Prévia do material em texto
Física IV: Ótica ÓPTICA 1º SEM/2013 1. Propriedades da Luz 1.1. Dualidade onda-partícula 1.2. Espectro de Luz, fontes de Luz 1.3. Velocidade de Luz 1.4. Propagação da Luz 1.5. Reflexão 1.6. Refração e polarização 2. Imagens ópticas 2.1. Espelhos 2.2. Lentes 2.3. Aberrações 2.4. Instrumentos ópticos 3. Interferência e Difração 3.1. Diferença de fase e coerência 3.2. Interferência em filmes finos 3.3. Padrão de interferência em duas fendas 3.4. Padrão de difração de uma fenda única 3.5. Difração de Fraunhofer e Fresnell 3.6. Difração e resolução, redes de difração Física IV: Ótica Defensor da teoria corpuscular da luz Explicava: a propagação retilínea. a propagação da luz no vácuo. a refração e a reflexão da luz. Isaac Newton 1642 – 1727 Christian Huygens 1629 – 1695 Teoria ondulatória da luz Explicava a dupla refração da calcita. Descobriu o fenômeno da polarização. Deduziu as Leis da Reflexão e da Refração. Acreditava num valor finito para a velocidade da luz. Física IV: Ótica Em 1801, era reativo à teoria ondulatória da luz. Experimento da Fenda Dupla Descobre a “interferência” da luz. Thomas Young 1773 - 1829 Augustin Frèsnel 1788 - 1827 Apóia decisivamente a Teoria Ondulatória da Luz Explica a interferência de fenda dupla. Luz como ondas transversais freqüência ↔ Cores da luz Explica a difração da luz Prevê a existência do “ether” o meio que preenche o espaço e através do qual a luz se propaga. Física IV: Ótica Joseph Fraunhofer (1787-1827) Em 1821 investiga a refração da luz em aberturas estreitas e determina os comprimentos de onda correspondentes às diversas cores da luz. Novo problema a ser resolvido: - Se a luz é onda, como ela se propaga no vácuo? Começam a surgir as conexões da luz com o eletromagnetismo. James Clerk Maxwell 1831 - 1879 Maxwell apresentou em 1865, as equações que descrevem os fenômenos do eletromagnetismo. Uniu os campos magnéticos e elétricos Estabeleceu que a luz como ondas eletromagnéticas e previu a existência de outros tipos de ondas. Estabeleceu, a partir de suas equações, que a luz se propaga no vácuo com velocidade c= 300.000 km/s! Física IV: Ótica Comprovou a teoria eletromagnética de Maxwell e abriu o caminho para a tecnologia “wireless” que produziu o radio, a TV, o telégrafo sem fio, etc. Em sua homenagem a unidade de freqüência recebe o seu nome: o hertz (Hz) Descobriu também o “efeito fotoelétrico”. Heinrich Rudolf Hertz 1857 - 1894 Física IV: Ótica Campo elétrico oscilante produz campo magnético oscilante. Campo magnético oscilante produz campo elétrico oscilante. E assim se produz ondas eletromagnéticas. Produção de ondas eletromagnéticas Quando acelerados, como no movimento oscilatório em uma antena de estações de Radio ou TV, emitimos ondas eletromagnéticas. c = λ.f → cvácuo = 300.000 km/s Física IV: Ótica Luz (Radiação eletromagnética visível) 4,3 x1014 Hz < f < 7 x1014 Hz Somos responsáveis por quase todo o espectro da radiação eletromagnética. Física IV: Ótica EFEITO FOTOELÉTRICO Mais observável com luz violeta e ultravioleta. Quanto maior a freqüência da luz incidente, maior a energia cinética dos fotoelétrons Fatos não explicáveis pela teoria de Maxwell A energia cinética dos fotoelétrons não depende da intensidade da luz incidente. O tempo decorrido entre a luz atingir a superfície metálica e a ejeção do primeiro elétron não é afetado pela intensidade nem pela freqüência da luz. Física IV: Ótica A origem da mecânica quântica Outubro de 1900 Explicação da emissão de radiação por um corpo negro aquecido. Hipótese do “pacote” ou “quantum” de energia A energia não varia continuamente, mas em pacote ou quantum de energia: E = h.f h = 6,63x10-34 J.s = constante de Planck f = freqüência da radiação Max Planck 1838 - 1947 Física IV: Ótica O efeito fotoelétrico e a teoria ondulatória da luz. A emissão instantânea dos fotoelétrons não é explicada pela teoria ondulatória. A luz, como fenômeno ondulatório, levaria quase um ano de incidência contínua para a emissão de um fotoelétron. Que seria explicável se a luz fosse constituída de partículas que transferissem energia durante as colisões com os elétrons. Albert Einstein 1879 - 1955 Teoria fotônica da luz Física IV: Ótica Representação de fótons A teoria fotônica da luz Em 1905, Einstein explica o Efeito Fotoelétrico. Postula que a luz é composta de “partículas de radiação” ou “pulsos eletromagnéticos” chamados “fótons” Efoton = h.f. Fótons não têm massa. Fótons são “partículas” de energia caracterizadas por freqüência. Luz é energia pura! Física IV: Ótica Explicação de Einstein para o Efeito Fotoelétrico. Energia do fotoelétron = h.f – W W = energia para vencer a barreira de potencial. Depende do material. Física IV: Ótica Emissão de luz Física IV: Ótica Des-excitação Excitação por colisão Fóton Energia transferida para o elétron ΔE = E2-E1 E = h.f = ΔE Excitação e Des-excitação atômica Física IV: Ótica Des - excitação Excitação por Absorção de fótons fóton Energia do fóton incidente E = h.f Energia do fóton emitido Excitação e Des-excitação atômica Física IV: Ótica Na emissão espontânea, a des-excitação ocorre 10-8 s após a excitação, com a emissão de fótons. Na emissão estimulada este tempo é bem maior. A des-excitação pode ocorrer em etapas com a liberação de diversos fótons. A energia do fóton emitido depende do “salto quântico” realizado. E = h.f 4,6 x 1014 Hz < f < 7,56 x 1014 Hz, Compõe o espectro visível ( luz) da radiação. A excitação ocorre se o elétron receber a exata quantidade de energia para o “salto quântico”: ΔE = E2-E1. Características da excitação atômica Física IV: Ótica O espectro visível Não visível Não visível Física IV: Ótica A radiação infravermelha (IV) Radiação IV “Near”, “Mid” e “Far” Radiação IV “Near” 0,7 a 5 µm (700 a 5.000 nm) 1,77 a 0,25 eV Emitida por corpos entre 740 a 5.200 K Radiação IV “Mïd” 5 a 30 µm (5.000 a 30.000 nm) 0,25 a 0,040 eV Emitido por objetos entre 120 a 740 K Radiação IV “Far” 30 a 200 µm (30.000 a 200.000 nm) 0,040 a 0,006 eV Emitido por corpos entre 10 e 120 K Física IV: Ótica A radiação infravermelha (IV) Emissão de radiação IV Região vermelha (mais quente) Região amarela Região verde Região azul ( mais fria) Qual a região mais quente? Escorpião “Sangue frio” Física IV: Ótica A radiação infravermelha (IV) Absorção e reflexão. Moléculas de clorofila absorvem radiação ultravioleta, mas refletem a luz verde e a radiação IV “Near”. Os minerais absorvem e refletem radiação IV de diferentes comprimentos de onda conforme sua composição. O vidro não transmite radiação IV. A pele humana e as moléculas de água absorvem e refletem radiação IV Física IV: Ótica A radiação ultra violeta UV UV-A, UV-B e UV-C UV- A 400 a 320 nm 3,10 a 3,88 MeV UV-C 280 a 100 nm 4,43 a 12,4 MeV UV – B 320 a 280 nm 3,88 a 4,43 MeV A radiação UV vem naturalmente com a radiação solar Mas pode ser produzida em lâmpadas e em equipamentos de soldas. Ligeiramente afetado pela camada de ozônio. Bronzeamento Envelhecimento da pele Avaria na visão Fortemente afetado pela camada de ozônio estratosférico Fortemente afetado pela camada de ozônio estratosférico Queimadura, câncer de pele, envelhecimento prematuro da pele, cegueira Física IV: Ótica A radiação ultravioleta UV Interações com a matéria Excitação atômica Fótons UV E = h.f < Energia de ionização absorvidos pelo átomo produz transição de elétron para um nível superior de energia. Física IV: ÓticaFótons UV E = h.f > Energia de ionização pode estabelecer o processo de foto-ionização em átomos ou moléculas. A radiação ultra violeta UV Interações com a matéria Fotoionização Física IV: Ótica A radiação ultra violeta UV Interações com a matéria O fio do pelo do urso polar absorve radiação UV Efeito fotoelétrico Interação UV com metal A neve reflete radiação UV Física IV: Ótica A radiação ultra violeta UV Proteção contra UV % UV Transmitida %UV Absorvida UPF Fator de Proteção a UV Categoria da proteção 10 90 10 moderada 5 95 20 elevada 3,3 96,7 30 muito elevada 2,5 97,5 40 extremamente elevada 2 98 50+ Máxima Vidro UPF Lateral de um carro 12 Pára-brisa (laminado) 50+ Janela de casas 10 Janela de escritórios 50+ Física IV: Ótica Sinais luminosos de “neon” consiste de um tubo de vidro fechado contendo gases raros a baixa pressão. As extremidades to tubo são conectadas a uma fonte de alta tensão (6.000V a 9000 V) que aceleram elétrons. Os elétrons excitam os átomos de gases raros que, na des-excitação, emitem luz de cores características. Emissão de luz em tubos luminosos http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=C6-v4V0ZmNZggM&tbnid=a-nyLVL7q7hhhM:&ved=0CAUQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.cuiket.com.br%2Fempresa%2Fa-superneon-luminosos-letreiros-e-luminosos_2806744.html&ei=elKZUZrcEYq09gTh44HwBA&bvm=bv.46751780,d.dmQ&psig=AFQjCNFUwr-TLqBAG-OGC0toJC0SruYFMQ&ust=1369088965419719 Física IV: Ótica Espectro da radiação átomo de hidrogênio Física IV: Ótica Outros espectro da radiação Espectro de emissão do He Espectro de emissão do Hg neon Na Nitrogênio Física IV: Ótica Na Des-excitação os átomos de Hg emitem grande quantidade de fótons de radiação ultravioleta (alta freqüência e não visíveis) Lâmpada fluorescente 1a Fase: Excitação e Des-excitação dos átomos de Hg Excitam átomos de Hg Física IV: Ótica 1.- Átomos de fósforo são excitados por fótons ultravioletas emitidos por átomos de Hg A fluorescência do fósforo transforma a radiação ultravioleta (não visível) em luz. 2.- A “des-excitação” dos átomos de fósforo ocorre em forma de “escada”. Fluorescência Emissão de fótons de freqüências menores do que aquela do fóton excitador. Lâmpada fluorescente 2a Fase: excitação e des-excitação de átomos de fósforo Física IV: Ótica Lâmpada fluorescente Esquema Física IV: Ótica Os átomos do material fluorescente excitam-se com fótons ultravioleta. Materiais fluorescentes Tintas Pigmentos Usados em detergentes (papeis) que convertem a radiação ultravioleta do Sol em luz, fazendo com que o tecido pareça “mais branco”. Des-excitam-se em escada, emitindo fótons de freqüências menores, na banda do visível. FLUORESCÊNCIA Física IV: Ótica Os átomos são excitados pela radiação uv A des-excitação não ocorre imediatamente. A diferença entre fluorescência e fosforescência é o tempo de “des-excitação”. FOSFORESCÊNCIA Física IV: Ótica Emissão de luz por meio de aquecimento. Um pedaço de ferro 250°C Vermelho escuro 550°C Laranja 2.500°C branco como o filamento de uma lâmpada Qual a diferença entre a luz emitida por incandescência daquela emitida pelos luminosos “neon” ou pela lâmpada de vapor de mercúrio? INCANDESCÊNCIA Física IV: Ótica A incandescência é um fenômeno que ocorre nos sólidos devido a elevação da temperatura. Nos sólidos os átomos estão muito próximos entre si. No processo da excitação e des-excitação os elétrons periféricos dos átomos efetuam transições quânticas englobando átomos vizinhos. Conseqüência: infinidade de transições; emissão de fótons em grande variedade de freqüência, abrangendo quase todo o espectro. A Excitação e Des-excitação na incandescência Física IV: Ótica Lei de Wien : fpico = [2,8.k/h].T Incandescência Distribuição Espectral da Luz Física IV: Ótica No estado metaestável Δt des-excitação > 10 -8 s Um fóton incidente de energia E = h.f = E2-E1 Estimula a emissão de um fóton. O fóton emitido em fase com o fóton incidente Pode estimular a emissão de outros fótons LASER Emissão estimulada Física IV: Ótica LASER Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation Física IV: Ótica Esquema do 1o Laser Física IV: Ótica Espelhos paralelos Física IV: Ótica Tipos de LASER LASER de estado sólido Rubi λ = 694 nm LASER de gás He-Ne verde (λ = 543 nm) He-Ne vermelho (λ = 633 nm) CO2 IV (λ = 10.600 nm) Argônio azul (λ = 488 nm) Argônio verde (λ = 514 nm) Nitrogênio UV (λ = 337 nm) LASER de semicondutor Diodos (pointer) λ = 680 nm Física IV: Ótica Onda, Raio e Frente de Onda Conceito de frente de onda é usado para descrever a propagação de uma onda. De um modo geral, a frente de onda pode ser definido como o lugar geométrico onde todos os pontos adjacentes que possuem a mesma fase de vibração de uma grandeza física associada com a onda. Ou seja, em qualquer instante todos os pontos sobre uma frente de onda estão na mesma parte do ciclo de suas respectivas vibrações. Usamos diagramas que mostram as frentes de onda ou suas seções retas em algum plano de referência. Física IV: Ótica Onda, Raio e Frente de Onda Para descrever a direção de propagação, em geral é mais conveniente representar uma onda de luz por meio de um raio em vez de se usar uma frente de onda. Na descrição corpuscular da luz, os raios são as trajetórias das partículas Na descrição ondulatória, um raio é uma linha imaginária ao longo da direção de propagação da onda. Quando uma onda se propaga em um material homogêneo e isotrópico, os raios são sempre linhas retas perpendiculares à frente de onda. Física IV: Ótica Reflexão e Refração Quando uma onda de luz atinge uma superfície lisa separando dois meios transparentes (ex: ar e vidro; água e vidro), em geral a onda é parcialmente refletida e parcialmente refratada (transmitida) para o outro material. Física IV: Ótica Reflexão e Refração O raio que penetra no segundo meio experimenta uma mudança de direção na fronteira, e diz-se que sofre uma refração. O raio incidente, o raio refletido e o raio refratado encontram-se todos mesmo plano. O ângulo de reflexão é igual ao ângulo de incidência (Lei da reflexão). Física IV: Ótica Reflexão e Refração O ângulo de refração 2 depende das propriedade dos dois meios e do ângulo de incidência. constante 1 2 1 2 v v sen sen Lei de Snell A trajetória de um raio de luz através da superfície refratora é reversível, assim como no caso da reflexão. Física IV: Ótica Reflexão e Refração Quando a luz se propaga de um material no qual sua velocidade é elevada para um material em que sua velocidade é mais baixa, a Lei de Snell mostra que o ângulo de refração 2 é menor que o ângulo de incidência. Física IV: Ótica Reflexão e Refração Se o raio se deslocar de um material em que se propaga lentamente para um material que se propaga mais rapidamente, 2 será maior que 1. Física IV: Ótica Reflexão e Refração Considerar um feixe de luz penetrando em um pedaço de vidro a partir da esquerda. Uma vez dentro do vidro, a luz pode encontrar um átomo, representado pelo ponto A. Suponhamos que a luz seja absorvida pelo átomo, fazendo com que este oscile. O átomo que oscila irradia (emite) então o feixe de luz para um átomo no ponto B, onde a luz é absorvida novamente. Considere que a luz passa de um átomo para outro no vidro. Embora a luz se propague de um átomo a outro através do espaço vazio entre eles com velocidade c , as absorções e emissões de luz pelos átomos , que requer tempo para acontecer, causam a diminuição da velocidade média da luz atravésdo vidro. Física IV: Ótica Reflexão e Refração Uma vez que a luz emerge no ar, as absorções e emissões cessam e a velocidade média da luz retorna a seu valor original. A luz que passa de um meio para outro é refratada porque a velocidade média da luz é diferente nos dois meios. Definimos o índice de refração n do meio como sendo: v c n meio no luz da média velocidade vácuono luz da e velocidad Física IV: Ótica Material Índice de refração Ar 1,00029 Água 1,333 Gelo 1,310 Álcool etílico 1,362 Quartzo fundido 1,459 Óleo de linhaça 1,486 Vidro típico 1,5 Óleo típico 1,5 Diamante 2,417 Física IV: Ótica Reflexão e Refração Quando uma onda passa de um meio para o outro sua frequência não muda. (Conservação de Energia - Física II) Para uma onda luminosa passando de um meio para o outro, a frequência também permanece constante. As frentes de onda passam por um observador no ponto A do meio 1 com uma certa frequência e incidem na fronteira entre o meio 1 e o meio 2. A frequência na qual as frentes de onda passam por um observador no ponto B no meio 2 tem de ser igual à frequência com que chegam no ponto A. Portanto a relação v = f tem de ser válida nos dois meios. Física IV: Ótica Reflexão e Refração Como f1 = f2 = f, vemos que Como Relacionamos o índice de refração com o comprimento de onda 2211 e fvfv 2121 e vv 1 2 2 1 2 1 2 1 / / n n nc nc v v 2211 nn Física IV: Ótica Reflexão e Refração A partir de Segue-se que o índice de refração de qualquer meio pode ser expresso por onde 0 é o comprimento de onda no vácuo e n é o comprimento de onda no meio cujo índice de refração é n. n n 0 2211 nn 1 2 1 2 v v sen sen v c n 2211 sennsenn Física IV: Ótica Reflexão Interna Total A reflexão interna total pode ocorre quando a luz se propaga de um meio com um alto índice de refração para outro com um índice de refração mais baixo. Considere um raio de luz que se propaga no meio 1 e encontra a interface entre os meios 1 e 2, onde n1 > n2. Vários direções possíveis do raio estão indicados pelos raios 1 a 5. Física IV: Ótica Reflexão Interna Total Em um determinado ângulo de incidência c, chamado de ângulo crítico, o raio de luz refratado se propaga paralelamente à interface de modo que 2 = 90°. Para ângulos de incidência maior que c, nenhum raio é refratado e o raio incidente é refletido inteiramente na superfície como se estivesse incidindo em uma superfície perfeitamente refletora. Física IV: Ótica Reflexão Interna Total Lei de Snell para encontrar o ângulo crítico. Quando 1 = c, 2 = 90°, temos ) para( 09 21 1 2 c 22c1 nn n n sen nsennsenn A reflexão interna total ocorre somente quando a luz se propaga de um meio com índice de refração mais elevado para um meio com índice de refração mais baixo. Física IV: Ótica Fibra óptica (1) Se o segundo meio é o ar, então podemos fazer n2 igual a 1 e obter uma expressão para o ângulo crítico para a reflexão interna total da luz, deixando um meio com índice de refração n e entrando no ar Uma aplicação importante para a reflexão interna total é a fibra óptica A luz é injetada em uma fibra óptica de forma que o ângulo de reflexão na superfície da fibra é maior que ângulo crítico para a reflexão interna total Esta luz é então transportada ao longo do comprimento da fibra Física IV: Ótica Fibra óptica (2) Fibras ópticas podem ser usadas para transportar luz de uma fonte para um destino Nesta imagem, temos um maço de fibras ópticas com o final das fibras apontando para a câmera A outra extremidade da fibra óptica está conectada a uma fonte de luz Observe que as fibras ópticas podem transportar luz em outras direções e não apenas em linha reta, desde que o raio de curvatura da fibra não seja pequeno o suficiente para permitir que a luz viajando na fibra ótica seja maior que o ângulo crítico ao refletir a superfície da fibra Física IV: Ótica Fibras ópticas (3) Um tipo de fibra óptica usada para comunicação digital que consiste em um núcleo de vidro envolto por revestimento feito de vidro, com um índice de refração menor do que o do núcleo Física IV: Ótica Intensidade Relativa da Luz Refletida e Transmitida A fração da energia luminosa refletida em uma fronteira, tal como a interface ar-vidro, depende de um modo complicado do ângulo de incidência, da orientação do vetor campo elétrico associado à onda e dos índices de refração dos dois meios. Para o caso especial da incidência normal (1= ‘1= 0), a intensidade refletida pode ser demonstrada como incidente eintensidad : 00 2 21 12 II nn nn I Física IV: Ótica Intensidade Relativa da Luz Refletida e Transmitida Para o caso típico da reflexão em uma interface ar- vidro para o qual n1= 1 e n2= 1,5, temos I = 0,04 I0. Apenas 4% da energia é refletida, o resto da energia é transmitida. 0 2 21 12 I nn nn I • R: refletância • T: transmitância Física IV: Ótica Dispersão e Prismas A dependência do índice de refração com o comprimento de onda, que resulta da dependência da velocidade da onda com o comprimento de onda, é chamada de dispersão. O índice de refração geralmente diminui com o aumento do comprimento de onda no intervalo da luz visível. A luz violeta refrata mais que a luz vermelha ao passar do ar para algum material Física IV: Ótica Dispersão e Prismas Para entender os efeitos da dispersão sobre a luz, vamos considerar o que acontece quando a luz incide sobre um prisma. Um raio de luz de um único comprimento de onda que incide sobre o prisma a partir da esquerda emerge com desvio . Física IV: Ótica Dispersão e Prismas Então quando um feixe de luz branca incide em um prisma, as cores diferentes refratam a ângulos de desvio diferente por causa da dispersão e os raios emergem da segunda face do prisma se espalham em uma série de cores conhecidas como espectro visível. Física IV: Ótica Dispersão cromática (1) O índice de refração de um meio óptico depende do comprimento de onda da luz viajando naquele meio Esta dependência do índice de refração com o comprimento de onda da luz significa que a luz de cores diferentes será refratada diferentemente na interface entre dois meios ópticos Esse efeito é chamado de dispersão cromática Em geral, o índice de refração para um dado meio óptico é maior para pequenos comprimentos de onda do que para comprimentos de onda maiores Portanto, a luz azul é mais refratada que a luz vermelha No desenho, podemos ver que r > b Física IV: Ótica Dispersão cromática (2) A luz branca consiste na superposição de todos os comprimentos de onda visíveis Quando um feixe de luz branca é projetado através de um prisma de vidro, como à direita, podemos separar a luz branca incidente nos diferentes comprimentos de onda visíveis que são refratados em ângulos diferentes Um exemplo comum de dispersão cromática é um arco-íris Física IV: Ótica Dispersão cromática: gotas de água (1) Gotas de chuva esféricas refratando e refletindo a luz do sol criam um arco-íris, como mostra a imagem à direita Um arco-íris é criado quando gotas de chuva estão suspensas no ar e você as observa com o sol nas costas A luz branca do sol entra nas gotas, refrata na superfície da gota, é transmitida através da água para o lado mais distante onde é refletida, é transmitida novamente para a superfície da gota onde ela sai e é refratada novamente Física IV: Ótica Dispersão cromática: gotas de água (2) Nos dois passosda refração, o índice de refração é diferente para comprimentos de onda distintos O índice de refração para a luz verde na água é 1.333; o índice de refração para a luz azul é 1.337 e, para a luz vermelha, é 1.331 Ocorre um contínuo de índice de refração para todas as cores Estes índices de refração diferentes resultam em um aparente espalhamento da luz de acordo com a cor. O arco-íris aparecerá em um ângulo de 42 em relação à direção da luz do sol Física IV: Ótica Dispersão cromática: arco-íris Esta figura mostra um arco-íris típico É possível ver a luz azul na parte interna do arco-íris e a luz vermelha na parte externa. O arco do arco-íris representa um ângulo de 42 em relação à direção do sol Outras características de arco-íris são evidentes nesta magem A região interna do arco parece mais brilhante que a região externa Física IV: Ótica Dispersão cromática: claro-escuro (1) Observe o contraste entre o céu dentro e fora do arco. É possível compreender este fenômeno de claro-escuro observando o caminho dos raios de luz que são refratados e refletidos nas gotas de chuva, como ilustrado abaixo. Claro Escuro 42o Física IV: Ótica Dispersão cromática: claro-escuro Quando estudamos a refração do sol em uma gota d’água, descobrimos que existem vários raios emergindo com ângulos menores que o do raio do arco-íris, mas essencialmente não há nenhuma luz de reflexões internas únicas com ângulos maiores que este raio (42). Assim, há bastante luz na parte interna do arco, e muito pouca além dele. Como a luz é uma mistura das cores de todo o arco-íris, ela é branca. Claro Escuro 42o Física IV: Ótica Vendo o arco-íris Física IV: Ótica Reflexão e espelhos planos (1) Um espelho é uma superfície que reflete luz Um espelho plano é um espelho delgado Para a reflexão dos espelhos planos há uma lei simples para raios de luz incidentes sobre a superfície do espelho Esta regra afirma que o ângulo de incidência, i, é igual ao ângulo de reflexão, r Física IV: Ótica Reflexão e espelhos planos (2) Estes ângulos são sempre medidos a partir da normal à superfície que é definida como uma linha perpendicular à superfície do espelho plano Espelho plano Raio incidente Raio refletido Normal à superfície do espelho Física IV: Ótica Reflexão e espelhos planos (3) Raios paralelos incidentes em um espelhos plano são refletidos de tal forma que os raios refletidos também são paralelos, pois toda normal à superfície também é paralela à outras normais A lei da reflexão é dada por Imagens podem ser formadas pela luz refletida de um espelho plano Por exemplo, ao para na frente de um espelho, você vê sua imagem no espelho e esta imagem parece estar atrás do espelho Este tipo de imagem é denominada imagem virtual (não pode ser mostrada em uma tela) Física IV: Ótica Imagem formada por um espelho Imagens formadas por espelhos planos parecem estar invertidas esquerda- direita porque os raios de luz incidentes sobre a superfície do espelho são refletidos de volta sobre o outro lado, da normal Uma imagem do espelho aparece verticalmente correta A imagem vista pela pessoa pode ser construída com dois raios de luz, como mostrado A imagem é Ereta (quer dizer não “invertida”) Virtual (implicando que a imagem é formada atrás da superfície do espelho) A distância da pessoa em frente ao espelho é chamada de distância do objeto, do, e a distância da imagem que parece estar atrás do espelho é chamada de distância da imagem, di, e, para um espelho plano, do = di Física IV: Ótica Imagem do espelho: esquerda-direita? A imagem virtual é novamente construída com dois raios Todos os raios apresentam o mesmo comportamento O relógio está no fundo para a pessoa e para a imagem (sem inversão esquerda-direita) Mas a imagem está olhando para a direção oposta! Logo, uma imagem de espelho está invertida somente de trás pra frente E a inversão esquerda-direita aparente é uma consequência indireta Física IV: Ótica Espelhos curvos (1) Quando a luz é refletida a partir da superfície de um espelho de um espelho curvo, os raios de luz seguem as leis da reflexão em cada ponto da superfície Entretanto, diferentemente do espelho plano, a superfície de um espelho curvo não é plana Assim, raios de luz que são paralelos antes de atingir o espelho são refletidos em diferentes direções considerando a parte do espelho que eles atingem Os raios de luz podem ser convergentes ou divergentes Física IV: Ótica Espelhos curvos (2) Exemplo típico: Em espelho esférico com a superfície refletora do lado de dentro da esfera A superfície refletora é côncava é os raios refletidos serão convergentes Várias aplicações: luzes de carros, telescópios… Física IV: Ótica Espelhos esféricos côncavos (1) Podemos representar esta esfera com um semicírculo de duas dimensões O eixo óptico do espelho é uma linha através do centro da esfera, representado neste desenho por uma linha horizontal pontilhada Um raio de luz horizontal acima do eixo óptico é incidente sobre a superfície do espelho No ponto em que o raio de luz atinge o espelho, a lei de reflexão se aplica i = r A normal à superfície é uma linha radial que aponta para o centro da esfera, marcado por C Física IV: Ótica Espelho esférico côncavo (2) Agora suponha que existam vários raios de luz horizontais incidentes neste espelho esférico, como mostra a figura Todo raio de luz obedece a lei da reflexão em cada um dos pontos Todos os raios cruzarão o eixo óptico neste mesmo ponto, chamado de ponto focal F O ponto F é a metade do caminho entre o ponto C e a superfície do espelho Física IV: Ótica Espelho esférico côncavo (3) O ponto C está localizado no centro da esfera; assim, a distância de C da superfície do espelho é simplesmente o raio do espelho, R Dessa forma, o foco, f, de um espelho esférico é Física IV: Ótica Formação de uma imagem com um espelho côncavo Comece com o espelho côncavo e o eixo óptico Desenhe o foco e o raio do espelho Adicione o objeto a ser refletido O objeto tem altura ho e distância do Desenhe primeiro através do centro do círculo, refletindo sobre si mesmo Desenhe o segundo raio paralelo ao eixo óptico Reflita o raio através do ponto focal A imagem é formada no ponto onde os dois raios se cruzam A imagem tem altura hi A imagem tem distância di Física IV: Ótica Imagem com um espelho côncavo A reconstrução deste caso especial produz uma imagem real Definida pelo fato de que a imagem está do mesmo lado do espelho que o objeto, e não atrás do espelho A imagem tem altura hi à distância di da superfície do espelho no mesmo lado do espelho que o objeto com altura ho e distância do do espelho A imagem é invertida e tem seu tamanho reduzido conforme o objeto que produziu a imagem A imagem é chamada de real quando uma tela colocada na posição da imagem fornece uma precisa projeção da imagem naquele ponto Para uma imagem virtual é impossível colocar uma tela no lugar da imagem Física IV: Ótica Espelho côncavo, do < f (1) Agora vamos reconstruir outro caso para um espelho convexo, onde do < f Novamente colocamos o objeto sobre o eixo óptico Novamente usamos três raios de luz O primeiro raio estabelece que a origem da imagem se encontre sobre o eixo óptico O segundo raio deixa o topo do objeto ao longo de um raio e é refletido de volta sobre si mesmo através do centro da esfera O terceiro raio parte do topo do objeto paralelo ao eixo óptico e é refletido através do ponto focal Os raios refletidos são claramentedivergentes Física IV: Ótica Espelho côncavo, do < f (2) Para determinar a localização da imagem, devemos extrapolar os raios refletidos para o outro lado do espelho Esses dois raios se cruzam a uma distância di da superfície do espelho, produzindo uma imagem com altura hi Física IV: Ótica Convenções para distâncias de espelho (1) Neste caso, temos a imagem formada no lado oposto do espelho a partir do objeto, uma imagem virtual Para um observador, a imagem aparece como se estivesse atrás do espelho A imagem é ereta e maior que o objeto. Estes resultados são um tanto diferentes que aqueles para do > f Para lidar com todos os casos possíveis para espelhos convexos, devemos definir algumas convenções para distâncias e alturas Estabelecemos o seguinte Todas as distâncias no mesmo lado do espelho que o objeto são definidas como positivas Todas as distâncias no lado oposto do espelho em relação ao objeto são definidas como negativas Física IV: Ótica Convenções para distâncias de espelhos (2) Portanto, f e do são positivas para espelhos côncavos Para imagens reais, di é positivo Para imagens virtuais, definimos que di é negativo Se a imagem é direita, então hi é positivo e se a imagem é invertida, hi é negativo Física IV: Ótica Equação do espelho Usando esses sinais de convenção, podemos expressar a equação do espelho que relaciona a distância do objeto, do, a distância da imagem, di, e o foco f do espelho A ampliação m do espelho é definida por Física IV: Ótica Casos possíveis para a equação do espelho Podemos resumir as características da imagem para espelhos côncavos Caso Tipo Orientação Ampliação do f Virtual Ereta Aumenta d f Real Ereta Imagem no infinito f do 2 f Real Invertida Aumenta do 2 f Real Invertida Mesmo tamanho do 2 f Real Invertida Reduzida Física IV: Ótica Equação do espelho e espelhos convergentes Física IV: Ótica Dois espelhos côncavos e um porquinho… Imagem real de dois espelhos côncavos Física IV: Ótica Espelhos esféricos convexos (1) Suponha que temos um espelho esférico com a superfície refletora sobre o lado de fora da esfera Portanto, temos uma superfície refletora convexa, e os raios refletidos divergem O eixo óptico do espelho é uma linha através do centro da esfera, representado neste desenho pela linha horizontal pontilhada Imagine que um raio de luz horizontal acima do eixo óptico incide sobre a superfície do espelho No ponto em que o raio de luz atinge o espelho, a lei da reflexão se aplica, i = r A normal à superfície é uma linha radial que aponta para o centro da esfera, marcado como C Exemplo: espelho retrovisor do carro do lado direito Física IV: Ótica Espelhos esféricos convexos (2) Em contraste com o espelho côncavo, no convexo a normal aponta para fora do centro da esfera Quando extrapolamos a normal através da superfície da esfera, ela intercepta o eixo óptico da esfera no seu centro, marcado como C Quando observamos o raio refletido, parece que ele vem do centro da esfera Física IV: Ótica Espelhos esféricos convexos (3) Agora suponha que muitos raios horizontais incidem sobre esse espelho esférico, como na figura Todo raio de luz obedece a lei da reflexão em cada um dos ponto Você pode ver que os raios divergem e não parecem formar nenhum tipo de imagem Entretanto, se os raios refletidos são extrapolados através da superfície do espelho, todos eles irão interceptar o eixo óptico em um ponto Este é o ponto focal do espelho esférico convexo Física IV: Ótica Imagens formadas por espelhos convexos (1) Agora vamos discutir imagens formadas por espelhos convexos, com o caso de do > f Novamente usamos três raios O primeiro raio estabelece que a origem da seta esteja sobre o eixo óptico O segundo raio parte do topo do objeto, viajando paralelamente ao eixo óptico e é refletido a partir da superfície do espelho, de forma que sua extrapolação cruze o eixo óptico a uma distância da superfície do espelho igual ao comprimento focal do espelho O terceiro raio se origina no topo do objeto e é orientado de forma que sua extrapolação intercepte o centro da esfera Este raio é refletido, voltando sobre si mesmo Física IV: Ótica Imagens formadas por espelhos convexos (2) Podemos ver que é formada uma imagem ereta e reduzida no lado do espelho oposto ao objeto Esta imagem é virtual porque ela não pode ser projetada Estas características são válidas para todos os casos de espelhos convexos No caso de um espelho convexo, definimos o comprimento focal f como negativo, já que o ponto focal do espelho está no lado oposto ao do objeto A distância do objeto do é sempre tomada como positiva Relembrando a equação dos espelhos Física IV: Ótica Imagens formadas por espelhos convexos (3) Podemos rearranjar a equação dos espelhos para obter Se do é sempre positivo e f é sempre negativo, podemos ver que di sempre será negativo Aplicando a equação para a ampliação percebemos que é sempre positivo Observar o diagrama de construção do raio para o espelho convexo também o convencerá de que a imagem sempre será reduzida em tamanho Assim, para um espelho convexo, sempre iremos obter uma imagem virtual, ereta e reduzida Física IV: Ótica Aberração esférica As equações que derivamos para espelhos esféricos se aplicam somente para raios de luz que estão próximos ao eixo óptico Se os raios de luz estiverem longe do eixo óptico, eles não serão focalizados através do ponto focal do espelho Assim, veremos uma imagem distorcida No desenho, vários raios de luz incidem sobre um espelho esférico côncavo Podemos ver que os raios mais afastados do eixo óptico são refletidos de tal forma que eles atravessam o eixo óptico mais próximo ao espelho do que o ponto focal À medida que os raios se aproximam do eixo óptico, eles são refletidos através dos pontos mais próximos do ponto focal Física IV: Ótica Espelhos parabólicos Espelhos parabólicos têm uma superfície que reflete luz para o ponto focal incidente em qualquer lugar sobre o espelho Assim, todo o tamanho do espelho pode ser utilizado para coletar luz e formar imagens No desenho à direita, raios de luz horizontais incidem sobre um espelho parabólico Todos os raios são refletidos pelo ponto focal do espelho Espelhos parabólicos são mais difíceis de fabricar e são mais caros Os maiores telescópios refletores usam espelhos parabólicos Física IV: Ótica Lentes Quando a luz é refratada ao cruzar uma superfície curva entre dois meios diferentes, os raios de luz seguem a lei da refração em cada ponto da superfície O ângulo no qual os raios de luz cruzam é diferente ao longo da superfície, de modo que o ângulo refratado é diferente nos pontos diferentes ao longo da superfície Uma superfície curva entre dois meios opticamente transparentes é de lente Os raios de luz que são inicialmente paralelos antes de atingirem a superfície são refratados em direções diferentes dependendo da parte da lente que eles atingem Dependendo do formato da lente, os raios de luz podem ser focalizados ou podem divergir Física IV: Ótica Fórmula do fabricante de lentes (1) Se a parte frontal de uma lente é parte de uma esfera com raio R1 e a parte de trás da superfície é parte de uma esfera com raio R2, então calculamos a distância focal f da lente usando a fórmula do fabricante de lentes negativo R1 R2 positivo negativo positivo Física IV: Ótica Fórmula do fabricante de lentes (2) As curvaturas R1 e R2 apresentam sinais diferentes dependendo se elas apontam para o lado positivo(o mesmo lado do objeto) ou para o lado negativo Para uma lente convexa, R1 é positivo e R2 é negativo Para uma lente côncava, R1 é negativo e R2 é positivo Se temos uma lente com o mesmo raio na parte da frente e na parte de trás, de forma que R1 = R2 = R, temos negativo R1 R2 positivo negativo positivo Física IV: Ótica Lente convexa (convergente) Lente côncava (divergente) positivo negativo Comprimento focal de lentes Diferentemente de espelhos, as lentes apresentam um comprimento focal nos dois lados A luz pode passar através das lentes enquanto que os espelhos refletem a luz, não permitindo luz do lado oposto O comprimento focal de uma lente convexa (convergente) é definido como sendo positivo O comprimento focal de uma lente côncava (divergente) é definido como sendo negativo Física IV: Ótica Lentes convexas (1) Uma lente convexa possui uma forma em que os raios paralelos serão focados por refração na distância focal f do centro das lentes No desenho à direita, um raio de luz incide sobre uma lente convexa de vidro Na superfície da lente, o raio de luz é refratado em direção à normal Quando o raio deixa a lente, ele é refratado, se afastando da normal Física IV: Ótica Lentes convexas (2) Vamos estudar o caso de vários raios de luz horizontais incidindo sobre uma lente convexa Esses raios são focalizados em um ponto à distância f do centro da lente no lado oposto dos raios incidentes sobre a lente Física IV: Ótica Lentes delgadas (1) Os raios entram na lente, se refratam na superfície, atravessam a lente em uma linha reta e se refratam quando deixam a lente No terceiro quadro, representamos a aproximação da lente delgada desenhando uma linha preta pontilhada no centro da lente Em vez de seguir a trajetória detalhada do raio dentro da lente, o raio incidente é desenhado se refratando pela linha do centro e então para o ponto focal Física IV: Ótica Lentes delgadas (2) Nossas lentes da vida real são espessas e há um deslocamento entre as superfícies de entrada e saída Consideraremos todas as lentes como lentes delgadas e as trataremos como uma linha na qual tem lugar a refração Física IV: Ótica Imagens com lentes convexas (1) Lentes convexas podem ser usadas para formar imagens Mostramos a construção geométrica da formação de uma imagem usando uma lente convexa com comprimento focal f Colocamos um objeto sobre o eixo óptico representado pela seta verde Este objeto tem altura ho e está localizado à distância do do centro da lente, de forma que do > f Física IV: Ótica Imagens com lentes convexas (2) Começamos com um raio ao longo do eixo óptico da lente que passa em linha reta através da lente e que define o fundo da imagem. Um segundo raio é então desenhado do topo do objeto paralelo ao eixo óptico Este raio é focado através do ponto focal do outro lado da lente Um terceiro raio é desenhado através do centro de uma lente que não é refratado na aproximação das lentes delgadas Física IV: Ótica Imagens com lentes convexas (3) Um quarto raio é desenhado a partir do topo do objeto através do ponto focal do mesmo lado das lentes, que é então direcionado paralelamente ao eixo óptico Física IV: Ótica Imagens com lentes convexas (4) Agora vamos considerar a imagem formada por um objeto com altura ho colocado à distância do do centro das lentes, de forma que do < f O primeiro raio é novamente desenhado a partir do fundo do objeto ao longo do eixo óptico O segundo raio é desenhado a partir do topo do objeto paralelo ao eixo óptico e é focado através do ponto focal no lado oposto Um terceiro raio é desenhado através do centro da lente Física IV: Ótica Imagens com lentes convexas (5) Uma quarta linha é desenhada, de tal forma que ela se origina do ponto focal no mesmo lado da lente e é então focada paralelamente ao eixo óptico Estes três raios são divergentes Uma imagem virtual é localizada no mesmo lado da lente que o objeto Física IV: Ótica Lentes côncavas (1) O formato da lente côncava faz com que raios paralelos atingindo a lente divirjam por refração, de tal forma que sua extrapolação se cruze na distância focal a partir do centro da lente do mesmo lado da lente em que está o raio incidente Assuma que um raio de luz paralelo ao eixo óptico incide sobre uma lente côncava de vidro Na superfície da lente, os raios de luz são refratados em direção à normal Quando os raios deixam a lente, eles são refratados se afastando da normal, como mostra a figura A linha extrapolada é mostrada como uma linha tracejada vermelho e preta e aponta para o ponto focal no mesmo lado da lente em que está o raio incidente Física IV: Ótica Lentes côncavas (2) Agora vamos estudar vários raios horizontais incidentes sobre uma lente côncava Após atravessar a lente, os raios irão divergir de forma que sua extrapolação se intercepta em um ponto à distância f do centro da lente e no mesmo lado em que estão os raios incidentes À direita está uma lente côncava com cinco linhas paralelas de luz incidindo a partir da esquerda na sua superfície Na segunda imagem desenhamos linhas vermelhas representando os raios de luz Física IV: Ótica Lentes côncavas (3) Podemos ver que os raios de luz divergem após cruzar a lente Desenhamos linhas tracejadas vermelhas e pretas para mostrar a extrapolação dos raios divergentes Os raios extrapolados se interceptam em um ponto focal afastado do centro da lente Na terceira imagem desenhamos os raios divergentes usando a aproximação de lentes delgadas por meio da qual os raios incidentes são desenhados em direção ao centro da lente Física IV: Ótica Formação de imagens com lentes côncavas (1) Aqui mostramos a formação de uma imagem usando uma lente côncava Colocamos um objeto sobre o eixo óptico, representado pela seta verde Este objeto tem altura ho é está localizado à distância do a partir do centro da lente, de forma que do > f Novamente começamos com um raio ao longo do eixo óptico da lente, que passa diretamente por ela e define o fundo da imagem Física IV: Ótica Formação de imagens com lentes côncavas (2) Um segundo raio é desenhado a partir do topo do objeto paralelo ao eixo óptico Este raio é refratado de forma que a estrapolação do raio divergente passe através do ponto focal no outro lado da lente Um terceiro raio, que não é refratado na aproximação da lente delgada, é desenhado através do centro da lente Este raio é extrapolado de volta ao longo de sua trajetória original A imagem formada é virtual, ereta e reduzida Física IV: Ótica Revisão O comprimento focal de uma lente convexa (convergente) é definido como positivo O comprimento focal de uma lente côncava (divergente) é definido como negativo Equação do fabricante de lentes: Lente convexa (convergente) Lente côncava (divergente) positivo negativo Física IV: Ótica A equação das lentes (1) As imagens formadas por lentes são descritas pela equação das lentes Esta equação tem a mesma relação entre comprimento focal, distância da imagem e distância do objeto que usamos para espelhos Para tratar todos os casos possíveis para lentes, devemos definir algumas convenções para distâncias e alturas Definimos o comprimento focal f de uma lente convexa como positivo e o comprimento focal de uma lente côncava como negativo Física IV: Ótica A equação das lentes (2) Definimos a distância do objeto do como positiva Se a imagem está no lado oposto da lente ao do objeto, a distância da imagem di é positiva e a imagem é real Se a imagem está no mesmo lado da lente que oobjeto, a distância da imagem di é negativa e a imagem é virtual Se a imagem está ereta, então hi é positivo e se a imagem está invertida, hi é negativo Física IV: Ótica Casos especiais Para uma lente convexa, encontramos que para do > f sempre obtemos uma imagens real, invertida formada no lado oposto da lente Para uma lente convexa e do < f, sempre obtemos uma imagem virtual, ereta e ampliada no mesmo lado da lente que o objeto Os casos especiais para do > f para uma lente convexa são Para lentes côncavas, sempre obtemos imagens virtuais, eretas e reduzidas em tamanho Caso Tipo Direção Ampliação f d o 2 f Real Invertida Ampliada d o 2 f Real Invertida Mesmo tamanho d o 2 f Real Invertida Reduzida Física IV: Ótica Ampliação para lentes A ampliação m de uma lente é definida da mesma forma que para um espelho do é a distância do objeto ho é a altura do objeto di é a distância da imagem hi é a altura da imagem Se |m| > 1, a imagem é ampliada Se |m| < 1, a imagem é reduzida Se m < 0, a imagem é invertida Se m > 0, a imagem é ereta Física IV: Ótica Potência de lentes Geralmente, é informada a potência da lente ao invés de seu comprimento focal A potência de uma lente D (em dioptrias) é dada pela equação Por exemplo, óculos comuns de leitura apresentam a seguinte potência D = 1,5 dioptria O comprimento focal deste óculos é de Física IV: Ótica A lupa (1) Uma forma de fazer o objeto parecer maior é aproximá-lo No entanto, se o objeto for levado para muito perto do olho, ele parecerá borrado uma vez que está mais perto do que a capacidade de foco do olho permite A distância mínima do olho em que o objeto não perde o foco é chamada de ponto próximo Outra maneira de fazer o objeto parecer maior é o uso de uma lupa ou de lente de aumento Uma lupa consiste em uma lente convergente que é usada para produzir uma imagem virtual e ampliada do objeto Essa imagem se forma a uma distância que se encontra além do ponto próximo do olho Física IV: Ótica A lupa (2) Pressupomos um objeto com altura ho Sem uma lupa, o maior ângulo, 1, que você pode conseguir e ainda ver o objeto nitidamente é definido pela localização do objeto no ponto próximo, dpróximo, do observador É possível obter uma imagem ampliada do objeto colocando o objeto dentro do comprimento focal de uma lente convergente O observador olha através da lente e a imagem agora está mais distante do ponto próximo O observador agora pode ver esta imagem ampliada, ereta e virtual localizada fora do ponto próximo O ângulo subtendido pela imagem é 2 Física IV: Ótica A lupa (3) A ampliação angular da lupa é definida como A partir da figura podemos ver que o ângulo subtendido pelo objeto sem a lupa é dado por Também podemos ver que o ângulo aparente subtendido pela imagem do objeto é definido por Física IV: Ótica A lupa (4) Podemos fazer a aproximação de ângulos pequenos para obter tg 1 1 e tg 2 2 Assim, a ampliação angular de uma lupa pode ser escrita como Supondo um valor típico para o ponto próximo de 25 cm, a ampliação angular pode ser escrita como Física IV: Ótica Exemplo: imagem formada por lente convexa O comprimento focal de uma lente convexa é de 21 cm. Um objeto está localizado a uma distância do = 32 cm do centro da lente. Questões: Onde está a imagem? Qual é a ampliação da imagem? Resposta: Física IV: Ótica Sistemas de lentes Agora veremos imagens formadas por sistemas de lentes em vez de uma única lente Usamos a primeira lente para formar a imagem do objeto Usamos a imagem da primeira lente como objeto para a segunda lente Assim, podemos produzir diversos instrumentos ópticos com combinação de lentes Física IV: Ótica Exemplo: sistemas de lentes (1) O objeto O1 está em frente a duas lentes com comprimentos focais de f1 = +24 cm e f2 = +9,0 cm, respectivamente. A separação dessas duas lentes é de L = 10 cm. O objeto está a 6 cm da lente 1. Questão: Onde este sistema de lentes produz uma imagem? Reposta: Ideia chave: Calcule a localização da imagem trabalhando passo a passo ou lente por lente com o sistema. Lente 1: Isso revela que há uma imagem virtual I1 a 8 cm da lente 1. Física IV: Ótica Exemplo: sistemas de lentes (2) I1 agora se torna o objeto O2 para a lente 2! Lente 2: Note que O2 está fora do ponto focal da lente 2 --> a imagem I2 será real, invertida e no lado da lente oposta a O2 do = |di(I1)| + L = 10cm + 8cm = 18 cm Física IV: Ótica Aberração das Lentes Um dos problemas básicos de lentes é a qualidade imperfeita das imagens. O modelo paraxial para imagens formadas por espelhos e lentes supõe que os raios fazem ângulos pequenos com o eixo principal e que todos os raios incidindo sobre o espelho ou lente a partir de uma fonte pontual são focalizados em um único ponto, produzindo uma imagem nítida. (Isso não é sempre verdade) Se quisermos analisar precisamente a formação de imagens, devemos traçar cada raio e aplicar a lei de reflexão a cada superfície refletora e a Lei de Snell a cada superfície refratora. Esse procedimento mostra que não existe um ponto único no qual ocorre uma imagem. As discrepâncias entre as imagens reais e as ideias previstas pelo modelo são chamadas aberrações. Física IV: Ótica Aberração Esférica A aberração esférica resulta do fato de que os pontos focais dos raios luminosos distantes do eixo principal de uma lente esférica ou espelho são diferentes dos pontos focais para os raios de mesmo comprimento de onda que passa próximos ao eixo Aberração esférica para raios paralelos atravessando uma lente convergente. Física IV: Ótica Física IV: Ótica Aberração cromática A distância focal de uma lente é determinada pela refração da luz quando ela atravessa a lente. A refração da luz depende do seu comprimento de onda (fenômeno de dispersão). A distância focal de uma lente depende da cor da luz que a atravessa. Para a luz branca vinda de um objeto atravessa a lente, cada cor é focalizada para formar uma imagem nítida em uma localização diferente. Aberração cromática Física IV: Ótica Física IV: Ótica O olho humano (1) O olho humano “vê” por meio da absorção de luz A refração na córnea e superfície da lente produz uma imagem real na retina do olho Para um objeto ser visto claramente, a imagem deve ser formada no local da retina, como mostra a figura A forma do olho não pode ser alterada, então o formato da lente deve controlar a distância da imagem A lente é mantida no lugar pelos ligamentos que a conectam aos músculos ciliares, os quais permitem à lente mudar a forma e, portanto, o foco O índice de refração dos dois líquidos nos olhos é próximo ao da água, com um valor de 1,44; o índice de refração do material do qual é feita a lente é de 1,34 Dessa forma, a maior parte da refração ocorre na interface ar/córnea Física IV: Ótica O olho humano (2) Para objetos distantes, relaxando-se a lente focaliza-se a imagem Para objetos próximos, o músculo ciliar aumenta a curvatura da lente para focalizar a imagem na retina Os extremos sobre os quais é possível enxergar são chamados de ponto distante e ponto próximo O ponto distante de um olho normal é o infinito O ponto próximo de um olho normal depende da habilidade do olho para focalizar Essa habilidade muda com a idade Uma criança pode focalizar objetos tão próximos quanto 7 cm Conforme a pessoa envelhece, o ponto próximo aumenta Tipicamente, uma pessoa de 50 anos tem um ponto próximo de 40 cm Física IV: ÓticaO olho humano (3) Diversos defeitos comuns de visão são resultado de distâncias focais incorretas No caso da miopia (vista curta), a imagem é produzida na frente da retina No caso de hipermetropia (visão para longe), a imagem é produzida atrás da retina A miopia pode ser corrigida usando-se lentes côncavas (divergentes) A hipermetropia pode ser corrigida usando-se lentes convexas (convergentes) Física IV: Ótica Exemplo 1: lentes corretivas Questão: Qual é a potência da lente corretiva para uma pessoa míope (vista curta) cujo ponto distante está incorretamente a 15 cm? Resposta: A lente corretiva deve formar uma imagem ereta, virtual de um objeto localizado no infinito, com a imagem localizada a 15 cm na frente da lente, como abaixo Dessa forma, a distância do objeto será e a distância da imagem será –15 cm A lente necessária é uma lente divergente com uma potência de –6,7 dioptrias (comprimento focal de –0,15 m) Física IV: Ótica Exemplo 2: lentes corretivas (1) Questão: Uma pessoa hipermétrope (visão para longe), cujo ponto próximo se localiza incorretamente a 75 cm, quer ler um jornal a uma distância de 25 cm. Qual é a potência que as lentes corretivas precisam ter para esta pessoa ler o jornal? Resposta: A lente corretiva deve produzir uma imagem virtual e ereta do jornal no ponto próximo da visão da pessoa, como abaixo O objeto e a imagem estão no mesmo lado; assim, a distância à imagem deve ser negativa Física IV: Ótica Exemplo 2: lentes corretivas (2) Portanto, a distância do objeto é 25 cm e a distância da imagem é -75 cm A lente necessária é uma lente convergente com uma potência de +2,7 dioptrias (distância focal de +0,38 m) Física IV: Ótica O microscópio Microscópios existem em várias formas O microscópio mais simples é um sistema de duas lentes A primeira lente é uma lente convergente de comprimento focal curto, fo, chamada de lente objetiva A segunda é outra lente convergente de comprimento focal longo, fe, chamada de ocular O objeto a ser ampliado é colocado logo após o comprimento focal da lente objetiva Lente objetiva Ocular Objeto Física IV: Ótica O microscópio (2) A ampliação do microscópio é dada por onde L é a distância entre as duas lentes e 0,25 resulta da pressuposição de que a imagem final é produzida a uma distância confortável de 0,25 m Considere que microscópios reais apresentam lentes compostas complicadas projetadas para superar problemas como aberração esférica e aberração cromática, mas o princípio da ampliação fornecida por microscópios é dado por esta análise Física IV: Ótica Exemplo: microscópio Considere um microscópio com uma lente objetiva e uma ocular separadas por 30 cm. O comprimento focal da lente objetiva é 20 mm e o da ocular, 20 mm. Questão: Qual é a ampliação do microscópio? Resposta: Física IV: Ótica O telescópio Como os microscópios, os telescópios vêm em várias formas Primeiro, discutiremos o telescópio refrator, e depois o telescópio refletor O telescópio refrator consiste em duas lentes A lente objetiva e a ocular Em nosso exemplo, representamos o telescópio usando duas lentes delgadas No entanto, um telescópio refrator real usará lentes mais sofisticadas Física IV: Ótica Geometria do telescópio Como o objeto a ser visto está a uma grande distância, os raios de luz que chegam podem ser considerados paralelos (o objeto está no infinito) A lente objetiva forma uma imagem real do objeto a uma distância fo A ocular é colocada de forma que a imagem formada pela objetiva esteja a uma distância fe da ocular A ocular forma uma imagem virtual e ampliada da imagem formada pela objetiva A imagem está no infinito, produzindo novamente raios paralelos Física IV: Ótica Ampliação de um telescópio A ampliação do telescópio é definida como o ângulo observado na ocular, e, dividido pelo ângulo subtendido pelo objeto que está sendo visto, o Como o telescópio lida com objetos a distâncias muito grandes, não podemos calcular a ampliação do telescópio usando a lei das lentes Por exemplo, poderíamos tentar expressar a ampliação da lente objetiva usando a equação das lentes Ainda podemos obter a ampliação angular, mas precisamos usar ângulos em vez de distâncias Física IV: Ótica Cálculo da ampliação de um telescópio (1) Vamos calcular a ampliação angular de um telescópio refrator O ângulo o é o ângulo subtendido por um objeto distante Física IV: Ótica Cálculo da ampliação de um telescópio (2) O ângulo e é o ângulo aparente visto na ocular A ampliação é Física IV: Ótica Exemplo: telescópio refrator O maior telescópio refrator do mundo foi concluído em 1897 e está instalado em Williams Bay, Wisconsin. Ele tem uma lente objetiva de diâmetro 1,0 m com um comprimento focal de 19 m. Questão: Qual deve ser o comprimento focal da ocular para dar um aumento de 250? Resposta: O telescópio refrator de 1,0 m no Observatório de Yerkes Física IV: Ótica Problemas com telescópios refratores A lente objetiva de um telescópio refrator é grande e pesada O telescópio refrator do Observatório de Yerkes pesa 226 kg O suporte de uma lente grande de vidro é difícil Deve ser suportado pelas bordas A construção de uma lente grande de vidro é difícil Lentes de vidro são delgadas e absorvem a luz Uma lente de vidro apresenta aberração cromática Comprimentos focais diferentes para cores diferentes Solução: Substituir a lente objetiva por um espelho Física IV: Ótica O telescópio refletor Os maiores telescópios astronômicos são refletores com a lente objetiva trocada por um espelho côncavo Espelhos grandes são mais fáceis de serem fabricados e mantidos na posição correta do que uma lente grande A ocular ainda é uma lente Vários tipos de telescópios refletores foram desenvolvidos Discutiremos três exemplos da geometria de telescópios refletores Refletor Newtoniano Cassegrain Física IV: Ótica Telescópio refletor básico Refletor básico Substitua a lente objetiva por um espelho parabólico A geometria é impraticável porque o observador deve ser colocado na direção de chegada dos raios de luz Física IV: Ótica Telescópio refletor Newtoniano Em 1670, Newton apresentou sua solução para um telescópio refletor para a Sociedade Royal A ideia para um telescópio refletor partiu de James Gregory Newton solucionou o problema do observador ao colocar um espelho menor que projeta a luz para fora até uma ocular Este espelho é pequeno comparado com o espelho da objetiva e causa apenas uma pequena perda de luz da imagem Física IV: Ótica Geometria Cassegrain para telescópios refletores Uma melhoria na geometria de telescópios refletores é a geometria Cassegrain (nomeado a partir do escultor francês Sieur Guillaume Cassegrain), proposta pela primeira vez em 1672 Aqui, um espelho menor é usado para refletir a imagem através de um buraco no centro do espelho da objetiva O projeto e várias melhorias para esta ideia básica são a base para os telescópios astronômicos modernos Física IV: Ótica Telescópio Soar Soar - Southern Astrophysical Research Localizado no Chile Colaboração da Universidade da Carolina do Norte - MSU e do Observatório Astronômico Nacional – Brasil Sala de controle na MSU Telescópio com espelho primário com diâmetro de 4,1 m Ópticos adaptativos, forma exata controlada por 120 atuadores Geometria Cassegrain Física IV: ÓticaO telescópio espacial Hubble (1) O telescópio espacial Hubble (HST) foi lançado em 25 de abril de 1990 na missão do ônibus espacial STS-31 O HST orbita a Terra 590 km acima da sua superfície, bem acima da atmosfera que distorce as imagens obtidas por telescópios baseados em terra O HST é um telescópio refletor com projeto de Ritchey-Chrétien arranjado em uma geometria Cassegrain Física IV: Ótica O telescópio espacial Hubble Este tipo de telescópio usa um espelho côncavo hiperbólico em vez de um espelho esférico e um espelho hiperbólico secundário Este projeto forneceu ao HST um amplo campo de visão e eliminou a aberração esférica O espelho da objetiva tem 2,40 m de diâmetro e um comprimento focal efetivo de 57,6 m Física IV: Ótica Correção do Hubble O espelho da objetiva original do HST foi fabricado com um defeito, causado por um instrumento de teste defeituoso Em dezembro de 1993, a Missão de reparo do ônibus espacial 1 (STS-61) implementou o procedimento COSTAR, que corrigiu a falha no espelho da objetiva e permitiu que o HST produzisse imagens espetaculares As duas imagens da galáxia M100 mostradas à esquerda e à direita demonstram a qualidade da imagem do HST antes e depois da instalação de COSTAR Física IV: Ótica O telescópio espacial James Webb A substituição planejada para o HST é o telescópio espacial James Webb (JWST) Este projeto está programado para lançamento no ano de 2013. O espelho da objetiva do JWST será de 6,5 m de diâmetro e será composto por 36 segmentos com espelhos O JWST usará luz infravermelha, o que permite que objetos distantes sejam vistos, uma vez que a luz infravermelha é menos afetada pelas nuvens de poeira galáticas Física IV: Ótica Princípio de Huygens e de Fermat A propagação de luz é governada pela equação de onda. Física IV: Ótica Princípio de Huygens e de Fermat Antes da teoria de Maxwell das ondas eletromagnéticas, a propagação da luz e de outras ondas foi descrita empiricamente por dois princípios atribuídos ao físico Christian Huygens e pelo matemático Fermat. “Cada ponto sobre uma frente de onda primária serve como uma fonte de ondas esféricas secundárias que avançam com velocidade e frequência iguais às da onda primária. A frente de onda primária em algum tempo adiante é o envelope dessa ondas secundárias” Princípio de Huygens Física IV: Ótica Princípio de Huygens e de Fermat “A trajetória seguida pela luz viajando de um ponto a outro é tal que o tempo de viagem é o mínimo. Isto é, a luz percorre a trajetória mais rápida.” Princípio de Fermat Física IV: Ótica O tempo para realizar o percurso é dado pelo somatório de tempo percorrido em cada meio: onde ti é o tempo para percorrer em cada meio. Sabendo que ti = di /vi e que a velocidade do meio (vi) é o índice do meio (ni) dividido pela a velocidade da luz (c) chegamos à equação: Usando um conceito a nível superior podemos encontrar o tempo utilizando à integral: 𝑡 = 𝑛 𝑐 𝑑𝑠 = 𝑑𝑠 𝑣 𝐵 𝐴 𝐵 𝐴 onde: ds - é um elemento infinitésimo de comprimento. A - é o inicio da trajetória da luz B - é o fim da trajetória da luz 𝑡 = 𝑡𝑖 𝑁 𝑖=1 𝑡 = 1 𝑐 𝑛𝑖𝑑𝑖 𝑁 𝑖=1 O fato de a trajetória ter uma menor distância não quer dizer que ela é necessariamente a trajetória de menor tempo. Física IV: Ótica Lei da reflexão Usando o principio de Fermat podemos confirmar a lei da reflexão: “O ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão” Raio de luz refletindo em um espelho O caminho ótico de A para B é dado pela distancia AP mais a distancia PB. Podemos calcular essa distancia (P) utilizando o teorema de Pitágoras: http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/reflexao.jpg http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/reflexao.jpg http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/reflexao.jpg http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/reflexao.jpg http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/reflexao.jpg http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/reflexao.jpg http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/equação-distancia.jpg http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/equação-distancia.jpg Física IV: Ótica O principio de Fermat diz que a distância deve ser mínima, para descobrir a menor distância, o menor valor de x, derivamos a equação e igualamos a zero. Sabendo que Sen Ѳ = cateto oposto/hipotenusa, concluímos que Sen Ѳ1 = Sen Ѳ1’ http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/equação-distancia.jpg http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/equação-distancia-2.jpg http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/equação-distancia-2.jpg Física IV: Ótica Lei da refração Usando o principio de Fermat podemos confirmar a seguinte lei da refração: “Quando a luz passa de um meio, cujo índice de refração n1, para outro meio cujo índice de refração é n2,tem sempre n1 sen Ѳ1 = n2 sen Ѳ2” Dedução da lei Na figura a seguir, foram ilustradas 3 trajetórias diferentes para a luz percorrer do ponto A ao ponto B. Possíveis trajetórias para um raio luminoso refratado Como a luz irá percorrer dois meios distintos, por exemplo, ar e vidro, ela tende a percorrer a maior distância no meio onde sua velocidade é maior, desta forma ela “economiza” tempo chegando mais rápido ao ponto B. http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/refração1.jpg http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/leidefermat.gif http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/leidefermat.gif http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/leidefermat.gif http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/leidefermat.gif http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/leidefermat.gif http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/leidefermat.gif http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/leidefermat.gif http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/leidefermat.gif http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/leidefermat.gif http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/leidefermat.gif http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/refração1.jpg http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/leidefermat.gif Física IV: Ótica Considerando que v = c/n e o teorema de Pitágoras temos: Derivando e igualando a zero para achar o valor mínimo de x encontramos: O tempo para percorrer o trajeto AB é igual à soma de AP com PB, sabendo que o tempo é dado pela distância dividida pela velocidade. Encontramos que o tempo total é: http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/equação-refração-3.jpg http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/equação-refração-2.jpg http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/equação-refração-2.jpg http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/equação-refração-3.jpg http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/03/equação-refração-1.jpg