Culicideos ( Mosquitos ) - resumo de apresentação

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Culicideos 
Boa noite a todos eu e a Samara apresentaremos o trabalho sobre os culicideos, família de insetos são artrópodes conhecidos como mosquitos, pernilongos, muriçocas, sovelas, mosquitos-prego, carapañas entre outros.
	Podem transmitir agentes causadores de doenças como Dengue, febre amarela, Chikungunya, Zika, protozooses (malária) e helmintoses Filariose (elefantíase).
	Em alguns estados brasileiros, a mosca domestica é erroneamente denominada mosquito, mas mosquitos são os dípteros nematóceros, especialmente os Culicidae.
· Cerca de 3.600 espécies, distribuídas por todas as regiões do globo.
No Brasil, existem cerca de 500 espécies descritas
· Apresentam grande adaptabilidade biológica e variabilidade genética, o que garante enorme dispersão, das espécies desde as regiões árticas até as equatoriais.
Os mosquitos estão na Terra antes que o homem - há cerca de 30-54 milhões de anos - e a maioria dos fósseis de mosquitos encontrados é do período Oligoceno (26-38 milhões de anos) e pertencentes aos gêneros Aedes, Culex, mansonia.
Historicamente falando...
· No início do século XX, foi identificado o Aedes aegypti como transmissor da febre amarela urbana, com as medidas de controle, em 1955 ocorreu a erradicação total do mosquito no país. 
· Em 1997 quando houve reintrodução do Aedes aegypti, e em 1986, quando foi detectado o Aedes albopictus pela primeira vez no Brasil. Com isso o estudo dos Culicidaes se tornou muito importante, graças a capacidade dessas duas espécies de transmitir dengue e febre amarela. 
· Após 1998, a dengue vem assolando o país com epidemias anuais ocorrendo em todo o território nacional, exceto região Sul.
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· Os quatro sorotipos da dengue (DENV-1, 2, 3 e 4) estão presentes no país e o aumento de dengue hemorrágica. 
· Não há vacinas para dengue, nem malária, somente para febre amarela. Recentemente, órgãos de fomento à pesquisa do Brasil têm investido muitos recursos para desenvolver pesquisas e solucionar problemas das doenças reemergentes transmitidas por artrópodes em particular (p. ex., malária, dengue, febre amarela e leishmaniose), estimulando não somente a formação de entomologistas, como também desenvolvendo novas metodologias de amostragem, monitoramento e controle de insetos vetores
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Sua picada pode transmitir agentes causadores de doenças como dengue, chikungunya, zika (vírus transmitidos pela picada do Aedes), febre amarela silvestre (transmite o vírus pelos gêneros Haemagogus e Sabethes), febre amarela urbana (Aedes), malária ( transmitida pelo gênero Anopheles infectados pelo protozoário Plasmodium), e filariose (Wulchereria bancrofti é o nematódeo transmitido pelo Culex quinquefasciatus).
Classificação e Taxonomia 
	Classificação de Nematocera
	Filo
	Classe
	Ordem
	Subordem
	Família
	Subfamília
	Tribo
	Gênero
	Arthropoda
Tubo digestivo completo
Patas articuladas
Celoma repleto de hemolinfa
	Insecta
Díceros
Três pares de patas
Corpo dividido em cabeça, tórax e abdome
	Diptera
Um par de asas
Holometábolos
Aparelho bucal picador-sugador ou lambedor
	Nematocera
Um par de antenas longas e articuladas
Fêmeas parasitas
Olhos compostos
O adulto emerge do pupário através de fenda dorsal em “T”
	Culicidae (mosquitos)
As antenas nos machos são plumosas
Probóscida bem desenvolvida
	
	
	
	
	
	
	
	
	Anophelinae
Palpo da fêmea = probóscida
	Anophelini
	Anopheles
	
	
	
	
	
	Culicinae
Palpo da fêmea < probóscida
	Culicini
	Culex
	
	
	
	
	
	
	Aedini
	Aedes
	
	
	
	
	Ceratopogonidae
	 
	 
	Culicoides (pólvora)
	
	
	
	
	Simulidae
	 
	 
	Simulium (borrachudo)
	
	
	
	
	Psychodidae
	 
	 
	Phlebotomus Lutzomyia (palha)
Principais Características
Habtos 
· Fora do horário de atividades alimentar e sexual, os mosquitos permanecem nos abrigos
· As fêmeas são hematófagas obrigatórias e sugam sangue em geral no crepúsculo, mas varia de espécie para espécie. Podem preferir sugar sangue de animias (zoofilias), ou de humanos (antropofílicas) ou os dois seriam ecléticas/oportunista.
O sangue ingerido tem função de maturação dos ovários, bem como auxilia na nutrição delas, pois sabe-se que mosquitos sem alimentação sanguínea apresentam sobrevida menor. Porem algumas espécies de mosquitos hematófagos têm a capacidade de produzir uma ou mais desovas iniciais sem haver a ingestão de sangue (autogenia).
	Além do sangue, as fêmeas também se alimentam de substâncias açucaradas (glicose, frutose e maltose) 
	Machos só se alimentam de substâncias açucaradas (glicose, frutose e maltose), pois não são hematófagos. A fonte desses açúcares para fêmeas e machos provém de néctar de flores e de nectários, o orvalho e gotículas secretadas por afídeos e frutas. No entanto, observações recentes indicam que a fonte de açúcares é a secreção açucarada de pulgões, cochonilhas ou cigarras, depositada em folhas. Assim, os mosquitos abrigados em certos vegetais estão também se alimentando de açúcares. HONEYDEW 
· Os machos alimentam-se de sucos vegetais e substancias açucaradas. Os machos não são hematófagos. 
· Após a refeição sanguínea a fêmea passa por um período de inatividade relativa em que se dá a digestão e maturação dos ovos.
· As fêmeas colocam seus ovos em locais úmidos (plantas flutuantes) ou água.
· Há quatro estádios larvais e um estádio pupal, ambos aquáticos, com características físicas e bioecológicas diferentes dos adultos, o que classifica os membros dessa família como insetos holometábolos.
· Fora do horário de atividades alimentar e sexual, os mosquitos permanecem nos abrigos.
· Os culicideos no geral voam bastante e apresentam boa capacidade de dispersão, que pode ser ativa (realizada pelo próprio vôo) ou passiva (através do vento e de veículos - ônibus, avião, navio etc.).
· As fêmeas são capazes de alcançar distâncias variadas: 
· Aedes aegypti (2.500 m); 
· Anopheles aquasalis (4.800 m); 
· An. bellator e An. cruzi (1.500 m); 
· An. Darlingi (2.000 m) 
· Culex quinquefasciatus (22.000 m)
· A determinação dessas distâncias é feita principalmente pela técnica de marcação-liberação-recaptura usando radioisótopos ou pó fluorescente.
Como os mosquitos são atraídos 
Os mosquitos são atraídos pelos hospedeiros vertebrados por meio de combinação de estímulos, como visual (silhueta), olfativo (ácido láctico, C 0 2, octenol, amónia e ácidos carboxilílicos), correntes de convecção (temperatura e umidade).
Morfologia da picada 
As peças bucais dos mosquitos, ou probóscida, é do tipo perfurante e sugadora.
Após pousar no seu hospedeiro, as fêmeas introduzem as peças bucais no tecido graças à ação das maxilas perfurantes e dos demais estiletes (mandíbulas, labro e hipofaringe), sendo que apenas o lábio permanece fora da pele.
As peças bucais dos mosquitos, ou probóscida, é do tipo perfurante e sugadora, constituída pelo labrum-epifaringe que é um tubo aberto de concavidade para baixo, à qual se justapõe, fechando-o e formando o canal alimentar, a hipofaringe em cujo interior corre o canal salivar. A esse conjunto juntam -se um par de mandíbulas e um par de maxilas em forma de estilete, sendo, por fim, essas peças englobadas por um canal aberto de concavidade para cima: o labium ou bainha do probóscida, que termina distalmente por duas dilatações os labelos, e que no ato da picada, fica apoiado na pele do hospedeiro não penetrando a pele. As peças bucais penetram o interior do vaso capilar (solenofagia) para sugar o sangue por meio de uma pressão negativa produzida pela ação coordenada das bombas cibarial e faríngea. Durante a hematofagia, a saliva bombeada durante a alimentação sanguínea contém vasodilatadores para melhor localização dos vasos sanguíneos e aporte de sangue, bem como anticoagulantes, aglutininas e da enzima apirase, cuja função é impedir a agregação plaquetária e aumentar a vasodilatação no ponto da picada facilitando a hemorragia local e, consequentemente, alimentação mais rápida. 
A glândulasalivar é também : local onde os parasitos (p. ex., vírus, plasmódios) se alojam para novamente infectar um novo hospedeiro. E durante i picada que o mosquito, injetando a saliva infectada com parasitos, transmite doenças como dengue e malária ao hospedeiro
Em sua saliva existem determinados componentes como anestésico e anticoagulante que são injetados na pele, ao mesmo tempo em que picam. O anestésico faz com que a vítima não sinta sua picada e o anticoagulante serve para que o sangue flua suavemente pelo seu aparelho bucal sem coagular, ou seja, sem formar placas que possam “entupir” seu aparelho bucal, impedindo que se alimente.
a: Cabeça vista dorsal
b: Cabeça, tórax e abdome, vista lateral
Antena
I-VIII : Segmentos Abdominais
Probóscide
Asa, vista lateral
Abdômen vista dorsal
Fêmea do Anophelinae palpos = probóscide
Culicinae:
Palpo da fêmea menor que probóscida
Ciclo Biológico geral dos Culicídeos
· São holometábolos, ou seja: passam pelas fases de ovo, larva (quatro estádios: L1, L2, L3 e L4), pupa e adulto.
· Ciclo: Terrestre (inseto adulto voador e terrestre) e Aquáticos (os estágios de larva e pupa são inteiramente aquáticos).
· A duração de cada uma das fases e estádios é variável, dependendo da variação climática e disponibilidade de alimentos. 
· A duração do ciclo de vida desde o ovo ao adulto pode variar entre 7 dias a 31°C e 20 dias a 20°C. Cada espécie tem o seu intervalo ótimo de temperatura. 
· A postura dos ovos é feita aproximadamente três dias após o repasto sanguíneo, variando de duas a oito posturas por fêmea.
· O número de ovos é bastante variável para cada espécie, mas usualmente uma fêmea ovipõe de 70 a 120 ovos por postura.
· A oviposição pode ser feita de maneiras variáveis: 
	Isolados sobre a água. Exemplo: anopheles sp. 
· 	Isolados e fora d’água, na parede do recipiente. Exemplo: aedes aegypti 
· 	Unidos, formando “jangada” sobre a água. Exemplo: culex quinquefasciatus
· Os ovos de Aedes aegypti conseguem resistir até 450 dias em ambiente seco. Os ovos, após um período médio de um a três dias. em temperatura média de 26°C, dão origem às larvas. 
· As larvas movimentam-se ativamente e podem ser necrófagas ou predadoras (chegando ao canibalismo), alimentam-se, no fundo, de detritos ou podem ser filtradoras de fitoplâncton zooplâncton e matéria orgânica em suspensão, na superfície ou não.
· O período de desenvolvimento larval (L1 a L4) é de aproximadamente 6 a 8 dias a 27°C e transforma em pupa.
· A pupa não se alimenta e permanece nessa fase por um período de dois a três dias, nos quais ocorre posteriormente a emergência do adulto. 
· Os machos emergem 24 horas antes que as fêmeas (período de maturação sexual dos machos).
· Ambos os sexos recém-emergidos voam até um abrigo, com pouca luz, ausência de ventos e umidade relativa no ar elevada. 
· Do abrigo, os mosquitos dispersam a fim de alimentar-se e/ou copular.
· A primeira alimentação dos adultos (macho e fêmea) é de açúcares ou néctar de plantas.
· Após 48 a 72 horas de vida, a fêmea procura animais vertebrados para a hematofagia (alimentação de sangue) uma ou mais vezes e procura fazer a postura no mesmo tipo de criadouro em que emergiu.
· O acasalamento pode ocorrer em enxames eurigamia ou sem enxame → em ambientes confinados ou sobre superfícies (estenogamia).
· Os machos são atraídos aos sons produzidos pelo batimento das asas das fêmeas, e por feromônios sexuais que atuam na atração e comportamento de cópula. 
· Após 48 a 72 horas de vida, a fêmea procura animais vertebrados para a hematofagia (alimentação de sangue) uma ou mais vezes e procura fazer a postura no mesmo tipo de criadouro em que emergiu.
· Criadouros: podem ser permanentes ou temporários, naturais ou artificiais e, ainda, no solo ou em recipientes. Dependem de alguns fatores envolvidos na seleção do local de oviposição pela fêmea. Exemplo: exposição à luz solar, temperatura, agitação da água; características químicas teor de matéria orgânica; características biológicas como microrganismos que servem de fonte alimentar, vegetação, mas também parasitas, predadores e outros.
· As fêmeas possuem quimiorreceptores tarsais que detectam e medem os níveis de salinidade e poluição das águas.
· Longevidade: A duração média de uma fêmea em condições climáticas favoráveis é de quatro a oito semanas e ocasionalmente vários meses, e essa sobrevida pode ser diminuída quando o mosquito está infectado
 As várias fases de desenvolvimento da família Culicidae e as diferenças entre as tribos Anophelini, Culicini e Aedini.