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1. 
O conceito incutido no imaginário popular sobre família está centrado na união de um homem e de uma mulher unidos pela consagração civil e religiosa do casamento. Mas essa concepção de família nem sempre foi assim e não reflete a realidade de diversas relações que se estabelecem em várias famílias. O conceito que determina a união por meio do casamento entre um homem e uma mulher, complementado por filhos, é um modelo de família:
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A. 
burguesa.
O  modelo de família burguesa é incutido no imaginário popular e registrado em legislações como sendo o único e natural. Mas, na Idade Média e no Estado Absolutista a família era vista como necessária para repassar bens e aprender ofícios. Nas tribos indígenas, os cuidados com crianças e idosos são realizados por todos e não apenas pela consanguinidade. E, na classe trabalhadora, as famílias extensas são a realidade para que seja possível sua função protetora.
2. 
A família na Idade Média e no Estado Absolutista não era uma instituição que apresentava uma preocupação analítica dos teóricos da época. A relação que se estabelecia era para a passagem de bens e de ofícios dos mais velhos para os mais novos como forma de continuação da sociedade. Só a partir do século XIX, já na sociedade burguesa, é que a família se apresenta como parte da análise da sociedade. Essas formas de se teorizar é que perpassam as legislações e o atendimento do Estado à família, que são:
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B. 
a perspectiva funcionalista que organiza a família em papéis claramente definidos, em que cabe à mulher o cuidado da casa e dos filhos e ao homem o papel de provedor; e a perspectiva crítica entende que o papel de autoridade centrado no homem coloca a família como um espaço despótico de submissão e de adestramento.
No final do século XIX e início do século XX, as ciências sociais se preocuparam com a análise da família, assim, a perspectiva funcionalista apresenta claros papéis a serem desempenhados: o homem é o provedor e a mulher a cuidadora. A perspectiva crítica apresenta que essa divisão de funções centrada na autoridade masculina se apresenta como um espaço despótico e adestrador dos indivíduos. A religião e a justiça no Brasil sempre estiveram unidas na perspectiva de entender o casamento como única forma de constituição de famílias, mas não são correntes teóricas. 
3. 
No Brasil, a nossa primeira Constituição Federal Republicana foi em 1890, a qual apresentava a família como a união de um homem e de uma mulher por meio do casamento civil. Com o passar dos anos e da pressão da Igreja, o casamento religioso também foi reconhecido. Houve diversas Constituições Federais ao longo do tempo, mas só em 1988 foi possível pensar a construção da família não apenas pelo casamento, mas também pela instituição:
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C. 
da união estável.​​​​​​​
A constituição de uma família só era possível até 1988 por meio do casamento, seja civil ou religioso. A Constituição Federal trouxe uma nova forma de se pensar a família a partir da união estável que foi regulamentada, pela primeira vez, em 1994 pela Lei n.° 8.971, definindo como companheiros um homem e uma mulher com união comprovada, na qualidade de solteiros, separados judicialmente, divorciados e viúvos, por mais de cinco anos, com ou sem prole. A seguridade social e os direitos sociais estão na Constituição de 1988, mas não interferem na relação de constituição da família, apenas atuam sobre ela. E a convivência familiar e comunitária é um dos princípios dessa atenção. 
4. 
Atualmente, entende-se que há diversas configurações familiares e não apenas o núcleo central composto por um homem e por uma mulher com filhos. Apesar dessas famílias sempre existirem, só a partir da Constituição de 1988 é que elas foram reconhecidas. Mas mesmo com vitórias na justiça com a Resolução do Conselho Nacional de Justiça, que autoriza o casamento de pessoas do mesmo sexo, temos:
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D. 
ainda no Texto Constitucional e no Código Civil a família como a união de um homem e de uma mulher.
Mesmo com diversos avanços e até a Resolução do CNJ sobre o casamento de pessoas do mesmo sexo, ainda não temos a alteração do texto da Constituição Federal de 1988 e do Código Civil. Existe um projeto de lei desde 1995 na Câmara dos Deputados para ser votado que propõe a alteração desses textos legislativos, entendendo que família é a união de duas pessoas independente do gênero e da orientação sexual. Porém a bancada conservadora ligada a religiões não reconhece a união homossexual como família. Dessa forma, o Texto Constitucional e o Código Civil ainda trazem que a família é constituída por um homem e por uma mulher, pelo casamento ou pela união estável. 
5. 
Campos e Mioto (2003) apresentam que o debate sobre a centralidade da família nas políticas sociais atualmente está na retirada do Estado das suas funções protetoras e exigindo das famílias empobrecidas formas de proteção a seus membros que elas não têm como cumprir devido à falta de políticas de bem-estar social que fortaleçam o núcleo familiar. A essa forma de atuação das políticas sociais que supervalorizam a função protetora da família e desresponsabilizam o Estado de suas ações de bem-estar social, as autoras denominam de:
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E. 
familismo.
Familismo deve ser entendido como uma alternativa em que a política pública considera - na verdade exige - que as unidades familiares assumam a responsabilidade principal pelo bem-estar social. Justamente porque não provê suficiente ajuda à família, um sistema com maior grau de "familismo" não deve ser confundido com aquele que é pró-família. Casamento e união estável são formas de constituição de uma família, e o Estatuto da Família foi um projeto que estava na Câmara dos Deputados para restringir família apenas à união de um homem e de uma mulher.