Buscar

Resumo Dentística

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

NOMENCLATURA E CLASSIFICAÇÃO DAS CAVIDADES
● Dentística é a especialidade da Odontologia que estuda e aplica de maneira
integrada o conjunto de procedimentos semiológicos, operatórios, preventivos,
terapêuticos e educativos com o objetivo de preservar e devolver ao dente, órgão
do sistema estomatognático, sua integridade estrutural, funcional e estética
NOMENCLATURA
● É um conjunto de termos específicos de uma ciência, arte ou técnica. Nomenclatura
ou vocabulário técnico são termos usados por indivíduos da mesma profissão como
forma de comunicação.
● A cavidade preparada em um dente pode ser denominada de acordo com:
O número de faces em que ocorre:
Simples: uma só face
Composta: duas faces
Complexa: três ou mais faces
● As faces do dente envolvidas, recebendo o nome das respectivas faces.
Exemplos:
Cavidade preparada na face oclusal: cavidade oclusal (Figura 1.1A)
Cavidade que se estende da face oclusal à face mesial: cavidade mésio-oclusal (Figura 1.2)
Cavidade que se estende às faces mesial, oclusal e distal: cavidade mésio-oclusodistal (Figura
1.3A)
Quando a preparação envolve as faces mesial, oclusal e lingual: cavidade
mésio-oclusopalatina (Figura 1.3B)
● A forma e a extensão das cavidades:
-Intracoronárias (inlay) são cavidades confinadas no interior da estrutura dentária, como
se fosse uma caixa aberta superiormente (sem tampa).
Exemplos: cavidade de classe I oclusal, classe V vestibular, classe II composta MO ou
DO, e complexas MOD, sem redução cuspídea (Figura 1.4A)
-Intraextracoronárias são preparos cavitários que podem apresentar cobertura parcial
(onlay) ou total das cúspides (overlay) e/ou de outras faces do dente.
Exemplos: cavidades MOD, com redução de uma, duas ou mais cúspides
(onlay) ou cavidade MOD com redução de todas as cúspides (overlay) (Figura 1.4B)
-Extracoronárias parciais são preparos dentários que envolvem três faces axiais do dente
(mesial, distal e lingual) e a face oclusal ou incisal.
Exemplo: preparo dentário para coroa parcial 4/5 em dentes posteriores, com redução parcial
(onlay) ou total (overlay) das cúspides ou da borda incisal (Figura 1.4C)
-Extracoronárias totais são preparos dentários em que todas as faces axiais e oclusal ou
incisal do dente são reduzidas e recobertas pelo material restaurador.
Exemplo: preparo dentário para coroa total (Figura 1.4D)
PLANOS DENTÁRIOS
Plano horizontal: é perpendicular ao eixo longitudinal do dente e corta-o em qualquer ponto
de sua longitude, recebendo o nome da superfície por onde passa (Figura 1.5A)
Plano vestibulolingual: chamado também de axiobucolingual, é o plano paralelo ao eixo
longitudinal. Divide o dente em duas posições: uma mesial e outra distal e recebe o nome
dessas faces, quando passa tangente a elas. Nos dentes anteriores recebe a denominação de
plano labiolingual ou palatino (Figura 1.5B)
Plano mesiodistal: é vertical e paralelo ao eixo longitudinal. Divide o dente em duas partes,
uma vestibular e outra lingual. Recebe o nome dessas faces quando passa tangente a elas.
Também é denominado plano axiomesiodistal (Figura 1.5C)
NOMENCLATURA DAS PARTES CONSTITUINTES DAS CAVIDADES
As partes constituintes das cavidades são:
Paredes
Ângulos diedros
Ângulos triedros
Ângulos cavossuperficiais
Paredes são os limites internos das cavidades e podem ser:
Circundantes: paredes laterais da cavidade que recebem o nome da face do dente à qual
correspondem ou da qual estão mais próximas (Figura 1.6)
De fundo: correspondem ao assoalho da cavidade e podem ser chamadas de axial, quando se
apresentam paralelas ao eixo longitudinal do dente (Figura 1.6A) e pulpar, quando
perpendiculares ao eixo longitudinal do dente (Figura 1.6B)
Ângulos diedros: São formados pela união de duas paredes de uma cavidade e
denominados segundo a combinação de seus respectivos nomes.
1° grupo: Junção das paredes circundantes
Exemplos: gengivolingual; vestibulogengival etc.
2°grupo: junção de paredes circundantes e de fundo
Exemplos: linguopulpar; gengivoaxial etc.
3°grupo: Junção das paredes de fundo
Exemplos: axiopulpar (Figura 1.7A) e axioaxial (Figura 1.8).
Ângulos triedros :São formados pelo encontro de três paredes (Figura 1.7A) e
denominados de acordo com as suas respectivas combinações.
Exemplos: vestíbulo-pulpoaxial; linguogengivoaxial etc.
Obs. Uma exceção às regras de nomenclatura dos ângulos diedros e triedros é encontrada
nas cavidades de classe III, nas quais a junção das paredes constituintes forma ângulos
diedros e triedros incisais, não recebendo, portanto, a denominação das paredes que os
formam (Figura 1.9
Ângulo cavossuperficial: É o ângulo formado pela junção das paredes da cavidade com a
superfície externa do dente (Figura 1.10).
O ângulo cavossuperficial também é denominado margem, embora este termo sirva para
designar mais precisamente a linha de união da superfície externa do dente com a borda do
material restaurador colocado na cavidade (também denominado interface dente/restauração).
Ângulo cavossuperficial definido ou bisselado
CLASSIFICAÇÃO
Cavidades terapêuticas: são aquelas realizadas em casos nos quais lesão cariosa, abrasão,
erosão, fratura ou outras lesões dos tecidos duros dos dentes tenham comprometido a
estrutura coronária parcial ou totalmente, cujo preparo cavitário é condicionado a uma
restauração individual do dente, visando à reconstrução morfológica, funcional e estética.
Cavidades protéticas: são as preparadas para que as restaurações possam servir como
retentores ou apoio para próteses fixas e removíveis, podendo ser realizadas tanto em
dentes afetados quanto em dentes hígidos.
Cavidades patológicas: com forma e dimensões irregulares causadas pela destruição de
tecidos duros do dente.
A profundidade das cavidades está relacionada com a espessura da dentina remanescente
entre o seu assoalho e a polpa, na dependência do grau de penetração das lesões dentárias, o
que condiciona os preparos cavitários em várias profundidades (Figura 1.11).
Black propôs dois tipos de classificação: uma etiológica baseada nas áreas dos dentes
suscetíveis à cárie, ou seja, regiões de difícil higienização, divididas conforme a localização
anatômica: cavidades de cicatrículas e fissuras; cavidades de superfícies lisas e, outra,
artificial, na qual reuniu cavidades em classes que requerem a mesma técnica de
instrumentação e restauração, assim descritas:
Classe I: cavidades preparadas em regiões de má coalescência de esmalte, cicatrículas e
fissuras, na face oclusal de prémolares e molares; 2/3 oclusais da face vestibular dos molares
e na face lingual dos incisivos superiores; ocasionalmente, na face palatina dos molares
superiores (Figura 1.12)
Classe II: cavidades preparadas nas faces proximais dos pré-molares e molares (Figura
1.13)
Classe III: cavidades preparadas nas faces proximais dos incisivos e caninos, sem remoção
do ângulo incisal (Figura 1.14)
Classe IV: cavidades preparadas nas faces proximais dos incisivos e caninos, com remoção
e restauração do ângulo incisal
Classe V: cavidades preparadas no terço gengival, não de cicatrículas, das faces vestibular
e lingual de todos os dentes (Figura 1.16).
Classificações complementares à classificação artificial de Black
Howard e Simon acrescentam cavidades de classe VI à classificação de Black. Nessa classe,
estariam incluídas as cavidades preparadas nas bordas incisais e nas pontas de cúspides
(Figura 1.17).
Sockwell considera ainda como cavidades de classe I aquelas preparadas em cicatrículas e
fissuras incipientes (de ponto), na face vestibular dos dentes anteriores (Figura 1.18).
Classe I
Tipo ponto: pré-molares e molares – quando apenas um ponto do sulco principal foi
atingido pela cárie (Figura 1.19)
Tipo risco: pré-molares e molares – quando apenas o sulco principal foi atingido pela cárie
(Figura 1.20)
Tipo olho de cobra: pré-molares inferiores – quando a lesão não atingiu as estruturas de
reforço do esmalte, ponte de esmalte e cristas marginais (Figura 1.21
Tipo shot gun (tiro de espingarda): molares inferiores – minicavidadesnas superfícies
oclusais dos molares (Figura 1.22).
Classe II
Slot vertical de Markley:pré-molares superiores e inferiores – quando apenas a face
proximal cariada é incluída na preparação, sem nenhum envolvimento da superfície
oclusal (Figura 1.23)
Tipo túnel: pré-molares e molares – quando apenas a face proximal é envolvida,
preservando a crista marginal (Figura 1.24)
Segundo Galan et al. as fraturas de ângulo nos dentes anteriores devem ser classificadas
separadamente. Assim, esses autores propuseram uma classificação dividida em seis tipos,
tendo em vista o tratamento restaurador, de acordo com a extensão das fraturas, sem
considerar o envolvimento pulpar
Tipo I: ocorre de forma oblíqua na área incisal, envolvendo somente 1/3 no sentido
mesiodistal e incisocervical
Tipo II: ocorre de forma oblíqua na área incisal envolvendo 2/3 no sentido mesiodistal e 1/3
incisocervical
Tipo III: ocorre de forma oblíqua, envolvendo 1/3 no sentido incisocervical e mais de 2/3 no
sentido mesiodistal, sem atingir um dos ângulos incisais
Tipo IV: ocorre de forma oblíqua, atingindo mais de 1/3 no sentido incisocervical e 2/3 ou
mais no sentido mesiodistal
Tipo V: ocorre de forma horizontal, paralela à borda incisal, atingindo totalmente o terço
incisal nos sentidos mesiodistal e incisocervical
Tipo VI: ocorre de forma horizontal, paralela à borda incisal, envolvendo o terço médio no
sentido incisocervical.
PRINCÍPIOS GERAIS DOS PREPAROS CAVITÁRIOS
● Preparo de cavidades, do ponto de vista terapêutico, é o tratamento biomecânico da
cárie e de outras lesões dos tecidos duros do dente, pelo qual as estruturas
remanescentes recebem uma restauração que as proteja, seja resistente e previna
a reincidência de cárie.
● Alguns princípios devem ser seguidos a fim de nortear a execução desse tratamento
restaurador, como a máxima preservação da estrutura dentária, a retenção da
restauração, a resistência estrutural tanto dos dentes e como das restaurações, a
integridade marginal e a obtenção e preservação de saúde pulpar e periodontal
● Black foi o primeiro a idealizar uma sequência lógica de procedimentos para o
preparo de cavidades.
● A finalidade de uma sequência de procedimentos é que ela sirva de guia geral, que
possibilite a racionalização dos preparos cavitários por etapas inter-relacionadas que
conduzam ao fim almejado. Não constitui um conjunto de regras inflexíveis. Os
princípios de Black podem e devem ser adaptados em função do material
restaurador, seja ele direto ou indireto, e da individualidade de cada situação
clínica.
● Ordem de procedimentos
1. Abertura: remoção do esmalte sem apoio dentinário para expor o processo
patológico. Usa-se instrumentais manuais ou rotatórios em razão do dente a ser
tratado, do tamanho da lesão e do material escolhido.
2. Forma de contorno: define a área de superfície do dente a ser incluída no preparo
cavitário
-A forma de contorno deve englobar todo o tecido cariado e/ou a restauração
deficiente a ser substituída.
Alguns princípios básicos devem ser considerados ao se determinar a forma de
contorno de uma cavidade:
-Idealmente, todo esmalte sem suporte dentinário deve ser removido ou então,
quando não fragilizado, apoiado sobre um material adesivo calçador (resina
composta ou cimento ionomérico)
-O ângulo cavossuperficial do preparo deve localizar-se em área de relativa resistência
à cárie e que possibilite correto acabamento das bordas da restauração
-Devem ser observadas as diferenças de procedimentos para as cavidades de
cicatrículas e fissuras e aquelas de superfícies lisas.
Cabe salientar que o esmalte dentário é uma estrutura friável que pode ou não estar
fragilizada
-Cavidades de cicatrículas e fissuras: deve-se avaliar a extensão da cárie,
considerando que ela se propaga como dois cones superpostos pelas bases, na junção
amelodentinária; a forma de contorno deve englobar tanto a extensão superficial da cárie
como a sua propagação ao longo dessa junção (Figura 2.1). A cárie se propaga mais em
profundidade que em extensão.
-Cavidades de superfícies lisas: O processo carioso em superfícies lisas propaga-se
mais em extensão do que em profundidade.
-Extensão para gengival (término cervical): a extensão ideal da parede gengival
dos preparos cavitários seria aquela que pudesse ser determinada o mais distante possível do
tecido gengival.
-A extensão no sentido gengival é governada por Cárie, estética e retenção
-Em cavidades proximais, originadas de cáries incipientes, a localização da parede
gengival estará correta quando, após a remoção de todo tecido cariado e a realização da
extensão para gengival, houver uma separação da superfície proximal do dente vizinho de
aproximadamente 0,2 a 0,5 mm para amálgama e de 0,5 e 1,0 mm para restaurações
indiretas
Estética:A estética, principalmente na região anterossuperior da boca, é importante e muitas
vezes determina a localização subgengival do limite cervical das restaurações diretas, como
facetas de resina composta, e indiretas, como facetas cerâmicas e coroas. Nesses casos, o
limite cervical dos preparos deverá ser localizado subgengivalmente, cerca de 0,25 mm a 0,5
mm, a fim de serem obtidos melhores resultados estéticos com o mínimo de problemas
gengivais.
Retenção:Coroas clínicas curtas, pouca estrutura dentária remanescente ou cavidade com
paredes axiais sem altura satisfatória, que impossibilitam a retenção friccional da restauração,
algumas vezes determinam a extensão subgengival do limite cervical das restaurações
indiretas. Nesses casos, este ultrapassa os limites da lesão cariosa, determinando o término
cervical da restauração subgengivalmente.
-Extensões para vestibular e lingual: Além de englobar o processo carioso, o término da
cavidade deve ser estendido para áreas que facilitem o acabamento das
bordas da restauração.
Em alguns casos, a ausência de um dente ou a má posição dentária condicionam uma
relação de contato anormal, o que exige extensões atípicas de paredes proximais
Manutenção de estruturas de reforço
3. Remoção da dentina cariada remanescente
● Quando a cárie é incipiente, a remoção da dentina cariada é concomitante com as
outras fases do preparo cavitário.
● Quando a cárie for extensa e profunda, a remoção poderá ser feita antes da
delimitação da forma de contorno externa.
● Progressão da cárie em dentina é caracterizada por duas áreas:
Área de dentina profunda afetada: é a dentina desmineralizada, mas não infectada,
sem presença de microrganismos; essa dentina pode ser preservada e protegida no
ato operatório
Área da dentina infectada: é a dentina mais superficial e significativamente invadida
por microrganismos e que deve ser removida
4. Forma de resistência: baseia-se em princípios mecânicos, pois os movimentos
mandibulares dão origem a forças que podem provocar a fratura das paredes cavitárias
ou do material restaurador.
● Características dadas as cavidades para que as estruturas remanescentes e as
restaurações possam: resistir as forças mastigatórias e para inserção do material
restaurador
5. Forma de retenção: é obtida mecanicamente pela configuração interna da cavidade
(inclinação das paredes), por retenções adicionais (sulcos, orifícios, canaletas,
pinos metálicos) e pelo atrito friccional do material restaurador com as paredes da
cavidade, além de adesão micromecânica proporcionada pelos sistemas e materiais
adesivos
● A finalidade da forma de retenção é evitar o deslocamento da restauração por: (1)
ação das forças mastigatórias; (2) tração por alimentos pegajosos; (3) diferença do
coeficiente de expansão térmica entre o material restaurador e a estrutura dentária,
especialmente nos casos das resinas restauradoras
● Cavidade simples: quando a profundidade de uma cavidade for igual ou maior que sua
largura vestibulolingual, por si só ela será retentiva. (auto-retentivas); Contudo, no
caso de amálgama, se a abertura vestibulolingual for maior que a profundidade,
deverão ser providenciadas retenções mecânicas adicionais internas determinadas em
dentina, na basedas cúspides devem ser preparadas as paredes vestibular e lingual
convergentes para oclusal, tornando a cavidade autorretentiva
● Cavidades compostas e complexas: O problema da retenção nessas cavidades é mais
complexo, pois, além das retenções individuais de cada caixa, existe interdependência
entre elas. Assim, alguns procedimentos poderão ser adotados, a fim de se obter a
estabilidade da restauração.
-Sulcos proximais: Recurso retentivo confeccionado à custa das paredes vestibular e
lingual da caixa proximal, com o objetivo de se evitar o deslocamento lateral da
restauração quando da incidência de uma carga oclusal (Figura 2.18). De maneira
geral, essas retenções são confeccionadas com brocas troncocônicas e são efetivas
espacialmente para as restaurações de amálgama próximo-oclusais
-Pinos metálicos e reforçados por fibras:Outro recurso para aumentar a retenção e
estabilidade das restaurações feitas em cavidades muito extensas, tanto para
amálgama (Figura 2.19A) como para restauração metálica fundida (Figura 2.20),é o
uso de pinos ancorados em dentina. Em dentes tratados endodonticamente e que
apresentem grande destruição coronária, para obter forma de retenção para
restaurações diretas e/ou indiretas, podem-se empregar pinos pré-fabricados
reforçados com fibras ou metálicos (Figura 2.19B).
-Inclinação das paredes vestibular e lingual da caixa proximal (paredes
convergentes): Quando o material restaurador for de inserção direta (amálgama e
resina composta), essas paredes podem ser convergentes para oclusal e, na região
oclusal, a restauração fica menos exposta às forças de mastigação (Figura 2.17A).
-Para amálgama, quando houver necessidade de retenções adicionais, estas poderão
ser feitas em forma de sulcos ou canaletas nas paredes vestibular e lingual da caixa
proximal, ou pela inclinação da parede gengival no sentido axiopulpar.
-Retenção micro-mecânica: condicionamneto de acido associasdos a adesivos
dentinários.
6. Forma de conveniência: a etapa que visa proporcionar acessoa adequado à
cavidade, possivilitando uma boa instrumentação e inserção do material restaurador
● Esse ato operatório depende das propriedades do material restaurador, dos métodos
empregados para a confecção da restauração e da localização e extensão da lesão.
● Extenção de preparo, afastamento dos dentes, seleção de instrumentos, isolamento do
campo operatório e anestesia.
7. Acabamento das paredes e margens de esmalte
● Clinicamente, após a confecção de uma cavidade ou o preparo protético, o esmalte
pode apresentar-se em três condições: O esmalte sem suporte dentinário, mas não
friável, pode ser mantido e calçado com materiais adesivos As camadas de esmalte
sem suporte dentinário e friáveis devem ser eliminadas durante os procedimentos de
clivagem e acabamento das paredes adamantinas. Os prismas fragilizados da
margem do esmalte com e sem suporte que ocorrem no ângulo cavossuperficial e se
soltam facilmente sob qualquer pressão, devendo ser removidos durante o
acabamento, seja com a utilização de instrumentos cortantes manuais ou com
instrumentos rotatórios.
● promover remoção das irregularidade dos prismas de esmalte
● proporcionar melhor vedamento marginal
● remoção dos prismas fragilizados da margem do esmalte sem suporte deixados
pela instrumentação inicial
8. Limpeza da cavidade: é a remoção de detritos(smear layer) deixados durante a
instrumentação, tais como raspas de dentina e esmalte, bactérias, pequenos
fragmentos abrasivos dos instrumentos rotatórios, óleo proveniente dos aparelhos de
alta e baixa velocidades etc.
● O procedimento usual para se efetuar a limpeza da cavidade é o emprego de jatos de
água e de ar, para livrá-la de partículas remanescentes do preparo (muito embora esse
procedimento só remova as partículas maiores).
● Assim, agentes para a limpeza cavitária como clorexidina, água de hidróxido de
cálcio etc. têm sido utilizados, mesmo ainda existindo por parte dos pesquisadores e
clínicos dúvidas sobre a real efetividade de limpeza que esses agentes possam
apresentar, bem como sobre o comportamento biológico diante do complexo
dentinopulpar. Dessa forma, a solução de hidróxido de cálcio é a que mais satisfaz
os requisitos como agente de limpeza, principalmente pelo aspecto de
compatibilidade biológica]
● usamos agentes não-desmineralizantes e desmineralizantes
● agentes não-desmineralizantes: 1. germicidas(produtos base de clorexidina e
água oxigenada); 2. detersivo( detergentes); 3. Alcalinizantes
● agentes desmineralizantes: 1. ácidos fortes(ácido fósforico 37%); 2. ácidos
fracos( ácido poliacrílico 12%)
INSTRUMENTOS OPERATÓRIOS
● Para estabelecer o preparo cavitário, são necessários instrumentos que proporcionem
o acesso à lesão que afeta a estrutura dentária, de modo a possibilitar diferentes
abordagens, em função do tipo de procedimento que se pretende realizar. A estrutura
dentária, em especial o esmalte, é um elemento de grande dureza, o que implica a
necessidade de instrumentos suficientemente resistentes para cortar ou desgastar
com eficiência o esmalte ou dentina.
● Os instrumentos operatórios para o preparo de cavidades podem ser agrupados
nas seguintes categorias:
1. Instrumentos cortantes manuais
2. Instrumentos rotatórios
3. Laser
4. Sistemas ultrassônicos.
Instrumentos cortantes manuais: São instrumentos empregados para cortar, clivar e
planificar a estrutura dentária, ou complementar a ação dos instrumentos rotatórios, durante o
preparo das cavidades. Podem ser simples (Figura 3.1A) ou duplos (Figura 3.1B).
● Cavidades acabadas com instrumentos cortantes manuais demonstram menor
infiltração marginal se comparadas com as realizadas com instrumentos rotatórios
devido à melhor lisura de superfície e adaptação do material restaurador às paredes da
cavidade.
● Os instrumentos cortantes manuais são constituídos por três partes: cabo,
intermediário e lâmina ou ponta ativa (Figura 3.1).
● A maioria dos instrumentos apresenta um cabo octavado e serrilhado, de modo a
evitar deslizamentos quando em função.Entretanto, instrumentos de cabo circular oco
são mais leves e de melhor empunhadura.
● Os instrumentos auxiliares, de inserção e de acabamento, não apresentam
fórmula, apenas um número de identificação, como por exemplo a espátula de
inserção no 1 (Figura 3.2).
Tipos de instrumentos cortantes manuais
Os principais tipos, ou mais usados, de acordo com a classe (forma de ponta ativa) e a ordem
(finalidade) são:
● Cinzéis: instrumentos usados principalmente para planificar e clivar o esmalte.
Podem ter diferentes formas e angulações e são denominados:
-Cinzéis retos: têm o intermediário e a lâmina retos e apresentam bisel em apenas um
dos lados da lâmina (Figura 3.3A);
-Cinzéis monoangulados: têm um ângulo intermediário. Podem ser usados para
alisar as paredes de esmalte e dentina
-Cinzéis biangulados: têm duas angulações no intermediário. Podem ser usados
também para planificação das paredes cavitárias em dentes superiores (Figura 3.3B)
-Cinzéis de Wedelstaedt: têm o intermediário e a lâmina ligeiramente curvos. São
os mais versáteis dos instrumentos manuais de corte, servindo para diferentes
propósitos (Figura 3.3C)
● Enxadas: são muito semelhantes aos cinzéis, diferenciando-se por apresentar o
ângulo da lâmina próximo a 25° centesimais. Quando a angulação da lâmina for
menor do que 12,5° centesimais, o instrumento pode ser considerado cinzel.
● As enxadas são usadas para alisar as paredes cavitárias, principalmente as de classe
V, em dentes anteriores. Seu uso é principalmente indicado para o acabamento final
das paredes internas das cavidades, apesar de também serem empregadas para
planificar as paredes de esmalte (Figura 3.4)
● Machados: a lâmina do machado é paralela ao eixo longitudinal do instrumento. São
usados para clivar, aplainar esmalte e planificar as paredes vestibular e lingual das
caixas proximais de cavidades de classe II (Figura 3.5B
● Recortadores de margem gengival: são usados especialmente para planificação do
ângulo cavossuperficialgengival, arredondamento do ângulo axiopulpar e
determinação de retenção na parede gengival/cervical de cavidade de classe II (Figura
3.6).
-As lâminas dos recortadores de margem gengival são curvas e anguladas para
aplicações dos lados direito e esquerdo, tanto nas superfícies mesial como distal, do
dente
● Formadores de ângulo: apresentam a extremidade da lâmina em ângulo agudo com
o eixo longitudinal, em vez de ângulo reto como a maioria dos instrumentos manuais
de corte (Figura 3.7). São usados para acentuar ângulos diedros e triedros e
determinar forma de retenção, principalmente em cavidades de classes III e V
● Colher de dentina: é um instrumento escavador usado para a remoção de tecido
cariado. Esse instrumento tem um desenho semelhante ao de machado, sendo a lâmina
ligeiramente curva e com a extremidade arredondada. A colher de dentina pode
apresentar a extremidade em forma de disco. A escolha da forma desse instrumento
depende do caso em particular e da preferência do profissional (Figura 3.8).
Afiação dos instrumentos cortantes manuais: é essencial para a efetividade de corte e para
o refinamento de preparos cavitários.
● Pode ser manual ou mecânica;
● Principios básicos:
-Estabelecer um bisel adequado antes de iniciar a afiação e manter o instrumento
fixo, em posição correta, durante todo o procedimento
-Manter a pedra lubrificada com uma fina camada de óleo bem fluido
-Usar pouca pressão contra a pedra para evitar o desenvolvimento de calor com o
atrito
-Usar, sempre que possível, uma guia para orientar o plano de desgaste do
instrumento
-Conservar as pedras de afiar limpas e livres de esquírolas de metal.
● Afiação mecânica: é possível empregar motores elétricos especiais, com pedras de
Arkansas, cilíndricas ou em forma de roda, montadas em seu próprio eixo.
- técnica. Cinzéis, machados, enxadas, recortadores de margem gengival e
formadores de ângulo devem ser colocados, de acordo com o ângulo da extremidade
cortante e o bisel do instrumento, em contato com a pedra, ligando-se em seguida o
motor, exercendo-se leve pressão sobre a pedra cilíndrica ou o disco em movimento.
● Afiação manual: Para a afiação manual emprega-se, de preferência, uma pedra de
Arkansas plana e previamente lubrificada, colocada sobre uma superfície plana e
lisa. Segura-se o instrumento com uma das mãos e adapta-se o bisel sobre a pedra;
com a outra mão desliza-se a pedra em um movimento de vaivém, deixando-se o
instrumento fixo (Figura 3.10).
Instrumentos rotatórios
● Equipamentos: os motores de velocidade convencional, nos quais o movimento é
transmitido à peça de mão por meio de roldanas e cordas ou por ar comprimido
(micromotores); turbinas de alta velocidade movidas a ar comprimido, que giram
diretamente na extremidade da peça de mão contra-angulada ou angulada (Figura
3.11).
● A rotação convencional geralmente é utilizada para o acabamento das paredes
cavitárias, após a instrumentação com alta rotação e também no preparo de cavidades
de dentes anteriores, quando se requer um mínimo de extensão. As turbinas de alta
velocidade são utilizadas para a rápida redução da estrutura dentária e determinação
das formas de contorno
● As brocas utilizadas nas turbinas têm haste lisa e diâmetro menor do que as utilizadas
em rotação convencional.
● O emprego da baixa velocidade (menos de 6.000 rpm) é indicado para
procedimentos de profilaxia dentária, remoção de cárie, acabamento da cavidade
e polimento. Nessa velocidade, a percepção tátil é maior e há menos geração de calor
● Os procedimentos que empregam a alta velocidade (acima de 100.000 rpm)
relacionam-se com a remoção de restaurações antigas, obtenção da forma de
contorno (interna e externa), redução de cúspides e desgastes axiais para coroas
totais
Instrumentos rotatórios de corte
● Os instrumentos rotatórios podem ser classificados em dois grupos, segundo o seu
modo de ação:
-Por corte: representados pelas brocas/fresas
-Por desgaste: representados pelas pontas diamantadas, pedras montadas de
carborundum e outros abrasivos
● As brocas apresentam três partes: haste, intermediário e ponta ativa (Figura 3.17)
● A haste é a porção da broca que é conectada à peça de mão, ao contra-ângulo ou à
turbina. Ela pode ser longa, para peça de mão (Figura 3.18A); curta, com encaixe,
para contra-ângulo (Figura 3.18B); curta, sem encaixe e com menor diâmetro,
para turbina (Figura 3.18C).
● O intermediário ou colo une a ponta ativa à haste. A broca de haste longa tem
um intermediário ligeiramente maior com relação às outras duas. Por outro
lado, as brocas para contra-ângulo e para turbinas de alta velocidade têm haste
e intermediário mais curtos, o que facilita o seu uso em dentes posteriores.
● A ponta ativa é a parte de trabalho do instrumento, a qual atua por meio de
pequenas lâminas. Sua forma e o material usado para sua fabricação estão
diretamente relacionados com sua utilização.
● São utilizados diversos materiais para a fabricação das brocas, a saber:
-Aço (liga ferro-carbono): mais empregado em brocas para os procedimentos
de remoção de dentina cariada e acabamento das cavidades com baixa
rotação
-Carbide (carboneto de tungstênio): mais resistente que o aço, constitui a
base das brocas que são utilizadas para o preparo de cavidades, tanto em
baixa quanto em alta rotação
● As formas básicas de ponta ativa das brocas (Figura 3.19) utilizadas para preparos
cavitários são:
- Esféricas: utilizadas principalmente para a remoção de tecido cariado, confecção de
retenções e acesso em cavidades de dentes anteriores
-Cilíndricas: utilizadas para confeccionar paredes circundantes paralelas e avivar
ângulos diedros; a maioria dessas brocas tem corte na extremidade e nas partes
laterais da ponta ativa
-Troncocônicas: utilizadas para dar forma e contorno em cavidades com paredes
circundantes expulsivas e para determinar sulcos ou canaletas em cavidades para
restaurações metálicas fundidas; são indicadas também para determinar retenções nas
caixas proximais, em cavidades para amálgama
Cone invertido: utilizadas especialmente para determinar retenções adicionais,
planificar paredes pulpares e, eventualmente, avivar ângulos diedros
Roda: utilizada para determinar retenções, especialmente em cavidades de classe V
● As brocas para acabamento apresentam formas variadas e têm lâminas lisas,
menores e em número maior que as brocas comuns
● As brocas esféricas, cilíndricas e troncocônicas podem ser lisas ou picotadas,
com lâminas dispostas paralelamente ao longo do eixo da haste ou em forma
de espiral. As cilíndricas e as troncocônicas são também chamadas brocas de
fissura.
● Pontas diamantadas: Partículas abrasivas fixadas nas lâminas.
Granulação fina (F) e Ultrafina (UF)
Classificação dos instrumentos:
1. Exploratórios(auxiliares)
2. Insolamento do campo operatório
3. Preparo cavitário
4. Restauração
● Exploratórios: espelho, sonda exploradora, pinça e sonda mileimetrada,taças de
borracha escovas de robinson e fio dental
● PC: permitem acesso a lesão cariosa
Instrumentos para restaurações:
● condensadores, brunidores, porta-amálgama, esculpidores, espátulas de manipulação,
matrizes, cunhas de madeira, cunhas elásticas, espátulas para resina e pincéis.
Isolamento do Campo operatório

Continue navegando