade para ver o menisco. Ela fala que devido a 
isso as meninas geralmente fazem titulações em duas pessoas. 
Em seguida, a professora pergunta sobre uma vidraria que não é volumétrica, 
mas se usa bastante em laboratório. Alguém responde “tubo de ensaio”, e a 
professora diz que não é essa resposta que ela quer. Após, alguém responde 
“proveta”. A professora diz que a proveta mede volumes, mas ela não mede com 
muita precisão. A professora dá um exemplo de uma medida que ela gostaria 
que os alunos chegassem e diz que nesse exemplo eles teriam que usar uma 
bureta para realizar a medição do volume desejado. O exemplo pede 10,00mL. 
Ela diz que o béquer também não é uma vidraria precisa. 
Em seguida, ela diz que há uma pasta de filmes em que há vídeos que 
mostram como se realizam as transferências de líquidos, e pede para os alunos 
assistirem os filmes antes de sexta feira. Após, ela usa o exemplo de uma 
proveta com 100mL e mostra qual é o algarismo duvidoso. Ela diz que essa é a 
única vidraria que ela tem para medir o volume em determinado exemplo, após, 
fala que esse volume teria que ser pego 10 vezes e colocado em um béquer 
grande em um laboratório. Ela pergunta qual é o volume que ela vai ter se ela 
pegar 10 vezes com a bureta o volume de 100mL e transferir para o béquer. A 
turma fica em silêncio e a professora sorri. Ela ressalta a pergunta e alguém 
responde 1L. Ela pergunta quantos algarismos significativos ela nesse volume, 
e alguém responde “3”. A professora explica essa resposta e diz que não pode 
melhorar a exatidão. Após, ela pergunta: 
 
- “Como eu faço para que a minha resposta tenha 3 algarismos significativos?” 
 
Algum aluno tenta responder, mas a resposta não está correta. A 
professora explica que a resposta é 3 devido aos algarismos significados 
presentes nos 100mL iniciais. A aula é finalizada com a professora falando que 
as 10 repetições são um número puro, e que os 100mL nos dizem quais serão 
os algarismos significativos e a quantidade deles. 
 
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AULA 2: A aula 2 inicia-se a partir do final da aula 1. A professora começa 
a aula falando sobre o erro relativo e dizendo que o mesmo é 1%. Ela mostra 
que há como melhorar a precisão da leitura caso o 1L seja escrito na forma de 
1000mL, diminuindo o erro relativo para 0,1%. Ela escreve no quadro que o 
volume é 1,00x10mL. Ela ressalta que a potência de 10 não entra nos algarismos 
significativos. A professora pede para os alunos utilizarem os algarismos 
significativos da mesma forma em que eles aprenderam no ensino médio, pois 
ela está cansada de ver os alunos escreverem de forma errônea. 
No segundo momento da aula, a professora pergunta se os alunos tem 
dúvida do que ela falou até agora. Ela ressalta que essa parte não é a mais 
estimulante da disciplina, mas se ela gasta duas aulas falando sobre esse tema 
ela irá cobrar dos alunos. Em seguida, há indícios de que houve um corte na 
gravação. A aula pula para a professora explicando o funcionamento de algumas 
balanças analíticas. Após, ela mostra em slides imagens de alguém realizando 
uma titulação, ela fala que a titulação pode ser realizada com uma bureta ou uma 
pipeta graduada ou volumétrica. Em seguida, o slide mostra alguns cilindros e a 
professora diz que os alunos irão utilizar aquilo para identificar metais. 
Novamente, parece que há um salto temporal na videoaula. Em slides, a 
professora mostra imagens de algumas vidrarias e do sistema que contém um 
trompa, que seria utilizada para reduzir o volume dentro do kikassato, mas a 
professora diz que não utilizara a trompa, e sim a bomba elétrica, devido a crise 
hídrica. 
Em seguida, a professora fala sobre medidas quantitativas e a importância 
da estequiometria das reações. Ela diz que a estequiometria da reação é de 
ensino médio, e pede para os alunos lerem o experimento que ela está 
mostrando para ela tirar dúvidas nas aulas. A professora diz aos alunos que eles 
podem entrar com dúvida na disciplina, mas não podem sair, especialmente na 
parte de estequiometria. Ela enfatiza que os alunos não poderão passar para as 
próximas disciplinas do curso de química sem saber a importância da 
estequiometria das reações. 
No próximo momento, a professora diz que há anos a hierarquia entre os 
professores era diferenteda que existe hoje. Ela fala que antigamente existiam 
os professores titulares e havia seus assistentes, ela brinca que se fosse naquela 
época ela teria um assistente em sala para montar tudo o que ela vai fazer agora, 
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que é apenas botar o retroprojetor em cima da mesa. A professora diz que 
sempre que possível ela irá fazer demonstração de reações, mas enfatiza que 
nem sempre será possível por causa que os alunos ficaram muito perto do local 
de demonstração, e isso pode ser perigoso. Em seguida, a professora liga o 
retroprojetor e diz que fará uma reação química. Ela pergunta aos alunos se eles 
leram o arquivo de vidraria e após pergunta qual é o nome da vidraria que ela 
está segurando, que é uma placa de petri. Ela bota a placa no retroprojetor e 
adiciona água em cima dela, ao mesmo tempo tudo isso está refletindo no 
quadro branco. A professora diz que essas demonstrações estão fora de moda 
e ninguém mais usa. Ela fala que a 8 anos atrás havia uma sessão de uma 
revista dedicada ao ensino de química que havia uma parte específica para 
demonstrações com retroprojetor. Ela diz que muitas dessas demonstrações ela 
gostou. 
Em seguida, ela disse que os alunos irão observar uma reação e fala um 
pouco sobre a ciência química e suas observações. Ela põe luvas nas mãos 
enquanto fala. Ela fala que os alunos gostam de observar as mudanças de cores. 
A professora mostra aos alunos um indicador universal e explica o que é o 
mesmo. Ela fala um pouco sobre esses indicadores e a importância dele em 
reações envolvendo pH. Ela fala que o indicador universal é uma mistura de 
diferentes indicadores. Em seguida, ela pergunta aos alunos: 
 
- “Qual é o pH da água mesmo?” 
 
Algum aluno responde “7”. A professora diz que se ela for ao seu 
laboratório e pegar um pouco de água destilada e depois pergunta aos alunos o 
pH daquela água ela continuaria sendo 7. A turma fica em silêncio. Ela pergunta 
o que será que tem na água destilada e diz de forma irônica que ela acha que o 
pH não é 7, e novamente pergunta o que tem naquela água. A professora pede 
para os alunos pensarem no destilador e no processo de destilação para eles 
entenderem o que tem naquela água. É feita uma explicação dizendo que há 
presença de CO2 na água e que isso deixa a água com maior caráter ácido. Ela 
diz que a água com gás é “azedinha” devido ao ácido carbônico. 
Agora a professora mexe na placa de Petri. Visivelmente a água presente 
na placa está ficando da cor amarelada. Então a professora diz que em meio 
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ácido visivelmente o indicador universal deixa a água destilada amarela. Se o 
meio fica alcalino a coloração muda, mas a professora diz que não trouxe 
nenhuma base para demonstrar. 
Em seguida, a professora adiciona sódio metálico e explica algumas 
propriedades desse sólido. Ela diz que o sólido reage muito com a umidade do 
ar. Ela explica um pouco sobre as prioridades hidrofílicas e hidrofóbicas do 
composto adicionado na água destilada. Após adicionado, ela pede para os 
alunos observarem o que está acontecendo na placa de petri. Podemos perceber 
que é formado um composto com cor roxa. A professora diz que fará mais uma 
vez a experiência para agradar os alunos. Ela diz que quer que eles prestem 
atenção em outras coisas além das mudanças de cor na reação. 
No segundo experimento a professora pede para eles tentarem identificar 
alguma mudança. Ela pergunta aos alunos: 
 
- “O que vocês observaram?” 
 
Há um falatório alto na sala. Não há respostas. Em seguida, a professora 
escreve no quadro que a primeira coisa a ser notada é a mudança de cor. A 
segunda coisa é a fumaça que os alunos observaram na reação. Ela fala que 
vários dos alunos já estudaram aquela reação no ensino médio, mas pede para 
eles fingirem que não estudaram pra ela poder explicar o que ocorre. 
No próximo momento, a professora explica o que ocorre quando há 
mudanças de cor naquela reação, falando um pouco sobre ácidos e bases de 
Arrehenius. Ela pergunta aos alunos qual dos reagentes produziu o H+ e qual 
produziu o OH-. Em seguida, ela pergunta aos alunos se eles sabem o que é 
fumaça. Os alunos respondem que fumaça são gases, mas a professora diz que 
não necessariamente. Após, ela pergunta aos alunos se eles assistiram a séries 
que ela acha horrendas de sobrevivência. Ela utiliza esse exemplo para dizer 
que as pessoas nessas séries utilizando vegetações verdes para fazer sinais de 
fumaça, porque a vegetação verde produz mais fumaça. Ela fala que os 
bombeiros dizem que as fumaças dos incêndios que são brancas são mais 
tranquilas de serem apagadas porque há presença de vapor de água nessa 
fumaça, já em incêndios com fumaças escuras, há presença de gases e 
materiais tóxicos sendo queimados. 
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No último momento da aula, a professora fala sobre algumas 
propriedades da fumaça, ressaltando que no experimento que ela realizou tinha 
vapor de água devido a fumaça clara que foi produzida, ressaltando que a reação 
é exotérmica devido a liberação de calor. Ela finaliza a aula falando um pouco 
sobre a variação de entalpia. 
 
AULA 3: A aula é iniciada com a professora falando sobre a variação de 
entalpia. Ela pergunta aos alunos o porquê de a reação ficar passeando, no 
sentindo de o porquê as moléculas de água estão se movendo, e ela mesmo 
responde. Em seguida, ela pergunta aos alunos se eles viram algum sólido 
sobrar, e diz que virou tudo solução. Ela pergunta qual era o estado físico do 
sódio e os alunos respondem “sólido”. Ela ressalta que os alunos devem 
destacar isso quando forem escrever a equação química. 
Ela fala que o sólido se dissolveu na água devido a reação que ocorreu, 
e ressalta que essa é a forma iônica do sódio. Ela demonstra na equação 
química que o sódio produziu Na+. Ela escreve a reação química no quadro e 
pede para os alunos identificarem o erro na equação química pra dar 
continuidade a explicação. Os alunos respondem que falta o balanceamento da 
equação. 
 
Imagem 1: Professora Dalva apontando para a equação química. 
 
Fonte: Moodle UDESC, página da disciplina de ECS III (2021) 
Nesta aula a professora fala bastante sobre a neutralidade dos átomos, e 
dos compostos iônicos presentes na equação que está no quadro. Ela instiga os 
alunos a pensarem que a coloração roxa presente na reação química realizada 
pela professora poderia ser um elétron e pergunta para os alunos para onde foi 
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o elétron. Ela explica o porquê a água não pode receber o elétron. Ela diz que 
está faltando algo ainda na equação química e explica como ocorre a 
autoionização da água. Ela fala um pouco sobre as propriedades da água e 
sobre ligações covalentes, usando a água como exemplo. 
Em seguida, a professora conversa com os alunos e os pergunta como 
ocorre a quebra de ligações para formar espécies irônicas. Agora, a professora 
fala que em um copo da água há muito choque entre as moléculas, isso faz com 
que acontece a autoionização da água. Ela fala que na próxima aula os alunos 
irão discutir os ácidos de Bronsted-Lowry, e que por enquanto, eles estão apenas 
no universo de Arrehenius. Ela volta a apontar para a reação e fala sobre o 
equilíbrio da reação, falando que o equilíbrio favorece a formação de água, ou 
seja, dos reagentes. Ela volta a falar sobre a equação química demonstrando 
quais serão os produtos formados na reação do experimento realizado na aula 
anterior. 
A professora diz que os alunos deveriam ter notado no experimento uma 
efervescência. Ela diz que isso ocorre devido a formação de H2. Ela diz que se 
a reação for feita num tubo de ensaio e que se houver um palito de fósforo aceso 
na boca do tubo nos ouviríamos uma pequena explosão, que seria a combustão 
do hidrogênio. Ela pergunta aos alunos se o H2 poderia ser aquoso. Ela explica 
o porquê da amônia em água fica aquosa para comparar com o H2. 
Ela volta a perguntar aos alunos sea reação está balanceada. Ela diz que para 
formar a molécula de hidrogênio ela precisará de 2 H+, portando, ela precisará 
de 2 átomos de sódio para fornecer os elétrons. A reação está quase 
balanceada. Ela mostra que os reagentes não possuem carga, e os produtos 
também não possuem carga, ela chama isso de balanceamento elétrico. Agora 
a reação está balanceada por massa. Ela explica o que isso significa. A 
professora diz que os alunos também devem verificar como está o 
balanceamento por carga, e explica que o balanceamento tem que estar neutro 
entre os reagentes e os produtos. 
A professora diz que está tentando mostrar uma forma diferente para 
poder escrever uma reação química com mais facilidade. Ela diz que dará 
reações diferentes para que eles olhem os reagentes e pensem no tipo de 
produtos que eles podem obter. Ela pede para os alunos pararem de copiar e 
prestarem atenção nela, e começa a explicar sobre a reação de neutralização do 
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HCL com o NaOH como exemplo de produtos a serem formados com cargas em 
soluções aquosas. Ela fala um pouco sobre as propriedades dos íons envolvidos 
nessa reação de neutralização. Durante a explicação, a professora utiliza os 
alunos para ajudar a exemplificar quais os compostos envolvidos na reação. Ela 
aponta para eles e diz quais compostos os alunos são. 
A aula é finalizada com a professora dizendo que só o H com o OH reagem 
na reação de neutralização em solução. 
 
2.4 PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA E 
OFICINA TEMÁTICA OU MATERIAIS DE AUXÍLIO DOCENTE 
 
2.4.1 Sequência didática realizada no estágio e videoaulas – “Isomeria e 
equilíbrio químico” 
 
O desenvolvimento da sequência didática teve início após a primeira 
reunião feita entre o estagiário e a professora supervisora da unidade escolar, 
onde os possíveis temas para a regência foram debatidos. Chegou-se à 
conclusão de que o tema de regência durante o período de regência seria sobre 
isomeria, para a turma de 3ºano, e equilíbrio químico para o 2ºano. 
Inicialmente, para a elaboração da sequência didática, foi feito um esboço 
onde o estagiário expressava como seriam suas aulas, abordando os temas e 
os objetivos de cada aula. Para a elaboração de uma sequência didática 
definitiva foi consultado um material didático apropriado para auxiliar. O livro Ser 
protagonista Vol. 3, da autora e editora responsável Lia Monguihott Bezerra foi 
fonte para a esquematização da sequência didática, tanto como base literária 
dos conteúdos conceituais abordados na regência. Através desse material, 
foram analisadas ferramentas que auxiliariam na sua construção e, por meio 
disso, foi elaborado o esboço da sequência didática que auxiliou na escolha dos 
tópicos a serem aprofundados em cada aula, e para os quais pode-se incluir 
ferramentas de análise do desempenho dos alunos, como perguntas na forma 
de exercícios e avaliações. 
De maneira geral, o objetivo dessa sequência didática, consiste em 
contribuir com o processo de ensino e aprendizagem da temática do estudo de 
| 23 
 
isomeria e equilíbrio químico através da utilização de diferentes estratégias 
didáticas, visto que muitos alunos têm dificuldade no entendimento dos conceitos 
de isomeria, principalmente. A sequência didática foi elaborada de forma em que 
o professor conseguisse construir as aulas de forma coesa, clara e sem perder 
a coesão dos temas propostos com ideias cotidianas para que os alunos possam 
entender de forma contextualizada. 
 
2.4.1.1. Sequência didática: Isomeria 
 
A aula 1 foi planejada de forma em que seria lecionada de forma síncrona. O 
principal objetivo, além de introduzir o tema, é a apresentação do professor para 
os alunos. A aula inicial mostra uma abordagem introdutória do tema de isomeria, 
feita através de uma conversa sobre alguns conceitos químicos, como 
hidrocarbonetos, química orgânica, entre outros. 
A aula sobre isomeria inicia-se com o professor perguntando para os 
alunos se eles têm ideia do que é isomeria, junto a isso são mostrados dois 
exemplos nos slides de estruturas que representam tipos de isômeros. Em 
seguida, é falado um pouco sobre a síntese da ureia a partir do aquecimento do 
cianato de amônio. Essa síntese é representada de forma em que o professor 
fala um pouco sobre como foi feita a descoberta dos primeiros isômeros, assim 
como a etimologia da palavra “isômero” e seu significado. Após explicar a 
definição da palavra isômero, são utilizadas as estruturas do metóxi-metano e 
do etanol para demonstrar o conceito por trás dos isômeros e sua importância 
na química, mostrando que mesmo com a mesma fórmula moléculas as 
estruturas possuem características físico-químicas diferentes uma da outra. 
Esse conceito é discutido ao longo de 4 slides contendo fotos, imagens e textos. 
 A aula 2, assíncrona, foi planejada pelo professor, porém, a professora 
supervisora do estágio já havia materiais prontos para essa aula de forma 
assíncrona. Sendo assim, a professora forneceu seu material de apoio 
introdutório sobre isomeria para os alunos. Ficou como responsabilidade do 
estagiário revisar o material. 
Na aula 3, síncrona, o professor não pode ministrar devido a não presença 
dos alunos na aula. Foi elaborado uma videoaula para reposição da carga 
horária. Dando continuidade à aula 1, o professor utiliza um esquema para 
| 24 
 
demonstrar as subdivisões das classificações dos isômeros, mostrada na 
imagem 2: 
 
 Imagem 2: Esquema representando os tipos de isomeria 
 
 Fonte: O autor (2021) 
 
Na última etapa, é falado um pouco sobre a isomeria plana e como os 
seus compostos são identificados pelas suas fórmulas estruturais no plano. 
Dentro da categoria de isomeria plana, são abordadas ainda nessa aula sobre a 
isomeria de cadeia, isomeria de posição, isomeria de função é metameria. Todos 
os tipos de isomeria plana são abordados através de imagens nos slides, de 
forma em que o aluno consiga visualizar a diferença entre cada tipo de isomeria. 
A aula 4, assíncrona, foi preparado um material para que os alunos 
pudessem assistir e depois escreverem sobre o tema. Dois vídeos foram 
enviados para os alunos, o primeiro se chama “Isomeria - Brasil Escola”, é um 
vídeo feito pelo canal Brasil Escola, nesta videoaula sobre isomeria plana, o 
professor Xoven explica como identificar e as características dos compostos 
isômeros com cadeia planificada. 
A aula 5 também não foi ministrada pelo professor devido à falta de 
alunos. Os alunos não entraram na chamada via google Meet, sendo assim, o 
professor elabora a gravação de uma videoaula para repor esta atividade 
Através dos slides, a aula se inicia com o professor explicando como 
funcionam os isômeros espaciais, ou isômeros de condição. Em seguida, nesse 
momento serão apresentados os isômeros espaciais e a forma em que eles se 
compartam no espaço, de uma maneira em que os alunos aprendam a visualizar 
como eles funcionam através de slides. O intuito é mostrar aos alunos como eles 
| 25 
 
são rearranjados de formas diferentes no espaço. Será utilizado o exemplo do 
espelho e as mãos para explicar a isomeria ótica, ou espacial, de forma em que 
os alunos consigam visualizar o que significa uma imagem especular através do 
espelho. Toda a parte teórica sobre o desvio da luz plano polarizada foi planejada 
com uma abordagem de forma resumida para que não fique muito abstrato para 
os alunos. 
Nesse momento da aula o professor traz a história da talidomida e 
explicará o que aconteceu com esse medicamento, contextualizando a 
importância dos tipos de isômeros e como eles, mesmos parecidos, podem agir 
de formas abruptamente diferentes. 
Na aula 6, assíncrona, o professor irá enviar um vídeo aula sobre os tipos 
de isomeria espacial para os alunos como atividade assíncrona. Nesta 
videoaula, o professor Xoven explicauma das classes de compostos que 
apresentam isomeria: os isômeros que apresentam cadeia planificada e mesma 
fórmula molecular. A ideia é que o vídeo ajude a fixar o conteúdo. 
 
2.4.1.2. Sequência didática: Equilíbrio químico 
 
O objetivo da aula 1 é iniciar com uma breve apresentação do estagiário 
e como será o funcionamento das aulas. É importante essa apresentação para 
o professor conhecer um pouco sobre os alunos. 
O professor conversa com os alunos a respeito da definição de equilíbrio 
químico e qual o conteúdo que essa área estuda, citando alguns exemplos do 
dia a dia. Também é mostrado através dos slides como é feita a identificação 
das reações em equilíbrio e o que elas representam. Serão feitas algumas 
perguntas aos alunos para ver o que eles entendem previamente do tema, 
tentando criar uma conversa com os alunos sobre o tema iniciando uma 
interação aluno-professor, com o objetivo de deixar a aula mais leve. 
No próximo momento o professor mostra aos alunos como o estado de 
equilíbrio químico é representado graficamente. Após, são mostradas algumas 
aplicações de reações que envolvem equilíbrio químico e estão presentes no 
cotidiano dos alunos. 
 Na aula 2, assíncrona, os alunos receberam um vídeo do professor Paulo 
Valim sobre algumas características do equilíbrio químico. O professor Paulo 
| 26 
 
Valim tem um canal do youtube chamado “química em ação”, onde prepara 
alunos para vestibulares e cursinhos. O intuito da escolha desse vídeo é mostrar 
aos alunos o tema equilíbrio químico através de uma metodologia diferente. 
 A aula 3, síncrona, se inicia com um vídeo do canal extraclasse. Esse 
vídeo contém um resumo completo de 4 minutos sobre o princípio de Le 
Chatelier. O vídeo contém belas animações e imagens. Por ser em inglês, o 
professor fará pausas e conversará com os alunos sobre os que eles estão 
entendo durante a execução do vídeo. No próximo momento da aula, o professor 
iniciará o tema do princípio de Le Chatelier, explicando quem foi o químico por 
trás desse conceito e dando um breve contexto histórico. Durante a explicação, 
serão feitas algumas perguntas aos alunos. 
Em seguida, são apresentados os fatores que alteram o estado de 
equilíbrio químico de uma reação. Inicialmente, é falado sobre a pressão, citando 
exemplos de reações em que a pressão altera o equilíbrio e usando diversas 
imagens e figuras para melhor entendimento dos alunos. Em seguida, serão 
apresentados os fatores de temperatura e concentração. 
 Na aula 4, assíncrona, será enviado aos alunos um vídeo do professor 
Paulo Valim sobre principio de Le Chatelier e introdução ao deslocamento do 
equilíbrio. 
 A aula 5 também não foi aplicada por falta de alunos na aula. Nesta aula, 
com o auxílio de slides é dada continuidade ao assunto sobre a equilíbrio 
químico. O professor inicialmente faz uma breve recapitulação sobre os fatores 
que alteram o equilíbrio químico, e após, fala sobre alguns casos do cotidiano 
em que os alunos podem visualizar exemplos de reações com deslocamento do 
equilíbrio químico. Os exemplos que serão usados serão as reações do cloreto 
de prata em óculos que mudam de cor em virtude da luz solar, o 
supercongelamento que presenciamos ao abrir uma garrafa que está a muito 
tempo na geladeira, e por fim, a troca de cor em uma solução de tetracloreto de 
cobalto para explicar o funcionamento do galinho do tempo. 
O professor mostrar por vídeo que é possível visualizar o deslocamento 
em uma solução de cloreto de cobalto II com o auxílio de um secador de cabelo, 
e após, explicará todos os conceitos químicos por trás dessa prática. Por fim, 
será dado aos alunos um formulário com algumas questões simples sobre 
equilíbrio químico e o princípio de Le Chatelier. 
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 Na última aula, assíncrona, é enviado aos alunos um vídeo aula onde o 
professor explica a equação de equilíbrio químico e mostra o deslocamento 
através de uma reação com cromato e dicromato. O professor explica os 
conceitos teóricos do deslocamento, junto as soluções de cromato e dicromato 
para o deslocamento conseguir ser visualizado. 
 
 Como não houve aplicação da sequência didática devido aos alunos não 
frequentarem as aulas, foram elaboradas 4 videoaulas para reposição de carga 
horária. Para as videoaulas, foram resumidas as aulas síncronas de ambas 
sequencias didáticas para que não ficassem maiores que 15 minutos. 
 
 
2.4.2 Oficina Temática – “Química e cotidiano” 
 
 A oficina didática foi desenvolvida com intuito de relacionar os 
conhecimentos prévios de química dos alunos com os assuntos do cotidiano, 
demonstrando a importância e a presença da química no nosso dia a dia. Por 
meio desta oficina temática, pretendeu-se estudar as estratégias disponíveis 
para o ensino da temática de química cotidiana, com isso se buscou meios de 
trazer uma problemática para os estudantes, o pensamento foi utilizar uma 
estratégia de investigação por meio de fatos pré-concebidos, ou seja, alguns 
mitos e verdades do dia a dia, onde os alunos deverão utilizar seu conhecimento 
prévio do dia a dia e o que será explicado nas aulas e no experimento que será 
proposto. 
Além de desenvolver um raciocínio científico por trás das crenças 
populares abordadas, a oficina teve um experimento simples para visualização 
de um dos fenômenos abordados pelo professor. A organização dessa oficina 
temática esteve baseada nos três momentos pedagógicos propostos por 
Delizoicov e Angotti (1990), que são: Problematização Inicial, Organização do 
Conhecimento e Aplicação do Conhecimento. A primeira etapa é a 
problematização inicial, ou seja, a situação que os alunos deverão resolver será 
apresentada, após isso a etapa dois traz a fundamentação teórica que os alunos 
usarão para fazer a discussão e tentar dar uma solução para a questão problema 
| 28 
 
apresentada na primeira etapa, sendo essa dividida em duas partes. A última 
etapa, a aplicação do conhecimento, sugere a reinterpretação do problema 
inicial, tendo como base os conhecimentos adquiridos na organização do 
conhecimento, a etapa dois. 
 
2.4.2.1 Descrição da etapa um: problematização inicial. 
 
No primeiro momento será feita uma introdução sobre a importância que 
a química tem no desenvolvimento social, focando em aspectos históricos que 
levaram o homem a desenvolver métodos científicos que hoje são utilizados em 
nosso cotidiano sem que a maioria das pessoas saibam. O foco é apresentar 
aos alunos que a química está muito relacionada ao dia a dia deles. Após 
introdução, o professor fara algumas perguntas sobre alguns conceitos 
conhecidos popularmente para testar o conhecimento prévio dos alunos. 
Posteriormente, serão expostas no quadro negro algumas crenças populares 
relacionando química e questões simples para que os alunos possam 
respondem em grupos em um tempo determinado, essas perguntas foram 
elaboradas inspiradas no jogo “mito ou verdade?” e serão usadas como 
problemática. Em seguida, serão apresentadas as respostas que os alunos 
conseguiram elaborar para cada uma das questões, gerando um debate através 
das respostas. Algumas das crenças populares que o professor vai usar como 
problemática são 
 
• Café tira o sono. 
• Coca cola faz mal para os ossos? 
• Goiaba tem cheiro de xixi de gato. E cominho, cheiro de suor 
• A cerveja gela mais rápido se estiver submersa no gelo misturado com sal. 
• Comer chocolate produz sensação de bem-estar. 
• O gelo seco é molhado? 
• Como funciona a naftalina? 
• Por que a água não limpa superfícies sujas de óleo? 
• Por que choramos quando cortamos cebolas? 
• Uso de fermento em pães e bolo. Por que a massa cresce? 
 
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2.4.2.2. Descrição da etapa dois: organização do conhecimento. 
 
Inicialmente será mostrado um infográfico (apêndice A) com o conteúdo 
científico por trás das questões abordadas na primeira etapa. Cada conteúdo 
químico envolvidoem cada uma das questões será desenvolvido utilizando 
também outros exemplos para contextualizar os conteúdos de química. Os 
conteúdos não serão desenvolvidos de forma abrupta ou aprofundada. O 
objetivo é que os alunos entendam que por trás de cada questão a um conceito 
químico envolvido e algum tipo de reação acontecendo. Os conteúdos de 
crioscopia e reações ácido-base serão mais trabalhados usando as questões 
como contexto e dois experimentos, um realizado junto aos alunos e um em 
formato de vídeo. 
 
2.4.2.3. Descrição da etapa dois: organização do conhecimento (continuação). 
 
No terceiro momento será realizado um experimento rápido para explicar 
um dos conceitos abordados dentre as crenças populares utilizado como 
problemática. A crioscopia está diretamente interligada com o motivo do líquido 
(cerveja, nesse caso) gelar mais rápido na presença de sal e água. O 
experimento irá abordar o conceito de crioscopia e será utilizado para explicar a 
teoria de como isso acontece. Após a realização do procedimento experimental, 
a teoria será fundamentada pelo professor. No terceiro momento o professor 
usara o exemplo da coca cola para adentrar no assunto de reações ácido-base 
e como elas funcionam, em seguida serão mostradas quais reações ocorrem no 
exemplo da Coca-Cola. Um experimento em formato de vídeo será mostrado aos 
alunos e após serão discutidos os resultados apresentados no vídeo. 
 
2.4.2.4. Descrição da etapa três: aplicação do conhecimento. 
 
O professor irá retomar as situações problemas apresentadas para saber 
dos alunos se eles conseguem relacionar outros exemplos no cotidiano que 
abordem os conceitos explorados durante a oficina, aplicando o assunto em 
outras situações. Esse momento funcionara como uma conversa dinâmica e o 
professor fará algumas perguntas sobre os conteúdos para ver se os alunos 
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compreenderam os assuntos. No último momento será aplicado um pós-teste 
com algumas questões sobre os conteúdos da oficina e os resultados obtidos no 
experimento de crioscopia e do experimento do vídeo. O intuito é o professor 
corrigir as questões e depois devolver aos alunos para que eles também avaliem 
suas respostas. Questões abordadas no pós-teste: 
 
 • Por que se joga sal nas estradas com neve? 
• Por que as águas dos oceanos não congelam totalmente, mesmo em 
locais muito frios, com a temperatura abaixo de 0°C? 
 • Qual a relação entre a Coca-Cola e a cafeína? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. DISCUSSÃO DO ESTÁGIO 
 
Segundo Francisco e Moraes (2013), a autoavaliação é um componente 
importante ao ser utilizada como um instrumento da avaliação formativa, pois 
auxilia o estagiário a adquirir uma capacidade cada vez maior de analisar suas 
próprias responsabilidades, atitudes, comportamento, pontos fortes e fracos, 
suas condições de aprendizagens e suas necessidades para atingir os objetivos. 
Atuar como professor uma unidade escolar foi um dos maiores desafios 
propostos pela disciplina de estágio supervisionado curricular. Atuar como 
professor agrega vários desafios novos, assim como responsabilidades e 
conhecimentos. Esses desafios devem ser observados e compreendidos, as 
responsabilidades devem ser atendidas e a experiência deve ser aproveitada ao 
máximo. Atuar como professor é algo único, você forma pessoas, opiniões e 
transmite conhecimento, mas no estágio a intenção é o desenvolvimento 
pessoal. 
O primeiro momento no estágio realizado na E.E.B. Olavo Bilac foi a 
assinatura dos documentos e confirmação do estágio, onde tive a oportunidade 
de conhecer a diretora da escola professor Viviane Nehls e conversar sobre 
alguns aspectos da escola. A primeira atividade realizada como estagiário foi a 
leitura do projeto político pedagógico da unidade escolar, com intuito de 
conhecer e me familiarizar com as políticas seguidas pela comunidade escolar, 
em grande parte composta por membros de clássica média do bairro aventureiro. 
O PPP da escola é claro e direto, demonstrando que a unidade escolar apresenta 
um modelo de cidadão e de sociedade que se pretende construir. O PPP é 
escrito de forma que vai esclarecendo as estratégias que devem ser postas em 
prática no processo de ensino, os conteúdos a serem ensinados e as 
competências e habilidades a serem desenvolvidas. 
 A parte de supervisão foi de extrema importância. Atuar como estagiário 
de um professor que é egresso da UDESC faz com que você possa ter uma 
visão de como você será atuando como professor no futuro, e não só como 
supervisora, a professora Fernanda Raulino pode me dar diversas dicas de como 
ser um professor criativo e responsável. Durante as reuniões entre estagiário e 
supervisora, a supervisora orientou-me para como construir as aulas e como 
elaborar o material didático, sempre de forma direta e perspicaz. 
| 32 
 
 Um dos únicos feedbacks “negativos” que recebi foi sobre a elaboração 
dos slides. A supervisora e eu conversamos e ela sugeriu a incrementação de 
mais textos e imagens nos slides, isso para que o aluno possa fazer suas 
anotações com textos que estão presentes nesse material didático 
De acordo com o programa da disciplina de Química disponibilizado pela 
professora Fernanda Raulino, os instrumentos avaliativos consideram a 
participação significativa do aluno, além de proporem atividades em grupo que 
promovem as relações interpessoais positivas, estando de acordo com a 
proposta interacionista que a escola aborda no PPP. Todavia, da mesma forma 
como apresentado pelo PPP, a docente não apresenta essa abordagem devido 
ao método em que estão sendo aplicadas as avaliações, via plataforma 
classroom. De todo modo, não é de culpa da supervisora não seguir essa parte 
em específico do plano de ensino devido ao método assíncrono que estão sendo 
realizadas as atividades. 
Como forma de enriquecer o ensino de Química, o Professora supervisora 
propôs aulas que englobem o diálogo, conforme descrito no plano de ensino, 
promovendo a socialização entre professor-aluno e aluno-aluno. Dessa forma, 
foi proveitoso trabalhar em parceria com a professora Fernanda, pois pude ter 
um tipo de orientação junto a supervisão. 
Em decorrência da pandemia de COVID-19, as atividades de estágio 
foram adaptadas e realizadas de forma remota. Houve opção da realização do 
estágio de forma presencial nas escolas, porém, o estagiário decidiu optar pela 
forma remota devido à sobrecarga de horários com disciplinas e estágio não-
obrigatório. Dessa forma, as observações das aulas deveriam ser realizadas via 
google meet, plataforma em que a unidade escolar realiza suas aulas, e as aulas 
assíncronas através da plataforma classroom. 
Infelizmente, durante o período de observação não houve alunos 
presentes nas aulas que foram destinadas a presença do estagiário como 
observador da turma e da supervisora. Devido à falta da parte de observação, 
com finalidade de repor a carga horaria e atividade de observação, através de 
um sistema remoto foram assistidas videoaulas disponibilizadas pela professora 
orientadora da disciplina de Estágio Curricular Supervisionado III. As aulas 
observadas foram disponibilizadas através da plataforma moodle. A professora 
| 33 
 
analisada durante as videoaulas se chama Dalva, professora do departamento 
de química da USP que lecionou aulas sobre química geral e química inorgânica. 
Por meio da observação das aulas, foi possível notar aspectos 
fundamentais para a construção da postura profissional em uma sala de aula, e 
observar aspectos que demandam mais atenção e que, talvez, o estagiário não 
percebesse aos olhos caso estivesse na condição de professor. Outro aspecto 
importante da parte de observação foi entender qual o melhor momento para 
fazer questionamentos para os alunos durante a aula, assim como o tempo certo 
para trazer a resposta da pergunta para os alunos.No início da primeira aula, 
por exemplo, a professora Dalva consegue estimular os alunos a esclarecerem 
suas dúvidas em relação aos conteúdos abordados, utilizando como exemplo 
alguns alunos que fizeram isso na aula passada. Sendo assim, interagiu com os 
alunos de forma indireta segundo Flanders (1970 apud Carvalho, 2012). Foi 
possível observar esse tipo de atitude durante todas as aulas, sendo 
apresentado como um comportamento característico da professora. Essa 
característica da docente é um aspecto positivo sobre seu posicionamento 
dentro da sala de aula, pois fornece abertura para os estudantes interagirem e 
se comunicarem, demonstrarem seus pontos de vista e apresentarem suas 
ideias acerca do conteúdo. 
Dentre outras pontos observados, a forma como a professora Dalva 
realizou o experimento demonstrativo através meio de um retroprojetor foi um 
dos pontos altos da observação. Ela demonstrou todos os passos de uma reação 
química, permitindo que todos os alunos da turma verificassem cada detalhe do 
experimento, mesmo os alunos estando em sala de aula e não em laboratório. 
Isso possibilitou que, mesmo em um experimento demonstrativo, todos da turma 
participassem. Além disso, enquanto a professora apresentava o experimento, 
realizou perguntas constantes aos estudantes, criando um ambiente que 
favorecia o pensamento crítico e interação entre a professora e os alunos. 
Ao final do período de observação, pode-se notar aspectos favoráveis 
para a construção da postura do estagiário em sala de aula, como a 
movimentação e a expressão corporal, dois aspectos fundamentais para um bom 
comunicador. A professora Dalva consegue demonstrar características 
comportamentais e atitudes que vieram a agregar no acervo de ideias do 
estagiário, junto a isso, ela consegue demonstrar metodologias não tão comuns, 
| 34 
 
como o experimento no retroprojetor, por exemplo, sendo assim, suas aulas não 
são caracterizadas como o ensino tradicional, algo muito comum de ser 
verificado durante os estágios de acordo com Carvalho (2012). 
 
Imagem 3: Professora Dalva Utilizando o retroprojetor para experimento demonstrativo 
 
Fonte: Moodle UDESC, página de disciplina de ECS III. (2021) 
 
 O maior desafio do estágio foi construir materiais didáticos e saber como 
utilizar determinados recursos didáticos. Em relação a utilização de diferentes 
recursos didáticos, como o retroprojetor mencionado no parágrafo anterior, 
segundo Francisco (2011), esses podem contribuir para distanciar a aula do 
caráter tradicional, estimulando os alunos e tornando a aula mais dinâmica. A 
elaboração de duas sequências didáticas com os temas equilibro químico e 
isomeria foi desafiante. Isomeria é um tema que demanda muita visualização de 
estruturas químicas para o entendimento dos conceitos por trás, e trabalhar a 
visualização de forma remota virou um desafio que poderia ter sido mais bem 
desenvolvido, com a utilização de softwares ou alguns programas de estruturas 
químicas tridimensionais. Porém, não ouve tempo de testar tais programas 
devido ao calendário da instituição de ensino, que apressou muito a elaboração 
da sequência didática. De forma geral, ambas a sequências ficaram satisfatórias, 
mas poderia ter ficado melhores caso houvesse mais tempo por parte do estágio 
para desenvolvê-las. 
A parte da regência é o ponto em que não ouve grande aproveitamento 
durante o período de estágio. Desde o início da graduação sempre tive vontade 
| 35 
 
de atuar como professor em um estágio, porém, na atual situação em que 
vivemos, não é a mesma coisa poder ter a oportunidade de lecionar pela primeira 
vez em um estágio. A aplicação de aulas remotas foi um desafio para a 
construção das ideias que eu imaginava. Estar em uma sala junto aos alunos 
presencial abre possibilidades maiores para o aprendizado do estagiário, como 
responder perguntas, ter presença em sala de aula, o domínio total do conteúdo. 
É claro, todas essas possibilidades existem em ensino remoto, mas há escapes 
para cada uma delas. Os alunos não se sentem tão à vontade para interromper 
o professor durante uma explicação em uma aula on-line, você não sabe se 
realmente os alunos estão interessados no conteúdo que você quer passar para 
eles, não há aquele contato nos olhos onde você vê que há interesse por parte 
deles. Isso tornou a realização da regência um pouco menos atrativa. 
 Destacando positivamente a avaliação da professora supervisora com 
um conceito excelente, os temas de contextualização foram bem utilizados 
durante as aulas e o estagiário conseguiu ter um pequeno proveito sobre a 
regência, que foi a gravação de algumas videoaulas para a reposição de carga 
horária. Durante as videoaulas, não há interação entre aluno professor, isso 
impossibilita a resolução de problemas e a discussão sobre conteúdo 
conceituais. Segundo Batinga (2010), a resolução de problemas durante as 
aulas de Química é importante para relacionar os conteúdos estudados à 
investigação científica, além de aproximar os estudantes em relação a possíveis 
problemas reais sobre o assunto, porém, com os impasses que houveram 
durante o período da regência, não foi possível trabalhar a resolução de 
problemas de forma dialogada com os alunos. 
Outros negativos durante a regência foram as dificuldades em transmitir 
o conhecimento durante as aulas, principalmente na parte de explicar sobre a 
importância da visualização das estruturas químicas durante o conteúdo de 
isomeria, outro ponto negativo observado foi o não costume da utilização de uma 
fala mais devagar, mais calma, o que prejudicou levemente a dicção das minhas 
falas em determinados momentos das videoaulas. Estes pontos negativos 
poderiam ser evitados se o estagiário estivesse, de certa forma, mais preparado 
para lecionar o conteúdo, e esse prepara não se deve ao conhecimento sobre o 
assunto, mas sim ao conhecimento de seu próprio planejamento. Um preparo 
maior para a realização das aulas culmina em um professor menos nervoso, no 
| 36 
 
sentido de ansiedade, isso faz com que a calma e o conhecimento concreto 
sobre o assunto possam possibilitar uma aula mais lenta (no sentido da fala) e 
uma melhor compreensão por parte dos alunos do que o professor está falando. 
Em resumo, o estagiário pode treinar para a aula antes de ministrá-la, diminuindo 
o nervosismo e a gagueira. 
Desta maneira, a disciplina de Estágio Curricular Supervisionado 
contribuiu amplamente para a formação como profissional, pois devido a esta 
prática o Estagiário inseriu-se no âmbito escolar e pode vivenciar vários tipos de 
experiencias diferentes. Outro ponto que contribuiu para a formação profissional 
foi a observação da aula para a transposição destas informações para o plano 
de aula, que auxiliaram fortemente durante as regências. Porém ainda há a 
necessidade de melhorar, pois ainda houve dificuldades na transmissão dos 
conteúdos para as videoaulas. Infelizmente, não foi possível atuar como 
professor durante o período de estágio, mas houveram diversos aspectos em 
que o estagiário pode melhorar ao decorrer do estágio, como planejamento e 
aplicação de seus materiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
| 37 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O estágio curricular supervisionado III cumpriu os objetivos propostos de 
discutir sobre a vivência da realidade escolar no âmbito do professor de Química, 
visando o desenvolvimento de conhecimentos e habilidades fundamentais a 
carreira docente. 
. As atividades de estágio geraram grandes desafios e novas 
responsabilidades, além de me distanciaram da zona de conforto, 
proporcionando a aquisição de novos conhecimentos, o estudo de metodologias 
alternativas e diferentes estratégias de ensino que me prepararam para 
possíveis acontecimentos no futuro, sejam eles semelhantes ou não ao 
vivenciado no cenário atual devido a pandemia, como criar recursospara aulas 
remotas. 
 Com base no exposto, conclui-se que novos conhecimentos foram 
adquiridos, novas habilidades foram desenvolvidas, responsabilidades foram 
cumpridas, tudo isso foi de extrema importância para a contribuição do 
amadurecimento do pensamento docente, mesmo que a vivência da realidade 
escolar não tenha sido concluída presencialmente, em decorrência da pandemia 
do novo coronavírus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
| 38 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
CARVALHO, A. M. P. Os estágios nos cursos de licenciatura. São Paulo: 
Cengage Learning, 2012. 
 
PIMENTA, S. G. O estágio na formação de professores: unidade teoria e 
prática. 11 ed. São Paulo: Cortez, 2012. 
 
OLIVEIRA, E.S.G.; CUNHA, V.L. O estágio Supervisionado na formação 
continuada docente à distância: desafios a vencer e Construção de novas 
subjetividades. Revista de Educación a Distancia. Ano V, n. 14, 2006 
 
JANUARIO, G. O Estágio Supervisionado e suas contribuições para a 
prática pedagógica do professor. Seminários de história e investigações 
de/em aulas de matemática, 2008, Campinas. Anais: II SHIAM. Campinas: 
GdS/FE-Unicamp, 2008. v. único. 
 
LOPES, A.; LUCENA, T.; Curso Normal Superior anos iniciais do ensino 
fundamental. 1ª edição, Faculdade de Tecnologia. Educação a distância. 
Revista Nossa História, 2006. 
SOUZA, J. C.; BONELA, L. A.; ALEXANDRE, H. P.; A importância do estágio 
supervisionado na formação do profissional de educação física: uma visão 
docente e discente. Revista Digital de Educação Física, Ipatinga: Unileste-MG - 
v.2 - n.2, 2007. 
FRANCISCO, J. G. Go.; MORAES, D. A. F. A autoavaliação como ferramenta 
de avaliação formativa no processo de ensino e aprendizagem. Congresso 
nacional de educação, 2., 2013, Paraná. p. 14968 – 1498 
 
 
 
 
| 39 
 
APÊNDICE A – PLANEJAMENTO DA(S) SEQUÊNCIA(S) DIDÁTICA(S) 
 
 
 
 
 
 
Centro de Ciências Tecnológicas – CCT/UDESC 
Licenciatura em Química – Joinville 
Estágio Curricular Supervisionado III (ECS3004) 
Prof. Fabiola Correa Viel 
 
 
 
Dados gerais 
Nome do(a) estagiário(a) :Matheus Cezar Fagundes 
Conteúdo(s) químico(s) :Equilíbrio químico 
Recurso(s) didático(s) utilizado(s) :Slides, vídeo aulas, vídeos 
Nome do(a) professor(a) supervisor(a) :Fabiola Viel 
Escola parceira :E.E.B. Olavo Bilac 
Turmas da regência :2º ano 
 
 
 
Plano de aula 
 
Justificativa para o planejamento das aulas: 
 
As aulas foram elaboradas com o intuito de apresentar os principais tópicos voltados 
ao conteúdo de equilíbrio químico, como os fatores que deslocam o equilíbrio de 
uma reação, compreender e estudar o princípio de Le Chatelier através da avaliação 
a perturbação do equilíbrio químico em diferentes reações através de fatores 
externos, tais como a alteração da concentração de reagentes e produtos. Também 
compreender o princípio de Le Chatelier e Identificar as condições que podem afetar 
um equilíbrio químico. 
| 40 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
| 41 
 
AULA 1 
 
Objetivo: Introduzir o tema Equilíbrio químico, a sua importância e área de estudo. 
Identificar algumas reações em estado de equilíbrio. 
 
Pré-requisitos necessários: Conhecimento prévio sobre equações e reações 
químicas. 
 
Conteúdo(s) explorado(s) nesta aula: 
Definição de equilíbrio químico 
Produtos e reagentes 
Tipos de flexas nas reações químicas 
 
Descrição do desenvolvimento da aula: 
 
1ª Momento: 
Iniciar a aula com uma breve apresentação do estagiário e como será o 
funcionamento das aulas. 
2ª Momento: 
O professor falara com os alunos a respeito da definição de equilíbrio químico e qual 
o conteúdo que essa área estuda, citando alguns exemplos do dia a dia. Será 
mostrado através dos slides como é feita a identificação das reações em equilíbrio e 
o que elas representam. 
3ª Momento: 
O professor irá fazer algumas perguntas aos alunos para ver o que eles entendem 
previamente do tema, tentando criar uma conversa com os alunos os alunos sobre o 
tema e também iniciar uma dinâmica aluno-professor. 
4ª Momento: 
No próximo momento o professor mostrará aos alunos como o estado de equilíbrio 
químico é representado graficamente. Após, serão mostradas algumas aplicações de 
reações que envolvem equilíbrio químico e estão presentes no cotidiano dos alunos. 
Avaliação: Participação dos alunos na aula. 
 
| 42 
 
 
Referências: 
 
FONSECA, Martha Reis Marques da. Química: Ensino Médio / Martha Reis. 2. ed. 
São Paulo: Ática, 2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 2 – assíncrona 
 
Objetivo: Introduzir o tema Equilíbrio químico, a sua importância e área de estudo. 
Identificar algumas reações em estado de equilíbrio. 
 
Pré-requisitos necessários: Conhecimento prévio sobre equações e reações 
químicas. 
 
Conteúdo(s) explorado(s) nesta aula: 
Definição de equilíbrio químico 
Produtos e reagentes 
Tipos de flexas nas reações químicas 
 
Descrição: Nesta aula será enviado aos alunos um vídeo do professor Paulo Valim 
sobre algumas características do equilíbrio químico. 
 
Avaliação: Essa aula não terá avaliação. 
 
Vídeo 1: Equilíbrio Químico: Conceito e Características (1/2) [Físico Química] 
 
| 43 
 
 
Referências: 
 
FONSECA, Martha Reis Marques da. Química: Ensino Médio / Martha Reis. 2. ed. 
São Paulo: Ática, 2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
| 44 
 
AULA 3 – Síncrona 
 
Objetivo: Apresentar o principio de le chatelier 
 
Pré-requisitos necessários: reações químicas, equilíbrio químico 
 
Conteúdo(s) explorado(s) nesta aula: 
• Principio de le chatelier 
 
 
Descrição do desenvolvimento da aula: 
 
Essa aula se iniciará com um vídeo do canal extraclasse. Esse vídeo contém um 
resumo completo de 4 minutos sobre o principio de le chatelier. O vídeo contém belas 
animações e imagens. Por ser em inglês, o professor fará pausas e conversará com 
os alunos sobre os que eles estão entendo durante a execução do vídeo. 
No próximo momento da aula, o professor iniciará o tema do principio de le chatelier, 
explicando quem foi o químico por trás desse conceito e dando um breve contexto 
histórico. Durante a explicação, serão feitas algumas perguntas aos alunos. 
Em seguidas, serão apresentados os fatores que alteram o estado de equilíbrio 
químico de uma reação. Inicialmente, será falado sobre a pressão, citando exemplos 
de reações em que a pressão altera o equilíbrio e usando diversas imagens e figuras 
para melhor entendimento dos alunos. Em seguida, serão apresentados os fatores 
de temperatura e também de concentração. 
 
 
Video 1: Le Chatelier's Principle | Extraclass.com 
https://www.youtube.com/watch?v=iiO2PkL9jsg 
 
Avaliação: Participação dos alunos na aula. 
 
 
Referências: 
 
https://www.youtube.com/watch?v=iiO2PkL9jsg
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CISCATO, Carlos. et al.Química: Manual do professor. 1º. São Paulo: Moderna. 2016 
 
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AULA 4 – assíncrona 
 
Objetivo: Revisar o tema de principio de le chatelier para poder ser introduzido os 
fatores que alteram o equilíbrio na aula seguinte. 
 
Pré-requisitos necessários: Equilíbrio químico, reações químicas 
Conteúdo(s) explorado(s) nesta aula: 
Definição de equilíbrio químico 
Principio de le chatelier 
 
Descrição: Nesta aula será enviado aos alunos um vídeo do professor Paulo Valim 
sobre principio de le chatelier e introdução ao deslocamento do equilíbrio. 
 
Avaliação: Essa aula não terá avaliação. 
 
Vídeo 1: Equilíbrio Químico: Deslocamento de Equilíbrio (1/3) [Físico Química] 
https://www.youtube.com/watch?v=hay1S4PKLO8&t=381s 
 
Referências: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 5 – Síncrona 
 
Objetivo: Mostrar aos alunos através de reações químicas como funciona o 
deslocamento do equilíbrio químico 
 
Pré-requisitos necessários: equilíbrio químico, principio

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