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Psicologia _ Estacio 01

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Desenvolvimento Humano I
Aula 1: O desenvolvimento humano e a pesquisa
Apresentação
Os estudos sobre desenvolvimento humano provocam um impacto em diversas áreas, na medida em que norteiam
práticas de diagnóstico, intervenção, prevenção e promoção de saúde, elaboração de políticas públicas. São muitos os
setores de nossa sociedade que se bene�ciam com seus resultados.
Atualmente vivemos um aumento da expectativa de vida que produz novas demandas de cuidado, assim como o avanço
da tecnologia, que nos faz pensar os efeitos na construção da subjetividade de nossas crianças e jovens.
Somente teremos respostas e novos referenciais se houver pesquisas, produzindo dados que possam nortear nossas
ações e permitir intervenções que contribuam para o bem-estar de nossa sociedade, não só prevenindo, mas promovendo
saúde.
Objetivos
Apontar a relevância da pesquisa cientí�ca na construção de referenciais para cada etapa do ciclo vital;
Identi�car a pesquisa e seus delineamentos;
Reconhecer a importância da continuidade das pesquisas sobre o desenvolvimento humano frente ao aumento da
expectativa de vida e aos novos estímulos produzidos na contemporaneidade.
Palavras iniciais
Vamos começar contextualizando o desenvolvimento humano como o
estudo cientí�co do processo de mudanças que ocorre ao longo de toda a
vida de um ser humano.
Essas pesquisas são realizadas por pro�ssionais de diversas áreas do conhecimento, mas a�nal, por que precisamos dessas
informações?
 Fases de crescimento de uma pessoa (Fonte: Freepik).
Entendendo que somos constituídos pelas dimensões física, cognitiva e psicossocial, e que elas vão se modi�cando à medida
que envelhecemos, processo que tem início já na concepção, é importante termos referenciais que apontem para o que é
esperado em cada fase do ciclo vital, pois dessa maneira podemos criar possibilidades de cuidado e prevenção na qualidade de
vida do indivíduo.
Exemplo
Durante o período gestacional, a dimensão física está acelerada, sobrepondo-se às demais. Se soubermos os referenciais do
desenvolvimento físico do bebê para o segundo trimestre da gestação, e com a tecnologia dos exames de imagens, poderemos
identi�car se seu progresso está dentro do esperado para o momento, caso não esteja, há a possibilidade de cuidado, de
intervenções que permitam qualidade e segurança de vida para o bebê e sua mãe.
Trajetória do estudo cientí�co do desenvolvimento humano
Começando com o trabalho do médico francês Jean-Marc-Gaspard Itard, que no início do século XIX buscou compreender o
comportamento de Victor, o menino selvagem de Aveyron, história que inspirou o �lme O Garoto Selvagem (L’enfant Sauvage –
França – 1970), pode-se dizer que este trabalho foi uma das primeiras tentativas sistematizadas sobre o estudo do
desenvolvimento humano.
Outro momento importante nesse percurso foi no �nal do século XIX e início do XX, quando as questões relacionadas ao
saneamento básico das cidades, as descobertas dos germes e da imunização, aumentando a expectativa de vida das
crianças, torna necessário um conhecimento maior dos aspectos de seu desenvolvimento.
Comentário
Assim como uma reorganização do ciclo vital onde a adolescência não era considerada separada da infância, até Granville Stanley
Hall lançar o livro Adolescence. Sendo também pioneiro na temática sobre envelhecimento com o lançamento, em 1922, do livro
Senescense: The Last Half of Life.
A efervescência de ideias e descobertas produziu debates sobre que aspectos mais in�uenciavam o desenvolvimento humano.
Seria a natureza do indivíduo, ou seja, seus aspectos inatos ou as in�uências externas produzidas no ambiente em que
estava inserido? Tudo isto provocou muitas pesquisas, produzindo conteúdos usados até os dias atuais.
Atenção
Abordaremos algumas teorias que surgiram das pesquisas, mas é importante ressaltar que as teorias sobre o desenvolvimento
humano não explicam todas as características do indivíduo.
Exemplo
Por exemplo, Jean Piaget teve como foco os aspectos cognitivos, já Urie Brofenbrenner considerou a pessoa e seus sistemas
ecológicos.
Porém, os estudos visam descrever os fenômenos observados, buscando
retratar o comportamento de forma precisa, sem interpretações, isso quer
dizer, sem juízo de valor. Assim, torna-se possível levantar causas para tal
comportamento visando explicá-lo. Com isso, baseados nos processos
anteriores, podemos prever o desenvolvimento futuro, criando
possibilidades de intervenção para o desenvolvimento ideal.
Vamos utilizar os conceitos acima e mais as ideias expostas até aqui para pensar nesta questão: Menino de 5 anos apresenta
di�culdade no controle dos esfíncteres.
1
1º Ponto
Qual o referencial em termos de desenvolvimento que temos?
Que aos 5 anos de idade já é esperado que o controle esteja
estabelecido, portanto temos uma disfunção;
2
2º Ponto
Observar seu comportamento, de forma descritiva, levantando
possíveis causas para essa disfunção/comportamento, nesse
caso sendo necessário a coleta de dados também com os
responsáveis. Prevendo que essa questão poderá
comprometer seu desenvolvimento psicossocial, propor
estratégias de intervenção que resolvam ou minimizem os
impactos do comportamento no seu desenvolvimento.
Metodologia de pesquisa
A pesquisa cientí�ca e seus delineamentos
Os estudiosos do desenvolvimento humano, como qualquer pesquisador, quando iniciam suas pesquisas partem de uma
pergunta ou uma hipótese a ser respondida. Para isso, precisam saber como e de que forma ela pode ser respondida. Assim,
precisam de�nir com que tipo de pesquisa vão trabalhar.
Tipos de abordagem
Com relação à abordagem, pode ser:
Clique nos botões para ver as informações.
Dizemos que o número de participantes da pesquisa precisa representar a realidade que pesquisamos. Exemplo: A cidade
do Rio de Janeiro foi o município onde as pessoas relataram o nível mais elevado do sentimento de insegurança. Nesse
caso, você concorda que para fazer essa a�rmação não podemos selecionar um número pequeno de pessoas e
tampouco que elas morem somente no município do Rio. Será necessária uma amostra que represente a realidade do
universo da pesquisa, ok?
Quantitativa 
A amostra neste caso será bem menor, pois o objetivo é o aprofundamento da questão a ser pesquisada. Por exemplo: A
abordagem do consultório na rua da AP 3.2 à gestante usuária de crack. Neste caso, o foco foi o detalhamento da
abordagem, só sendo possível com uma amostra reduzida. O resultado não pode ser generalizado, mas aponta para
questões que abrem espaço para novas pesquisas ou mudanças de protocolos de atuação para aquela região.
Qualitativa 
Natureza da abordagem
Clique nos botões para ver as informações.
É aquela pesquisa cujos resultados produzirão novos conhecimentos teóricos para a sociedade, podendo também servir
de base para novas pesquisas. Sua aplicabilidade não está prevista. Lembra da pesquisa da abordagem do consultório na
rua da AP 3.2 à gestante usuária de crack? O foco foi básico, produção de conhecimento, mas poderia ter servido para
mudar o protocolo de atendimento, certo?
Básica 
Quando o foco da pesquisa visa identi�car pontos importantes para a elaboração de novo protocolo, em substituição ao
que estava vigente, ou seja, a busca para solucionar um problema especí�co.
Aplicada 
Métodos de pesquisa
Para que a pesquisa aconteça, temos que utilizar estratégias. Nesse momento, entra o como fazer, que são os procedimentos,
a sistematização.
A pesquisa bibliográ�ca, essa é
bem conhecida de todos nós, é
aquela em que buscamos
informações em fontes como
artigos cientí�cos, livros,
periódicos, sites que já passaram
por um tratamento analítico (o
pesquisador não vai a campo).
Qual seria o objetivo de uma
pesquisa como essa? Se você
pensou em exploratória, acertou!
Ela poderá reunir informações
sobre um determinado assunto,
que será de grande importância
para a divulgação do tema e para
contribuir como referencial
teórico de novaspesquisas.
Também temos como método a
pesquisa documental, que por
vezes se assemelha à
bibliográ�ca por utilizarem fontes
semelhantes, porém a
documental faz uso de
documentos o�ciais, prontuários,
cartas, material que passou por
um tratamento analítico. Como
exemplo, podemos pensar em
uma pesquisa sobre o per�l do
paciente da emergência do
hospital de uma determinada
região. Para isso, utilizamos o
método documental com o
objetivo de descrever o per�l
através dos prontuários
(documento).
Para �nalizar, vamos à pesquisa
experimental. Nela, o ponto de
partida é a escolha do objeto,
seguindo a construção de uma
hipótese, com a de�nição de
variáveis que possam determiná-
la ou in�uenciá-la. Esse método
está associado ao objetivo de
explicar o motivo de um
determinado fenômeno
acontecer. No momento em que
as causas são reveladas, abre-se
possibilidades de intervenções.
Que exemplos vocês pensariam?
Acho que podemos trazer como
exemplos as próprias pesquisas
sobre o que determina o
envelhecimento saudável ou
como podemos evitar o
Alzheimer.
Impacto das pesquisas
Qual a importância da continuidade das pesquisas?
Podemos pensar em muitas possibilidades para responder a essa questão, mas abordaremos um recorte em dois pontos:
1. A quantidade de novos estímulos que recebem os seres humanos desde o nascimento;
2. O aumento de nossa expectativa de vida.
Pensando na criança, temos como referência para o desenvolvimento da locomoção que ela esteja andando a partir de 1 ano
de idade. No entanto, há crianças com nove meses dando seus primeiros passos. Isso nos faz pensar que precisamos atualizar
nossos referenciais e para isso precisamos de novas pesquisas.
Outra questão são as in�uências da tecnologia em todo o ciclo vital, o quanto elas estão impactando, nas dimensões física,
cognitiva e psicossocial, não só da criança ou adolescente, mas também do adulto e do idoso.
Qual serão as consequências em todo o processo de envelhecimento?
Precisamos pensar sobre isso, considerando que a internet só tem 31 anos e tudo que se originou dela também, para a ciência
é muito pouco tempo.
Marcelo Gleiser (2016), diz que quanto mais conhecemos mais desconhecemos, o que isso quer nos dizer? Que quanto mais
descobrimos, mais perguntas surgem e assim estaremos sempre buscando, conhecendo, evoluindo. Assim chegamos até
aqui.
Atividade
1. Com base em nossos estudos sobre a importância da pesquisa cientí�ca na construção dos referenciais que vão nortear o que
é esperado para cada etapa de nosso desenvolvimento, exempli�que um marco que poderá ser a nível físico, cognitivo ou
psicossocial de seu conhecimento utilizado de referencial.
2. Imagine que, a partir dos seus estudos sobre desenvolvimento infantil, um determinado tema despertou em você o desejo de
realizar uma pesquisa, com o objetivo de aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto. Nesse caso, estamos nos referindo a
que tipo de pesquisa?
3. A pesquisadora Letícia de Sousa Moreira defendeu em 2016 na Universidade de Brasília (UnB) sua tese de mestrado, cujo título
foi Violência e Paz: Construção de Conceitos, Valores e Posicionamentos de O�ciais da Polícia Militar. Ela utilizou como instrumento
de coleta de dados entrevistas semiestruturadas e grupos focais; sua amostra �nal foram dois grupos compostos de três
pessoas. Qual abordagem foi utilizada em sua pesquisa?
a) Qualitativa
b) Quantitativa
c) Básica
d) Aplicada
e) Documental
Notas
Título modal 1
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indústria tipográ�ca e de impressos.Referências
DESSEN, M. A., & COSTA Jr., Á. L. (2005). (orgs.). A ciência do desenvolvimento humano. Tendências atuais e perspectivas
futuras. Porto Alegre, RS: Artmed. 278p.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
GLEISER M A i l b l d i d �ló f t l b d t t d tid d id 1 d Ri d
GLEISER, M. A simples beleza do inesperado: um �lósofo natural em busca de trutas e do sentido da vida. 1. ed. Rio de
Janeiro: Record, 2016.
MOTA, M. M. P. E. Metodologia de Pesquisa em Desenvolvimento Humano: Velhas Questões Revisitadas. In: Psicol. pesq., Juiz
de Fora, v. 4, n. 2, p. 144-149, dez. 2010. Disponível em: //pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-
12472010000200007&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 25 nov. 2019.
PAPALIA, D. E; OLDS, S. W.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento Humano. Tradução Carla Filomena M. P. Vercesi. 10. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2010.
SCORALICK-LEMPKE, N. N.; BARBOSA, A. J. G. Educação e envelhecimento: contribuições da perspectiva Life-Span. In: Estud.
psicol., Campinas, v. 29, supl. 1, p. 647-655, dez. 2012. Disponível em: //www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0103-166X2012000500001&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 25 nov. 2019.
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