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PROFESSOR CAUÊ SILVA: MÚSICA E ARTES. PÚBLICO ALVO: GERAL. DATA:___/___/___. APOSTILA DE MÚSICA: HISTÓRIA DA MÚSICA. ALUNO (A): MÚSICA PARAENSE: MÚSICA POPULAR PARAENSE. TECNOBREGA: É pertencente à música popular paraense. Daí, surgiu nos anos 2000, na cidade de Santa Maria de Belém do Grão Pará, popularmente conhecida como Belém, capital do Pará. De fato, sua musicalidade está ligada a um gênero que mistura elementos da música internacionalmente comercial, dentro de uma roupagem eletrônica e pop, como o calypso e o forró eletrônico. Seus instrumentos são compostos de sintetizadores e caixas de ritmo. Além disso, sua manifestação conta com aparelhagens com djs e artistas. Segundo Cauê Silva e Jaime Maués (p. 1, 2021), no trabalho acadêmico sobre tecnobrega, no que diz respeito aos recursos tecnológicos computacionais, em que ele nos diz que: Diversos softwares são utilizados e, um deles por exemplo, é FL STUDIO, na qual é um programa que trabalha com gravações, mixagem, masterização, edição, criação de beats (produção de ritmos), arranjos entre outras atividades da produção musical, oferecendo uma função multiuso. A partir desta citação, é correto afirmar que esse gênero conta com uma tecnologia de ponta, uma vez que narra a vida do jovem paraense da periferia e, quanto aos palcos, na parte visual, conta com iluminações e efeitos visuais, ao passo que a economia gira em torno das aparelhagens. E, engatinhando na citação, os estúdios caseiros (home studios), se faziam presentes na produção dos conteúdos, pelos quais tinham a intenção de gravar; editar; mixar; masterizar , criar beats, arranjos e playbacks, cujos serviços eram relacionados à cultura dentro do brega na roupagem eletrônica e nos gêneros como um todo. Contudo, seus artistas/bandas, são Gaby Amarantos, Tecnoshow, Djavu, Bigas Baldy, Walbinho dos teclados, Viviane Batidão, Floresta Nativa, Banda Cheiro Verde, Tonny Brasil, Gangue do Eletro, Fruto Sensual entre outros (as). data:___/___/ O home studio embora não fosse, na época, levado a sério, oferecia uma qualidade sonora semelhante ao das empresas de produções musicais, nas quais ofereciam serviços de áudio como captura; correção; tratamento e finalização, de caráter profissional, isto é, fora do ambiente caseiro, pois as pessoas leigas e até mesmo que trabalhavam com música, tinham aquela mentalidade de que só funcionava, se contratasse estúdios que não fossem de propriedade dos músicos e cantores, uma vez que a classe artística ainda era dependente de produtor musical, em contra partida com os dias de hoje, que com as mudanças da indústria fonográfica e até mesmo com a ascensão das plataformas de “streams”, como deezer, spotify, sua música e outros, qualquer adepto da música pode gravar apenas com um celular “android” e um computador ou até mesmo com um smartfone e um microfone de lapela ligado no telefone, com instrumentos virtuais, junto a uma “daw”, o som sai com qualidade, mesmo que as exigências seriam equipamentos, além do PC, como interface de áudio, mesa de áudio e outros, dentro de uma época em que o consumo do CD (Disco compacto) eram feitos em abundância. O brega das aparelhagens tem essa capacidade de trabalhar a questão da identidade cultural. Segundo Rafael Azevedo, no artigo sobre a websérie sampleados, no qual trata do gênero, em que ele nos diz: O índice identitário cultural que parece ajudar a erigir certo imaginário em torno de práticas musicais ligadas à música popular desse Estado brasileiro junto de outras expressões tais como o carimbó, a lambada e a guitarrada. (AZEVEDO, 2017, p. 81) A partir desta citação, é correto afirmar que a identidade é algo extremamente importante. Assim, este ritmo eletrônico sofre influência do carimbó com mais uma pegada do calypso, com a presença de temas humorísticos; feministas e românticos, nos quais são perceptíveis, uma vez que um exemplo de banda que retratava essas temáticas era o Tecnoshow. O calypso e o carimbó é só uma das influências inseridas neste gênero, sendo uma prática que surge dentro de produções das décadas de 70 e 80, ao passo que tem sua formação no território paraense, na região Amazônica, com a incorporação de componentes novos a sua (àquela) tradição em que os artistas do Pará começam a produzir novos tipos musicais, nos anos 90, como o brega calipso, chamado de brega pop, influenciado pelos ritmos caribenhos (LEMOS; CASTRO; FAVARETO; MAGALHÃES; ABRAMOVAY; TOSTA; IGNÁCIO; SIMAS; MENEZES, 2008, p. 21) junto aos de natureza folclórica. REFERÊNCIAS: AZEVEDO, Rafael. Do brega paraense ao tecnobrega: história e tradição na websérie Sampleados. São Paulo: Galáxia, 2016. LEMOS, Ronaldo; CASTRO, Oona; FAVARETO, Arilson; MAGALHÃES, Reginaldo; ABRAMOVAY, Ricardo; TOSTA, Alessandra; IGNÁCIO, Elizete; SIMAS, Marcelo; MENEZES, Monique. Tecnobrega: o Pará reiventando o negócio da música. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2008. SILVA, Cauê; MAUÉS, Jaime. MÚSICA POPULAR PARAENSE: Tecnobrega. Belém: UFPA, 2021.
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