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ESTUDO AV1 FILOSOFIA

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SUMO RESUMÃO:
Filosofia é o estudo de questões gerais e fundamentais sobre a existência, conhecimento, valores, razão, mente, e linguagem; frequentemente colocadas como problemas a se resolver. O termo provavelmente foi cunhado por Pitágoras.
Qual é o principal objetivo da Filosofia?
Portanto, a filosofia tem por objetivo formular conceituamente problemas que interessam ao pensar de hoje e investigar as diferentes formas de conceitos envolvidas, desenvolvendo uma maneira peculiar e Page 2 geral de interrogar-se sobre a verdade das palavras, das coisas e do ser.
O que é a Filosofia e qual a sua importância?
A Filosofia é a busca constante do conhecimento, da verdade, é um olhar para dentro de nós mesmos, está sempre à procura de respostas, é um ato filosófico para o homem refletir, criticar e argumentar o pouco conhecimento que possui diante desde mundo imperfeito e maravilhoso que vivemos.
Qual era o pensamento de Sócrates Platão e Aristóteles?
Uma é a idealista, que partiu de Platão (427-347 a.C.), seguidor de Sócrates. Ao distinguir o mundo concreto do mundo das idéias, deu a estas status de realidade; e a outra é a realista, partindo de Aristóteles (384-322 a.C.), discípulo de Platão que submeteu as idéias, às quais se chega pelo espírito, ao mundo real.
ESTUDO DIRIGIDO:
Assembleia: um conselho de cerca de quinhentos cidadãos eleitos por sorteio, que supervisionava o aparato administrativo, lidava com as relações exteriores, ouvia os relatórios oficiais, deliberava a agenda, preparava as moções para as assembleias e realizava outras atividades.
A principal crítica à democracia ateniense devia-se ao impedimento da participação de mulheres, estrangeiros (como Aristóteles, que era de Estagira – cidade próxima à Macedônia –, por exemplo) e escravos no conselho.
As mulheres até assumiam funções religiosas importantes – afinal, a religião era parte fundamental da sociabilidade habitual ateniense –, porém os demais moradores da cidade, mesmo que fossem a maioria da população, tinham pouca ou nenhuma voz ativa nesse contexto.
SOFISTAS × FILÓSOFOS
Quem era eloquente e, ainda assim, bastante proativo acabava, pela lábia, exercendo cargos políticos, mesmo sem precisar ser eleito.
Grupo de professores chamados de sofistas (algo como “sábios”) para que estes lhes ensinassem as manhas da fala em público.
Filósofos tentaram explicar a origem das coisas, buscando responder à dúvida sobre por que as coisas existem em vez de simplesmente não haver nada. Para isso, criaram explicações das causas de tudo, como ser a água o motivo inicial (Tales de Mileto), ou o ar (Anaxímenes), ou o fogo (Heráclito).
SÓCRATES: O IGNORANTE MAIS SÁBIO DOS HOMENS
O único entre todos a duvidar das próprias certezas.
“Só sei que nada sei” (que não foi dita exatamente assim, mas o sentido é esse mesmo). Ao contrário dos sofistas, Sócrates não cobrava por seus ensinamentos, pois se imaginava em uma tarefa com inspiração divina, uma vez que teria sido iniciada pelo oráculo de Apolo. Isso causou diversos problemas de relacionamento em Atenas para Sócrates, o filósofo ateniense chegou a conversar sobre Matemática até mesmo com um escravo (ou se era um prisioneiro de guerra, ou alguém que estava endividado).
Sócrates acusa os sofistas de serem amorais, sem se importar com as necessidades de buscar o que seria o certo e evitar o errado, sem se interessar em distinguir o que é nobre do que é vergonhoso.
Os sofistas, por sua vez, dizem que a filosofia seria uma retórica inferior, um brinquedo lógico. Na melhor das hipóteses, um jeito de educar os jovens, jamais uma ferramenta decente para os adultos.
Sócrates rebatia dizendo que a retórica, técnica oratória ensinada pelos sofistas, era, no máximo, um truque para agradar as pessoas, e que apenas a filosofia produzia uma verdadeira tékhnē que busca a bondade nas almas. Seu objetivo seria, por fim, produzir bons cidadãos.
1. A democracia ateniense foi uma revolução na maneira como as cidades-Estados gregas se organizaram na Antiguidade. Ela influenciou meio mundo e, até hoje, é imitada e adaptada pelos países do Ocidente liberal. Assinale a seguir a alternativa que mostra uma característica positiva dessa constituição na época de Platão.
Ter mecanismos para supervisão direta do aparato administrativo.
2. Querendo criar uma maneira de pensar que ele apelidou de filosófica, Sócrates combatia diretamente o grupo dos sofistas, considerados adversários intelectuais. Assinale a seguir a alternativa que mais bem define a filosofia, segundo Sócrates.
Uma forma de encontrar a bondade na alma das pessoas.
A PRODUÇÃO POLÍTICO-FILOSÓFICA DE PLATÃO
Apesar de viver no auge do período democrático da cidade de Atenas, na Antiguidade, Platão não estava convencido de que essa fosse a melhor forma de governo. Muito de sua má vontade se justificava exatamente porque seu mestre Sócrates – “o homem mais sábio de todos” – tinha sido condenado à morte por essa mesma democracia. Platão tinha um pensamento político em constante amadurecimento, a política como uma preocupação também ética com a criação de um homem que estivesse interessado em ser correto, não corrompido pelas idiossincrasias (peculiaridades) dos tempos, ou, nos termos platônicos, um homem livre que buscasse as formulações eternas sobre o belo, o verdadeiro e o bem.
A CONSTRUÇÃO DA CIDADE E SEUS HABITANTES
Pólis corresponde às diversas Cidades-Estado que se formaram no território grego entre o final do Período Homérico e o desenvolvimento do Período Arcaico.
Sócrates para a defesa da justiça individual: alguém que não está dividido, alguém em equilíbrio entre seus diferentes impulsos, em uma espécie de harmonia psíquica.
Os poetas, rapsodos, atores, coristas, empresários e artífices, sobretudo os que produzem “adereços femininos” – em suma, toda essa laia artística. Estes, ele quer fora da cidade ideal.
Sócrates sugere uma série de profissões mais “úteis”: o guardião, porque, além de proteger a cidade de ataques externos, é dessa classe que sai, também, o legislador, que poderá produzir as melhores leis do povoado.
Todas as pessoas se percebem como iguais e pertencendo ao mesmo lugar. Há um sentimento de harmonia social (a analogia social e individual aparece aqui outra vez). A justificativa para se usar ficção nesse trecho, e não anteriormente, quando expulsam os poetas da cidade, fica para o fato de que Sócrates não acredita que possa haver tal harmonia social sem que as pessoas verdadeiramente creiam em seu íntimo que essa é a ordem natural das coisas. Sem moldar as almas, diria Sócrates, não se constrói ou se muda uma sociedade.
A UNIDADE, O CONSERVADORISMO E O REI FILÓSOFO
Sócrates ainda tenta contra-argumentar: dentro de uma estrutura de pensamento como a proposta pela obra A república, os guardiões certamente seriam felizes.
E o que dizer de toda a relação misógina, que era o padrão do período em que viveu Sócrates?
haja uma explícita proposta de equiparação de atuação de homens e mulheres na vida pública, não podemos esquecer que a vida social de determinada época não é espelho de sua literatura.
A obsessão por unidade na polis perfeita seria a ruína, não a salvação da cidade.
O filósofo faz uma sugestão que coloca em questão todo o pensamento de teoria política desde aquela época até os dias atuais.
Criticando Atenas por ser uma sociedade “democrática” 
Sugere invés de:
Democracia - poder de muitos (gente pouco especializada – e que podia condenar inocentes, como no caso socrático)
Oligarquia - poucos e ricos.
Tirania - o poder ficar na mão de apenas uma única pessoa – e essa pessoa querer todo o poder para si.
O poder deveria ser entregue para uma única pessoa, sim, mas alguém extremamente especializado, como acontecia com todas as coisas em “sua” cidade. 
É a partir dessa passagem que Sócrates defende que a única chance de se construir uma sociedade ideal seria fazer com que ela fosse governada por um filósofo ou tornar seus governantes.
Sócrates insiste em dizer que a harmonia psíquica, que, como vimos, é uma das formas de felicidadepara o filósofo, é a politeia da alma, ou, em outros termos, o ordenamento político do espírito.
POLÍTICO
A república é uma das primeiras obras escritas por Platão, em que o protagonismo de Sócrates, tanto como personagem quanto como influência sobre o pensamento platônico, aparece mais realçado.
Platão acreditava que era importante dar atenção às dificuldades de governar que apareciam no cotidiano. O mundo não existe apenas na abstração; é necessário encarar a realidade, com suas contradições e seus vetores de forças, nem sempre “justos” ou “verdadeiros”.
Platão, por meio do Estrangeiro, sugere que esse político ideal possa até mesmo ignorar as leis principalmente porque se mostram pouco flexíveis, o que seria um problema insolúvel em um mundo feito mais de fatos aleatórios que de qualquer previsão.
Platão, por meio do Estrangeiro, sugere que esse político ideal possa até mesmo ignorar as leis principalmente porque se mostram pouco flexíveis, o que seria um problema insolúvel em um mundo feito mais de fatos aleatórios que de qualquer previsão.
1. Ao começar a “povoar” na imaginação sua cidade ideal, Platão, por meio de Sócrates, “expulsa” poetas, dramaturgos e outros artistas. Qual é o argumento para se proibir essas artes?
Produziriam sentimentos que atrapalham a harmonia e o equilíbrio.
Com Homero e Hesíodo em mente, poetas famosos de sua época e muito usados para educar as crianças, Sócrates queria evitar que houvesse perturbações emocionais entre os futuros cidadãos de sua cidade ideal. Ele os considerava poetas que criavam histórias, mesmo que pudessem ser verdadeiras, imorais, pois não miravam a temperança, o equilíbrio.
2. Sócrates defendia que a única forma de construir uma sociedade ideal seria fazer com que fosse governada por um filósofo ou tornar seus governantes filósofos, porque:
Apenas os filósofos escapariam da degradação moral e enxergariam a verdade eterna.
No mito da caverna, Sócrates narra a história de um homem que se desvencilhou dos grilhões da escuridão e conseguiu chegar à luz – é o filósofo. Os demais habitantes do mundo continuariam vendo sombras sem enxergar as verdades eternas. Portanto, apenas o filósofo seria capaz de guiar uma cidade, por não se contaminar com as misérias do dia a dia.
ARISTÓTELES × PLATÃO
A cosmologia é o estudo da origem e da composição do Universo (cosmos, em grego). A cosmologia estuda o Universo, a sua organização e a sua origem.
ATENÇÃO ARISTÓTELES TINHA PENSAMENTO OPOSTO A PLATÃO!
Opostamente ao pensamento associado a Platão, Aristóteles sugeriria que o mundo a se preocupar era este, aqui e agora. Em vez de tentar buscar alguma explicação no céu, temos de nos importar em como viver – e bem – nas cidades em que nascemos, crescemos, criamos laços e vamos morrer, não com as idealizadas.
Apesar da grande bagagem platônica que Aristóteles carregou ao longo da vida, por ter estudado cerca de vinte anos com o mestre Platão na famosa Academia de Atenas fundada por ele, o estagirita tentou ao longo de sua vasta produção intelectual distanciar-se do professor. 
Aristóteles tentou dar um caráter menos relacionado aos idealismos platônicos e mais aos sentidos, à realidade.
A ÉTICA DA FELICIDADE E DA FILOSOFIA
A obra platônica foi pensar na mistura que existe entre ética e política.
 
Em geral, a cada obra, ele escolhia um tema em separado (biologia, zoologia, antropologia, psicologia etc.) e o explorava até o fim.
Obra: mais do que tratar de deveres e obrigações, a ética aristotélica quer fazer com que nós encontremos nada mais, nada menos, que a felicidade. Felicidade, para ele, é algo que demonstra a excelência específica humana, sua virtude.
 
Mas, para Aristóteles, virtude não é um termo vinculado a uma aleatoriedade, algo com o que nascemos, bastando sermos sortudos. É um traço de nossa personalidade, um meio pelo qual conseguimos atingir algo, no sentido que ficou preservado na expressão “em virtude de”. Pode-se dizer que somos felizes em virtude de sabermos utilizar, ao máximo possível, as potencialidades que são características nossas. Ou seja, seremos felizes se conseguirmos alcançar o que é o “bem” humano. Esse seria o objetivo de toda vida humana – e, se não houvesse esse objetivo, a vida seria vazia e sem sentido.
PARA COMEÇAR, O QUE SERIA O BEM HUMANO?
O “bem” é um problema social: é determinado pela comunidade em que você está inserido. O que é bom para um grupo pode ser visto como ruim para outro, e vice-versa. Esse, inclusive, é mais um argumento para a interconexão entre ética e política, mas ainda não soluciona nossa questão. Ele repara em quais virtudes o bem é associado e percebe que são as pessoas corajosas, generosas e justas aquelas chamadas de boas.
Aristóteles sugere, então, que haveria três tipos de vidas que poderiam ser consideradas bem vividas: uma vida de prazeres, uma vida política e uma vida devotada à contemplação e ao estudo filosófico.
No décimo tomo, após tratar de justiça, amizade e outros temas, ele descarta uma vida só de prazeres (ao menos alguns deles), considerando que deveríamos nos preocupar com assuntos mais “importantes”, segundo seu ponto de vista.
!ATENÇÃO! É só um pouco antes de terminar a obra que Aristóteles conclui que a razão é a “a melhor coisa que existe em nós”.
AS DIFERENTES CONSTITUIÇÕES
Ética para Nicômaco teria sido escrita para legisladores e estadistas.
!ATENÇÃO! Na Ética: assim como Platão, Aristóteles também era contrário à democracia, ao menos da maneira como era feita por Atenas.
Além de achar que a democracia era o mau governo da maioria, que beneficiaria apenas alguns, em vez de focar em todos os cidadãos, em um bem comum, Aristóteles também tinha uma motivação pessoal para se colocar contrariamente ao sistema ateniense.
Aristóteles fugiu da cidade, com o argumento de que não iria “permitir que os atenienses pecassem duas vezes contra a filosofia”.
 Aristóteles também foi visto como totalitário por alguns intérpretes da atualidade – e, novamente, precisamos nos atentar para os anacronismos (Ocorre quando pessoas, eventos, palavras, objetos, costumes, sentimentos, pensamentos ou outras coisas que pertencem a uma determinada época são erroneamente retratados noutra época).
Concessão a Aristóteles
Aristóteles mostra como o homem é um animal político.
Apenas os primeiros (monarquia, aristocracia e politeia) teriam essa preocupação com o bem comum, que Aristóteles menciona como a mais importante característica de uma constituição.
No meio da obra, ele muda de opinião e diz que, para a maioria das cidades-Estados, o melhor mesmo seria uma constituição mista, que fizesse um agrupamento da aristocracia com a politeia.
1. Diferentemente dos dias atuais, Aristóteles, como os gregos de sua época, acreditava em um entrelaçamento entre ética e política. Assinale a alternativa a seguir que mostra as razões pelas quais as duas noções deveriam estar entrelaçadas.
Como somos animais gregários, o bem viver tem sempre relação com a forma de organizar as pessoas. 
Assim como para seus contemporâneos, para Aristóteles, não haveria uma divisão dos âmbitos privados e do que é de natureza estritamente pública. Para ser feliz, devemos lidar com todos os aspectos de nossa vida. Isso inclui, certamente, a forma como nos organizamos na localidade em que moramos.
2. Em seu livro A política, Aristóteles faz um estudo aprofundado das maneiras de se organizar um povoamento, listando seis tipos de constituições. Ao elencar esses modos, segundo o filósofo, qual é a mais importante característica que eles podem apresentar?
Ter uma preocupação constante com o bem comum. 
Das seis formas de governo que cita, Aristóteles sugere que as melhores são aquelas que têm como objetivo o bem comum e não priorizam determinados grupos sociais, mesmo que esses grupos se intitulem como a maioria
CONCEITO DE FILOSOFIA MEDIEVAL
 
Do ponto de vista da história da Filosofia, entretanto, foi a corrente cristã que, levando as outras duas como afluentes, conectou a fonte do pensamento antigo ao oceano da modernidadefilosófica.
Entre os intelectuais cristãos, a Filosofia nunca constituiu uma ciência ou investigação independente da teologia. 
-Para os gregos: a “Filosofia” significava — etimologicamente — “o amor à sabedoria”.
-Para os cristãos: a “verdadeira Filosofia” era o Evangelho de Cristo, que, na fé cristã, é a própria Sabedoria em pessoa. Assim, para os teólogos católicos, a Filosofia era um instrumental capaz de auxiliar a razão iluminada pela fé a conceituar os mistérios revelados.
CONTEXTO HISTÓRICO E BREVE BIOGRAFIA
Por “patrística” entende-se o período do pensamento teológico e filosófico dos “padres da Igreja” (séculos II a VIII). “Padres”, aqui, não são os presbíteros ou sacerdotes católicos, mas os “pais” dos dogmas católicos, que uniram a revelação de Cristo e dos apóstolos ao pensamento grego racional, cunhando, em disputa com as heresias nos primeiros concílios ecumênicos, os artigos fundamentais da fé católica, como a divindade de Cristo ou a Trindade de pessoas divinas.
 
dESTAQUE ENTRE OS PADRES: Santo Agostinho - nasceu em Tagaste (norte da África, na atual Argélia).
santo agostinho -  Viveu durante anos uma relação de concubinato com uma mulher que lhe deu um filho, Adeodato. Aderiu à seita maniqueísta, mas, estudando o neoplatonismo de Plotino (205 d.C.-270 d.C.), descobriu a realidade do “espírito”, e abandonou o maniqueísmo.
Em Milão, escutava com interesse estético os sermões do bispo Ambrósio (340 d.C.-397 d.C.), e começou a interessar-se pelos temas cristãos e a experimentar uma grande alegria espiritual ao ouvir seus cânticos.
Converteu-se ao catolicismo, abandonou o concubinato, iniciou uma comunidade de monges para dedicar-se à Filosofia, mas teve de voltar à África, onde tornou-se padre católico e, depois, bispo da cidade de Hipona.
Defende que uma sociedade se forma a partir do amor de vários indivíduos pelo mesmo objeto.
Essa tese agostiniana vai ao encontro da tese de Aristóteles, segundo o qual a polis é o âmbito dos “amigos”, dos que amam e odeiam as mesmas coisas. E contrapõe-se à teoria moderna de Hobbes, do “contrato social”, que considera que o Estado nasce como um pacto para cessar a luta de todos contra todos, para nos protegermos dos “vizinhos”, e não dos inimigos externos.
Não haverá política verdadeira se esta não estiver ligada a Deus.
Agostinho considera a paz da Cidade dos homens uma paz aparente, uma desordem.
A justiça deriva da lei eterna, que nos ordena conservar a ordem e impedir que ela seja perturbada. Essa lei imutável ilumina nossa consciência moral como a luz do Mestre interior — que é Cristo, “o Verbo que ilumina todo homem” — ilumina nossa inteligência.
Porém, apenas Deus pode dar ao homem a virtude da justiça e as demais virtudes.
1. Estudamos o conceito de “cidade” de Santo Agostinho, que é “o conjunto de homens unidos pelo amor comum a certo objeto”. Assinale a alternativa que corresponde essencialmente ao ideal agostiniano:
A polis ateniense.
Dos exemplos listados, apenas a polis ateniense representa uma sociedade cujos cidadãos são unidos pelo mesmo amor à cultura helênica (comum a toda Hélade) e pelo diálogo em busca da sabedoria (específico a Atenas, que é algo superior à mera formalidade democrática). Os demais exemplos unem à força pessoas que não possuem uma positiva solidariedade essencial.
2. O conceito agostiniano de “justiça” é análogo à questão da “iluminação” da verdade, porque:
A consciência humana é iluminada por Deus para agir em conformidade com a lei eterna.
Assim como no caso da verdade, a Luz de Deus é o foco da verdade especulativa. No caso da justiça, ela é o foco da verdade prática, e não as leis, os costumes ou os procedimentos exteriores, nem nossos pensamentos subjetivos.
 CONTEXTO HISTÓRICO
Santo Tomás de Aquino é o maior expoente do período escolástico da teologia e Filosofia católica, cujo nome deriva das “escolas” monásticas ou catedralícias, nas quais eram ensinadas a teologia e as “artes liberais”:
 
O período escolástico teve início a partir do século IX, após a chamada “Idade das Trevas”, provocada pelas invasões bárbaras e pela queda do Império Romano (séculos V a VIII).
As “sumas” buscavam compendiar todo o saber teológico e filosófico, reunindo as teses dos padres da Igreja e dos filósofos, confrontando-as entre si e com a Bíblia, e buscando a melhor solução para os problemas filosóficos e teológicos.
Tomás de Aquino, frade da Ordem dos Pregadores, ensinava em Paris, e os livros da ética e da metafísica aristotélicas começaram a circular na Europa cristã — até então, era fundamentalmente adepta da obra lógica conhecida de Aristóteles.
Essas interpretações questionavam a visão cristã do mundo, porque Aristóteles era apresentado como alguém que, por exemplo, negaria a criação do mundo ao afirmá-lo como eterno.
ÉTICA DA LEI NATURAL E DAS VIRTUDES
Assim como para Agostinho, para Aquino (2011), a lei eterna de Deus é participada à mente humana como “lei natural”, e o papel de tal lei — como de todas — é orientar o homem à sua finalidade e felicidade, que é Deus. Como conteúdo, essa lei é um hábito — que Tomás também chama de “sindérese” — dos princípios da vida moral.
A virtude é definida por Aquino (2011) como “uma boa qualidade da mente pela que se vive retamente, da qual ninguém usa mal, produzida por Deus em nós sem intervenção nossa”. 
A virtude é definida por Aquino (2011) como “uma boa qualidade da mente pela que se vive retamente, da qual ninguém usa mal, produzida por Deus em nós sem intervenção nossa”. 
Prudência
Esta é a virtude pela qual o homem aplica os princípios da sindérese (hábito) ou lei natural à situação concreta. Por ela, conhecendo a verdade dos princípios e da situação, o homem atua com justiça, ela não decide o que é a felicidade, mas apenas como chegar lá. A unidade viva de sindérese e prudência é o que chamamos de “consciência”. 
A prudência é cognoscitiva e imperativa: apreende a realidade para, depois, ordenar o querer e o agir.
Justiça
Esta é a constante e perpétua vontade de dar a cada um o seu direito. A justiça particular também sobressai entre as outras virtudes morais por duas razões: a primeira se toma pelo sujeito, porque se acha na parte mais nobre da alma, na vontade; a segunda razão deriva de parte do objeto, porque o justo comporta-se bem a respeito de outro, e, assim, a justiça é, de certo modo, um bem de outro.
Fortaleza
Sua essência não é se expor a qualquer risco, mas entregar-se, de maneira razoável, ao verdadeiro valor do real. A justiça quer realizar esse bem. A fortaleza e a temperança o conservam (com primazia da fortaleza).
_____________________________________________________________________________________
Sem a “coisa justa”, não há fortaleza: a coisa é o que decide, e não o dano que se possa sofrer. Ser forte não é o mesmo que não ter medo: a fortaleza supõe o medo do homem ao mal, e sua essência é não deixar que o medo a force ao mal ou a impeça de realizar o bem.
O mais próprio da fortaleza é a resistência e a paciência, e não o ataque, pois o mundo real é de tal forma, que só o caso de extrema gravidade exige a mais profunda força anímica do homem.
Temperança
O sentido da temperança é realizar a ordem no interior do homem, com absoluta ausência de egoísmo. Dela brota a tranquilidade do espírito, as funções mais específicas da temperança sejam a abstinência e a castidade (ordenação do comer, do beber e da sexualidade segundo a razão).
POLÍTICA
Para Aquino (2011), o homem é um “animal sociável e político”: desprovido de instrumentos que lhe garantam automaticamente a sobrevivência, mas dotado de razão para buscar os meios da existência, ele não pode, sozinho, encontrar tudo que necessita. Portanto, a vida social lhe é natural.
 
Quando o governante busca seu bem privado, o governo é injusto e perverso, implicando:
Tirania – Governo injusto de um só.
Oligarquia – Governo injusto de alguns poucos ricos.
Democracia – Governo injusto de muitos.
!ATENÇÃO!
A princípio, Tomás de Aquinodiz preferir o governo do rei para realizar o objetivo primordial da sociedade, que é a unidade da paz, precisamente porque considera que um só tem mais condições de evitar o conflito. Depois, no entanto, Aquino (2016) inclina-se a um governo misto, que combina os três regimes justos.
 
Tomás de Aquino não veria com bons olhos uma democracia que se entendesse, não como método que faz a multidão participar da eleição dos meios ou das estratégias políticas, mas como fim do próprio processo político.
Entre os regimes injustos, a “democracia” é o mais aceitável. 
O pior é a tirania, pois busca-se somente o bem de um.
Tomás de Aquino reconhece à sociedade o direito de destituir o governante instituído ou de lhe refrear o poder, caso abuse tiranicamente dele.
Dois princípios estabelecidos no Tratado da Lei: o primeiro, de que uma lei humana é injusta, contradiz-se à lei natural (AQUINO, 2016); o segundo afirma que a autoridade política pertence ao povo (ou a seus representantes).
O fim da sociedade humana é a vida virtuosa, mas o fim último do homem é a fruição divina.
 
1. Estudamos as virtudes em Santo Tomás de Aquino e vimos o conteúdo da “prudência”, ou seja, a capacidade de agir segundo a verdade. Qual dos exemplos a seguir não é uma atitude imprudente para o Aquinate?
Descumprir uma ordem injusta da autoridade.
A ordem injusta é aquela que não corresponde à verdade e ao bem. Portanto, não pode ser objeto da virtude da prudência.
2. Segundo Tomás de Aquino, a virtude cardeal da “fortaleza” supõe o bem justo e verdadeiro e o conserva. Que atitude listada a seguir corresponderia a um ato objetivo de covardia?
Não sacrificar a vida para salvar esposa e filhos.
A fortaleza ou coragem não é audácia. Ela só exige o martírio diante de um dever absoluto — neste caso, proteger a família da morte com a própria vida, se necessário.
 GUILHERME DE OCKHAM
Com sua Filosofia “nominalista”, Guilherme (ou William) de Ockham iniciou o processo fideísta e  racionalista que caracteriza a Modernidade, com suas separações entre fé e razão, graça e natureza, Igreja e Estado, as quais quebram a harmonia buscada por Agostinho e Tomás de Aquino.
A investigação filosófica pendeu para o conhecimento empírico da natureza.
NOMINALISMO METAFÍSICO-TEOLÓFICO E EPISTEMOLÓGICO
Considerou que a razão não poderia conhecer com certeza a transcendência e unicidade de Deus, a imortalidade da alma, tampouco existiria uma lei moral natural. Deus, a alma e os deveres morais seriam assuntos exclusivos da Revelação. 
Essa separação foi a base sobre a qual apoiaram-se Lutero (1483-1546) e a Reforma Protestante, de abor fideísta, e Descartes (1596-1650) e sua Filosofia, de sabor racionalista.
Porém esse poder temporal é de origem humana, e seu uso foi transferido ao papa pelo imperador. O imperador, por sua vez, recebeu o poder do povo romano e somente pode transmiti-lo dentro das limitações do mandato recebido.
Portanto, Ockham não impugna a instituição divina do papado nem seu direito a reger os assuntos espirituais conforme a lei divino-positivo e o direito natural (como ele o entende), mas opõe-se vigorosamente às pretensões da Cúria (corte papal) de intervir nos assuntos temporais no imperium. Ele preconiza coordenação e cooperação de ambas as potestades.
 
Francisco de Vitória (1483-1546) estudou em Paris, dedicando-se especialmente ao estudo da Antropologia tomista.
Não há lugar para o anarquismo, nem existe nada de definitivo sobre as formas concretas de organização política.
Toda república pode ser castigada pelo pecado do rei, segundo o princípio de solidariedade entre o governante e os governados, que são corresponsáveis pelas culpas do governante.
Francisco Suárez (1548-1617), a lei natural é uma verdadeira e autêntica lei divina e seu legislador é Deus. Em Deus, supõe um juízo que Deus mesmo emite a respeito da conveniência ou inconveniência de tais atos e a vontade de obrigar os homens a cumprir o que dita a reta razão. Essa vontade supõe um juízo a respeito da malícia, por exemplo, da mentira ou de coisas semelhantes.
1. Estudamos o nominalismo de Ockham e como incidiu nas considerações sobre a moral e a política. Qual das afirmativas a seguir melhor expressa a relação Igreja-Estado para o autor?
A Igreja cuida sozinha das coisas espirituais e o Estado tem total potestade nas coisas temporais.
Ockham sustenta a separação dos dois poderes sem qualquer tipo de interferência e com uma possível cooperação.
2. Segundo as teorias de Vitória e Suárez, o “direito das gentes” funda-se em:
Solidariedade dos costumes comuns dos povos.

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