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O sistema de condução cardíaco são as estruturas onde se produz e se transmite o estímulo eléctrico, permitindo a contração do coração. A maioria das células cardíacas são contráteis, mas cerca de 1% são especializadas em gerar potencial de ação espontaneamente. Essas células são responsáveis por uma propriedade única do coração: sua capacidade de se contrair sem qualquer estímulo externo. Elaborado por Giovanna Nery Sanches SISTEMA EXCITO CONDUTOR DO CORAÇÃOSISTEMA EXCITO CONDUTOR DO CORAÇÃO A comunicação elétrica no coração começa com um potencial de ação em uma célula autoexcitável. A despolarização se propaga rapidamente para as células vizinhas através das junções comunicantes nos discos intercalares. A onda de despolarização é seguida por uma onda de contração, que passa pelo átrio e depois vai para os ventrículos. Em resumo, a comunicação inicia em uma célula autoexcitável e termina com a contração. O estímulo elétrico nasce no próprio coração, na região chamada de nó sinoatrial, nó sinusal ou marca-passo, localizado na parte superior do átrio direito (aurícula direita). Trata-se de uma célula autoexcitável. Esse estímulo é independente do sistema nervoso central. Nodo sinoatrial COMPONENTES DO SISTEMA DE CONDUÇÃO DO IMPULSO ELÉTRICO CARDÍACO Fibras autoexcitáveis não contráteis ramificadas que conecta o nó sinoatrial (SA) com o nó atrioventricular (AV). Via internodal Células autoexcitáveis localizada no assoalho. É uma área de tecido especializado entre os átrios e ventrículos do coração, que conduz impulso elétrico do átrio em direção aos ventrículos. Nodo atrioventricular O feixe de His é uma coleção de fibras nervosas que se encontram no septo interatrial. Eles encaminham os impulsos elétricos do nó atrioventricular e os enviam para os ramos direito e esquerdo. Os ramos direito e esquerdo são um acúmulo contínuo de nervos que inervam os ventrículos e o septo interventricular do coração. Feixe de Hiss Os feixes terminais de tecido nervoso são conhecidos como fibras de Purkinje, e essas são responsáveis por garantir que cada pequeno grupo de células é atingido pelo estímulo elétrico, de forma que uma contração muscular máxima possa ocorrer. Fibras de Purkinje A despolarização inicia no nó sinoatrial (nó SA), as células autoexcitáveis no átrio direito que servem como o principal marca-passo do coração. A onda de despolarização, então, propaga-se rapidamente por um sistema especializado de condução, constituído de fibras autoexcitáveis não contráteis. Uma via internodal ramificada conecta o nó SA com o nó atrioventricular (nó AV), um grupo de células autoexcitáveis perto do assoalho do átrio direito. Do nó AV, a despolarização move-se para os ventrículos. A partir do nó AV, os sinais elétricos se transmitem muito rapidamente para baixo pelo fascículo atrioventricular ou feixe de His, no septo ventricular. Percorrido um curto caminho no septo, o fascículo se divide em ramos esquerdo e direito. Esses ramos continuam se deslocando para o ápice do coração, onde se dividem em pequenas fibras de Purkinje, que se espalham lateralmente entre as células contráteis. Uma segunda função do nó AV é atrasar um pouco a transmissão do potencial de ação. Esse atraso permite que os átrios completem suas contrações antes do início da contração ventricular Elaborado por Giovanna Nery Sanches POTENCIAL DE AÇÃO AUTOEXCITÁVEL Ao iniciar o potencial marca-passo, há o influxo de sódio (Na+) na célula. O sódio é responsável por iniciar a despolarização até -50mV. Quando atinge o valor limiar de, em média, -50mV, há influxo de cálcio (Ca2+) na célula e, esse influxo, é responsável por terminar a despolarização. Quando essa despolarização atinge um valor máximo, ocorre a repolarização que consiste na saída de potássio (K+) da célula. AÇÃO AUTONÔMICA SOBRE O RITMO O sistema autônomo simpático é responsável por aumentar a frequência cardíaca. Simpático O sistema nervoso parassimpático é responsável por reduzir a frequência cardíaca.Parassimpático Alteração da corrente funny (If): essa corrente é responsável por reduzir a saída de potássio e aumentar a entrada de sódio. Faz uma curva rápida para começar a despolarizar. É essa alteração da If que altera a FC. Altera a saída de potássio: Ao invés do potássio sair rapidamente na repolarização, o potássio sai lentamente, fazendo com que a repolarização seja mais longa. O coração, sem a interferência do sistema simpático e parassimpático, funcionaria a 53bpm (chamado de ritmo sinusal). Porém, fisiologicamente, o tempo todo há atuação do sistema simpático no coração. O simpático é o domínio, até mesmo no repouso. O SNAS aumenta os batimentos cardíacos. O parassimpático atua de <52bpm. O SNAP diminui a frequência cardíaca (predispondo, por exemplo, à bradicardia necessária para que o indivíduo adormeça) Elaborado por Giovanna Nery Sanches POTENCIAL DE AÇÃO - CÉLULAS MIOCÁRDICAS CONTRÁTEIS O potencial de ação das células cardíacas contráteis são similares, de diversas maneiras, aos dos neurônios e dos músculos esqueléticos. A fase de despolarização rápida do potencial de ação é resultado da entrada de Na+, e a fase de repolarização rápida é devida à saída de K+ da célula. A principal diferença entre o potencial de ação das células miocárdicas contráteis daqueles das fibras musculares esqueléticas e dos neurônios é que as células miocárdicas têm um potencial de ação mais longo, devido à entrada de Ca2+ . Potencial de membrana em repouso: as células miocárdicas contráteis têm um potencial de repouso estável de aproximadamente -90mV. Fase 4 Despolarização: quando a onda de despolarização entra na célula contrátil através das junções comunicantes, o potencial de membrana torna-se mais positivo. Os canais de Na+ dependentes de voltagem se abrem, permitindo que a entrada de Na+ despolarize rapidamente a célula. O potencial de membrana atinge cerca de 20 mV antes de os canais de Na se fecharem Fase 0 Repolarização inicial: quando os canais de Na+ se fecham, a célula começa a repolarizar à medida que o K+ deixa a célula pelos canais de K+ abertos. Fase 1 Platô: os canais de Ca2+ dependentes de voltagem ativados pela despolarização foram abertos lentamente durante as fases 0 e 1. Quando eles finalmente abrem, o Ca2+ entra na célula. Ao mesmo tempo, alguns canais “rápidos” de K+ se fecham. A combinação do influxo de Ca2+ com a diminuição do efluxo de K+ faz o potencial de ação se achatar e formar um platô. Fase 2 Repolarização rápida: o platô termina quando os canais de Ca2+ se fecham e a permeabilidade ao K+ aumenta mais uma vez. Os canais lentos de K+, responsáveis por essa fase, são similares aos dos neurônios: eles são ativados pela despolarização, mas são abertos lentamente. Quando os canais lentos de K+ se abrem, o K+ sai rapidamente e a célula retorna para seu potencial de repouso (fase 4) Fase 3 Estímulo do potencial marca-passo VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO/CONDUÇÃO NO SISTEMA EXCITO CONDUTOR Nodo sinusal ≈ 1 m/s Nodo AV ≈ 0,01-0,05 m/s Feixe de Hiss≈ 2 m/s Fibras de Purkinje≈ 4 m/s Leva 9 milésimos de segundos para despolarizar todo o átrio. O nó sinusal precisa se manter contraído até todo o átrio parar de se contrair. Há uma diferença de 7 milésimos de segundos entre a contração do átrio e do ventrículo Elaborado por Giovanna Nery Sanches ELETROCARDIOGRAMA É um exame de avaliação da atividade elétrica do coração através de eletrodos fixados na pele. A partir disso, é possível detectar o ritmo do coração e o número de batimentos por minuto. É a primeira onda do eletrocardiograma. Significa a despolarização atrial.Onda P É um segmento reto e significa condução para os ventrículos.Segmento PR Complexo QRS Despolarização dos ventrículos. Segmento ST Fase de platô ou manutenção da contração. Onda T Repolarização dos ventrículos. Curva U Aparece no eletrocardiograma, mas não tem um significado específico. Existe repolarização dos átrios, mas não aparece no eletrocardiograma (ECG). Elaborado por Giovanna NerySanches MECANISMO DE FRANK-STARLING De uma maneira geral, na grande maioria das condições, a quantidade de sangue que é bombeada pelo coração em um determinado período de tempo, depende do volume de sangue que chega ao coração, que por sua vez é chamado de retorno venoso. Se um volume de sangue maior chegar ao coração, um volume maior de sangue será bombeado para o restante do corpo. O mesmo é equivalente para uma menor quantidade de sangue que chega a coração, fazendo com que um volume menor seja repassado para o restante dos órgãos e tecidos. Essa capacidade intrínseca do coração de moldar-se conforme o volume de sangue que bombeia é chamado de Mecanismo de Frank Starling. É a pressão do sangue presente no ventrículo ao final da fase de enchimento. Pré-carga Pós-carga É a resistência enfrentada durante a ejeção do ventrículo; o sangue enfrenta dificuldades de seguir no momento em que ele é expelido para as respectivas artérias. Aumento da chegada de sangue no coração; Aumento da estimulação simpática. Torniquete, amputação traumática, endurecimento dos vasos, arteriosclerose. O mecanismo de frank-starling é uma resposta baseada no estiramento do músculo cardíaco (pré- carga). Volume de enchimento igual ao volume de ejeção. DC = FC x VS É o volume de sangue que é ejetado do coração por minuto. Débito Cardíaco É mais ou menos todo o volume de sangue existente no corpo humano: 4,9L/min ≈ 5,6L/min. É o volume de sangue que é ejetado do coração por sístole (contração). Volume sistólico O que interfere nesse volume sistólico é a pré carga, pós carga (se a artéria estiver muito rígida, ela pode não conseguir ejetar tudo) e a contratilidade (força de contrair).
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