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Resumo - Em Defesa da Política - Capítulos: A Crise e As Três Políticas - Marco Aurélio Nogueira

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Resumo – A Crise e As Três Políticas
Autor: Marco Aurélio Nogueira
Aluna: Maria Carolina Amann – R.I. 1/2015.2
A Crise 
O que é política? Faz sentido pensar política?
Mundo “atual” = vazio de ética, referências e utopias → prejudica a política → mundo exige coisas rápidas, racionais; ritmo da política parece ineficaz/desperdício → política se torna fria e distante dos cidadãos comuns.
Política: surge do interesse em resolver conflitos sem que haja destruição mútua entre conflitantes.
Ideia de crise: situação-limite → quadro singular de gravidade
Crise: destrói/desorganiza/altera conceitos e ideias de interpretação do mundo.
Crise = morte? Não. Crise ≠ Fim. Crise = Transformação, transição, passagem. Momento de ênfase nas contradições do conjunto social e de demonstrações de insatisfação. Destacam-se na crise “misérias e grandezas humanas”: foco em desníveis e desigualdade emparelhado a descoberta de “autênticos líderes”. Dá sentido ao viver coletivo → Política = ciclo de conflito: conflito → gera a resolução destes → gera aplicação de regras → gera novos questionamentos e conflitos. = Vida em sociedade.
Vantagens durante a crise: oportunidade de inovação → exige apoio, mobilização, luta e disposição. 
O que é crise política? “(…) domínio do mercado sobre o Estado, enfraquecimento das instituições e da cultura da ‘solidariedade’.”
Sem política → luta obscura e destituída de objetivos claros e distintos. Interesses e paixões expostos em sua “materialidade brutal, no seu extremismo radical”
“Há crises e crises.”
“Soluções” comuns para crise: 1) Velho não funciona e novo é incapaz de se impor → velho tenta se atrelar ao novo para sobreviver → anos com o mesmo governo falho no poder|2) Inovação | 3) Regressão da democracia → busca do autoritarismo.
Origem da crise atual = Situação objetiva (globalização → política como espetáculo → banalização → algo a ser consumido) + Projeto ideológico (neoliberalismo =hipervalorização do mercado e do econômico; indivíduo aquisitivo/consumidor; política de interesses). 
Debate político: pouca política → depende mais do cronômetro do que do argumento → fazer bom uso tempo = “roteiro” → cidadão fica confuso e entediado → cidadão foge da política → desprestígio da democracia
Mundo mais violento → discurso e debate políticos caem em descrédito → horror a política, algo de que se falar mal → dificuldade em superar e governar quadros de crise
Portas para a transformação social: 1) Política = mobilização de massas organizadas, pressões/progressivo | 2) Violência = confronto, miséria e injustiça se prolongam.
Mundo violento → Desinteresse na política → Mundo violento
As Três Políticas 
“(…)não há apenas uma política, mas três, quem sabe muitas”
Política dos políticos: “política com pouca política”. A raposa e o leão. Realismo: arte do possível e do indicado | +Ética da responsabilidade – Ética da convicção (Weber) |Ambição: comum à política, possibilidade de influenciar/assistir o triunfo de uma causa → Grandes Ambições: desejo de poder em busca do bem comum, crescimento de uma camada social / Pequenas ambições: busca do poder com fim em si mesmo, interesses particulares ou de um grupo restrito → Pol. de politiqueiros (truque, promessas, luta entre facções – intriga, conchavo, simulação –, eleitorialismo)
Política dos cidadãos: “política com muita política”. Busca do bem comum, valorização do diálogo, defesa crítica, participação → CIDADANIA |Partidos políticos, movimentos e ações sociais → fenômeno de massa com lideranças pessoas expressivas | Não elimina “bonapartismo” | Predominância de debate público e participação democrática → cidadãos interferindo em suas comunidades e discutindo sobre temas que não podem/devem ser avaliados tecnicamente | EDUCAÇÃO | Paidéia = processo contínuo de formação integral do homem → Cidadão educado é educador | Pol. dos Políticos e Pol. dos Cidadãos = faces de uma mesma moeda.
Política dos técnicos: “política sem/contra a política”. Hipervalorização da técnica, da gestão e da administração | CENTRO = afastamento de polos ideológicos → frieza técnica| Propostas realistas, pontuais, focadas em resultado | Não precisa de cidadãos, mas de eleitores | Sem participação democrática efetiva, julga deter a verdade, não altera o conhecido, fazer apenas o básico.
Política na berlinda: reação dos polos neste contexto → Direita: adapta-se fácil, abre mão do fanatismo, ajusta jargões. Esquerda → se desgasta, pois têm por comum despertar sonhos e paixões → Ambas rendem-se ao centro, porém esquerda ainda “empolga” alguns pois apresenta o novo como oportunidade de construir futuro melhor | Mal-estar a cerca da política → indiferença política por parte dos cidadãos → perda de pontos cruciais na luta pela limitação do poder do Estado

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