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AP -LEGISLAÇÃO-E-NORMAS-TECNICAS-1

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1 
 
 
LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS 
1 
 
 
Sumário 
NOSSA HISTÓRIA ....................................................................................................................... 4 
Uma Breve Contextualização Histórica ...................................................................................... 5 
Organização Internacional Do Trabalho (OIT) ............................................................................ 6 
Tripartimos e Diálogo Social .................................................................................................. 8 
Principais Organismos ........................................................................................................... 8 
Sistema De Controle Normativo ............................................................................................ 9 
Ordenamento Jurídico .............................................................................................................. 9 
Direito do Trabalho ................................................................................................................. 11 
Jornada de Trabalho ............................................................................................................ 16 
Duração da jornada de trabalho ...................................................................................... 16 
Controle da jornada ........................................................................................................ 16 
Intervalos ........................................................................................................................ 17 
Férias .................................................................................................................................. 17 
Concessão ....................................................................................................................... 17 
Início ............................................................................................................................... 18 
Fracionamento ................................................................................................................ 18 
Faltas .............................................................................................................................. 18 
Trabalho durante as férias ............................................................................................... 19 
Remuneração .................................................................................................................. 19 
Férias não concedidas ..................................................................................................... 19 
Fim do contrato............................................................................................................... 19 
Contrato De Trabalho.............................................................................................................. 20 
Relação de Trabalho X Relação de Emprego ........................................................................ 20 
Características do Contrato de Trabalho .............................................................................. 21 
Tipos de Contrato de Trabalho ............................................................................................ 21 
Alteração e Extinção do Contrato de Trabalho ..................................................................... 22 
Uma Breve Contextualização Acerca Das Normas Regulamentadoras ..................................... 23 
Órgãos De Competência Trabalhista........................................................................................ 36 
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) ............................................................................ 36 
Justiça Do Trabalho ............................................................................................................. 37 
Vara do Trabalho ............................................................................................................. 38 
Tribunais Regionais do Trabalho ...................................................................................... 38 
Tribunal Superior do Trabalho ......................................................................................... 38 
Ministério Público do Trabalho............................................................................................ 38 
2 
 
 
ABNT ................................................................................................................................... 38 
FUNDACENTRO ................................................................................................................... 39 
ACGIH ................................................................................................................................. 39 
NIOSH ................................................................................................................................. 40 
OSHA .................................................................................................................................. 40 
ISOs .................................................................................................................................... 41 
e-Social ................................................................................................................................... 41 
eSocial Empresas - Principais dúvidas .................................................................................. 42 
1. O que é o eSocial Empresas? ....................................................................................... 42 
2. Como vai funcionar, na prática, o sistema? .................................................................. 43 
3. Qual é o cronograma para a implantação do sistema? ................................................. 43 
4. Quais são os sistemas de informação do Governo Federal que serão substituídos pelo 
eSocial Empresas? ........................................................................................................... 43 
5. Quais são as vantagens para as empresas em utilizar o eSocial Empresas? .................. 44 
6. Quais as vantagens para o trabalhador com a implantação deste programa? .............. 45 
7. Por que o programa beneficia a população em geral e não apenas as empresas? ........ 45 
8. Por que o eSocial Empresas é inovador? ...................................................................... 46 
9. O que assegura que esse programa seja um dos mais sofisticados do mundo? ............ 46 
10. É uma medida de combate à sonegação ou de desburocratização? ........................... 47 
11. Se esse sistema vai facilitar o processo fiscalizatório, como o governo já afirmou, 
significa que há previsão de se ampliar a arrecadação de receita? ................................... 47 
12. Quais as penalidades que as empresas estão sujeitas, caso não cumpram algum 
quesito? .......................................................................................................................... 47 
13. Quanto foi investido nesse sistema? .......................................................................... 48 
14. Se as micro e pequenas têm que aderir, o MEI será extinto pelo governo? ................ 48 
15. Quais os benefícios da participação das empresas na fase de testes do sistema? ....... 48 
16. Quando começaremos a sentir os efeitos da implementação do eSocial Empresas? .. 49 
Módulo Empregador Doméstico.......................................................................................... 49 
Diretrizes de implantação da Vigilância em Saúde do Trabalhador no SUS............................... 50 
I. Conceituação básica ......................................................................................................... 50 
II. Princípios ........................................................................................................................51 
III. Objetivos ........................................................................................................................ 53 
IV. Modelo de VISAT ............................................................................................................ 55 
V. Estratégias ...................................................................................................................... 57 
b) Critério epidemiológico ............................................................................................... 58 
c) Abordagem Territorial ................................................................................................. 59 
d) O ramo de atividade econômica .................................................................................. 59 
3 
 
 
e) Abordagem por cadeias produtivas ............................................................................. 60 
f) Prioridades institucionais ............................................................................................. 60 
g) Interação entre estratégias .......................................................................................... 61 
VI. Complexidade da VISAT em Rede ................................................................................... 61 
VII. Inspeção Sanitária ......................................................................................................... 62 
VIII. Atribuições da VISAT .................................................................................................... 63 
IX. Atribuições dos Profissionais da VISAT ............................................................................ 63 
Atribuições da rede assistencial em cooperação com a Vigilância em Saúde: ....................... 64 
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 66 
 
 
4 
 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços 
educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no 
desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além 
de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
Uma Breve Contextualização Histórica 
Os direitos trabalhistas possuem a função de assegurar um equilíbrio nas 
relações de trabalho, como a história nos ensina, sem uma legislação eficiente 
que coordene as engrenagens do trabalho grandes desarmonias perturbariam 
tais relações. Ao voltarmos para uma Inglaterra do século XIX podemos perceber 
que as condições de trabalho eram degradantes, os operários eram expostos a 
doenças, jornadas exaustivas de trabalho e condições extremamente insalubres. 
Com salários extremamente baixos, toda a família se via na necessidade de 
estar empregada, e o trabalho infantil era bastante comum naquela época. 
 
Figura 1: Industria do final do século XIX 
O notável desequilíbrio entre os operadores e os donos das indústrias não 
demorou para gerar conflitos. Movimentos trabalhistas iam ganhando cada vem 
mais adeptos, sindicatos se fortaleciam e aos poucos as reinvindicações foram 
sendo atendidas. Em 1919 temos a criação da Organização Internacional do 
Trabalho, que emite normas internacionais para assegurar o trabalho descente 
e produtivo, em condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade. 
6 
 
 
Enquanto a Europa vivia o fim da Segunda Revolução Industrial (1850, 1870) o 
Brasil ainda usava mão de obra escravista, e apenas a partir de 1888 com a 
abolição da escravidão que inicia a ideia de direito trabalhista no Brasil. As 
buscas pelo equilíbrio entre as partes que compõem as relações de trabalho 
ganharam destaque no governo Vargas, com a constituição de 1934. Nela 
estavam assegurados direitos como salário mínimo, jornada de trabalho de 8 
horas, repouso semanal, férias remuneradas a assistência médica e sanitária. E 
finalmente em 1943 foi promulgada a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
O ambiente de laboral tem forte impacto no processo de saúde-doença dos 
trabalhadores, portanto é necessário tomar medidas de controle para que os 
colaboradores sejam expostos ao menor números de riscos possíveis, sejam ele 
de origem organizacional, física, química, biológica ou ergonômico. 
Organização Internacional Do Trabalho (OIT) 
A Organização Internacional do Trabalho (OIT ou ILO, do inglês International 
Labour Organization) é uma ramificação da Organização das Nações Unidas, 
especializada nas questões do trabalho, especialmente no que se refere ao 
cumprimento das normas (convenções e recomendações) internacionais. É a 
organização que promove os princípios fundamentais do direito do trabalho, e 
atua como um centro mundial de informações, estatísticas, pesquisas e estudos 
sobre trabalho. 
Fundada em 1919 como parte do Tratado de Versalhes, que pôs fim à Primeira 
Guerra Mundial, a Organização Internacional do Trabalho surgiu com o propósito 
de promover a justiça social, visto que o sentimento pós-guerra era carregado 
incertezas e injustiças. 
A missão da OIT é promover oportunidades para que homens e mulheres 
possam ter acesso a um trabalho decente e produtivo, em condições de 
liberdade, equidade, segurança e dignidade. Para a OIT, o trabalho decente é 
condição fundamental para a superação da pobreza, a redução das 
desigualdades sociais, a garantia da governabilidade democrática e o 
desenvolvimento sustentável. 
 
7 
 
 
A OIT possui uma 
representação no 
Brasil desde a 
década de 1950, com 
programas e 
atividades que 
refletem os objetivos 
da Organização ao 
longo de sua história. 
Além da promoção 
permanente das 
normas 
internacionais do 
trabalho, do emprego, 
da melhoria das 
condições de trabalho 
e da ampliação da proteção social, a atuação da OIT no Brasil se caracteriza 
pelo apoio ao esforço nacional de promoção do trabalho decente , que envolve 
temas como o combate ao trabalho forçado, ao trabalho infantil e ao tráfico de 
pessoas, assim como a promoção do trabalho decente para jovens e migrantes 
e da igualdade de oportunidades e tratamento, entre outros 
Os principais fundamentos que norteiam a política da OIT são: 
a. Paz universal e permanente baseada na justiça social. 
b. Entendimento da sociedade industrial como fonte de fortes conquista 
sociais. 
c. A busca pela melhoria continua das condições de trabalho no mundo. 
 
Os objetivos estratégicos são: 
a. Garantir o respeito às normas internacionais do trabalho, através de 
supervisão e aplicação de medidas cabíveis. 
b. Promover qualidade em todos níveis de emprego, promovendo 
liberdade e dignidade. 
c. Estabelecer a proteção social. 
d. Fortalecer a relação entre empregador, empregado e governo. 
Figura 2: Logo da OIT 
8 
 
 
 
Tripartimos e Diálogo Social 
A OIT busca atender as necessidades das trabalhadoras e trabalhadores 
reunindo governos, organizações de empregadores e sindicatos para 
estabelecer normas de trabalho, desenvolver políticas e elaborar programas. Aprópria estrutura da OIT, na qual trabalhadores e empregadores têm voz igual 
junto aos governos em suas deliberações, mostra o diálogo social em ação. 
Portanto o OIT trata-se de uma organização tripartite. Essa estrutura garante que 
as opiniões dos parceiros sociais sejam cuidadosamente refletidas nas normas, 
políticas e programas de trabalho da OIT. 
 
Principais Organismos 
A OIT realiza o seu trabalho através de três organismos principais, compostos 
por representantes de governos, empregadores e trabalhadores: 
 A Conferência Internacional do Trabalho define as normas internacionais 
do trabalho e as políticas gerais da OIT. Seu encontro acontece todos os 
anos em Genebra. 
 O Conselho de Administração é o conselho executivo da OIT. Ele se 
reúne três vezes por ano em Genebra e toma decisões sobre as políticas 
da OIT, além de estabelece o programa e o orçamento que são 
submetidos à Conferência para adoção. 
 O Escritório Internacional do Trabalho é o secretariado permanente da 
OIT. Trata-se do ponto focal para todas as atividades gerais da OIT, 
preparadas sob o escrutínio do Conselho de Administração e sob a 
liderança do Diretor-Geral. 
O trabalho do Conselho de Administração e do Escritório é apoiado por comitês 
tripartites que cobrem grandes indústrias, além de comitês de especialistas em 
assuntos como treinamento profissional, desenvolvimento de gestão, segurança 
e saúde no trabalho, relações industriais, educação dos trabalhadores e 
9 
 
 
problemas especiais de mulheres e jovens trabalhadores. 
 
Sistema De Controle Normativo 
As normas internacionais de trabalho são apoiadas por um sistema de controle 
que é único no nível internacional e que ajuda a assegurar que os países 
implementem as convenções que ratificam. A OIT examina regularmente a 
aplicação de normas nos Estados membros e aponta as áreas onde elas 
poderiam ser melhor aplicadas. Se houver algum problema na aplicação das 
normas, a OIT procura ajudar os países através do diálogo social e da 
assistência técnica. 
A OIT desenvolveu diversos meios para supervisionar a aplicação das 
Convenções e Recomendações na lei e na prática, a partir de sua aprovação 
pela Conferência Internacional do Trabalho e ratificação pelos países. 
Ordenamento Jurídico 
Ordenamento jurídico é um sistema que define uma ordem hierárquica em todo 
conjunto que se relaciona com o direito e a justiça de um país. Tem por objetivo 
trazer harmonia e ordem para uma sociedade. O ordenamento jurídico brasileiro 
tem a seguinte sequência, em ordem de superioridade: 
1. Normas Constitucionais: Regras e princípios que podem ser 
encontradas no texto da Constituição Brasileira de 1988. São normas que 
o legislador constituinte elegeu como constitucional, com o propósito de 
estruturar, organizar e reger o funcionamento do estado. Limitando sua 
atuação por meio de direitos e garantias. Tais normas se dividem em: 
 Originárias: Promulgadas pelo próprio poder constituinte, ou seja, 
promulgada na criação da constituição. 
 Derivadas: Mudanças no texto constitucional, como por exemplos 
as emendas constitucionais. 
 
2. Leis complementares: Estas leis tem como propósito complementar e 
explicar algum texto da constituição. Sendo assim as leis complementares 
regulamentam o conteúdo das normas previstas pela Constituição 
10 
 
 
Federal. Para que uma lei dessa seja aprovada é necessário maioria 
absoluto de votos na Câmara de Deputados e no Senado Federal. As leis 
complementares podem ser propostas pelo presidente da República, por 
deputados, senadores, comissões da Câmara, do Senado e do 
Congresso, bem como pelo Supremo Tribunal Federal (STF), tribunais 
superiores, procurador-geral da República e por cidadãos comuns. 
 
3. Leis ordinárias: Regulam as demandas não foram contidas por leis 
complementares, abrange os temas gerais da sociedade. São as leis mais 
comuns elaboradas pelo poder Legislativo, exigindo maioria simples de 
voto Câmara de Deputados e no Senado Federal. O presidente tem o 
poder de sanciona-las, veta-las ou veta-las parcialmente. 
 
4. Leis delegadas: Ato normativo elaborado pelo Presidente da Republica 
e encaminhado ao Congresso Nacional para especificação de seus 
conteúdos. 
 
5. Medidas Provisórias: Ato unipessoal do Presidente da República, com 
caráter imediato de lei, sem a participação do Poder Legislativo, que será 
chamada para discuti-la e aprova-la em momento posterior a 
promulgação. Utilizada em situações de relevância e urgência. 
 
6. Decretos Legislativos: É um ato normativo de competência exclusiva do 
poder legislativo com eficácia análoga a uma lei. Regulamentam matérias 
de competência exclusiva do Congresso Nacional, elencadas, em sua 
maioria, no artigo 49 da Constituição Federal. Devem ser aprovadas tanto 
pelo Senado quanto pelo Congresso, e não tem participação do poder 
executivo, portanto o presidente não possui poder de veto. O decreto 
legislativo é promulgado somente pelo presidente do Senado Federal. 
 
7. Resoluções: Atos administrativos normativos emitidos por autoridades 
superiores para disciplinar matérias de competência tanto do Congresso 
11 
 
 
Nacional e competência privativa da Câmara de Deputados e do Senado 
Federal. Se a resolução for do Congresso Nacional a aprovação é 
bicameral e a promulgação será feito pelo presidente do Congresso. Se 
for da Câmara de Deputados a promulgação será feita pelo presidente da 
Câmara de Deputados. E se for do Senado será feito pelo presidente do 
Senado. 
8. Portarias: Ato administrativo emitido por qualquer autoridade pública, que 
contém instruções acerca da aplicação de leis ou regulamentos. 
Em um ordenamento jurídico é notável a presença de um sistema escalonado 
de normas seguindo uma dada hierarquia, na qual as normas inferiores devem 
estar em conformidade com as normas superiores. 
 
Figura 3: Hierarquia das leis 
Direito do Trabalho 
Direitos trabalhistas são uma conjuntura de normas jurídicas que regem sobre 
os trabalhadores e empregadores. Este conjunto está agrupado na Consolidação 
das Lei Trabalhistas (CLT) e amparada pela Constituição Federal e em diversos 
dispositivos jurídicos. A Constituição Federal em seu artigo 7 estabelece 
diversos direitos trabalhistas dos quais destacamos: 
12 
 
 
II - Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; 
 
IV - Salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz 
de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família 
com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, 
higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos 
que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua 
vinculação para qualquer fim; 
 
V - Piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do 
trabalho; 
 
VI - Irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou 
acordo coletivo; 
 
VIII - Décimo terceiro salário com base na remuneração integral 
ou no valor da aposentadoria; 
 
IX - Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; 
 
XI - Participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da 
remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da 
empresa, conforme definido em lei; 
 
XIII - Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias 
e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de 
horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção 
coletiva de trabalho; 
 
XIV - Jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos 
ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; 
 
XV - Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos 
domingos; 
13 
 
 
 
XVII - Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um 
terço a mais do que o salário normal; 
 
XVIII - Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, 
com a duração de cento e vinte dias; 
 
XIX - Licença-paternidade, nos termos fixados em lei;XXI - Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no 
mínimo de trinta dias, nos termos da lei; 
 
XXII - Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de 
normas de saúde, higiene e segurança; 
 
XXIII - Adicional de remuneração para as atividades penosas, 
insalubres ou perigosas, na forma da lei; 
 
XXIV - Aposentadoria; 
 
XXVI - Reconhecimento das convenções e acordos coletivos de 
trabalho; 
 
XXVIII - Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do 
empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, 
quando incorrer em dolo ou culpa; 
XXX - Proibição de diferença de salários, de exercício de funções 
e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado 
civil; 
XXXI - Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e 
critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; 
 
14 
 
 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a 
menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de 
dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 
quatorze anos; 
 
O Direito do trabalho é guiado por princípios que servem para fundamentar 
sua ordem jurídica, dos quais podemos destacar: 
 
1. Principio de irrenunciabilidade dos direitos: Quaisquer renuncias 
executas ao direito trabalhista é imediatamente invalidada 
legalmente. 
 
2. Principio da continuidade da relação de emprego: A relação de 
emprego deve sempre ser preservada no sentido de lhe garantir a 
mais longa duração possível. 
 
3. Princípio da razão: Na relação entre empregado e empregador 
deve sempre prevalecer a razão. Não pode haver cobranças 
humanamente impossíveis de serem realizadas. 
 
4. Principio da boa-fé: O que foi acordado entre os contratantes deve 
ser cumprido, e não deverá ser admitido quaisquer artificio em 
desfavor de uma das partes. 
 
5. Princípio da primazia da realidade: Nos casos de discrepância 
entre o que está documentado e a verdade formal, deve sempre 
prevalecer a realidade dos fatos. 
 
6. Princípio do Protetor: Divide-se em três regras básicas: 
 
15 
 
 
a. Regra da interpretação da norma: quando houver dúvidas 
a respeitos da interpretação das normas, o beneficiário 
deverá sempre ser o trabalhador; 
 
b. Regra do benefício da condição: o empregado deve exercer 
seu trabalho nas condições acordadas pelo empregador; 
 
c. Regra da continuidade da norma que mais favorecer o 
trabalhador. 
 
O trabalhador por sua vez deve cumprir seus deveres ao desempenhar seu papel 
na empresa. Tais deveres estão disposto no artigo 126º do código do trabalho, 
estes são: 
a. Apresentar-se no local de trabalho com assiduidade e pontualidade; 
b. trabalhar com zelo e diligência; 
c. respeitar e tratar com gentileza e retidão o empregador, os’ superiores 
hierárquicos e os colegas, entre outros; 
d. cumprir ordens e instruções do empregador e superior hierárquico, 
relativas à execução e disciplina do trabalho e segurança e saúde no 
trabalho; 
e. ser leal com o empregador, nomeadamente não negociando por conta 
própria ou alheia em concorrência com ele. O sigilo em relação aos métodos 
de trabalho ou negócio é outro ponto a cumprir; 
f. zelar pela conservação e boa utilização de bens relacionados com o 
trabalho; 
g. contribuir para o aumento da produtividade da empresa; 
16 
 
 
h. No caso de incumprimento dos deveres do trabalhador, o empregador 
pode exercer sobre si o seu poder disciplinar, aplicando diferentes tipos 
de sanções, de acordo com a gravidade da sua infração. 
 
Jornada de Trabalho 
No Brasil, todo trabalhador contratado com carteira assinada, ou seja, numa 
relação de emprego, tem a jornada de trabalho estipulada no contrato de 
trabalho. A lei exige que fique clara, por escrito, a duração do trabalho que esse 
profissional terá de cumprir diariamente. 
Duração da jornada de trabalho 
A Constituição da República, em seu artigo 7º, inciso XIII, inclui, entre os direitos 
dos trabalhadores, a “duração do trabalho normal não superior a oito horas 
diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a 
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”. O 
inciso XIV prevê a “jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos 
ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva”. Na Consolidação das 
Leis do Trabalho (CLT), o tema é tratado na Seção II, artigos 58 a 65. 
Algumas categorias cumprem jornada diferenciada por terem regulamentação 
própria. É o caso de bancários (seis horas diárias ou 30 horas semanais), 
jornalistas (cinco horas diárias ou 30 horas semanais), médicos (quatro 
horas diárias), aeronautas (devido às peculiaridades da atividade, a jornada 
pode chegar a 20 horas), radiologistas (24 horas semanais) e advogados (quatro 
horas diárias ou 20 horas semanais), entre outros. 
 
Controle da jornada 
O controle convencional do tempo de trabalho prestado é feito por meio do ponto. 
De acordo com o artigo 74, parágrafo 2º, da CLT, "para os estabelecimentos de 
mais de dez trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de 
saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem 
expedidas pelo Ministério do Trabalho". E, de acordo com a jurisprudência do 
17 
 
 
TST (Súmula 338), a prova a respeito da jornada deve ser feita pelo empregador. 
A não apresentação injustificada dos controles de frequência gera presunção 
relativa de veracidade da jornada de trabalho alegada pelo empregado. 
 
Intervalos 
O chamado intervalo intrajornada, período destinado ao repouso e à 
alimentação, não é computado na jornada de trabalho. De acordo com o artigo 
71 da CLT, quem trabalha mais de seis horas tem direito a um intervalo mínimo 
de uma hora. Se a jornada é inferior a seis horas, o intervalo é de no mínimo 15 
minutos. 
Quando o período de descanso é descumprido, o empregador fica obrigado a 
remunerar o período correspondente como se fosse horas extras, ou seja, com 
acréscimo de no mínimo 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de 
trabalho. 
O intervalo de uma hora pode ser reduzido em situações especiais relacionadas 
ao fornecimento de refeições em espaço adequado para 30 minutos, mediante 
autorização do Ministério Público do Trabalho. A Reforma Trabalhista (Lei 
13.467/2017) passou a admitir a redução para 30 minutos, desde que haja 
previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho. 
 
Férias 
O trabalhador adquire direito a férias após cada período de 12 meses (período 
aquisitivo) de vigência do contrato de trabalho, ou seja, conta-se o ano 
contratual, e não o ano civil (CLT, artigo 130). Algumas circunstâncias 
interrompem essa contagem, como a do empregado que deixa o emprego e não 
é readmitido em 60 dias ou que permanece em licença remunerada por mais de 
30 dias. Outras hipóteses estão previstas na lei (CLT, artigos 131 e 132). 
Concessão 
Após o primeiro ano de trabalho (período aquisitivo), inicia-se a contagem do 
período de concessão das férias (período concessivo). A escolha do período 
depende da concordância do empregador, que pode definir as escalas de férias. 
18 
 
 
A lei prevê duas exceções. Os membros de uma família que trabalharem no 
mesmo estabelecimento ou empresa terão direito a gozar férias no mesmo 
período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço. A 
outra hipótese é a do empregado estudante menor de 18 anos, que tem o direito 
de fazer coincidir suas férias com as escolares. 
Início 
É vedado o início das férias nos dois dias que antecederem feriado ou dia de 
repouso semanal remunerado. O início das férias deve ser comunicado ao 
empregado com antecedência mínima de 30 dias, por escrito e mediante recibo, 
com apresentação da carteira de trabalho para a anotação dos períodos 
aquisitivos e concessivos. Essa anotação gera presunção relativa de veracidade 
em proveito do empregador,conforme o artigo 40, inciso I, da CLT e a Súmula 
12 do TST. 
Fracionamento 
Até 2017, a CLT exigia que as férias fossem usufruídas num só período de 30 
dias. A partir da entrada em vigor da Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017), 
desde que haja concordância do empregado, as férias podem ser fracionadas 
em até três períodos, desde que um deles não seja ser inferior a 14 dias corridos 
e os demais não sejam inferiores a cinco dias corridos cada um (artigo 134, 
parágrafo 1º da CLT). 
Faltas 
As faltas ao serviço podem ter impacto no direito de férias. De acordo com o 
artigo 130 da CLT, o empregado terá direito a férias na seguinte proporção: 30 
dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de cinco vezes; 24 dias 
corridos, quando houver tido de seis a 14 faltas; 18 dias corridos, quando houver 
tido de 15 a 23 faltas; 12 dias corridos, quando houver tido de 24 a 32 faltas. 
Não é considerada falta ao serviço a licença compulsória por motivo de 
maternidade ou aborto, por motivo de acidente do trabalho ou de enfermidade 
atestada pelo INSS, a ausência justificada pela empresa, durante suspensão 
preventiva para responder a inquérito administrativo ou de prisão preventiva, 
quando o réu não for submetido ao júri ou absolvido. 
http://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_1_50.html#SUM-12
http://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_1_50.html#SUM-12
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
19 
 
 
Trabalho durante as férias 
Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a outro empregador, 
salvo se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de trabalho regular (no 
caso de dois empregos) 
 
 
Remuneração 
A Constituição da República assegura o gozo de férias anuais remuneradas com, 
pelo menos, um terço a mais do que o salário normal. Mas como ocorre o cálculo 
dessa remuneração? 
De acordo com o artigo 142 da CLT, depende de qual é a base utilizada para o 
cálculo do salário. Quando este for pago por hora com jornadas variáveis, deve-
se apurar a média do período aquisitivo. Quando for pago por tarefa, a base será 
a média da produção no período aquisitivo. Quando o salário for pago por 
percentagem, comissão ou viagem, o cálculo leva em conta a média recebida 
nos 12 meses anteriores à concessão das férias. 
Também se computa, para a remuneração das férias, os adicionais por trabalho 
extraordinário, noturno, insalubre ou perigoso. 
Férias não concedidas 
O artigo 137 da CLT prevê um conjunto de sanções ao empregador que não 
concede ou atrasa a concessão ou a remuneração das férias de seus 
empregados. Caso sejam concedidas após o fim do período concessivo, as 
férias serão remuneradas em dobro. De acordo com a Súmula 81 do TST, se 
apenas parte das férias forem gozadas após o período concessivo, remuneram-
se esses dias excedentes em dobro. 
No caso de não concessão, o empregado pode ajuizar reclamação trabalhista 
para que Justiça do Trabalho fixe o período de férias, sob pena de multa diária. 
Há, ainda, previsão de multa administrativa. 
 
Fim do contrato 
Ao fim do contrato, as férias adquiridas e não usufruídas devem ser indenizadas. 
No caso de empregados com menos de um ano de contrato, a lei assegura 
http://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_51_100.html#SUM-81
20 
 
 
indenização proporcional ao tempo de serviço prestado se a dispensa for sem 
justa causa ou quando o contrato por tempo determinado chegar ao fim. 
Os empregados com mais de um ano de contrato também têm direito a férias 
proporcionais, desde que a demissão não seja por justa causa (Súmula 171 do 
TST). 
Contrato De Trabalho 
Relação de Trabalho X Relação de Emprego 
A relação de trabalho é aquela que compreende qualquer entrega de serviço 
prestado por pessoa física, mediante ou não pagamento. Como exemplos 
podemos citar o trabalho autônomo, voluntária avulso, eventual, institucional 
estagiário, emprego etc. 
A relação de emprego é a mais branda dentre as relações de trabalho, e para 
que exista é necessário que se cumpra 5 requisitos, são eles: 
1. Pessoa física: A situação de empregado é exclusivamente de pessoa 
física. Portanto não existe empregado como pessoa juridica. 
2. Pessoalidade: O empregado sujeito do contrato não pode ser 
substituído por outro empregado. Portanto deve executar o trabalho 
pessoalmente 
3. Não eventualidade: O serviço prestado dever obedecer a uma certa 
habitualidade de forma continua e permanente, na qual o empregado 
pertença a cadeia produtiva da empresa. 
4. Subordinação: O empregado enquanto funcionário é subordinado ao 
empregador. É permitido ao empregador penalizar o empregado caso 
descumpra suas ordens. 
5. Onerosidade: O salário é um direito do empregado 
Contrato de trabalho é um acordo feito de forma tácita, verbalmente ou por 
escrito entre o empregador e o empregado, cujo o conteúdo irá dispor da relação 
de emprego. Sendo assim o empregado se compromete a prestar serviços 
pessoalmente, com habitualidade e sob subordinação do empregador, mediante 
pagamento. 
http://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_151_200.html#SUM-171
21 
 
 
Características do Contrato de Trabalho 
Direito Privado: O empregado e o empregador são livres para dispor sobre o 
conteúdo do contrato de trabalho, sempre respeitas as leis vigentes. 
Informal: O contrato de trabalho é informal, podendo ser tácito ou verbal. 
Bilateral: Atribui direitos e deveres tanto para o empregado, quanto para o 
empregador. 
Pessoalidade: O empregado deve prestar seus serviços pessoalmente. 
Consensual: O contrato de trabalho dever ser expresso em livre vontade de 
ambas as partes. 
Comutativo: As obrigações devem ser expressas desde o inicio da contratação 
Sinalagmático: Envolve reciprocidade entre as partes do contrato, e cada uma 
delas deve executar sua função. 
Trato sucessivo: Perdura-se no tempo, ainda que seja por prazo determinado. 
Sendo assim não possui caráter instantâneo. 
Oneroso: Os serviços prestados pelo empregado dever gerar salário. 
Tipos de Contrato de Trabalho 
Contrato tácito: É aquele em que há uma sucessão de serviços prestados do 
empregado ao empregador. E o empregador não se opõe à tal prestação de 
serviços. Desta forma, mesmo que não exista nenhum contrato verbal ou escrito, 
há um contrato de trabalho tácito. 
Contrato expresso: Pode ser verbal ou escrito, e deve conter as disposições 
acerca do trabalho. 
Contrato escrito: É o contrato feita de forma escrita. Deve conter o nome, a 
qualificação, o objeto do contrato, os direitos e obrigações de cada parte, 
mediante assinatura de ambas as partes. 
22 
 
 
Contrato Verbal: Este contrato é feito de forma verbal, entre o empregado e o 
empregador. 
Contrato por Prazo Indeterminado: É o contrato de trabalho comum que não 
existe período pré-definido para termino. 
Contrato por Prazo Determinado: É o contrato de trabalho que é estipulado o 
inicio e o fim das prestações de serviço. 
Contrato Intermitente: Neste contrato a prestação de serviços não é continua, ou 
seja, ocorre com alternância de período prestados e inatividade. 
Alteração e Extinção do Contrato de Trabalho 
A alteração do contrato de trabalho só terá validade se for realizada de mútuo 
consentimento entre empregado e empregador, desde que não imponha 
prejuízos financeiro ou moral ao empregado. Dentre as alterações podemos 
destacar: 
a. Objetivas: Referentes às cláusulas de contrato como por exemplo 
mudança de local de prestação de serviço, função, remuneração entre 
outras. 
b. Subjetivas: Diz as alterações entre os sujeitos do contrato de trabalho. 
Como por exemplo a mudanças de empregadores, no caso de uma 
empresa mudar de dono. 
A extinção do contrato de trabalho consiste no término do contrato de trabalho e 
pode ocorrer do várias formas: 
a. Por iniciativado empregador, sem justa causa. É dispensa do 
empregado sem qualquer razão. Nessas circunstâncias, o empregado 
tem direito ao aviso prévio, férias vencidas, acrescidas de 1/3, férias 
proporcionais, décimo terceiro salário proporcional, saldo de salário, 
além de multa de 40% sobre o FGTS, que é a penalidade para a 
dispensa imotivada. Tem direito também de sacar os depósitos do 
FGTS. O empregador ainda tem que emitir os documentos 
23 
 
 
necessários para que o trabalhador possa se habilitar ao recebimento 
do Seguro-Desemprego. 
b. Por inciativa do empregado, que sem qualquer motivo pede para que 
o contrato seja rescindido. Quando pede demissão, o trabalhador 
perde o direito ao aviso prévio (salvo se trabalhado), não tem direito à 
indenização de 40% sobre os depósitos no FGTS, nem pode sacá-lo. 
Também não lhe são entregues as guias para saque do Seguro-
Desemprego e, ainda, deixa de incidir a proteção das garantias de 
emprego. 
c. Por mútuo consentimento, quando ambas as partes do contrato 
entram em acordo para rescindir o contrato de trabalho. Neste caso as 
verbas devidas são o pagãmente da metade do aviso prévio (se 
indenizado) e metade da indenização do fundo de garantia (20%). E a 
integralidade das demais verbas. E não terá direito a seguro 
desemprego. 
d. Por iniciativa do empregador por justa causa. Neste caso a demissão 
é feita mediante a uma falta grave cometida pelo empregado. Estas 
faltas estão listadas CLT no artigo 482. A demissão por justa causa 
deve ser motivada. Neste tipo de rescisão o empregado perde todos 
benefícios trabalhistas. Terá direito apenas à saldo salário, 
proporcional do décimo terceiro salário e férias. 
 
Uma Breve Contextualização Acerca Das Normas 
Regulamentadoras 
 
Como surgiram as Normas Regulamentadoras? Quando foram emitidas? 
Quem as promulgou? Onde se encaixam no Ordenamento Jurídico? Entender 
o contexto histórico e como foram criadas tais normas servem de base para o 
agir competente de qualquer profissional da área de saúde e segurança do 
trabalho. Conhecer a história é construir identidade e ajuda entender a função 
social do profissional da área. 
A fase embrionária dos direitos trabalhistas no Brasil teve início com a abolição 
da escravidão em 1888. A regulamentação de trabalho para menores de idade 
24 
 
 
foi umas das primeiras inciativas tomados pelo governo já em 1891. Em 
seguida foi a vez de leis que regulasse os sindicatos de cada profissão, que 
por sua vez tinha o papel de representar os trabalhadores específicos e zelar 
pelos direitos dos mesmos. A primeira tentativa de sancionar um Código do 
Trabalho no Brasil foi em 1917 e surgiu pelas mãos do deputado Maurício de 
Lacerda. O código foi elaborado pela Comissão de Constituição e Justiça da 
Câmara dos Deputados e dispunha de assuntos como do contrato de trabalho; 
do dia de trabalho; dos acidentes do trabalho; disposições gerais. No ano 
seguinte foi criado o Departamento Nacional do Trabalho como o objetivo de 
planejar e fiscalizar a implantação de uma legislação socia-trabalhista no Brasil. 
Em 1923 surgia, no âmbito do então Ministério da Agricultura, Indústria e 
Comércio, o Conselho Nacional do Trabalho que era destinado à consulta dos 
poderes públicos em assuntos referentes à organização do trabalho e da 
previdência social. 
Com a ascensão ao poder por Getúlio Vargas em 1930, a Justiça do Trabalho 
e a proteção dos direitos dos trabalhadores ganharam destaque. Em 26 de 
novembro daquele ano, por meio do Decreto nº 19.433, foi criado o Ministério 
do Trabalho com o objetivo de interferir sistematicamente no conflito entre 
capital e trabalho. 
Até então, no Brasil, as questões relativas ao mundo do trabalho eram tratadas 
pelo Ministério da Agricultura, sendo insuficiente para atender as demandas da 
classe trabalhadora. Em primeiro de maio de 1943 por meio do Decreto-Lei 
nº 5.452 foi criada a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e sancionada 
também pelo presidente Getúlio Vargas. A CLT unificou 
toda legislação trabalhista existente no Brasil inserindo de forma concreta os 
diretos trabalhistas nas legislação nacional. 
 
25 
 
 
 
Figura 4: CLT 
Em 1977 o Congresso Nacional decretou e o Presidente da República 
sancionou a lei nº 6.514 estabeleceu a redação dos art. 154 a 201 da 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), relativas à segurança e medicina do 
trabalho. Esta lei foi um marco na saúde e segurança dos trabalhadores no Brasil 
pois instituía a obrigatoriedade do atendimento aos itens de Segurança e 
Medicina do Trabalho. 
O artigo 200 da lei nº 6.514 criado na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) 
estabelecia que o Ministério do Trabalho deveria dispor normas complementares 
relativas à segurança e medicina do trabalho. E desta forma em 08 de junho de 
1978, o Ministério do Trabalho aprovou a Portaria nº 3.214, que regulamentou as 
Normas Regulamentadoras (NRs) pertinentes a Segurança e Medicina do 
Trabalho. Estas normas são atualizadas afim de atender as demandas da 
sociedade e são validas até hoje, são elas: 
NR 1 – Disposições Gerais 
O objetivo desta Norma é estabelecer as disposições gerais, o campo de 
aplicação, os termos e as definições comuns às Normas Regulamentadoras 
relativas à segurança e saúde no trabalho. 
NR 2 – (REVOGADA) 
 
NR 3 – Embargo ou Interdição 
26 
 
 
Embargo e interdição são medidas de urgência, adotadas a partir da constatação 
de situação de trabalho que caracterize risco grave e iminente ao trabalhador. 
Considera-se grave e iminente risco toda condição ou situação de trabalho que 
possa causar acidente ou doença relacionada ao trabalho com lesão grave à 
integridade física do trabalhador. A interdição implica a paralisação total ou 
parcial do estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento. 
O embargo implica a paralisação total ou parcial da obra. Considera-se obra todo 
e qualquer serviço de engenharia de construção, montagem, instalação, 
manutenção ou reforma. 
NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho 
As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e 
indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados 
regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, manterão, 
obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a 
integridade do trabalhador no local de trabalho. 
O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança 
e em Medicina do Trabalho vincula-se à gradação do risco da atividade principal 
e ao número total de empregados do estabelecimento, constantes dos Quadros 
I e II, anexos a esta NR, observadas as exceções previstas nesta NR. 
NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA 
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho - CIPA, visa a 
proteção da saúde dos trabalhadores dentro do ambiente de trabalho. A CIPA é 
regulamentada pela CLT, nos artigos 162 a 165 e pela NR-5. Devem constituir 
CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento, as empresas 
privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração 
direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, 
cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como 
empregados. 
27 
 
 
. 
NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual 
Estabelece a obrigatoriedade dos empregadores em fornecer equipamentos de 
proteção individual (EPI). A entrega dever ser registrada e todo equipamento 
deverá ter o CA (Certificado de Aprovação) do Ministério do Trabalho e Emprego. 
A utilização do EPI deverá ser feita de maneira e amenizar ou erradicar o risco. 
NR 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
Esta Norma Regulamentadora estabelece a obrigatoriedade de elaboração e 
implementação,por parte de todos os empregadores e instituições que admitam 
trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional (PCMSO), com o objetivo de promoção e preservação da saúde do 
conjunto dos seus trabalhadores. Esta NR estabelece os parâmetros mínimos e 
diretrizes gerais a serem observados na execução do PCMSO, podendo os 
mesmos ser ampliados mediante negociação coletiva de trabalho. Caberá à 
empresa contratante de mão-de-obra prestadora de serviços informar a empresa 
contratada dos riscos existentes e auxiliar na elaboração e implementação do 
PCMSO nos locais de trabalho onde os serviços estão sendo prestados. 
NR 8 – Edificações 
Estabelece requisitos mínimos de segurança que devem ser executados nas 
edificações, para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalhem. 
NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de 
todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como 
empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando 
à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da 
antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência 
de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, 
tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. 
As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento 
28 
 
 
da empresa, sob a responsabilidade do empregador, com a participação dos 
trabalhadores, sendo sua abrangência e profundidade dependentes das 
características dos riscos e das necessidades de controle. 
NR 10 – Instalações e Serviços de Eletricidade 
Esta Norma Regulamentadora estabelece os requisitos e condições mínimas 
objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de 
forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou 
indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com 
eletricidade. Esta NR se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e 
consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, 
manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas 
proximidades, observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos 
órgãos competentes e, na ausência ou omissão destas, as normas 
internacionais cabíveis. 
NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais 
Estabelece medidas de prevenção a operação de elevadores, guindastes, 
transportadores industriais e máquinas transportadoras. Trata da padronização 
dos procedimentos operacionais, e assim, busca garantir a segurança de todos 
os envolvidos na atividade. 
NR 12 – Máquinas e Equipamentos 
Esta Norma Regulamentadora e seus anexos definem referências técnicas, 
princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a 
integridade física dos trabalhadores. Estabelece requisitos mínimos para a 
prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de 
utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos, e ainda à sua 
fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer título, 
em todas as atividades econômicas. 
 
29 
 
 
NR 13 – Caldeiras e Vasos de Pressão 
Esta Norma Regulamentadora estabelece requisitos mínimos para gestão da 
integridade estrutural de caldeiras a vapor, vasos de pressão e suas tubulações 
de interligação nos aspectos relacionados à instalação, inspeção, operação e 
manutenção, visando à segurança e à saúde dos trabalhadores. O empregador 
é o responsável pela adoção das medidas determinadas nesta NR. 
NR 14 – Fornos 
Define os parâmetros e serem observados para à construção, manutenção e 
operação de fornos industriais nos ambientes de trabalho. 
NR 15 – Atividades e Operações Insalubres 
Com base na NR 15, o termo insalubridade é usado para definir o trabalho em 
um ambiente hostil à saúde. Tem direito ao adicional de insalubridade o 
trabalhador que exerce suas atividades em condições insalubres nos termos da 
NR 15. São consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por 
sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a 
agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da 
natureza e da intensidade do agente e o tempo de exposição aos seus efeitos. 
Os agentes causadores de insalubridade estão contidos nos anexos da NR 15, 
alguns exemplos de agentes insalubres são ruídos contínuo ou permanente; 
ruído de Impacto; tolerância para exposição ao calor; radiações ionizantes; 
agentes químicos e poeiras minerais. 
NR 16 – Atividades e Operações Perigosas 
O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador 
a percepção de adicional de 30% (trinta por cento), incidente sobre o salário, 
sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos 
lucros da empresa. O empregado poderá optar pelo adicional 
de Insalubridade que porventura lhe seja devido. É responsabilidade do 
empregador a caracterização ou a descaracterização da periculosidade, 
30 
 
 
mediante laudo técnico elaborado por Médico do Trabalho ou Engenheiro de 
Segurança do Trabalho, nos termos do artigo 195 da CLT. 
NR 17 – Ergonomia 
Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a 
adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos 
trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e 
desempenho eficiente. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados 
ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos 
equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho, e à própria 
organização do trabalho. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às 
características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar 
a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as 
condições de trabalho, conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora. 
NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção 
Estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de 
organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas 
preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de 
trabalho na Indústria da Construção. Consideram-se atividades da Indústria da 
Construção as constantes do Quadro , Código da Atividade Específica, da NR 4 
– Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho e as atividades e serviços de demolição, reparo, pintura, limpeza e 
manutenção de edifícios em geral, de qualquer número de pavimentos ou tipo 
de construção, inclusive manutenção de obras de urbanização e paisagismo. É 
vedado o ingresso ou a permanência de trabalhadores no canteiro de obras, sem 
que estejam assegurados pelas medidas previstas nesta NR e compatíveis com 
a fase da obra. A observância do estabelecido nesta NR não desobriga os 
empregadores do cumprimento das disposições relativas às condições e meio 
ambiente de trabalho, determinadas na legislação federal, estadual e/ou 
municipal, e em outras estabelecidas em negociações coletivas de trabalho. 
31 
 
 
NR 19 – Explosivos 
Determina parâmetros para o depósito, manuseio e armazenagem de 
explosivos. Objetivando regulamentar medidas de segurança para esse trabalho 
que é de alto risco. 
NR 20 – Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis 
Estabelece requisitos mínimos para a gestão da segurança e saúde no trabalho 
contra os fatores de risco de acidentes provenientes das atividades de extração, 
produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de 
inflamáveis e líquidos combustíveis. 
NR 21 – Trabalho a céu aberto 
Estabelece medidas preventivas relacionadas com as atividadesa céu aberto, 
tais como, minas ao ar livre e pedreiras. 
NR 22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração 
Esta Norma Regulamentadora tem por objetivo disciplinar os preceitos a serem 
observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar 
compatível o planejamento e o desenvolvimento da atividade mineira com a 
busca permanente da segurança e saúde dos trabalhadores 
NR 23 – Proteção contra Incêndios 
Estabelece medidas de proteção contra incêndios nos espaços de trabalho 
visando a preservação da saúde dos trabalhadores. Obriga as empresas a 
terem: 
a) proteção contra incêndio; 
b) saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço, em caso de 
incêndio; 
c) equipamento suficiente para combater o fogo em seu início; 
32 
 
 
d) pessoas adestradas no uso correto desses equipamentos. 
NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais do Trabalho 
Esta norma estabelece as condições mínimas de higiene e de conforto a serem 
observadas pelas organizações, devendo o dimensionamento de todas as 
instalações regulamentadas por esta NR ter como base o número de 
trabalhadores usuários do turno com maior contingente. Para efeitos desta NR, 
trabalhadores usuários, doravante denominados trabalhador, é o conjunto de 
todos os trabalhadores no estabelecimento que efetivamente utilizem de forma 
habitual as instalações regulamentadas nesta NR. 
NR 25 – Resíduos Industriais 
Esta norma entende como resíduos industriais aqueles provenientes dos 
processos industriais, na forma sólida, líquida ou gasosa ou combinação dessas, 
e que por suas características físicas, químicas ou microbiológicas não se 
assemelham aos resíduos domésticos, como cinzas, lodos, óleos, materiais 
alcalinos ou ácidos, escórias, poeiras, borras, substâncias lixiviadas e aqueles 
gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como 
demais efluentes líquidos e emissões gasosas contaminantes atmosféricos. A 
empresa deve buscar a redução da geração de resíduos por meio da adoção 
das melhores práticas tecnológicas e organizacionais disponíveis. Os resíduos 
industriais devem ter destino adequado sendo proibido o lançamento ou a 
liberação no ambiente de trabalho de quaisquer contaminantes que possam 
comprometer a segurança e saúde dos trabalhadores. 
NR 26 – Sinalização de Segurança 
Devem ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou locais de 
trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes. As cores são 
utilizadas nos locais de trabalho para identificar os equipamentos de segurança, 
delimitar áreas, identificar tubulações empregadas para a condução de líquidos 
e gases e advertir contra riscos. Devem atender ao disposto nas normas técnicas 
oficiais. A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de 
33 
 
 
prevenção de acidentes. O uso de cores deve ser o mais reduzido possível, a 
fim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador. 
NR 27 – Registro Profissional do Técnico de Segurança (REVOGADA) 
NR 28 – Fiscalização e penalidades 
Estabelece as medidas a serem adotados pela fiscalização trabalhista de 
segurança e medicina do trabalho, tanto no que diz respeito a concessão de 
prazos às empresas para a correção de irregularidades técnicas, como também, 
no que concerne ao procedimento de autuação por infração as Normas 
Regulamentadoras de Segurança e Medicina do trabalho. 
NR 29 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho 
Portuário 
O objetivo desta norma é dispor sobre a proteção obrigatória contra acidentes e 
doenças profissionais, facilitar os primeiros socorros a acidentados e alcançar as 
melhores condições possíveis de segurança e saúde aos trabalhadores 
portuários. As disposições contidas nesta NR aplicam-se aos trabalhadores 
portuários em operações tanto a bordo como em terra, assim como aos demais 
trabalhadores que exerçam atividades nos portos organizados e instalações 
portuárias de uso privativo e retro portuárias, situadas dentro ou fora da área do 
porto organizado 
NR 30 – Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário 
Esta norma regulamentadora tem como objetivo a proteção e a regulamentação 
das condições de segurança e saúde dos trabalhadores aquaviários. Para outras 
categorias de trabalhadores que realizem trabalhos a bordo de embarcações a 
regulamentação das condições de segurança e saúde dos trabalhadores se dará 
na forma especificada nos Anexos a esta norma. Esta norma aplica-se aos 
trabalhadores das embarcações comerciais, de bandeira nacional, bem como às 
de bandeiras estrangeiras, no limite do disposto na Convenção da OIT n.º 147 - 
Normas Mínimas para Marinha Mercante, utilizadas no transporte de 
34 
 
 
mercadorias ou de passageiros, inclusive naquelas embarcações utilizadas na 
prestação de serviços. 
NR 31 – Segurança e saúde no Trabalho na agricultura, pecuária, 
silvicultura, exploração florestal a aquicultura 
Esta Norma Regulamentadora tem por objetivo estabelecer os preceitos a serem 
observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar 
compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, 
pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura com a segurança e saúde 
e meio ambiente do trabalho. Esta Norma Regulamentadora se aplica a 
quaisquer atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e 
aquicultura, verificadas as formas de relações de trabalho e emprego e o local 
das atividades. Esta Norma Regulamentadora também se aplica às atividades 
de exploração industrial desenvolvidas em estabelecimentos agrários. 
NR 32 – Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde 
Esta Norma Regulamentadora – NR tem por finalidade estabelecer as diretrizes 
básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde 
dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem 
atividades de promoção e assistência à saúde em geral. Para fins de aplicação 
desta NR entende-se por serviços de saúde qualquer edificação destinada à 
prestação de assistência à saúde da população, e todas as ações de promoção, 
recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de 
complexidade. 
NR 33 – Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados 
Esta Norma tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para 
identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, 
monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir 
permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta 
ou indiretamente nestes espaços. Espaço Confinado é qualquer área ou 
ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios 
limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para 
35 
 
 
remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de 
oxigênio. 
NR 34 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção 
e reparação naval 
Esta Norma Regulamentadora estabelece os requisitos mínimos e as medidas 
de proteção à segurança, à saúde e ao meio ambiente de trabalho nas atividades 
da indústria de construção, reparação e desmonte naval. Consideram-se 
atividades da indústria da construção e reparação naval todas aquelas 
desenvolvidas no âmbito das instalações empregadas para este fim ou nas 
próprias embarcações e estruturas, tais como navios, barcos, lanchas, 
plataformas fixas ou flutuantes, dentre outras. A observância do estabelecido 
nesta NR não desobriga os empregadores do cumprimento das disposições 
contidas nas demais. 
 NR 35 – Trabalho em Altura 
Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o 
trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de 
forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou 
indiretamente com esta atividade. Considera-setrabalho em altura toda atividade 
executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de 
queda. Esta norma se complementa com as normas técnicas oficiais 
estabelecidas pelos Órgãos competentes e, na ausência ou omissão dessas, 
com as normas internacionais aplicáveis. 
 NR 36 – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e 
Processamento de Carnes e Derivados 
O objetivo desta Norma é estabelecer os requisitos mínimos para a avaliação, 
controle e monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na 
indústria de abate e processamento de carnes e derivados destinados ao 
consumo humano, de forma a garantir permanentemente a segurança, a saúde 
e a qualidade de vida no trabalho, sem prejuízo da observância do disposto nas 
demais Normas Regulamentadoras. 
36 
 
 
NR 37 – Segurança e Saúde em Plataformas de Petróleo 
Estabelecer requisitos mínimos de segurança, saúde e condições de vivência no 
trabalho a bordo de plataformas de petróleo. 
 
Órgãos De Competência Trabalhista. 
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) 
O Ministério do Trabalho e Emprego é o órgão da administração pública federal 
responsável pelas questões trabalhistas no país. A sua principal função é 
garantir a estabilidade e o equilíbrio nos contratos de trabalho, conciliando 
interesses de empregado, empregadores e sindicatos. Compete ao MTE a 
garantia da saúde e segurança dos trabalhadores, a fiscalização do trabalho e 
aplicação das penalidades previstas cabíveis nas leis. 
A rede de atendimento do Ministério do Trabalho é composta por diversos canais 
de acesso disponibilizados à população como unidades de atendimento. 
Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (SRTE), Gerências 
Regionais do Trabalho e Emprego (GRTE) e Agências Regionais - São unidades 
de atendimento nos estados responsáveis pela execução, supervisão e 
monitoramento de ações relacionadas a políticas públicas de Trabalho e 
Emprego nos estados. Além do fomento ao trabalho, emprego e renda, execução 
do Sistema Público de Emprego, fiscalização do trabalho, mediação e arbitragem 
em negociação coletiva, um dos principais objetivos é a orientação e apoio ao 
cidadão. 
Agências do Sistema Nacional do Emprego (Sine) - As agências do Sine 
conectam as empresas aos trabalhadores em busca de empregos. São ações 
do Sine a intermediação de mão-de-obra; habilitação ao seguro-desemprego; 
qualificação Social e Profissional; orientação profissional; entre outros. 
Unidade Móvel do Trabalhador (UMT) – A UMT não é uma unidade de 
atendimento e sim um serviço criado para facilitar a vida dos trabalhadores que 
moram em cidades que não dispõem de um posto de atendimento do trabalho. 
37 
 
 
São veículos que se deslocam para onde o cidadão está, evitando que este seja 
obrigado a percorrer longos trechos de um município a outro. O principal serviço 
oferecido pelas vans, equipadas com balcão, cadeira, mesa e computador com 
acesso à internet, é a emissão de Carteira de Trabalho e Previdência Social 
(CTPS), entretanto, os veículos estão equipados a prestar outros tipos de 
serviços, como atendimento sobre Seguro-Desemprego. 
 
Justiça Do Trabalho 
 
A organização Judiciária Trabalhista está prevista nos art. 111 a 116 da 
Constituição Federal, sendo composta hierarquicamente pelos seguintes órgãos: 
 
 
 
Figura 5: Hierarquia da Justiça do Trabalho 
Em cada instância da Justiça do Trabalho será proferida uma sentença judicial 
de acordo com a análise das provas efetuadas pelas partes no processo. A 
38 
 
 
sentença poderá ou não (dependerá se uma das partes irá entrar ou não com 
recurso) ser alvo de recurso para a instância superior. 
Vara do Trabalho 
É a primeira instância das ações de competência da Justiça do Trabalho, sendo 
competente para julgar conflitos individuais surgidos nas relações de trabalho. 
Tais controvérsias chegam à Vara na forma de Reclamação Trabalhista. A Vara 
é composta por um Juiz do Trabalho titular e um Juiz do Trabalho substituto. 
Tribunais Regionais do Trabalho 
Os Tribunais Regionais do Trabalho são divididos no Brasil em 25 regiões e 
estão aptos a exercer a segunda instância laboral, revisando as decisões 
emanadas das Varas do Trabalho. 
Tribunal Superior do Trabalho 
É a instância mais elevada de julgamento para temas envolvendo o direito do 
trabalho no Brasil. O tribunal está composto por 27 juízes com título de Ministro, 
todos nomeados pelo Presidente da República, após aprovação do Senado 
Federal. Todos devem ser brasileiros, entre 35 e 65 anos de idade e cumprir os 
demais requisitos da legislação para investidura em cargos públicos. 
Ministério Público do Trabalho 
O Ministério Público do Trabalho (MPT) tem como atribuição fiscalizar o 
cumprimento da legislação trabalhista quando houver interesse público, 
procurando regularizar e mediar as relações entre empregados e empregadores. 
Cabe ao MPT promover a ação civil pública no âmbito da Justiça do Trabalho 
para defesa de interesses coletivos, quando desrespeitados direitos sociais 
constitucionalmente garantidos aos trabalhadores. Também pode manifestar-se 
em qualquer fase do processo trabalhista, quando entender existente interesse 
público que justifique. O MPT pode ser árbitro ou mediador em dissídios coletivos 
e pode fiscalizar o direito de greve nas atividades essenciais. 
ABNT 
ABNT é o órgão responsável pela normalização técnica no Brasil, fornecendo 
insumos ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. Esta organização emite 
39 
 
 
normas relacionadas a melhoria das condições de saúde e segurança dos 
trabalhadores como exemplo a NBR 18801 de Sistema de Gestão de Saúde e 
Segurança no Trabalho (SST) com o propósito de auxiliar no gerenciamento pela 
redução de acidentes e doenças ocupacionais. Temos também NBRs que ditam 
diretrizes acerca de procedimento de análise de riscos, como por exemplo as 
NBRs que trazem as conformidades para a iluminância. 
 
FUNDACENTRO 
A Coordenação de Higiene do Trabalho da Fundacentro deu início, na década 
de 1980, à publicação de uma série de normas técnicas denominadas 
anteriormente Normas de Higiene do Trabalho (NHT). Naquela época não foi 
elaborada NHT para o agente vibrações. Diante das transformações 
tecnológicas e da necessidade de atualização dos procedimentos de 
identificação, avaliação e controle da exposição dos trabalhadores aos agentes 
ambientais, a revisão das NHT tornou-se imprescindível, bem como a 
necessidade de elaboração de normas para outros agentes. Visando à utilização 
de terminologia mais atual, a nova série de normas passou a ser intitulada 
Normas de Higiene Ocupacional (NHO). Em caso de normas nacionais não 
estabelecerem limites de tolerância, são utilizadas normas internacionais, 
portanto vamos conhecer algumas organizações internacionais de higiene 
ocupacional. 
ACGIH 
ACGIH é a sigla da American Conference of Governmental Industrial Hygienists 
ou Conferência Americana de Higienistas Industriais Governamentais. Trata-se 
de uma associação privada de profissionais de higiene ocupacional e outros 
relacionados, sediada nos Estados Unidos da América. 
Entre os seus principais objetivos está promover a proteção de trabalhadores 
expostos a fatores de riscos ambientais. Suas publicações são referências 
mundiais na análise de riscos físicos, químicos e biológicos. 
40 
 
 
A ACGIH, entre outros trabalhos, estuda e estabelece os limites de exposição 
ocupacional para substâncias químicas, agentes físicos e índices de exposição 
biológicos adotados internacionalmente. Esses limites, para cada tipo de fator de 
risco, são utilizados em vários países na elaboração de normas de segurança e 
de proteção à saúde 
O acompanhamento das publicações da ACGIH constituem uma das melhores 
maneiras de se manter atualizado na área de saúde e segurança do trabalho e 
higiene ocupacional. Suas publicações sãotão importantes que as próprias 
Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego nelas se 
baseiam para construção de tabelas e definição de limites de exposição. 
NIOSH 
National Institute for Occupational Safety and Health ou NIOSH (Instituto 
Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional) é a agência federal dos EUA 
responsável pela realização de pesquisas e produção de recomendações para 
a prevenção de lesões e doenças relacionada com o trabalho. O NIOSH faz parte 
do Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, Centers for Disease 
Control and Prevention), dentro do Departamento de Saúde e Serviços Humanos 
dos Estados Unidos (Department of Health and Human Services). 
A NIOSH está sediada em Washington, D.C., com laboratórios de pesquisa e 
escritórios em Cincinnati, Ohio; Morgantown, West Virginia; Pittsburgh, 
Pensilvânia; Denver, Colorado; Anchorage, Alasca; Spokane, Washington; e em 
Atlanta, Geórgia. NIOSH é uma organização profissionalmente diversificada, 
com uma equipe de mais de 1.200 pessoas, representando uma ampla gama de 
disciplinas, incluindo a epidemiologia, a medicina, a higiene 
industrial, segurança, psicologia, engenharia, química e estatística. 
OSHA 
Occupational Safety and Health Administration (OSHA, Administração de 
Segurança e Saúde Ocupacional) dos Estados Unidos é uma agência 
do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos. Ela foi criada pelo Congresso 
dos Estados Unidos sob o Ato de Segurança e Saúde Ocupacional (Occupational 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Morgantown_(Virg%C3%ADnia_Ocidental)
41 
 
 
Safety and Health Act), assinado pelo Presidente Richard M. Nixon, em 29 de 
dezembro de 1970. Sua missão é impedir acidentes do trabalho, doenças e 
acidentes mortais no trabalho através da emissão e aplicação de regras 
chamadas normas de segurança e saúde no trabalho. A agência é chefiada por 
um Vice-secretário Assistente do Trabalho. 
 
 
 
ISOs 
A Organização Internacional de Normalização ou Organização Internacional 
para Padronização é uma entidade que congrega os grémios de 
padronização/normalização de 162 países. 
Em 1946, em Londres, 65 autoridades de 25 países se reuniram para discutir 
meios de facilitar internacionalmente a coordenação e unificação de padrões 
industriais. Em 23 de fevereiro de 1947, a ISO inicia oficialmente suas atividades 
com 67 comitês técnicos, tendo mudado sua sede em 1949 para Genebra, 
na Suíça[2], onde permanece até hoje. A ISO aprova normas internacionais em 
um grande número de áreas de interesse econômico e técnico. O Brasil é 
membro desde a fundação oficial em 1947.[2] Portugal entrou na ISO em 1949. 
 
e-Social 
O Decreto nº 8373/2014 instituiu o Sistema de Escrituração Digital das 
Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). Por meio 
desse sistema, os empregadores passarão a comunicar ao Governo, de forma 
unificada, as informações relativas aos trabalhadores, como vínculos, 
contribuições previdenciárias, folha de pagamento, comunicações de acidente 
de trabalho, aviso prévio, escriturações fiscais e informações sobre o FGTS. 
A transmissão eletrônica desses dados simplificará a prestação das informações 
referentes às obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas, de forma a 
reduzir a burocracia para as empresas. A prestação das informações ao eSocial 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_Internacional_de_Normaliza%C3%A7%C3%A3o#cite_note-:0-2
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_Internacional_de_Normaliza%C3%A7%C3%A3o#cite_note-:0-2
42 
 
 
substituirá o preenchimento e a entrega de formulários e declarações separados 
a cada ente. 
A implantação do eSocial viabilizará garantia aos diretos previdenciários e 
trabalhistas, racionalizará e simplificará o cumprimento de obrigações, eliminará 
a redundância nas informações prestadas pelas pessoas físicas e jurídicas, e 
aprimorará a qualidade das informações das relações de trabalho, 
previdenciárias e tributárias. A legislação prevê ainda tratamento diferenciado às 
micro e pequenas empresas. 
A obrigatoriedade de utilização desse sistema para os empregadores é 
estabelecida pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, (ver Portaria 
do Ministério da Economia nº 300, de 13/06/2019 e Portaria da Secretaria 
Especia de Previdência e Trabalho nº 716, de 04/07/2019), conforme 
cronograma de implantação e transmissão das informações por esse canal. 
O projeto eSocial é uma ação conjunta dos seguintes órgãos e entidades do 
governo federal: Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, que inclui a 
Secretaria de Previdência, Secretaria de Trabalho e o Instituto Nacional do 
Seguro Social (INSS); Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil; 
Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade; Secretaria 
Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, todos vinculados ao 
Ministério da Economia. 
eSocial Empresas - Principais dúvidas 
1. O que é o eSocial Empresas? 
É um novo sistema de registro, elaborado pelo Governo Federal, para facilitar a 
administração de informações relativas aos trabalhadores. De forma 
padronizada e simplificada, o novo eSocial empresarial vai reduzir custos e 
tempo da área contábil das empresas na hora de executar 15 obrigações fiscais, 
previdenciárias e trabalhistas. 
Todas as informações coletadas pelas empresas vão compor um banco de 
dados único, administrado pelo Governo Federal, que abrangerá mais de 40 
43 
 
 
milhões de trabalhadores e contará com a participação de mais de 8 milhões de 
empresas, além de 80 mil escritórios de contabilidade. 
2. Como vai funcionar, na prática, o sistema? 
Na prática, as empresas terão que enviar periodicamente, em meio digital, as 
informações para a plataforma do eSocial. Todos esses dados, na verdade, já 
são registrados, atualmente, em algum meio, como papel e outras plataformas 
online. No entanto, com a entrada em operação do novo sistema, o caminho será 
único. Todos esses dados, obrigatoriamente, serão enviados ao Governo 
Federal, exclusivamente, por meio do eSocial Empresas. 
3. Qual é o cronograma para a implantação do sistema? 
De acordo com a Resolução do Comitê Diretivo do eSocial nº 02/2016 publicada 
no dia 31/08/2016, no Diário Oficial da União, a implantação do sistema será 
realizada em duas etapas: a partir de 1º de janeiro de 2018, a obrigatoriedade 
de utilização do eSocial Empresas será para os empregadores e contribuintes 
com faturamento apurado, no ano de 2016, superior a R$ 78 milhões. Já a partir 
de 1º de julho de 2018, a obrigatoriedade será estendida aos demais 
empregadores e contribuintes, independentemente do valor de faturamento 
anual. 
4. Quais são os sistemas de informação do Governo Federal que serão 
substituídos pelo eSocial Empresas? 
Por meio desse canal, os empregadores passarão a comunicar ao Governo, de 
forma unificada, 15 obrigações: 
 GFIP - Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social 
 CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados para controlar as 
admissões e demissões de empregados sob o regime da CLT 
 RAIS - Relação Anual de Informações Sociais. 
 LRE - Livro de Registro de Empregados 
 CAT - Comunicação de Acidente de Trabalho 
 CD - Comunicação de Dispensa 
 CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social 
44 
 
 
 PPP - Perfil Profissiográfico Previdenciário 
 DIRF - Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte 
 DCTF - Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais 
 QHT – Quadro de Horário de Trabalho 
 MANAD – Manual Normativo de Arquivos Digitais 
 Folha de pagamento 
 GRF – Guia de Recolhimento do FGTS 
 GPS – Guia da Previdência Social 
 
5. Quais são as vantagens para as empresas em utilizar o eSocial 
Empresas? 
Além de simplificar processos, o que gera ganho de produtividade, o eSocial 
passará a subsidiar a geração de guias

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