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NEFRECTOMIA TOTAL Luís Ricardo F. Borges Definição A nefrectomia é um procedimento cirúrgico para remover a totalidade ou parte de um rim. Dependendo da indicação cirúrgica, uma nefrectomia envolve a remoção apenas da parte danificada de um rim ou de todo o órgão, podendo ainda implicar a remoção da glândula suprarrenal circundante e gânglios linfáticos. Tipos de Nefrectomia Simples Parcial Radical (Completa) Nefroureterectomia Nefrectomia Radical (completa) Durante uma nefrectomia radical, o cirurgião remove todo o rim e, muitas vezes, algumas estruturas adicionais, tais como a glândula suprarrenal (adrenal) ou gânglios linfáticos próximos. Indicação A razão mais frequente para a nefrectomia total é a remoção de um tumor no rim. Estes tumores são geralmente cancerígenos e malignos (cancro do rim), contudo, a cirurgia também pode ser recomendada em casos de alguns tumores benignos. Indicação Todavia, existem inúmeros fatores capazes de afetar o correto funcionamento dos rins, que poderá acarretar como indicação para a cirurgia: Lesões no rim; Insuficiência renal; Infecções crônicas do rim; Atrofia renal adquirida (após obstrução prolongada do ureter, por exemplo); Quando alguém vai doar um rim para familiar (transplante renal). Entre outras. Pré-Operatório É necessário a realização de jejum de sólidos e líquidos durante as 6 horas que precedem a cirurgia. Exames laboratoriais (ureia, creatina) Exames radiográficos. Cuidados de Enfermagem Orientação prévias para o paciente sobre a cirurgia antes da internação; Apresentar-se, explicar o objetivo da sua intervenção e se colocar à disposição para informação adicionais; Tirar dúvidas sobre cuidados pré-operatórios prescritos pelo cirurgião como: banho pré-cirúrgico, tricotomia, limpeza intestinal, interrupção ou continuidade de medicamentos, etc; Cuidados de Enfermagem Recomendar não usar maquiagem, esmalte de unha ou objetos metálicos (joias, prendedores de cabelo, medalhas, etc.); Explicar sobre a cirurgia e anestesia a ser usada, rotina e duração dos procedimentos; Avaliar com paciente nível de ansiedade e preocupações relacionadas à cirurgia com objetivo de tranquilizá-lo. Anestesia Qualquer tipo de nefrectomia é realizado sob anestesia geral. Como é feita? Pode ser realizada com diferentes métodos cirúrgicos. A escolha do método a utilizar em cada caso depende de diversos fatores, tais como: Características da doença a tratar (por exemplo, dimensão e localização de um tumor a ser removido); Experiência do cirurgião em cada uma das técnicas; Disponibilidade de meios em cada centro. Abordagens Cirúrgicas CIRURGIA LAPAROSCÓPICA (CONVENCIONAL OU ROBÓTICA). Neste procedimento minimamente invasivo, o cirurgião efetua algumas pequenas incisões no abdómen do paciente, de modo a inserir dispositivos equipados com câmaras de vídeo (laparoscópio) e pequenas ferramentas cirúrgicas. Mais recentemente foi introduzida a cirurgia robótica. A laparoscopia assistida por robótica, como o próprio nome indica utiliza um sistema robótico para realizar o procedimento. Abordagens Cirúrgicas Estas ferramentas robóticas são controladas pelo próprio cirurgião, permitindo uma maior precisão na operação . Por ser menos invasiva, com menor hemorragia e com uma recuperação mais rápida e menos dolorosa, a laparoscopia é a via preferencial sempre que tecnicamente viável. Contudo, mesmo nos casos em que se opta inicialmente pela via laparoscópica, poderão surgir dificuldades ou complicações durante a intervenção que poderão justificar a passagem à via aberta (num processo chamado “conversão”). Abordagens Cirúrgicas CIRURGIA ABERTA Numa nefrectomia aberta, o cirurgião faz uma incisão ao longo do abdómen do utente até alcançar o rim. O ureter e os vasos sanguíneos são cortados e o rim é removido através da incisão. Esta é a abordagem clássica, que implica realizar uma incisão na região abdominal ou lombar, por forma a ser alcançado o rim. Abordagens Cirúrgicas Utilizada sobretudo nos casos mais complexos - tumores volumosos ou difíceis de destacar do restante rim (no caso da nefrectomia parcial), com trombos na veia ou gânglios linfáticos aumentados (adenopatias), em que a abordagem laparoscópica pode ser mais complexa ou menos segura. Riscos e Complicações Sangramento e hemorragias; Infecção; Lesão de órgãos próximos; Hipertensão arterial; Doença renal crônica; Pneumonia pós-operatória; Reações alérgicas à anestesia; Formação de coágulos de sangue (trombos); Hérnia no local da incisão; Entre outras. Pós-Operatório Monitoramento atentamente através da sua tensão arterial, eletrólitos e equilíbrio de fluidos. Estas funções do corpo são controladas, em parte, pelos rins. Após a cirurgia, será necessário um cateter urinário (tubo para drenar a urina) conectado à bexiga. Sentir desconforto e dormência perto da área de incisão é normal, e analgésicos para melhorar esta sintomatologia, são administrados após o procedimento cirúrgico, e durante o período de recuperação, conforme necessário. Pós-Operatório O tempo de recuperação e a duração do internamento dependem de possíveis comorbidades que eventualmente possam surgir. A atividade excessiva e a elevação pesada de objetos devem ser evitadas e uma dieta rica e equilibrada deverão ser mantidas. Para a maioria dos pacientes, a nefrectomia não afeta a qualidade de vida e, após a recuperação completa, poderão retomar a rotina e atividades normais. Cuidados de Enfermagem Realizar os cuidados de forma humanizada e eficaz, reduzindo os riscos de complicações pós-operatórias e trazendo conforto e mais segurança ao paciente. Os objetivos da equipe multidisciplinar durante este período são: a manutenção do equilíbrio dos sistemas orgânicos, alívio da dor e do desconforto, prevenção de complicações pós-operatórias, plano adequado de alta e orientações. Referências Bibliográficas Disponível em: https://patients.uroweb.org/pt/nefrectomia-radical/ https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/urologia/nefrectomia/ https://www.clinicauroonco.com.br/tumor-no-rim-tratamento/ https://www.tuasaude.com/nefrectomia/ OBRIGADO PELA ATENÇÃO!
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