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Reino Fungi

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biatriz melo 
 Reino Fungi - Fungos 
 
O Reino Fungi é aquele que agrupa os 
seres conhecidos popularmente como 
fungos, bolores, mofos, fermentos, 
levedos ou cogumelos. 
 
Ainda que possuam espécies bem 
variáveis, as características gerais do 
Reino Fungi são: 
 
o São organismos eucariontes, ou seja, 
apresentam núcleo bem definido e 
delimitado pela carioteca (tipo de 
membrana) e possui organelas 
membranosas. 
 
o A maioria é pluricelular, são vistos a 
olho nu e possuem uma morfologia 
(formato e estrutura) bem 
característica. Contudo, há 
importantes espécies unicelulares que 
são microscópicas e só realizam 
reprodução assexuada, como 
leveduras e fermentos biológicos. 
 
o Podem ser encontrados em diferentes 
habitats, de florestas até casas, mas 
preferem os ambientes úmidos e 
escuros. 
 
o São todos heterotróficos, ou seja, 
dependem da ingestão da matéria 
orgânica de outro ser vivo. 
 
o Podem ser parasitas, saprófagos 
(decompositores de seres que 
morreram), viver em relações 
mutualísticas ou ser predadores (raro). 
 
o Na maioria dos fungos, a parede 
celular é complexa e constituída de 
quitina, um polissacarídeo 
encontrado no esqueleto dos 
artrópodes. 
 
o O carboidrato de reserva energética 
da maioria dos fungos é o glicogênio, 
assim como os animais e 
diferentemente das plantas (amido). 
 
o Eles podem ter reprodução sexuada 
ou assexuada, fazem digestão 
extracelular e sua respiração pode ser 
anaeróbica ou aeróbica. 
 Morfologia 
Constituída por duas partes principais: 
 
o Talo ou Corpo de frutificação: parte 
mais visível, “carnosa”, responsável 
pela reprodução do fungo e que 
possui esporos, as células 
reprodutoras. 
 
o Micélio: constituído por uma trama de 
filamentos como uma fina rede que 
fica no substrato (solo, pedra, animal) 
e percorre para todo o interior do 
organismo, sendo que cada filamento 
recebe o nome de hifa. 
 
As hifas são filamentos microscópicos 
onde está contido o material genético 
dos fungos e elas podem ser de 2 tipos: 
 
o Hifas cenocíticas: presentes em fungos 
simples, o fio é contínuo e o 
citoplasma contém numerosos 
núcleos. 
 
o Hifas septadas: presente em fungos 
mais complexos, há paredes divisórias 
que separam a parte interior das hifas 
em segmentos haplóides (1 núcleo) 
ou diplóides (2 núcleos). Há poros que 
permitem o livre trânsito entre os 
compartimentos. 
 Tipos e classificação 
Veja as 5 subdivisões do Reino Fungi: 
 
 biatriz melo 
1. Quitridiomicetos: São um dos mais 
primitivos e vivem em meio aquático 
ou em solos úmidos. Alimentam-se por 
absorção da matéria orgânica que se 
decompõe e podem parasitar algas, 
protozoários, fungos, plantas e 
animais. Algumas espécies podem 
causar pragas para o cultivo de milho. 
 
2. Ascomicetos: São os que formam 
estruturas reprodutivas sexuadas, 
conhecidas como ascos, onde 
produzidos esporos. Incluem alguns 
tipos de bolores, trufas e há a 
exceção das leveduras que são 
unicelulares e assexuada. 
 
3. Basidiomicetos: Também possuem 
estruturas reprodutoras sexuadas, 
denominadas de basídios, produtores 
de esporos. Contudo, os 
representantes do grupo inclui 
cogumelos, orelhas-de-pau, e alguns 
causadores de doenças em plantas, 
conhecidos como “ferrugem e 
carvão”. 
 
4. Zigomicetos: São tipos de fungos 
profusamente distribuídos pelo 
ambiente, podendo atuar como 
decompositores ou como parasitas de 
animais. O bolor que cresce em frutas 
é um exemplo e seu corpo de 
frutificação é uma penugem branca 
que lembra filamentos de algodão. 
 
5. Deuteromicetos: Também conhecidos 
como fungos conidiais ou imperfeitos, 
constituem um grupo de qualquer 
fungo que não se encaixar em um 
dos 4 acima. De modo geral, 
reproduzem-se assexuadamente, mas 
alguns tem suas especificidades. 
Algumas espécies de Penicillium 
pertencem a esse grupo. 
Fisiologia do Reino Fungi 
Digestão nos fungos 
Como foi dito, os fungos são todos 
heterótrofos e obtém seu alimento de 
diferentes formas: decomposição, 
predação, parasitismo ou relações 
mutualísticas. 
 
Em todos os casos mencionados, os 
fungos liberam enzimas digestivas para 
fora de seus corpos que degradam a 
substância de que irá se alimentar. Assim, 
tudo é facilmente absorvido pelo fungo 
como uma solução aquosa, constituindo 
uma digestão extracelular e alimentação 
por absorção. 
 
Respiração dos Fungos 
A respiração nada mais é que a troca 
gasosa de um organismo. Embora os 
tipos mais comuns sejam a respiração 
pulmonar e a difusão celular, nós 
podemos dividir a respiração em dois 
grandes grupos: 
 
o Respiração Aeróbica: processo que 
necessita da existência do Oxigênio 
para ocorrer 
o Respiração Anaeróbica: não 
precisam da presença do Oxigênio e 
pode ser de dois tipos: fermentação 
alcóolica ou não-alcóolica. 
 
Os fungos podem fazer ambas as 
respirações, depende da espécie. 
Aqueles que fazem fermentação 
alcoólica são as leveduras e os 
fermentos. 
 
Além disso, podemos classificá-la como 
obrigatórias ou não. Quando se diz que 
um fungo é anaeróbio obrigatório, 
significa que ele só realiza aquele tipo de 
respiração. Quando dizemos facultativo, 
é porque pode realizar ambas, de 
acordo com as condições da atmosfera 
do ambiente em que estiver. 
 Reprodução dos fungos 
Eles podem realizar os dois tipos de 
reprodução: assexuada ou sexuada. 
 
Muitos alternam a reprodução sexuada 
com a assexuada, em outros, pode 
 biatriz melo 
ocorrer apenas reprodução sexuada ou 
apenas a reprodução assexuada. 
 
Reprodução Assexuada 
Cada espécie de fungo pode realizar um 
tipo de reprodução sexuada: 
 
o Fragmentação 
A maneira mais simples de um fungo 
filamentoso se reproduzir 
assexuadamente é por fragmentação: 
um micélio se fragmenta, é dispersado 
no substrato e origina novos micélios. 
 
o Brotamento ou gemulação 
Leveduras como Saccharomyces 
cerevisae se reproduzem por brotamento 
ou gemulação. Os brotos (gêmulas) 
normalmente se separam do genitor 
mas, eventualmente, podem 
permanecer grudados, formando 
cadeias de células e novos indivíduos. 
 
o Esporulação 
Nos fungos terrestres, os corpos de 
frutificação produzem muitos esporos por 
mitose, que são leves e espalhados pelo 
vento ao redor. Cada esporo, quando 
cai em um substrato apropriado, é capaz 
de gerar sozinha um novo ser. 
 
Em certos fungos aquáticos, os esporos 
são dotados de flagelos, uma 
adaptação à dispersão em meio líquido. 
Por serem móveis e nadarem 
ativamente, esses esporos são chamados 
zoósporos. 
 
Reprodução Sexuada 
A reprodução sexuada é caracterizada 
pela produção de gametas por ambos 
os sexos, que se fundem na fecundação 
para o início de um novo ser vivo. Dessa 
forma, há cruzamento de diferentes 
materiais genéticos. 
 
No ciclo reprodutivo de alguns fungos 
aquáticos, há a produção de gametas 
flagelados, que se fundem e geram 
zigotos que se desenvolverá em um novo 
indivíduo. 
 
Nos fungos terrestres, existe um ciclo de 
reprodução no qual há produção de 
esporos por meiose. Desenvolvendo-se, 
esses esporos geram hifas haploides que 
posteriormente se fundem e geram 
novas hifas diplóides, dentro dos quais 
ocorrerão novas meioses para a 
produção de mais esporos meióticos. 
 
A reprodução sexuada dos fungos 
ocorre em três etapas: 
 
1. Plasmogamia: Nessa etapa, as hifas 
monocarióticas (que possuem 
somente um núcleo) haploides dos 
fungos se unem formando hifas 
dicarióticas, com os núcleos 
organizados em pares (fusão de 
protoplasma); 
2. Cariogamia: Os pares de núcleos se 
fundem e dão origem a núcleos 
diplóides (com dois conjuntos de 
cromossomos); 
3. Meiose: Os núcleos diplóides se 
dividem por meiose e dão origem a 
esporos, que germinam formando 
novos fungos. 
 
 A alternância de meiose e fusão de hifas 
(que se comportam como gametas) 
caracteriza o processo como sexuado. 
 Relaçõesecológicas 
Os fungos podem realizar diferentes 
relações ecológicas como já foi visto 
(predação, parasitismo etc.). Mas, na 
relação de mutualismo, os fungos podem 
assumir duas importantes formas: 
 
o Micorrizas: 
Ocorre quando fungos se associam com 
as raízes de plantas, e formam essa 
estrutura chamada micorriza (mico= 
fungo; rizas = raízes). 
 
Nesses casos os fungos degradam 
materiais do solo, absorvem esses 
minerais e os transferem à planta, 
propiciando-lhe um crescimento sadio. A 
planta, por sua vez, cede ao fungo 
 biatriz melo 
certos açucares e aminoácidos de que 
ele necessita para viver. 
 
Algumas plantas que formam as 
micorrizas naturalmente são o tomateiro, 
o morangueiro, a macieira e gramíneas 
em geral. Também são frequentes em 
plantas típicas de ambientes com solo 
pobre de nutrientes minerais, como o 
bioma brasileiro do Cerrado. 
 
o Líquens: 
Os líquens são formados por uma 
associação entre algas clorofiladas e 
fungos. As algas fazem fotossíntese, 
produzindo matéria orgânica que é o 
único alimento do fungo em questão. 
 
Já o fungo, cria um ambiente que retém 
umidade e nutrientes inorgânicos. Essa 
ambientação protege a alga e permite 
a realização da fotossíntese. 
 
É uma relação obrigatória porque nem a 
alga, nem o fungo poderiam viver nesses 
ambientes (rochas, madeiras e certos 
tipos de solo), se não estivessem 
associados na forma de líquen. Se o 
líquen for destruído, alga e fungo 
morrerão. 
 Importância 
Os fungos saprófagos são responsáveis 
por grande parte da degradação da 
matéria orgânica, propiciando a 
reciclagem de nutrientes e manutenção 
das Cadeias alimentares. No processo da 
decomposição, a matéria orgânica 
contida em organismos mortos é 
devolvida ao ambiente, podendo ser 
novamente utilizada por outros 
organismos. 
 
Importância Econômica / Alimentar e 
medicinal dos fungos 
Alguns fungos são utilizados no processo 
de fabricação de bebidas alcoólicas, 
como a cerveja e o vinho. Nesses 
processos, o fungo utilizado pertence à 
espécie Saccharomyces cerevisiae, 
capaz de transformar o açúcar em 
álcool etílico e CO2. 
 
Além disso, também são utilizados no 
processo de preparação do pão, bolos e 
massas de sobremesa. Neste último caso, 
o CO2 que vai sendo formado se 
acumula no interior da massa, originando 
pequenas bolhas que tornam o pão 
poroso e mais leve. 
 
Imediatamente antes de ser assado, o 
teor alcoólico do pão chega a 0,5%; ao 
assar, esse álcool evapora, dando ao 
pão um aroma agradável. 
 
O aprisionamento do CO2 na massa só é 
possível devido ao alto teor de glúten na 
farinha de trigo, que dá a “liga” do pão. 
Por isso, os pães feitos com farinhas 
pobres em glúten não crescem tanto. 
 
A indústria de laticínios também 
emprega fungos, como é o caso do 
Penicillium camemberti e do Penicillium 
roqueforte, empregados na fabricação 
dos queijos Camembert e Roquefort, 
respectivamente. Gonzola e Brie são 
outros exemplos disso. 
 
Por último, existem algumas espécies de 
fungos são utilizadas diretamente como 
alimento pelo homem. é o caso da 
Morchella e da espécie Agaricus 
brunnescens, o popular cogumelo 
champignon. 
 
Quanto à medicina, a Penicilina foi o 
primeiro antibiótico descoberto na 
história, salvando milhões de vidas ao 
longo da história! Conheça a história da 
descoberta desse remédio no último 
tópico do artigo Reino Monera! 
 Doenças causadas 
Apesar de todos os aspectos positivos, os 
fungos parasitas provocam doenças em 
plantas e em animais, inclusive no 
homem. 
 
 biatriz melo 
A ferrugem do cafeeiro, por exemplo, é 
uma parasitose provocada por fungo nas 
folhas de plantações de soja e milho. 
Surgem pequenas manchas negras nas 
folhas indicando necrose e a folha e sob 
ataque adquire uma coloração de 
ferrugem. 
 
Isso é possível porque os fungos parasitas 
das plantas possuem hifas especializadas 
– haustórios – que penetram usando os 
estomas como porta de entrada para a 
estrutura vegetal. Assim eles sugam o 
açúcar da planta até sua morte. 
 
Micose, Frieira e Sapinho 
As micoses são infecções causadas por 
fungos que atingem a pele, as unhas e os 
cabelos. Podem afetar também as 
mucosas como a da boca, o que 
chamamos de sapinho, muito comum 
em crianças. 
 
As mais comuns ocorrem na pele, mas 
podem espalhar em qualquer parte da 
superfície do corpo. Ptiríase e pé-de-
atleta são nomes populares para as 
micoses de couro cabeludo e pés, 
respectivamente. 
 
Candidíase 
Essa é uma das infecções fúngicas mais 
conhecidas, principalmente entre 
mulheres. Ela é causada pelo fungo 
Candida albicans que provoca 
inflamação na região genital, coceira e 
secreção. Esse agente já faz parte da 
flora vaginal em pequenas quantidades, 
contudo, o desequilíbrio é capaz de 
trazer danos ao corpo. 
 
Aspergilose 
A aspergilose é uma infecção pulmonar 
causada pelo fungo Aspergillus 
fumigatus. Essa condição é capaz de 
atingir os pulmões porque podem 
provocar a formação coágulos de 
sangue na região. 
 
Pessoas que sofrem com essa doença 
podem não apresentar sintomas ou 
podem também ter febre, dificuldade 
respiratória, além de tosse com 
expectoração de sangue. Em casos mais 
graves, os fungos podem atingir outros 
órgãos e comprometer o funcionamento.

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